O chamado “mundo LGBT” tem tido uma nova
prioridade: negar a todo custo a existência da teoria de gênero.
Devemos reconhecer que, na verdade, eles nunca
definiram as suas ideias como uma "teoria" propriamente dita, mas é
legítimo usar esse termo porque o corpo de ideias que eles defendem pode ser
enunciado a partir de duas convicções específicas.
A primeira declaração da teoria de gênero é que
existiria uma sexualidade específica (ou "dado biológico") e um gênero
distinto (ou "dado psicológico"). Ou seja: um ser humano pode ser
masculino-homem ou feminino-mulher quando há coincidência entre o sexo
biológico e o gênero; mas também poderia ser masculino-mulher ou
feminino-homem, no caso em que o sexo biológico e o gênero não coincidem. Tudo
isso é apresentado como "normal", palavra insistentemente presente na
terminologia LGBT.
A segunda afirmação da teoria de gênero é que seria
possível escolher de forma autônoma o gênero “preferido” (ou “sentido”),
prescindindo do fato biológico. Teria sido a sociedade quem nos impôs os
gêneros identificados à força com o dado biológico. A partir de agora, porém,
deveríamos ficar cientes de que as crianças podem crescer “livres” desses
“estereótipos” e ter a oportunidade de decidir “livremente” o seu gênero,
mediante uma educação que não fizesse distinções entre meninos e meninas.
Estas afirmações fazem parte de uma teoria complexa
que procura legitimar a “sexualidade mutável” ou “líquida” em nome de uma
“autonomia sexual” que permita a cada um escolher a própria identidade sexual
(com ou sem cirurgia de mudança de sexo).
Uma parcela relevante da ciência médica, no
entanto, enxerga estas crenças como uma patologia mental, definindo o
transexualismo como um "transtorno de identidade de gênero" no Manual
Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais e explicando-o como "o
desejo persistente das características físicas e dos papéis sociais que conotam
o sexo biológico oposto". De acordo com o manual, portanto, existe apenas
o sexo biológico; desejar ser diferente daquilo que naturalmente se é seria
sintoma de um distúrbio mais profundo.