Com tanta coisa boa para se falar sobre a Jornada, decidem entrevistar quem? Leonardo, o Boff. A gentileza é do periódico liberal – como não poderia deixar de ser – Deutsche Welle, da Alemanha. A reportagem pode ser lida, em português, na Folha.
Vamos às pérolas do “profeta” da Teologia da Libertação no Brasil. Para ele, a Igreja “não precisaria de um papa”. Ela “poderia se organizar numa vasta rede de comunidades”. Hum… Uma rede, é? Mais ou menos como o projeto político recém-criado pela Marina Silva e seus asseclas?! Boff quer a mudança de uma estrutura que vem dando certo há dois milênios, superando impérios, reinos, revoluções e toda sorte de intempéries. E fala contra dois mil anos de testemunho dos santos em favor da hierarquia e da figura do Papa. Por que mesmo deveríamos lhe dar ouvidos?
“Eu acho que esse é o papa da ruptura”, diz o teólogo. Ele também fala de uma “reforma do papado”. De que se trata? Ele explica: “Acho que o papa Francisco vai criar uma dinastia de papas do Terceiro Mundo. Além disso, as nossas igrejas já não são mais igrejas de espelho, imitando as europeias; são igrejas fonte, criaram suas tradições, têm os seus mártires, seus mestres, suas formas de celebrar, têm suas teologias e profetas e figuras importantes, como dom Hélder Câmara e Óscar Romero.”
Boff fala do desenvolvimento de “igrejas fonte”. Seriam desligadas do poder de Roma e, em última análise, até dos próprios apóstolos – se elas “criaram suas tradições”, por que recorrer à Tradição Apostólica? -, teriam seus próprios “mestres” e “profetas”, como… Dom Helder Câmara!
Para Genésio, são essas igrejas que “estão dando vitalidade ao cristianismo”. Mentira. Mentira cabeluda. Bem que o teólogo metido a profetizar reformas poderia fazer uma breve visita, por exemplo, ao estado de Rondônia, para ver como é a situação das tais “igrejas fonte” por lá. O projeto da Teologia da Libertação enche igrejas… protestantes! Com padres de tacape falando só do pão, a palavra que sai da boca de Deus o povo procura no discurso dos pastores pentecostais.
A Jornada Mundial da Juventude, que vai reunir milhares de jovens ao redor do Papa, cuja figura Boff considera prescindível, é o melhor exemplo de como seu modelo tribal e anárquico de igreja é falido. A esses teólogos desajuizados, é sempre bom lembrar: a Igreja é Esposa do Cordeiro, e não uma filial do Partido dos Trabalhadores… A Jornada é uma celebração para a Igreja universal, e não um festival de Woodstock.
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Fonte: Ecclesia Una
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