sábado, 27 de outubro de 2012

Aprovada mensagem final do Sínodo dos Bispos



Para os padres sinodais, conduzir os homens e as mulheres do nosso tempo a Jesus é uma urgência que diz respeito a todas as regiões do mundo, de antiga e recente evangelização.

Os bispos reunidos em Roma aprovaram nesta sexta-feira, 26, a Mensagem do Sínodo dos Bispos para o Povo de Deus. O texto foi apresentado ao público na Sala de Imprensa da Santa Sé nesta manhã. Ao todo, são onze páginas de reflexões apresentadas em língua italiana.


Participaram da coletiva o Presidente da Comissão para a Mensagem, Cardeal Giuseppe Betori, o Secretário Especial, Dom Pierre Marie Carré, o Diretor da Sala de Imprensa, padre Federico Lombardi, e mais dois membros da Comissão. 


No texto, divido em 14 pontos, os padres sinodais afirmam que conduzir os homens e as mulheres do nosso tempo a Jesus é uma urgência que diz respeito a todas as regiões do mundo, de antiga e recente evangelização. 


Este caminho começa a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo e com a escuta das Escrituras. “Para evangelizar o mundo, a Igreja deve, antes de tudo, colocar-se à escuta da Palavra”, escrevem os Padres sinodais. 

Nova evangelização


Olhando de maneira mais concreta ao contexto da nova evangelização, o Sínodo recorda a necessidade de reavivar a fé, que corre o risco de apagar-se nos atuais contextos culturais, também contra o enfraquecimento da fé em muitos batizados. O encontro com o Senhor, que revela Deus como amor, só acontece na Igreja como forma de comunidade acolhedora e experiência de comunhão; a partir daqui, então, os cristãos passam a ser testemunhas em outros lugares.


Contudo, a Igreja afirma que, para evangelizar, é necessário, antes de tudo, ser evangelizado e lançar um chamado – começando por si mesma – à conversão, porque a debilidade dos discípulos de Jesus pesam sobre a credibilidade da missão. 


A mensagem também cita que a nova evangelização acolhe favoravelmente a cooperação com outras Igrejas e comunidades eclesiais, também elas movidas pelo mesmo espírito de anúncio do Evangelho. Presta-se particular atenção aos jovens, em uma perspectiva de escuta e de diálogo para recuperar, e não mortificar, seu entusiasmo. 


Juventude


Os jovens também são destinatários da Mensagem do Sínodo, definidos “presente e futuro da humanidade e da Igreja”. A nova evangelização encontra nos jovens um campo difícil, mas promissor, como demonstram as Jornadas Mundiais da Juventude.


Família


Os Bispos apontam como lugar natural da primeira evangelização a família, que desempenha um papel fundamental para a transmissão da fé. 


Diante das crises pelas quais passa essa célula fundamental da sociedade, com inúmeros laços matrimoniais que se desfazem, os Padres Sinodais se dirigem diretamente às famílias de todo o mundo, para dizer que o amor do Senhor não abandona ninguém, que também a Igreja as ama e é casa acolhedora para todos. 


A mensagem cita também a vida consagrada, testemunho do sentido ultra-terreno da existencia humana, e as paróquias como centros de evangelização.


Também recorda a importância da formação permanente para os sacerdotes e os religiosos e convida os leigos (movimentos e novas realidades eclesiais) a evangelizar permanecendo em comunhão com a Igreja


Diálogo inter-religioso


Os horizontes da nova evangelização são vastos tanto quanto o mundo, afirma o Sínodo, portanto é fundamental o diálogo em vários setores: com a cultura, a educação, as comunicações sociais, a ciência e a economia. Fundamental é o diálogo inter-religioso que contribua para a paz, rejeita o fundamentalismo e denuncia a violência contra os fiéis, grave violação dos Direitos Humanos.


Igreja em cada região do mundo


Na última parte, a Mensagem se dirige à Igreja em cada região do mundo. Com relação à América Latina, os padres sinodais se dirigem com sentimento de gratidão. 


