Quantos de nós já ouvimos essa frase, não é? Atualmente sabemos por meio de estatísticas que o número de católicos reduziu consideradamente. Entretanto, o problema da mobilidade religiosa não se encontra somente no catolicismo, mas também em outras religiões.
Penso que não podemos afirmar que a mobilidade religiosa se dá apenas por causa de problemas e deficiências internas da religião – estamos diante de uma realidade mais ampla. Vivemos atualmente numa sociedade imediatista, onde aquilo que for conquistado com a maior rapidez possível se torna o mais procurado. Com isso, onde se propaga cura e prosperidade imediata será o alvo daqueles que, sem firmeza religiosa, querem buscar refúgio. E, ainda, se torna mais atraente quando o ritualismo é deixado de lado e o “emocionalismo” é predominante. Todavia, emoção sempre acaba e pode não construir fundamentos sólidos.
A mobilidade religiosa mostra que o que é procurado pelas pessoas nas diversas religiões que elas passam é a satisfação pessoal. E quando a religião não agradar mais, por que não experimentar a outra? Essa parece ser a tendência atual.
Dia desses uma pessoa me disse que pensou em mudar de religião devido um conflito que teve com outra pessoa na igreja. Isso indica que o modo de conceber a vida em comunidade está mudado. Infelizmente, muitos vêem a religião apenas como um instrumento ou objeto que, após seu uso para o agrado pessoal, não tem mais valor.
Muitos buscam encontrar na religião apenas uma força para resolver seus problemas. Assim, escolhe-se a religião que lhe é mais favorável, isto é, aquela que irá atendê-lo “naquele” momento com “aquela” solução para “aquele” problema. Muitas vezes, depois de satisfeito, outra escolha de religião acaba sendo feita futuramente. Isso é um grande problema, pois não há espaço para fundamentar-se numa única fé ou comprometer-se com todas as forças naquilo que se acredita e confia.
Sabemos que muitos dos nossos irmãos acomodados na fé precisam ser incentivados a conhecer mais de perto o ensinamento da Igreja para sustentar sua religiosidade com mais coerência. Somente com uma verdadeira formação poderemos contar com fiéis comprometidos com a Igreja. E por que essa necessidade? Porque precisamos de operários! Precisamos de vozes evangelizadoras que ajudem a construir o reino de Jesus Cristo. Isso é desafiador para nós.
Dessa forma, busquemos nos formar cada vez mais na nossa fé e busquemos também oferecer essa experiência com real comprometimento aos jovens que estão chegando aos nossos grupos. Ninguém gasta seu tempo e suas forças naquilo que não conhece, ou seja, não teremos jovens engajados nas nossas comunidades se estes não tiverem a real experiência com o amor de Jesus. Tanta mudança de religião representa que muitas pessoas não encontraram essa verdadeira experiência com Deus.
Aliás, de minha parte, percebi que também preciso mudar minha “religião”. Sim, mas refiro-me à “religião” no sentido individual, ou seja, meu “religar com Deus”. Essa dimensão sempre precisa ser mudada e aperfeiçoada por todos nós, a ponto de indicar as nossas falhas no diálogo com Deus, com a intenção de nos tornar mais comprometidos com Ele, com a Igreja e com os irmãos. Por isso, estou disposto a mudar minha religião quantas vezes forem necessárias! E você, vem comigo?
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Fonte: http://tlc.org.br/portal/?p=16200
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