Após a rápida conquista da capital do Afeganistão, Cabul, a Caritas Paquistão se prepara para dar assistência humanitária aos refugiados afegãos em fuga dos Talibãs. A organização caritativa já mobilizou suas unidades nas fronteiras com o Afeganistão, de onde se espera um fluxo maciço de refugiados.
Segundo a mídia local, milhares de afegãos teriam entrado no Paquistão, passando por Chaman, uma das rotas comerciais e de viagens mais movimentadas entre os dois países. Porém, a notícia que foi negada pelo ministro do Interior paquistanês, Sheik Rashid.
No entanto, mais de 200 famílias chegaram à área metropolitana de Quetta, província de Baluquistão, como confirma à Agência UCA News o diretor executivo da Caritas Paquistão, Amjad Gulzar.
“Nossos escritórios em Quetta e Islamabad-Rawalpindi já se prepararam para enfrentar a emergência humanitária, colocando à disposição funcionários que conhecem o pashtu”, a língua da principal etnia do Afeganistão.
"As crises de refugiados – explica Gulzar - costumam prolongar-se ao longo do tempo e requerem estratégias para suprir as necessidades mais imediatas: água, primeiros socorros, vacinas, quer às exigências a médio e longo prazo como a saúde mental dos que sofreram traumas, o tratamento de doenças crônicas e a educação".
Os responsáveis da Caritas Paquistão reuniram-se com a equipe do Escritório do Alto Comissariado da ONU para os refugiados afegãos, em Peshawar, capital da Província de Khyber Pakhtunkhwa, para coordenar as primeiros ajudas.
O Paquistão não aderiu nem à Convenção de Genebra de 1951 sobre o status dos refugiados, tampouco ao Protocolo da ONU de 1967. Entretanto, a Caritas Nacional trabalhou pelos refugiados afegãos nos anos 1970, após a invasão soviética, nos anos 90, após a tomada do poder pelos Talibãs e em 2001, após a invasão dos Estados Unidos.
De acordo com o Alto Comissário da ONU para Refugiados (ACNUR), atualmente no país vivem 1,4 milhão de refugiados do Afeganistão, dos quais mais de 300.000 em Karachi. A Província de Khyber Pakhtunkhwa, no norte do país, tem 43 Campos de refugiados afegãos.
Por Vatican News Service - LZ
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