“Impressiona de modo especial como no decorrer dos séculos tenha se desenvolvido formas de religiosidade popular, de serviço da caridade e de diálogo com as culturas. Agora, diante de muitos desafios do presente, em primeiro lugar a pobreza e a violência, a Igreja na América Latina e no Caribe é exortada a viver num estado permanente de missão, anunciando o Evangelho com esperança e alegria, formando comunidades de verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo, mostrando no empenho de seus filhos como o Evangelho pode ser fonte de uma nova sociedade justa e fraterna. Também o pluralismo religioso interroga as Igrejas da região e exige um renovado anúncio do Evangelho.”


Às Igrejas no Oriente, o Sínodo faz votos de que possa praticar a fé em condições de paz e de liberdade religiosa.


À Igreja na África, pede que desenvolva a evangelização no encontro com as antigas e novas culturas, pedindo aos governos que acabem com conflitos e violências.


Os cristãos na América do Norte, que vivem numa cultura com muitas expressões distantes do Evangelho, devem priorizar a conversão e estarem abertos ao acolhimento de imigrantes e refugiados.


Já a Igreja na Ásia, mesmo constituindo uma minoria, muitas vezes às margens da sociedade e perseguida, é encorajada e exortada à firmeza da fé. 


A Europa, marcada por uma secularização agressiva, é chamada a enfrentar dificuldades no presente e, diante delas, os fieis não devem se abater, mas enfrentá-las como um desafio. 


À Oceania, por fim, se pede que continue pregando o Evangelho.


A Mensagem se conclui fazendo votos de que Maria, Estrela da nova evangelização, ilumine o caminho e faça florescer o deserto.
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O Rosário da Virgem Maria



No final de outubro, muitas comunidades invocam a bênção para as capelinhas de Nossa Senhora e fazem o envio das zeladoras para que promovam a sua visita a todas as famílias católicas. Junto a isso, é reforçado o convite para a oração do Terço, uma vez que outubro, além de ser o mês das Missões, é também o mês do Rosário. Uma das mais eficazes formas de ser missionário e manter viva a chama da fé no coração das pessoas é, certamente, a visita da capelinha de Nossa Senhora associada à oração do Terço.

A oração do Santo Rosário, que é um conjunto de quatro Terços, tem sua origem no século IX da era cristã. Surgiu ao lado dos mosteiros como forma de oração do povo simples, que não tinha condições de participar da oração dos 150 salmos que eram rezados pelos monges. São Domingos de Gusmão lhe deu a forma usual em 1206, propondo a sua oração “pela conversão dos pecadores”. Dividiu o Rosário de 150 Ave-Marias em três terços, com 50 Ave-Marias cada um. Em 1500 associou-se a cada dezena de Ave-Marias um episódio da vida de Jesus ou de Maria. Foi assim que surgiu o Rosário com os mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos. Em 2002, João Paulo II lhe acrescentou os Mistérios Luminosos, propondo o acréscimo de mais 50 Ave-Marias. Com isso, o Rosário passou a ser composto por quatro Terços de 50 Ave-Marias cada um.

Na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, escrita por ocasião do lançamento do Ano do Rosário em 2002, o papa João Paulo II disse que “o Rosário é oração amada por numerosos santos e estimulada pelo magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece uma oração de grande significado e destinado a produzir frutos de santidade”. Mais adiante, a partir da convicção de que a “família que reza unida permanece unida”, propõe “o relançamento do Rosário nas famílias cristãs como ajuda eficaz para conter os efeitos devastadores da crise de nossa época”. Por isso pede “a todos aqueles que se dedicam à pastoral das famílias para sugerirem com convicção a recitação do Rosário”.

Na Diocese de Santa Cruz do Sul temos a alegria de contar com muitas capelinhas de Nossa Senhora e vários grupos que se reúnem para a oração do Terço. Pessoalmente sou testemunha de que nos lugares onde esta prática é mais usual, as comunidades são mais sólidas e as famílias se conservam mais unidas. Por isso, estamos distribuindo por toda a Diocese um pequeno manual, destinado, principalmente, para as crianças, que traz orientações sobre a oração do Rosário. Queremos que todas as pessoas aprendam esta oração e a rezem seguidamente na família, nos grupos de oração e de forma individual.

