A interpretação que o “New York Times” fez das palavras doPapa Francisco se espalha pelo mundo e se impõe entre a opinião pública |
Após a publicação da entrevista dada pelo Papa Francisco à revista dos jesuítas, a interpretação que o “New York Times” fez das palavras do Pontífice foi seguida pela grande maioria dos meios de comunicação nos Estados Unidos.
O “giro” dado às respostas do Papa consistia em mostrá-lo como menos rigoroso que seus antecessores, sobretudo em comparação com Bento XVI, em temas que tocam os poderosos interesses dos lobbies, especialmente os que promovem o casamento gay, o aborto e a contracepção.
Segundo esta interpretação, as palavras do Papa justificariam uma postura de “abertura” da Igreja Católica, que estaria supostamente obcecada com os temas da homossexualidade e do aborto; devido a esta obsessão, ela teria perdido fiéis e, de agora em diante, nela caberiam todos, como se fosse a reforma de um hotel cinco estrelas.
Tais interpretações, já divulgadas como se fossem parte do magistério papal, sem entender o contexto das palavras do próprio Pontífice, obtiveram um alto nível de aprovação entre católicos e não católicos nos Estados Unidos, segundo uma nova pesquisa feita por HuffPost/YouGov.
A pesquisa concluiu que 46% dos católicos dos Estados Unidos pensam que as frases do Papa na entrevistafeita pelo diretor da “Civiltà Cattolica” refletem “uma boa mudança” na direção da Igreja, enquanto 20% opinam que tocar nestes temas “não levará a uma mudança profunda em suas políticas”.
Dos católicos entrevistados, 15% afirmam que o Papa “está muito longe dos valores tradicionais da Igreja”, enquanto 19% não têm certeza do que pensam a respeito disso.
Na entrevista, 81% dos católicos disseram que o Papa Francisco teve um efeito “muito positivo” ou “um pouco positivo” na Igreja, enquanto 76% afirmam ter uma opinião “muito favorável” ou “um pouco favorável” a respeito do Pontífice. Menos de 10% dos católicos entrevistados têm uma opinião negativa sobre o Papa.
Quando os católicos foram questionados sobre o que queriam que o Papa fizesse, se tivesse alguma oportunidade de fazê-lo, 49% disseram que “ele deveria mudar as políticas da Igreja para refletir as atitudes dos católicos de hoje”, enquanto 37% responderam que o Papa deveria “manter as posições tradicionais da Igreja”.
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Fonte: Aleteia
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