Em abril deste ano, o Papa Emérito Bento XVI
publicou suas reflexões pessoais a respeito da crise dos abusos sexuais que
abalaram a Igreja nas últimas décadas. No texto, ele descrevia o impacto da
revolução sexual e, em paralelo, o colapso da teologia moral na década de 1960.
Bento complementava afirmando a necessidade de buscar o caminho na “obediência
e amor a nosso Senhor Jesus Cristo”.
Críticas retumbantes proliferaram então contra
o texto do Papa Emérito, especialmente em seu país natal, a Alemanha.
Foi a essas críticas que Bento respondeu nesta
semana, após avaliá-las com tempo adequado.
Ele considera que grande parte dessas reações
à sua reflexão acaba confirmando a própria tese central do seu escrito: que o
núcleo da crise é composto, realmente, por apostasia e afastamento da fé –
tanto é que a maioria das críticas nem sequer menciona Deus.
Falando de um “déficit geral” nessas reações,
que, em grande medida, nem entenderam o que ele escreveu, Bento cita como
exemplo a crítica feita por um professor alemão de história, em cujas quatro
páginas “a palavra de Deus não aparece“.
Esse tipo de crítica, ressaltou o Papa
Emérito, só demonstram “a gravidade da situação: a palavra Deus muitas vezes
parece estar marginalizada até mesmo na teologia".
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Aleteia
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