Que Nossa Senhora do Rosário siga a nos guiar nos passos de seu filho Jesus de Nazaré e nos firme na fé no Deus Pai, Filho e Espírito Santo! Amém.

Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Recuperar os fiéis perdidos e conquistar os indiferentes?



Como a Igreja Católica pode responder à indiferença daquela parcela da população que não crê, que se afastou na religião ou que nunca a conheceu? Quem responde as perguntas é o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis.

“Eu acho que é importante que nós saiamos ao encontro do nosso povo, sobretudo nas periferias de nossas grandes cidades. O Brasil, e eu diria a América Latina de modo geral, passam por um processo cada vez mais forte de urbanização. As populações estão se concentrando nas grandes e médias cidades. Hoje, no Brasil já cerca de 80% da população está vivendo nas cidades. Então, é claro que as cidades aumentam, crescem e nós muitas vezes não temos um número suficiente de ministros ordenados e muitas vezes também não temos o número suficiente de leigos preparados para atender as necessidades religiosas, espirituais desta população que cresce cada vez mais em nossas cidades”.


“De que maneira ir ao encontro deles? Criar centros de encontro das pessoas que vivem nestas áreas, criar pequenas comunidades, como vimos no Documento de Aparecida: fazer da Igreja uma rede de pequenas comunidades eclesiais, vinculadas à paróquia, à diocese, porque nós devemos sempre promover e estimular uma pastoral orgânica, de conjunto. Portanto, este trabalho não pode ser autônomo, não pode ser independente, como ocorre muitas vezes com nossos irmãos evangélicos”.
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Programação da Vigília da JMJ 2013 na Arquidiocese de São Luís



Paz e Bem,

A bondade de Deus nos presenteou com a graça da JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE! Com o coração em festa, cheios de entusiasmo e conscientes da responsabilidade que isto nos traz, iniciaremos na Arquidiocese de São Luís as Vigílias da Juventude que acontecerão sempre no último final de semana de cada mês, uma vez em cada Paróquia.

 
A primeira vigília será neste próximo final de semana (dia 27/10), com início marcado para as 21h.
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Na ocasião serão entregues à próxima paróquia-sede da VIGÍLIA DA JUVENTUDE o Círio da JMJ e o quadro do Beato João Paulo II, que peregrinarão por toda a Arquidiocese até julho de 2013.
 
Lembramos que para o café da manha de encerramento (Dia 28/10) cada grupo poderá levar sua contribuição (pão, café, frutas, leite etc..).
 
Aguardamos todos os jovens peregrinos da JMJRio 2013!

 
Na Unidade,
 
Kécio Rabelo.


PROGRAMAÇÃO DA VIGÍLIA DA JUVENTUDE DO DIA 27-28/10/2012

21 horas:        Início.

LITURGIA DAS LUZES - sendo possível, podemos começar na Praça Maria Aragão. (3 paradas).

1º. Momento: Praça Maria Aragão (Se acendem as velas, a partir da vela principal da Vigília).

2º. Momento: convocação do papa (Ler a convocação e fazer um compromisso  com o processo da jornada).

3º. Momento: dentro da igreja (Entrar com a foto de João Paulo II. Concluir a liturgia das luzes).

23h: Animação.

23:30: Realidade da Juventude.

23:45: Teatro - Comunidade Maria, mãe de Deus.

00:00: Celebração da Unidade.

01:30: Animação.

02:00: Missa.

03:30: Adoração Eucarística.

04:30: Animação.

05:00: Laudes do Ofício da Juventude.

05:30: Acolhida do sol.

06:00: Café da manhã.

07:30: Missa (Igreja Nossa Senhora dos Remédios).


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ordenação dos Primeiros Diáconos Permanentes da Arquidiocese de São Luís



A Arquidiocese de São Luís convida para a ordenação da primeira turma de Diáconos Permanentes e encerramento do Ano Jubilar.

