Monge é condenado à prisão por praticar caridade cristã na Turquia: trata-se do pe. Sefer Bileçen, que adotou o nome monástico de padre Aho. Ele é membro da Igreja Siríaca Ortodoxa e, conforme as regras da hospitalidade monástica, deu comida a um grupo de pessoas que bateram à porta do seu mosteiro.
Para o Ministério Público turco, no entanto, essas pessoas seriam militantes do PKK, o Partido dos Trabalhadores Curdos, uma entidade que luta pela independência dos territórios curdos e que é catalogada pelo governo da Turquia como grupo terrorista.
O padre Aho passou quatro dias detido e acabou libertado provisoriamente por conta da pressão da opinião pública, mas agora foi condenado a 25 meses de prisão por “pertencimento ao PKK”, muito embora não seja curdo, e por “cooperação com grupo terrorista”. Detalhe: o julgamento foi realizado sem a presença do padre ou sem acesso de qualquer veículo de imprensa.
Segundo informações da rádio portuguesa Renascença, o monge nega todas as acusações e reitera que apenas praticou um ato de caridade cristã sem sequer saber da posição política dos visitantes.
O mosteiro em que aconteceu o episódio é o de Mor Jakup, ou São Tiago, em siríaco. Foi o próprio pe. Aho quem o restaurou após décadas de abandono, decorrentes da perseguição religiosa na região que é terra ancestral dos cristãos assírios ou siríacos. A mesma região também foi uma das mais martirizadas durante o genocídio perpetrado pelos turcos otomanos contra os cristãos armênios, cujo ápice foi registrado em 1915.
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Aleteia
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