Uma tentativa de acabar com uma Missa de Primeira Comunhão viralizou nas redes sociais. Um grupo de policiais entrou nas dependências de uma paróquia para suspender a celebração, mas o padre não permitiu.
O episódio ocorreu no sábado, 1º de maio, na cidade de Adrogué, província de Buenos Aires, Argentina. O Pe. Guillermo Robles, da paróquia de Corpus Christi, estava celebrando a Missa de Primeira Comunhão em um espaço aberto.
Aparentemente, os vizinhos informaram à polícia que havia uma concentração ilegal de pessoas que violava um decreto nacional.
Foi isto que aconteceu durante a Missa:
Es una vergüenza esto que padecieron el padre Tito Robles y quienes participaban de una misa AL AIRE LIBRE en Temperley, provincia de Bs As. pic.twitter.com/ftWpwKi3b4
— Gonzalo Aziz (@gonzaloaziz) May 2, 2021
O vídeo nos mostra a tentativa de interromper a celebração. A polícia entra no terreno da paróquia para suspender a missa. Enquanto isso acontecia, os paroquianos cantavam.
Os oficiais caminham até o altar e se dirigem ao padre, que no microfone diz:
“Vamos falar tranquilamente, na lei que o governador de Buenos Aires Axel Kicillof aprovou diz que pode ser feito com uma capacidade de 30%, li no jornal”. O padre lembrou que o local tinha capacidade para 400 pessoas, e que no momento havia 120, ou seja, 30%.
O policial respondeu: “o presidente disse ‘sem batismo, sem casamento’”, ao que o padre respondeu: “Ele não disse isso, você está errado. Tem que ler bem, foi o que lemos no jornal”.
A situação foi gerada por uma confusão quanto à interpretação do Decreto 287/2021 emitido pelo Poder Executivo Nacional da Argentina, que, entre muitas disposições, reduziu as reuniões em espaços exteriores a apenas 10 pessoas. Também suspende todos os tipos de eventos religiosos em locais fechados.
Aparentemente, o padre havia lido um decreto anterior que estabelecia a capacidade de 30%.