sábado, 26 de setembro de 2020

Abertura da Campanha Missionária 2020 terá programação especial


 
Na próxima quinta-feira, 1º de outubro, a Igreja Católica celebra a Festa de Santa Teresinha do Menino Jesus – padroeira das missões, e, em todo o Brasil, também terá início o mês missionário.
 
Para marcar essa data, o presidente da Comissão Missionária da CNBB, Dom Odelir José Magri, presidirá uma Missa de abertura do mês dedicado às missões no Santuário Nacional de Aparecida, às 9h.
 
Nesta segunda-feira, 28 de setembro, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) realizam uma Live para o lançamento da Campanha Missionária, às 19h. A transmissão será pelo Facebook das POM (@POMBrasil1) e terá a participação de Dom Odelir José Magri, da presidente da CRB Nacional, Ir. Maria Inês Ribeiro, e do diretor das POM no Brasil, Pe. Maurício Jardim.
 

ONU: Papa apela a desarmamento nuclear e alerta para «erosão do multilateralismo»


 
O Papa apelou na sexta-feira (25), desde o Vaticano, ao desarmamento nuclear e alertou para “erosão do multilateralismo”, numa intervenção em vídeo para a 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a decorrer em Nova Iorque.
 
“Temos de perguntar-nos se as principais ameaças à paz e à segurança, como a pobreza, epidemias e terrorismo, entre outras, podem ser efetivamente enfrentadas quando a corrida armamentista, incluindo às armas nucleares, continua a desperdiçar recursos preciosos”, referiu Francisco, numa intervenção em espanhol.
 
Os trabalhos da 75.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, órgão constituído por representantes dos 193 Estados-membros da organização, começaram na última semana; o debate geral teve início na terça-feira.
 
O Papa lamentou o “clima de desconfiança existente” no cenário global, convidando os responsáveis políticos a “apoiar os principais instrumentos jurídicos internacionais de desarmamento, não proliferação e proibição nuclear”.
 
“Estamos a testemunhar uma erosão do multilateralismo que é ainda mais grave à luz das novas formas de tecnologia militar”, advertiu Francisco, com referência específica aos sistemas de armas autónomas letais, “alterando irreversivelmente a natureza da guerra, separando-a ainda mais da ação humana”.
 
O uso de armas explosivas, especialmente em áreas povoadas, tem um impacto humano dramático, a longo prazo. Nesse sentido, as armas convencionais estão a tornar-se cada vez menos ‘convencionais’ e cada vez mais ‘armas de destruição em massa’, arrasando cidades, escolas, hospitais, locais religiosos, infraestrutura e serviços básicos para a população”.
 

Seria Michelangelo um lacrador?

Analisar qualquer obra de arte, especialmente as grandiosas e épicas como o afresco “O Juízo Final” (Il Giudizio Universale) de Michelangelo, A Divina Comédia de Dante ou a Nona Sinfonia de Beethoven sob a luz (perdoem-me o paradoxo) da lacração sempre será uma barca furada.

“Lacração” nada mais é que um discurso que interpreta algo de maneira rasa, com nenhuma intenção de se buscar a verdade, mas tão somente para se criar uma narrativa de cunho político-ideológico, particularmente de acordo com a agenda autodenominada “progressista”. 

A elite bem-comportada e sinalizadora de falsas virtudes alçada à categoria de “pensadores modernos” pelo establishment está cheia de lacração, até o talo. A lacração é, de fato, o comburente da fogueira à qual são despejadas toda sorte de estultices. A lacração é o próprio ar que se respira no mundo dos Macaquinhos e Queermuseum. 

Déborah Aladin é uma das queridinhas da velha mídia, juntamente com outros jovenzinhos eleitos sabe-se lá por quem como sendo as mais novas promessas da intelectualidade tupiniquim, tal qual Felipe Neto, o porta-voz do STE contra as fake news (que soltou a maior fake news da década), Átila Iamarino, o pequeno estalinista de tiara, Jonas Manoel e a globalistinha Soros-friendly, Tábata Amaral. 

Recentemente a professorinha Déborah Aladin soltou uma pérola no Twitter e, após receber uma chuva de avisos de seu erro crasso, simplesmente apagou a própria conta, provavelmente voltando para a lâmpada de onde saiu. 



