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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Imaculado Coração de Maria (1º sábado após o 2º domingo depois de Pentecostes).



A festa foi introduzida em 1944 por Pio XII e era celebrada na oitava da Assunção.

Quando a mencionada passagem do Evangelho de Lucas diz: “Maria guardava todas estas coisas e as meditava no seu coração”, faz uma afirmação importante sobre a sua disposição de ânimo mais íntima, sobre a profundidade existencial de sua receptividade, que sabe permanecer na escuta, refletir e introduzir os acontecimentos no cento da própria existência. Efetivamente também o pensamento bíblico une o conceito de “coração” com o de “pureza” e fala de pureza de coração[1], um conceito que hoje corremos o risco de perder.

De fato, ele não está indicando em primeiro lugar a castidade, mas (sem excluir esta) a dedicação total a Deus, sem hesitações, que torna o homem interiormente transparente e belo, porque o imerge de maneira completa na Luz Divina. Por isso, Maria é igualmente chamada “Mãe do Belo Amor”, cuja beleza brilha no interior sob a forma de pureza e está em condições de fascinar o homem que consegue acolher este valor.

A memória do Imaculado Coração de Maria causa, sem dúvida alguma, dificuldades também para muitos católicos.

A denominação dada à memória cria algumas dificuldades, e antes de tudo, o termo “imaculado”. Muitos o entendem no sentido de uma negação da sexualidade humana ou pelo menos no sentido hostil ao corpo, tido em muitos ambientes como tipicamente cristão e contra o qual as camadas mais profundas do homem protestam, e este protesto encontra sua expressão passional na perversão satânica do culto eclesial ou das formas edonistas de uma arte negativa que se serve como volúpia pragmática e sádica de imagens genitais e anais[2].

Com efeito, uma coisa teria justamente desagradado desde sempre ao diabo, ao arquipuritano, ao descobridor de uma castidade quase desencarnada, ao pregador da incorporeidade, isto é, o fato de que a carne devia ser modelada segundo a imagem de Deus, para ali receber o espírito do Espírito de Deus. Por isso, nunca me causou estranhesa encontrar o diabo dentro de tantos celebradores do “puro espírito”, aquele diabo que odeia toda a criação e, em particular, o homem.


Quando a Igreja confessa que o coração de Maria é um jardim fechado pela graça de Deus numa medida tal que as potências demoníacas não podem prejudicá-lo, com isso exprime simplesmente a sua fé no fato de que Maria acolheu a Palavra de Deus que tomou corpo no seu ventre.

O Evangelho, que fala que Jesus aos doze anos se perdeu no Templo, chega a propor um detalhe que faz pensar numa incompreensão da mãe com seu Filho: “Filho, por que agiste assim conosco?”

A isto segue a afirmação que conservava estas palavras em seu coração: aqui, no coração, as coisas não compreendidas e a excitação encontram a sua integração na abertura diante da Palavra de Deus.

As traduções às vezes manifestam outra perda da realidade quando traduzem que Maria conservava “tudo” no seu coração. Certamente, o original não é traduzido com exatidão nem quando se traduz “todas estas palavras” ou “todas estas coisas”; o termo grego em questão pode ser traduzido com “palavra”, “coisa” e também com “história”.

A Palavra de Deus que cria e faz história, a Palavra de Deus jamais impotente, uma Palavra que se pode “ver”,[3] mas que permanece “oculta” enquanto não é “experimentada”;[4] Trata-se da boa Palavra de Deus presente em todas as coisas como incompreensível, se for meditada e conservada num coração que diz com absoluta confiança: “Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38).

É este o evento histórico-salvífico que celebramos na memória do Imaculado Coração de Maria: a sua concretíssima, sempre renovada e constante prontidão em ver em todas as coisas, com o vigor indiviso de seu coração, uma Palavra de Deus, quando esta Palavra quis assumir no seu ventre a figura do Filho de Deus encarnado.


[1] Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5,8).

[2] Segundo a concepção cristã, o campo do satânico funde-se em grande parte com o dionisíaco, da tenebrosa “Grande Mãe” e do sexual. Conseqüentemente, estes três setores se tornaram o domínio preferido do satanismo e, portanto, do culto de satanás, o fenômeno central do “lado escuro” do Cristianismo.

