quinta-feira, 8 de abril de 2021

Monge é condenado à prisão por praticar caridade cristã na Turquia


Monge é condenado à prisão por praticar caridade cristã na Turquia: trata-se do pe. Sefer Bileçen, que adotou o nome monástico de padre Aho. Ele é membro da Igreja Siríaca Ortodoxa e, conforme as regras da hospitalidade monástica, deu comida a um grupo de pessoas que bateram à porta do seu mosteiro.

Para o Ministério Público turco, no entanto, essas pessoas seriam militantes do PKK, o Partido dos Trabalhadores Curdos, uma entidade que luta pela independência dos territórios curdos e que é catalogada pelo governo da Turquia como grupo terrorista.

O padre Aho passou quatro dias detido e acabou libertado provisoriamente por conta da pressão da opinião pública, mas agora foi condenado a 25 meses de prisão por “pertencimento ao PKK”, muito embora não seja curdo, e por “cooperação com grupo terrorista”. Detalhe: o julgamento foi realizado sem a presença do padre ou sem acesso de qualquer veículo de imprensa.

Ajuda à Igreja que Sofre pede orações pelo fim da violência em Mianmar


Devido ao aumento da violência em Mianmar, a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) fez um chamado aos cristãos de todo o mundo para rezar pela pacificação do país do sudeste asiático.

Em Mianmar há confrontos sangrentos entre as forças de segurança e os manifestantes que protestam contra o golpe militar de 1º de fevereiro, que derrubou a líder Aung San Suu Kyi.

No domingo, 14 de março, pelo menos 44 pessoas foram mortas em confrontos entre os manifestantes e militares e policiais. A Conferência dos Bispos Católicos de Mianmar publicou uma carta no mesmo dia pedindo o fim da violência.

Três dias depois, o Papa Francisco também pediu pelo fim da violência e para que o diálogo prevaleça.

No entanto, a última semana de março testemunhou os confrontos mais sangrentos desde o início do golpe, resultando na morte de mais de 100 pessoas nas mãos das forças de segurança.

Desde o início da crise, mais de 500 pessoas morreram, disse a ACN.

Segundo o presidente-executivo da ACN, Thomas Heine-Geldern, "os cristãos de todo o mundo veem Mianmar com grande preocupação".

“Apoiamos expressamente o apelo do Papa Francisco: a violência deve parar! Rezemos por isso especialmente nesta Páscoa”, pediu o diretor em uma entrevista recente.

Pe. Zezinho: autoridades confiam no consumidor, mas não nos fiéis?


O pe. Zezinho publicou em sua rede social as seguintes considerações sobre as proibições de ir e vir que, no contexto da pandemia, se aplicam a certos locais, mas não se aplicam a outros:

Minha opinião sobre ir ao templo

“Missa pode aglomerar e o toque de mãos e abraços pode conter o vírus! Mas sou a favor de manter as portas do templo abertas para quem deseja ir lá e orar sem aglomerar. Em geral, os templos católicos são altos e espaçosos e permitem circulação do ar sem perigo.

Mas pergunto a quem é radical só contra os templos:

Você vai ao supermercado e guarda distância de 90cm? E usa máscara e álcool em gel? Então por que você não pode ir ao templo fazendo a mesma coisa? O vírus só ataca nos templos?

Alguém proibiu você de entrar num supermercado quando você usou álcool em gel e foi de máscara? Então por que toda esta discussão? Você é cidadão quando vai comprar e não é cidadão quando vai orar? Guardando distância, como muitos templos guardam, vai pegar o vírus; mas no supermercado, pegando nas frutas e legumes, não vai pegar?”

Abertura de igrejas durante a pandemia: entenda como a fé é uma aliada da saúde


Não só no Brasil, mas em diversas partes do mundo igrejas precisaram lutar na justiça para conseguir manter suas atividades, como cultos e missas. Isso porque, diversas autoridades alegaram que a reunião dos membros seriam aglomerações capazes de propagar ainda mais a pandemia do novo coronavírus.

Todavia, temos alguns motivos para explicar que a prática da atividade religiosa se difere de outras aglomerações, ao menos se exercida de forma responsável, trazendo benefícios que podem ser grandes aliados contra a propagação da doença de forma direta e indireta. Vejamos alguns abaixo:

01 – A fé estimula a imunidade

Já existe na comunidade científica o consenso de que a saúde emocional de uma pessoa afeta diretamente a sua resposta imunológica contra o desenvolvimento de doenças. A fé, neste caso, está atrelada às emoções, sendo na maioria das vezes um fator de promoção e melhoria da saúde mental.

“Um grande e crescente volume de pesquisas agora documenta os benefícios da fé religiosa no funcionamento imunológico e vulnerabilidade à infecção, infecção viral em particular”, explica o Dr. Harold G. Koenig, do Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento e de Medicina da Duke University Medical Center, nos Estados Unidos.

