Em seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, São Luís de Montfort escreve em determinado momento sobre o que ele chama de “devotos escrupulosos”. Seriam aqueles que evitam dar a devida honra merecida por Nossa Senhora com receio de assim diminuírem o valor de seu Filho.
Atualmente, não é incomum encontrar quem pense deste modo, ou ainda quem ache que é “perda de tempo” praticar atos de devoção à Virgem e não “diretamente” a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ora, tal oposição é simplesmente falsa!
1. O fim último da devoção a Maria é seu Filho. ”Nunca se honra tanto a Jesus Cristo como quando se honra mais e mais a Santíssima Virgem, pois não a honramos senão para honrar mais perfeitamente a Jesus Cristo” (MONTFORT, p. 66). Não há caminho mais seguro para se chegar ao Filho senão pela Mãe, pois se Deus, que é perfeitíssimo, escolheu encarnar-se por meio de Maria, nada melhor do que chegar a Cristo através dela.
No mesmo sentido, ensina S. Tomás de Aquino em seus comentários à Ave Maria: “o nome de Maria, que quer dizer, «Estrela do mar», Assim como os navegadores são conduzidos pela estrela do mar ao porto, assim, por Maria, são os cristãos conduzidos à Glória” (AQUINO, p. 61)
2. Enquanto somos manchados pelo pecado, Maria, Imaculada, é livre de todo o pecado desde a sua concepção. “Se tememos ir diretamente a Jesus Cristo, nosso Deus, por causa da sua grandeza infinita, ou da nossa baixeza, ou dos nossos pecados, imploremos com ousadia o auxílio e a intercessão de Maria, nossa mãe, que é boa e terna” (MONTFORT, p. 59).
Portanto, devemos entregar-nos de todo o coração a Maria, para que, por sua gloriosa intercessão cheguemos mais perfeitamente a Nosso Senhor.
Salve Maria!
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Disponível em: Totus Tuus
Referências: MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Ed. Caminhos Romanos: Barcelos, Portugal, 2012
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