Mais de um mês para abraçar ecumenicamente e
trabalhar para proteger a Criação, ameaçada pelo próprio homem. Mais uma vez
este ano se renova "O tempo da Criação", durante o qual os cristãos
do mundo inteiro se unem em oração e ação para cuidar da casa comum. É um
comitê diretivo ecumênico que sugere todos ao anos um tema para a celebração. O
tema para 2019 é: "A rede da vida". A perda de espécies, de fato,
está acelerando: um relatório recente das Nações Unidas estima que o estilo de
vida atual ameaça extinguir um milhão de espécies.
Apelo do Papa pela Amazônia: acabar com os incêndios o mais rápido
possível
Em uma carta, o Dicastério para o Serviço do
Desenvolvimento Humano Integral convida os bispos católicos a aderirem à
iniciativa ecumênica. O documento, que tem a data de 23 de maio, Dia Mundial da
Biodiversidade, foi distribuído por ocasião do quarto aniversário da Carta
Encíclica do Papa Francisco Laudato si', para encorajar os pastores a
celebrarem este tempo, estendendo às comunidades católicas o convite do
Dicastério vaticano, ao qual se uniram o Movimento Católico Mundial pelo Clima
e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam). Este encorajamento torna-se ainda mais
significativo em vista da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a
Região Pan-amazônica, de 6 a 27 de outubro, sobre o tema: "Amazônia: novos
caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral".
A voz da família humana
Esta celebração teve início sob os auspícios
da Igreja Ortodoxa e desde então tem sido acolhida por católicos, anglicanos,
luteranos, evangélicos e outros membros da família cristã em todo o mundo. O
site ecumênico SeasonOfCreation.org oferece subsídios e idéias para os cristãos
participarem da celebração. Os eventos variam de encontros de adoração e oração
à coleta de lixo, e pedidos de mudança política para limitar o aquecimento
global a 1,5 graus Celsius. Outras iniciativas previstas são: em Quezon City,
Filipinas, o cardeal Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, presidirá uma
missa, depois da qual serão plantadas árvores trazidas de áreas indígenas para
a cidade; em Altamira, voluntários da Amazônia brasileira organizarão um
projeto florestal em um assentamento urbano; em Lukasa, Zâmbia, a Liga das
Mulheres Católicas apresentará uma discussão sobre o meio ambiente na paróquia
de São José Mukasa.