Uma via-sacra realizada na Sexta-feira Santa deste ano, 2 de abril, gerou polêmica ao mostrar mulheres que representavam feministas agredindo Jesus Cristo no chão.
Na via-sacra, quando Jesus estava chegando à oitava estação, foi atacado pelas figurantes feministas.
A narração disse: “Há 2021 anos, o Salvador pelas ruas de Jerusalém encontrou em seu caminho um grupo de mulheres que choravam por Ele. Hoje, 2021 anos depois, o Senhor volta a se encontrar com mulheres muito diferentes daquelas que consolou”.
“Mulheres imersas no coletivo irracional, exigindo direitos com insultos, destruindo tudo por onde passam, lutando por um feminismo pela dignidade das mulheres, quando nem elas mesmas se dignificam”.
“Mulheres violentas, acompanhadas de atos de vandalismo. Mulheres que entram nos templos profanando a Eucaristia, zombando da Virgem Maria”, continua a narração.
“Hoje Jesus continua se encontrando com as mulheres, mas o Senhor não deixará de repetir para nós novamente as suas palavras de consolo: mulheres de Jerusalém não chorem por mim, mas por vocês mesmas e por seus filhos. Porque embora na luta exijam o aborto como direito, desde o momento da concepção toda mulher é mãe e todo feto abortado são seus filhos”.
A via-sacra foi organizada e transmitida pela Life Online Oficial, uma plataforma de evangelização vinculada à paróquia São José de Ciudad Pemex, que está sob a jurisdição da diocese de Tabasco.
Os membros do Life Online Oficial se definem como “jovens católicos” interessados em “falar sobre muitos temas que nos ajudem a ser melhores e a crescer na fé, informando-nos devidamente sobre temas de interesse à luz do magistério da Igreja”.
A transmissão, que durou mais de duas horas, começou às 9h58 (hora local) pelo Facebook e já tem cerca de seis mil visualizações.
A via-sacra foi apresentada pelo Pe. Tomás Raymundo Rodríguez, pároco da paróquia São José de Ciudad Pemex.
Ao longo da Semana Santa, o Life Online Oficial transmitiu as celebrações litúrgicas ao vivo através da sua página no Facebook. Além disso, compartilharam exercícios espirituais e atos de devoção, como a oração do terço on-line.
Em diferentes meios de comunicação mexicanos, foi criticada a diocese de Tabasco e seu seminário maior por supostamente usar a celebração religiosa para criticar as feministas.
Em entrevista coletiva no dia 4 de abril, o bispo de Tabasco, Dom Gerardo de Jesús Rojas López, disse que a informação que acusa a diocese e seu seminário maior é uma “notícia falsa” que “destrói, porque quando não se diz a verdade há muito perigo, há difamação, e pode ser que até calúnia”.
O bispo mexicano disse que de 27 de março até 3 de abril, Sábado Santo, os seminaristas não estavam no seminário maior, pois “foram fazer missões”.
“Não houve via-sacra no seminário”, disse o bispo de Tabasco, reforçando que responsabilizar a diocese ou seu seminário maior “é uma mentira”.
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ACI Digital
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