Tema: "Já não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim".

Dia 24 de novembro de 2012.
Horario:  17h
Local: Ginásio Castelinho - São Luís-MA.


Candidatos:

AFONSO JOSE DE SOUSA BEZERRA

ANTÔNIO PINHEIRO DE CASTRO FILHO

ANTONIO SOUSA ARAÚJO

CARLOS AUGUSTO M. SANTOS
CARLOS MAGNO DE R. ERICEIRA
DAVID M. NUNES JUNIOR
FLAVIO AIRTON RODRIGUES FERREIRA
FRANCISCO ALVES CAMELO
GEORGE HENRIQUE DOS SANTOS CASTRO
GETÚLIO SILVA
GUILHERME ALVES MORAES
JOÃO CAPISTRANO FONSECA
JOELSON MINEIRO REIS
JOSÉ DE RIBAMAR DESTERRO
JOSÉ DE RIBAMAR OLIVEIRA LIMA
JOSE DE RIBAMAR PEREIRA CAMPOS
JOSÉ RIBAMAR FERREIRA SILVA
JOSE RIBAMAR GONÇALVES DA SILVA
JOSÉ RIBAMAR RIBEIRO ROCHA
JUAREZ SOUZA MORAES
MARINALDO R. OLIVEIRA
ORLANDO PACHECO DE ANDRADE FILHO
PEDRO DE JESUS NUNES SILVA FILHO
PEDRO DE JESUS RABELO CARVALHO
RACHID MALUF NETO
RENATO FONTOURA
SEBASTIÃO DIAS LOBATO

Por que agora o silêncio?




Há sete anos atrás, desencadeou-se uma luta feroz, em todo o planeta terra,  por causa das células-tronco. De repente alguns cientistas quiseram ver, nas células embrionárias, a solução universal de todos os problemas de saúde da humanidade. Por serem pluripotentes, tais células poderiam ser transformadas em tecido muscular, nervoso, ósseo... Antevia-se a cura, desde os problemas de dores na coluna, até a superação do mal de Alzheimer e a cura do câncer.


Houve empresas que viram descortinar-se um horizonte sorridente, de panacéia geral. Tudo mal esclarecido e sem garantias. Empataram todas as fichas numa mera hipótese, sem a mínima comprovação. Tais empresas, já prelibando o sucesso de tal empreendimento, empataram centenas de bilhões de dólares. Arriscaram tudo. Formaram um grupo aguerrido, cuja missão era denunciar os retrógrados, e os inimigos da ciência. Entre tais inimigos, é claro, estava na linha de frente a Igreja Católica, que classificava tal iniciativa como matança de seres humanos em fase inicial de vida. Essa luta não foi mansa. Fomos apresentados à humanidade como ignorantes, que travam o legítimo progresso. Tais opositores julgavam, no entanto, a sua causa simpática.
É bom que se diga, a moral cristã sempre aprovou o uso de células-tronco, existentes no cordão umbilical, na medula óssea, e outros locais. Seu uso não comporta matança de seres humanos, mas apenas o uso de células. Mas agora as coisas mudaram totalmente. O cientista japonês Shinya Yamanaka e John Gurdon (inglês) receberam o prêmio Nobel de Medicina, por terem descoberto que células maduras podem ser reprogramadas para pluripotentes. Tal procedimento está livre de efeitos negativos, e não há mais matança de embriões humanos. Os que se arvoraram em nossos juízes, caíram em frustração total.  Esse novo caminho responde aos anseios da humanidade, sem ferir nenhum princípio moral. A gente esperaria desse grupo belicoso um pedido de desculpas, ou o reconhecimento que a sua posição é arcaica, e deve ser substituída. É bom que todos saibam que o intercâmbio entre religião e ciência é iluminador.Sua influência deve ser recíproca, em benefício da humanidade.


Dom Aloísio Roque Oppermann, scj
Arcebispo Emérito de Uberaba/MG