Harold publicou no ano passado, na Nature Public Health Emergency Collection, um artigo abordando exatamente como enxergar a “saúde e o bem-estar colocando a fé em ação durante a pandemia de COVID-19”.

Citando autores como Pressman e Black (2012); Wilson et al. (2017) e Brown et al. (2020), o pesquisador argumenta que sintomas de ansiedade, medo, sensação de pânico e outros podem aumentar a vulnerabilidade do organismo diante das infecções, enquanto o oposto faz justamente o contrário, fortalecendo o sistema imunológico.

Harold, no entanto, ressalta que “uma atitude arrogante não é uma atitude de fé”, explicando que medidas restritivas devem ser encaradas com responsabilidade, e respeitadas. Ao mesmo tempo, segundo o autor, uma atitude de doação e sacrifício em favor do próximo pode existir se houver a necessidade de socorro, por exemplo.

“Uma razão pela qual o Cristianismo primitivo se espalhou tão rapidamente por toda a Europa e Oriente Médio nos primeiros séculos foi por causa de pragas infecciosas que dizimavam a população na Europa e em países ao redor do Mediterrâneo (Numbers e Amundsen 1986, pp 48–49). Cristãos eram aqueles que se esforçaram para cuidar de cristãos e não-cristãos, muitas vezes arriscando suas próprias vidas para fazer isso”, diz o autor.

02 – O socorro é circunstancial

Tendo como perspectiva a ideia de que é preciso prestar socorro aos necessitados, nos cabe perguntar: o que é uma necessidade? Alguém que está entrando em depressão devido ao isolamento social; ou em pânico; desenvolvendo ideação suicida; tristeza profunda… não são necessidades? Evidente que sim!

O julgamento sobre o que é ou não uma necessidade real de socorro depende de cada circunstância, e é aqui onde entra o importante papel das igrejas (leia-se: templos) como lugares de acolhimento, escuta e consolo.

Considere que há milhões de pessoas que não desfrutam de um convívio social recheado de companhias. Geralmente os idosos vivem mais isolados dos que os jovens, e algumas das poucas atividades que realizam são justamente a religiosa, participando de cultos, missas e outros.

Ainda de acordo com Harold, em seu livro Medicine, Religion, and Health, “ser membro da igreja era o único tipo de envolvimento social que previa maior satisfação com a vida e felicidade” para um grande número de pessoas, o que significa que a falta disso representa um quadro emocional potencialmente contrário, afetando a saúde mental/emocional dessas pessoas.

Com isso, o fechamento dos templos significa impedir que tais pessoas tenham onde receber socorro emocional/mental, e falamos aqui do encontro presencial mesmo, visto que há diferenças significativas entre cerimônias online e presenciais, como veremos no próximo tópico.

Igrejas, pandemia, abre ou fecha?


“Todos os odiarão por minha causa” (Lucas 21:17) – Decisão monocrática do ministro do STF, Nunes Marque, liberou atividades religiosas com cultos ou missas presenciais, desde que respeitadas medidas sanitárias, como:

”Limitar a ocupação a 25% da capacidade do local; Manter espaço entre assentos com ocupação alternada entre fileiras de cadeiras ou bancos; Deixar o espaço arejado, com janelas e portas abertas sempre que possível; Exigir que as pessoas usem máscaras; Disponibilizar álcool em gel nas entradas dos templos; Aferir a temperatura de quem entra nos templos”.

É claro que a decisão do ministro não agradou os prefeitos e governadores, não sem surpresa todos de partidos políticos de viés ideológico de esquerda, que por natureza tem a tendência a serem o que são, ditadores. Que estão tendo na pandemia a desculpa perfeita para “brincarem” de tiranetes.

Há algo muito estranho nessa pandemia provocada pelo vírus chinês, no momento em que ela deveria já estar em declínio, afinal, no Brasil, após um ano, 12.953.597 casos confirmados com 330.193 óbitos, uma taxa de letalidade de 2,55%, ou melhor dizendo, de 97,45% de curados.

Com a chegada de vacinas liberadas em caráter emergencial, que teoricamente tem uma eficácia satisfatória. E é claro a imunidade de rebanho que está acontecendo de forma natural. A pandemia ao invés de finalmente chegar ao fim, ela toma um folego? Muito estranho… acho que essa pandemia vai ser “esticada” até às eleições de 2022!

No inicio da pandemia, diante do desconhecido, do fato de que era uma doença contagiosa, transmitida por via respiratória, portanto aglomerações deveriam ser suspensas, e infelizmente tecnicamente, igrejas são aglomerações, mesmo não gostando, eu dentro do contexto histórico do momento, diante da nossa falta de conhecimento do que poderia acontecer, por cautela defendi naquele primeiro momento o fechamento das igrejas.