Decerto que tal narrativa não foi invenção da professora Aladin. Há muito mais de 40 ladrões por aí, prontos a roubar a realidade e torcê-la sem dó para que caiba em suas narrativas. Há até um tour gay no Vaticano, no qual o guia, empolgadíssimo, avisa aos g(ui)ados: “Agora, à nossa direita, veremos um homem nu e gostosão, ui!” 


Aproveitemos então a súbita, porém equivocada popularidade da obra magistral de Michelangelo para, de uma vez por todas, desmistificar essa bobajada. 

O afresco “Il Giudizio Universale”, feito entre 1535 e 1541 pelo mestre renascentista Michelangelo Buonarroti, retrata o momento que todos os cristãos esperam com esperança e pavor: o fim dos tempos, o começo da eternidade, quando o mortal se torna imortal, quando os eleitos se unem a Cristo em seu reino celestial e os condenados são lançados nos tormentos intermináveis ​​do inferno. 

A conclusão do teto da Capela Sistina, em 1512, selou a reputação de Michelangelo como o maior mestre da figura humana – especialmente o nu masculino. O Papa Paulo III estava bem ciente disso quando o encarregou de repintar a parede do altar da capela com a representação do Juízo Final. O foco de Michelangelo – teologicamente correto – está na ressurreição do corpo. A pura fisicalidade desses nus musculosos afirmava a doutrina católica da ressurreição corporal (que no dia do julgamento, os mortos ressuscitariam em seus corpos, não como almas incorpóreas). 

Após a conclusão da obra, alguns ficaram escandalizados – sobretudo pela nudez – apesar de sua exatidão teológica. Os críticos também se opuseram às poses contorcidas (algumas resultando na apresentação indecorosa de nádegas), a ruptura com a tradição pictórica (o Cristo imberbe, os anjos sem asas) e o aparecimento de seres mitológicos (as figuras de Caronte e Minos) em uma cena sacra. Os críticos viram esses enfeites como distrações da mensagem espiritual do afresco e acusaram Michelangelo de se preocupar mais em exibir suas habilidades criativas do que em retratar a verdade sagrada com clareza e decoro. A arte religiosa era o “livro dos analfabetos” e como tal deveria ser fácil de entender. 

O Juízo Final de Michelangelo, no entanto, não foi pintado para um público leigo e iletrado. Ao contrário, foi projetado para um público muito específico, elitista e erudito. Esse público entenderia e apreciaria seu estilo figurativo e inovações iconográficas. Eles reconheceriam, por exemplo, que sua inclusão de Caronte e Minos foi inspirada no Inferno de Dante, um texto que Michelangelo admirava muito. Eles veriam no rosto jovem de Cristo sua referência ao Apolo Belvedere, uma antiga escultura helenística grega na coleção papal elogiada por sua beleza ideal. Assim, Michelangelo descreve a identidade de Cristo como o “Sol da Justiça” (Malaquias 4, 2). 

Como Dante em seu grande poema “A Divina Comédia”, Michelangelo buscou criar uma pintura épica, digna da grandeza do momento. Ele usou metáfora e alusão para ornamentar seu assunto. Seu público educado se deliciaria com suas referências visuais e literárias. 

Originalmente destinado a um público restrito, as gravuras reprodutivas do afresco rapidamente o espalharam por todos os lugares, colocando-o no centro de debates animados sobre os méritos e abusos da arte religiosa. Enquanto alguns o aclamaram como o auge da realização artística, outros o consideraram o epítome de tudo o que poderia dar errado com a arte religiosa e pediram sua destruição. No final, um acordo foi alcançado. Pouco depois da morte do artista em 1564, Daniele Da Volterra foi contratado para cobrir nádegas e virilhas nuas com pedaços de cortina e repintar Santa Catarina de Alexandria, originalmente retratada sem roupa, e São Brás, que pairava ameaçadoramente sobre ela com seus pentes de aço. 

sábado, 12 de setembro de 2020

Palavra de Vida: “Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.” (Lc 6,38)



Estava “com uma numerosa multidão de discípulos seus, e de muito povo de toda a Judeia e Jerusalém, do litoral de Tiro e de Sídon, que vieram para o ouvir…“ (1) . É assim que o evangelista Lucas introduz o longo discurso de Jesus, que prossegue com o anúncio das bem-aventuranças, com as exigências do Reino de Deus e as promessas do Pai aos seus filhos.

Jesus anuncia livremente a Sua mensagem a homens e mulheres, de diferentes povos e culturas, que acorreram para O escutar. É uma mensagem universal, dirigida a todos e que todos podem aceitar para se realizarem como pessoas, criadas por Deus Amor à Sua imagem.

Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.

Jesus revela a novidade do Evangelho: o Pai ama pessoalmente cada um dos seus filhos com um amor “transbordante” e dá-lhes a capacidade de alargarem o seu coração para com os irmãos, com uma generosidade cada vez maior. São palavras prementes e exigentes: dar do que é nosso – bens materiais, mas também acolhimento, misericórdia, perdão – com abundância, à imitação de Deus.

A imagem da recompensa abundante, lançada no regaço, faz-nos compreender que a medida do amor de Deus por nós é sem medida. As suas promessas realizam-se para além das nossas expectativas, pois libertam-nos da ânsia dos nossos cálculos, dos nossos programas e da desilusão por não receber dos outros segundo a nossa medida.

Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.

A propósito deste convite de Jesus, Chiara Lubich escreveu: «Já te aconteceu receber um presente de um amigo e sentir a necessidade de o retribuir? […] Se isso te acontece a ti, imagina como será com Deus, que é Amor. Ele retribui sempre todas as ofertas que fazemos ao próximo em Seu nome. […] Deus não procede assim para te enriquecer ou para nos enriquecer. (…) Fá-lo para que, quanto mais tivermos, mais possamos dar; para que – como verdadeiros administradores dos bens de Deus – façamos circular todos os bens na comunidade que nos rodeia […]. Sem dúvida que Jesus pensava sobretudo na recompensa que vamos ter no Paraíso, mas tudo o que acontece nesta Terra é já um prelúdio e garantia dessa recompensa». (2) 

Coleta em favor da Terra Santa, uma ajuda essencial aos cristãos na terra de Jesus



Neste domingo, 13 de setembro, é celebrada a Coleta pela Terra Santa. Normalmente ocorre na Sexta-Feira Santa, mas devido às restrições derivadas da pandemia da COVID, o Papa Francisco decidiu alterá-la para esta data, para que pudesse ser realizada com segurança. É uma ajuda essencial para que os cristãos continuem vivendo na terra de Jesus, onde são minoria.

Frei Salvador Rosas, Guardião do Santo Sepulcro de Jerusalém, explicou à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que atualmente “a Basílica do Santo Sepulcro e os lugares santos estão praticamente vazios. Faltam nossos peregrinos, os poucos cristãos que os visitam são os que moram aqui, que são cristãos de nascimento ou estrangeiros que residimos em Jerusalém”.

Isso significa que as famílias que dependem da presença de cristãos peregrinos, como guias, hoteleiros, vendedores ... até mesmo os não cristãos, estão “sofrendo essas calamidades. Acreditamos que tempos melhores virão, que retomaremos o ritmo de vida saudável, o movimento e, quando a movimentação seja possível, a nossa realidade melhore”.

Nesse sentido, Frei Salvador incentivou a colaborar com a coleta em favor da Terra Santa “que se celebra em memória dos lugares onde Cristo entregou a vida por nós. E cristãos de todo o mundo se unem em oração e em apoio financeiro em favor dos cristãos que realizam suas obras ali”.

Por isso, assegurou que “os frades franciscanos, que há 800 anos guardam os lugares santos, têm diferentes apostolados, como a custódia dos lugares santos que nos recordam a nossa redenção. Mas, como somos uma parte importante desta sociedade, também temos o prazer de dizer que contribuímos com as novas gerações através das escolas que cristãos e muçulmanos podem frequentar, porque estão abertas a todos. Através do estudo e da formação com os valores do Evangelho e os valores universais, para o bem da sociedade”. 

Festa da Padroeira no Santuário de Aparecida será virtual devido ao coronavírus



O Santuário Nacional de Aparecida comunicou que a festa da Padroeira neste ano, de 3 a 12 de outubro, será celebrada de forma virtual, em razão da pandemia do coronavírus; além disso, algumas atividades realizadas em anos anteriores, como as procissões, tiveram que ser canceladas.

“Diante do cenário de pandemia que o mundo vive, que continua inspirando profundo cuidado e respeito pelo próximo, sobretudo no nosso país, o Santuário Nacional e a Arquidiocese de Aparecida optaram por realizar as festividades da padroeira do Brasil de um jeito diferente: este ano, sem a presença física dos devotos nas celebrações. Todos estão convidados a viver a novena e a festa da padroeira em suas casas, pelos meios de comunicação”, declarou o reitor do Santuário, Pe. Eduardo Catalfo em uma mensagem de vídeo. 