[3]E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber” (Lc 2,15).
[4]Mas eles não entendiam esta palavra, que lhes era encoberta, para que a não compreendessem; e temiam interrogá-lo acerca desta palavra” (Lc 9,45).
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Extraído do livro "O Culto a Maria Hoje", ed. Paulinas.

Sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus...



166. A sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes a Igreja celebra a solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Além da celebração litúrgica, muitas outras expressões de piedade têm por objeto o Coração de Cristo. Não tem dúvida de que a devoção ao Coração do Salvador tem sido, e continua a ser, uma das expressões mais difundidas e amadas da piedade eclesiástica. Entendida à luz da Sagrada Escritura, a expressão “Coração de Cristo” designa o mesmo mistério de Cristo, a totalidade do seu ser, a sua pessoa considerada no seu núcleo mais íntimo e essencial...

167. Como o têm lembrado freqüentemente os Romanos Pontífices, a devoção ao Coração de Cristo tem um sólido fundamento na Escritura. Jesus, (...) apresenta-se a si mesmo como mestre “manso e humilde de Coração” (Mt. 11, 29). Pode dizer-se que a devoção ao Coração de Jesus é a tradução em termos cultuais do reparo que, segundo as palavras proféticas e evangélicas, todas as gerações cristãs voltaram para aquele que foi atravessado (cfr. Jo. 19, 27; Zc. 12, 10), isto é, o costado de Cristo atravessado pela lança, do qual brotou sangue e água, símbolo do “sacramento admirável de toda a Igreja”.

O texto de São João que narra a ostentação das mãos e do costado de Cristo aos discípulos (Cfr. Jo. 20, 20) e o convite dirigido por Cristo a Tomás para que estendesse a sua mão e a introduzisse no seu costado (Cfr. Jo, 20 27), tiveram também um influxo notável na origem e no desenvolvimento da piedade eclesiástica ao Sagrado Coração.

168. Estes textos, e outros (...) foram objeto de assídua meditação por parte dos Santos Padres que desvendaram as riquezas doutrinais e com freqüência convidaram aos fiéis a penetrar no mistério de Cristo pela porta aberta de seu costado. Assim, santo Agostinho diz: “A entrada é acessível: Cristo é a porta. Também se abriu para ti quando o seu costado foi aberto pela lança. Lembra o que dali saiu; portanto olha por onde podes entrar. Do costado do Senhor pendurado que morria na Cruz saiu sangue e água quando foi aberto pela lança. Na água está a tua purificação, no sangue a tua redenção.”

169. A Idade Média foi uma época especialmente fecunda para o desenvolvimento da devoção ao Coração do Salvador. Homens insignes pela sua doutrina e santidade, como São Bernardo (+1153), São Boaventura (+1274) e místicos como Santa Lutgarda (+1246), Santa Matilde de Magdeburgo (+1282), as Santas Irmãs Matilde (+1299) e Gertrudes (+1302) do Mosteiro de Helfta, Ludolfo de Saxónia (+1378), Santa Catarina de Siena (+1380), aprofundaram o mistério do Coração de Cristo no qual percebiam o “refúgio” aonde acolher-se, a sé da misericórdia, o lugar de encontro com Ele, a fonte do amor infinito do Senhor, a fonte da qual brota a água do Espírito, a verdadeira terra prometida e o verdadeiro paraíso.

170. Na época moderna o culto ao Sagrado Coração do Salvador teve novo desenvolvimento. No momento em que o jansenismo proclamava os rigores da justiça divina, a devoção ao Coração de Cristo foi um antídoto para suscitar nos fiéis o amor ao Senhor e a confiança na sua infinita misericórdia, da qual o Coração é prenda e símbolo. São Francisco de Sales (+1622), que adotou como norma de vida e apostolado a atitude fundamental do Coração de Cristo, ou seja, a humildade, a mansidão, (Cfr. Mt. 11, 29), o amor terno e misericordioso; Santa Margarida Maria Alacoque (+1690), a quem o Senhor mostrou repetidas vezes as riquezas do Seu Coração; São João Eudes (+1680), promotor do culto litúrgico ao Sagrado Coração; São Cláudio de la Colombière (+1682), São João Bosco (+1888) e outros santos têm sido apóstolos insignes da devoção ao Sagrado Coração.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sobre nós

APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Objetivo: visita às famílias, aos asilos e doentes levando o Evangelho.
Reunião: primeira e ultima Sexta- feira do mês, às 15h. 
Local: Sala 11    
ContatoRaimunda França – 3245-5749 / 9905-3265