Não me arrependo disso. Porém, passado um ano de uso de máscaras, posso dizer que muitas máscaras caíram…

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Projeto de criação do Regional Leste 3 será votado na Assembleia dos Bispos da CNBB


Nos dias 12 a 16 de abril os bispos do Brasil estarão reunidos, de forma virtual, para a 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que terá como tema central o Pilar da Palavra, proposto pelas Diretrizes Gerais da ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023).

Dentre os assuntos de pauta está a apresentação e votação do projeto de criação do Regional Leste 3 da CNBB composto pelas Igrejas Particulares do Estado do Espirito Santo:  a Arquidiocese de Vitória e as Dioceses de Cachoeiro do Itapemirim, Colatina e São Mateus.

Cristo agredido por feministas em via-sacra gera polêmica no México


Uma via-sacra realizada na Sexta-feira Santa deste ano, 2 de abril, gerou polêmica ao mostrar mulheres que representavam feministas agredindo Jesus Cristo no chão.

Na via-sacra, quando Jesus estava chegando à oitava estação, foi atacado pelas figurantes  feministas.

A narração disse: “Há 2021 anos, o Salvador pelas ruas de Jerusalém encontrou em seu caminho um grupo de mulheres que choravam por Ele. Hoje, 2021 anos depois, o Senhor volta a se encontrar com mulheres muito diferentes daquelas que consolou”.

“Mulheres imersas no coletivo irracional, exigindo direitos com insultos, destruindo tudo por onde passam, lutando por um feminismo pela dignidade das mulheres, quando nem elas mesmas se dignificam”.

“Mulheres violentas, acompanhadas de atos de vandalismo. Mulheres que entram nos templos profanando a Eucaristia, zombando da Virgem Maria”, continua a narração.

“Hoje Jesus continua se encontrando com as mulheres, mas o Senhor não deixará de repetir para nós novamente as suas palavras de consolo: mulheres de Jerusalém não chorem por mim, mas por vocês mesmas e por seus filhos. Porque embora na luta exijam o aborto como direito, desde o momento da concepção toda mulher é mãe e todo feto abortado são seus filhos”.

A via-sacra foi organizada e transmitida pela Life Online Oficial, uma plataforma de evangelização vinculada à paróquia São José de Ciudad Pemex, que está sob a jurisdição da diocese de Tabasco.

Os membros do Life Online Oficial se definem como “jovens católicos” interessados ​​em “falar sobre muitos temas que nos ajudem a ser melhores e a crescer na fé, informando-nos devidamente sobre temas de interesse à luz do magistério da Igreja”.

A transmissão, que durou mais de duas horas, começou às 9h58 (hora local) pelo Facebook e já tem cerca de seis mil visualizações.

A via-sacra foi apresentada pelo Pe. Tomás Raymundo Rodríguez, pároco da paróquia São José de Ciudad Pemex.

STF julga o fechamento de igrejas durante pandemia.


Católicos de todo Brasil tiveram motivos em dobro para celebrar na Páscoa deste ano, pois, além da celebração litúrgica da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, eles foram surpreendidos com uma liminar do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou quaisquer que fossem as restrições estaduais e municipais à participação de fiéis em atividades religiosas.

Com essa decisão diversas dioceses permitiram imediatamente a presença de fiéis nas missas do Domingo de Páscoa. O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida foi um dos grandes destaques que, na manhã deste domingo (4), contou com 154 pessoas acompanhando a celebração das 8h.

Alguns bispos, entretanto, mesmo após a decisão favorável à Igreja, seguiram pelo caminho politicamente correto e decidiram privar os fiéis da alegria de participar da missa na festa da ressureição, depois de passarem a semana santa sem poder participar das celebrações mais importantes do ano.

Arquidiocese de São Paulo

Durante o programa “Diálogos de fé” deste Domingo de Páscoa, 4, transmitido pela rádio 9 de Julho e pelas redes sociais, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, afirmou que a medidas restritivas adotadas na Arquidiocese para conter o avanço da pandemia de COVID-19 continuarão em vigor enquanto a fase crítica de contágio perdurar.

Respondendo a uma pergunta referente à decisão caráter liminar (provisório) do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicada neste sábado, 3, liberando a realização de missas e cultos religiosos em todo o Brasil, Dom Odilo ressaltou que as medidas adotadas pela Arquidiocese de São Paulo independem de alguma decisão judicial.

“A nossa recomendação durante o tempo da crise aguda da pandemia, de celebrar sem a presença do povo nas igrejas, não vem de uma proibição. A nossa posição vem da preocupação pela situação da pandemia, que está muito grave, com muitos doentes e mortos”, explicou o Cardeal, reconhecendo, contudo, que qualquer proibição desse gênero fere um direito constitucional.

O Arcebispo acrescentou que a decisão monocrática do ministro do STF não muda a recomendação para as paróquias e comunidades da Arquidiocese, pois “a situação da pandemia ainda não mudou em São Paulo”.