Anunciam livro sobre a luta contra abusos na Igreja com prólogo do Papa Francisco



No final de setembro, chegará às lojas o novo livro "Teologia e Prevenção: Estudo sobre os Abusos Sexuais na Igreja Latino-americana", esforço editorial do Centro de Pesquisa e Formação Interdisciplinar para a Proteção do Menor (CEPROME) da Universidade Pontifícia do México, que conta com um prólogo do Papa Francisco.

Em diálogo com ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Pe. Daniel Portillo, diretor do CEPROME e editor do livro, destacou que o novo texto “não é apenas um tratado científico, mas de forma interdisciplinar visa abordar o complexo tema do abuso e da prevenção”.

“É também uma importante contribuição para a teologia da prevenção, ainda não suficientemente desenvolvida na Igreja Católica”, e que “é necessário abordá-la da melhor maneira”.

Em seu prólogo, o Papa Francisco destacou que “recebi com alegria e esperança o trabalho Teologia e Prevenção”, e agradeceu aos especialistas que contribuíram para o livro, que “a partir da teologia, nos convidam a aprofundar neste doloroso mal do abuso sexual ocorrido em nossa Igreja Católica”.

O Santo Padre indicou que “nestes últimos tempos eclesiais fomos desafiados a enfrentar este conflito, assumi-lo e sofrê-lo junto com as vítimas, suas famílias e toda a comunidade para encontrar caminhos que nos façam dizer: nunca mais à cultura do abuso”.

“Esta realidade nos exige trabalhar na conscientização, prevenção e promoção da cultura do cuidado e da proteção em nossas comunidades e na sociedade em geral, para que nenhuma pessoa veja a sua integridade e dignidade vulnerada e maltratada”, disse.

O Papa acrescentou que “lutar contra os abusos é propiciar e potencializar comunidade capazes de velar e anunciar que toda vida merece ser respeitada e valorizada; especialmente a dos mais indefesos que não contam com os recursos para fazer sentir a sua voz”.

Por sua vez, Pe. Portillo disse à ACI Prensa que “torna-se cada vez mais importante destacar a reflexão sobre a reparação, em particular, uma reparação que resulte de um modo mais integral, uma reparação que não seja considerada somente em um aspecto, mas que seja contemplada a partir de diferentes aspectos”.

No entanto, apesar do incentivo do Papa Francisco à luta contra os abusos, o diretor do CEPROME assinalou que ainda podem ser encontrados obstáculos ao longo do caminho.

“Um dos obstáculos mais fortes é a desarticulação. Também podemos entendê-lo como a desarmonia que existe nas diferentes instâncias que deveriam ser colaborativas ou que deveriam gerar um vínculo colegiado entre elas e estão desarticuladas”, explicou.

Esta falta de articulação, assinalou, afeta desde "as esferas do Vaticano às esferas mais concretas de nossos países". 

Cristãos na Política



Um dos maiores desafios para o Cristianismo no mundo de hoje é a presença efetiva dos cristãos na sociedade, assumindo com responsabilidade a vida política, econômica e cultural. Os cristãos, em virtude da fé professada e celebrada, não podem assistir com indiferença ou passividade ao desenrolar da história, como simples espectadores ou vítimas. São chamados a serem sujeitos da história, contribuindo para a construção de uma sociedade fundada na fraternidade, na justiça e na paz. À luz da fé cristã, a pessoa humana não pode ser compreendida como vítima de um destino cego que se abate sobre ela de modo inexorável. Ao invés da visão fatalista, o homem e a mulher são chamados a construir a própria vida e a vida social com consciência, liberdade e profundo senso de responsabilidade.

“Sal da terra” e “Luz do mundo” são expressões empregadas por Jesus, que expressam, com forte simbolismo, o ser e o agir dos seus seguidores no mundo. Não se pode relegar a fé à esfera privada ou ao interior dos templos. Tal postura equivocada ignora que a pessoa humana não pode ser concebida como indivíduo fechado sobre si, sobre sua liberdade e interesse próprio, mas como pessoa aberta ao “Outro”, que é Deus, e aberta ao “outro”, que é o próximo. A abertura ao outro faz parte da natureza do ser humano, o que inclui a sua dimensão social. A fé repercute não apenas nos círculos mais próximos, de cunho familiar ou comunitário, mas se expressa também nos diversos ambientes e situações da sociedade.