sábado, 10 de novembro de 2012

Igreja "Frouxa" Católica Apostólica Romana



Pelo menos é isso que parte da imprensa e até muita gente católica parece querer! Uma Igreja que ao mesmo tempo em que esteja no mundo, seja do mundo, contrariando o que o próprio Mestre ensinou: “Eu não estou no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste. E os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Mas agora vou para ti. E isto falo no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmo. Eu lhes dei a tua palavra e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo” (Jo 17,11-114)

Existe mesmo esta tendência no mundo atual; nada de verdades absolutas, nada de regras, nada de dogmas. A verdade que vale é a verdade de cada um. Todo mundo tem direito de expor suas ideias e opiniões, por mais absurdas e cretinas que sejam. Menos a Igreja. 

Exigem do Magistério que seja defensor não da Doutrina Revelada, mas da modernidade. Aliás, esta é a grande Tirania da atualidade: a necessidade de ser moderna! Como se a Doutrina da Igreja fosse um tipo de eletrodoméstico que precisa ser “recauchutado” de ver em quando ou trocado por um modelo mais “moderno”…

De vez em quando, as fábricas de automóveis convocam os proprietários de veículos de sua marca para comparecer às concessionárias para um “recall”, que é um conserto de algo que já saiu errado de fábrica… Querem que a Igreja faça um “recall” do Evangelho…

“Este tal Evangelho está muito superado! Já tem quase vinte séculos! Precisa de uma versão mais adequada aos novos tempos, às novas descobertas da Ciência, aos novos gostos da população atual!”

Ridículo! Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre! (Hb 13,8). Não é Sua doutrina que tem que se adaptar ao mundo, mas o mundo que tem que mudar para se adaptar à Sua doutrina.

Cada dia surge uma nova moda, uma nova exigência da modernidade e lá vão os bobos de plantão atrás. Correm atrás de moscas: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas”. (2Tm, 4,-4)

Pior é ler padres e teólogos pregando essa “novidadice” dentro da Igreja, tudo tem que ser mudado: O Evangelho decreta a santidade da vida humana desde seu início? Corta fora para podermos aprovar o uso de embriões humanos na pesquisa das células-tronco!

O Evangelho fala da santidade do matrimônio? Da santidade do corpo humano? Da proibição de uniões entre pessoas do mesmo sexo? Fora! Velharia! Retiremos esta parte para podermos aprovar o casamento entre gays.
Jamais houve na Igreja “mulheres sacerdotes?” Nas igrejas cristãs que, nos tempos atuais aceitaram esta prática houve uma forte resistência? Antiguidade! Os tempos mudaram! Machismo! Ordenemos as mulheres que elas têm direito a isso, como se sacerdócio fosse uma espécie de promoção humana ou direito pessoal. Algo como “poder votar”, “poder tirar carteira de motorista”…

Inventaram que “a Igreja está se esvaziando” por causa destas coisas… É engraçado ouvir isso ao mesmo tempo em que a gente vê as multidões que acorreram aos funerais do “conservador” Papa João Paulo II. As multidões que assistiram à posse do “conservador” Bento XV!

No Globo do dia 25 de abril, na coluna “opinião”, o jornalista Alberto Di Franco, num artigo sobre estas “exigências” de modernidade apresentadas ao Papa, escreve que “certa vez Hans Küng, ex-teólogo católico e expoente da minoria contestatária ao papado, foi curiosamente interpelado por um pastor protestante: “Tudo o que o senhor pede para o catolicismo – abolição do celibato, ordenação de mulheres”, sublinhou o pastor – “nos já temos”. “Como é possível, então, que os nossos templos estejam muito mais vazios do que as igrejas católicas?”.

O que querem, afinal? Querem que a Igreja se torne uma legitimação em nome de Deus de tudo que a Ciência ou a moda decretam como “verdades”?

O que desejam afinal? Que a Igreja renuncie ao seu papel de Defensora da Verdade revelada e aceite ser “parceira” na discussão das “verdades provisória” de nossos tempos?

Mas, o que querem, afinal de nossa Igreja? Reduzi-la a um espaço devocional onde as pessoas vão para “ descarregar” as frustrações, tristeza e aborrecimentos da vida? Sem qualquer possibilidade de anunciar estas coisas odiadas hoje em dia, como “verdades eternas”, “dogmas de fé”, etc.

Em nome de quem estas pessoas falam? Não é dos católicos, pois, como citados, as multidões parecem ter feito uma escolha diferente dessa… Aliás, só como curiosidade, você sabia que existe um site dedicado ao “fã clube” do então Cardeal Reatzinger, hoje Papa bento XVI (http://reatzinger.it), com  acesso em todas as línguas?

Falam, pois, em nome do “mundo”, da maneira como o Evangelho de São João entende este termo: “a humanidade decaída, alienada de Deus e hostil  a Deus e a Jesus Cristo” (dicionário Bíblico, John L. Mckenzie, verbete “mundo”).

Este mundo odeia a verdade, pois quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas em Deus (Jo 3,21).

Este mundo criou seus próprios caminhos que levam à guerra, à exploração de irmão por irmão, ao aborto, à violência… Esquecido de que há apenas um Caminho!

Este mundo decidiu que pode fazer o que quiser da vida, inclusive usá-la como mercadoria, cobaia de laboratório, banco de órgãos, etc.

Prefiro uma Igreja fiel a Jesus. Mesmo que doa. Mesmo que sejamos perseguidos e ridicularizados Afinal, disse Jesus: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós” (Mt 5, 11-12).

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Fonte: http://tlc.org.br/portal/?p=14529

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