domingo, 28 de abril de 2013

Papa destaca a força do Espírito Santo para vencer as tribulações da vida.



Homilia
Santa Missa celebrada pelo Santo Padre com o rito da Confirmação
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 28 de abril de 2013


Amados irmãos e irmãs!

Queridos crismandos! Bem-vindos!

Gostaria de vos propor três pensamentos, simples e breves, para a vossa reflexão.

1. Na Segunda Leitura, ouvimos a estupenda visão de São João: um novo céu e uma nova terra e, em seguida, a Cidade Santa que desce de junto de Deus. Tudo é novo, transformado em bondade, em beleza, em verdade; não há mais lamento, nem luto… Tal é a ação do Espírito Santo: Ele traz-nos a novidade de Deus; vem a nós e faz novas todas as coisas, transforma-nos. O Espírito transforma-nos! E a visão de São João lembra-nos que todos nós estamos a caminho para a Jerusalém celeste, a novidade definitiva para nós e para toda a realidade, o dia feliz em que poderemos ver o rosto do Senhor – aquele rosto maravilhoso, tão belo do Senhor Jesus –, poderemos estar para sempre com Ele, no seu amor.


Olhai! A novidade de Deus não é como as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuram-se outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje: Deus está a fazer novas todas as coisas, o Espírito Santo transforma-nos verdadeiramente e, através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos. Abramos a porta ao Espírito, façamo-nos guiar por Ele, deixemos que a ação contínua de Deus nos torne homens e mulheres novos, animados pelo amor de Deus, que o Espírito Santo nos dá. Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: Hoje na escola, em casa, no trabalho, guiado por Deus, realizei um gesto de amor por um colega meu, pelos meus pais, por um idoso. Como seria belo!

2. O segundo pensamento: na Primeira Leitura, Paulo e Barnabé afirmam que «temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus» (Act 14, 22). O caminho da Igreja e também o nosso caminho pessoal de cristãos não são sempre fáceis, encontramos dificuldades, tribulações. Seguir o Senhor, deixar que o seu Espírito transforme as nossas zonas sombrias, os nossos comportamentos em desacordo com Deus e lave os nossos pecados, é um caminho que encontra muitos obstáculos fora de nós, no mundo, e dentro de nós, no coração. Mas, as dificuldades, as tribulações fazem parte da estrada para chegar à glória de Deus, como sucedeu com Jesus que foi glorificado na Cruz; aquelas sempre as encontraremos na vida. Não desanimeis! Para vencer estas tribulações, temos a força do Espírito Santo.

3. E passo ao último ponto. É um convite que dirijo a todos, mas especialmente a vós, crismandos e crismandas: permanecei firmes no caminho da fé, com segura esperança no Senhor. Aqui está o segredo do nosso caminho. Ele dá-nos a coragem de ir contra a corrente. Sim, jovens; ouvistes bem: ir contra a corrente. Isto fortalece o coração, já que ir contra a corrente requer coragem e Ele dá-nos esta coragem. Não há dificuldades, tribulações, incompreensões que possam meter-nos medo, se permanecermos unidos a Deus como os ramos estão unidos à videira, se não perdermos a amizade com Ele, se lhe dermos cada vez mais espaço na nossa vida. Isto é verdade mesmo, e sobretudo, quando nos sentimos pobres, fracos, pecadores, porque Deus proporciona força à nossa fraqueza, riqueza à nossa pobreza, conversão e perdão ao nosso pecado. O Senhor é tão misericordioso! Se vamos ter com Ele, sempre nos perdoa. Tenhamos confiança na ação de Deus! Com Ele, podemos fazer coisas grandes; Ele nos fará sentir a alegria de sermos seus discípulos, suas testemunhas. Apostai sobre os grandes ideais, sobre as coisas grandes. Nós, cristãos, não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jovens, jogai a vida por grandes ideais!

Novidade de Deus, tribulação na vida, firmes no Senhor. Queridos amigos, abramos de par em par a porta da nossa vida à novidade de Deus que nos dá o Espírito Santo, para que nos transforme, nos torne fortes nas tribulações, reforce a nossa união com o Senhor, o nosso permanecer firmes n’Ele: aqui está a verdadeira alegria.. Assim seja.
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Fonte: Boletim da Santa Sé.

A Cruz: nada é tão útil e tão agradável.



Mas se, ao contrário, vocês sofrem da forma correta, a cruz se tornará um jugo fácil e leve, visto que o próprio Cristo a carregará convosco. Dará asas a vocês para elevá-los aos céus; se tornará o mastro do seu navio, conduzindo-os direta e facilmente ao porto da salvação. Carregue sua cruz pacientemente, e será uma luz em sua escuridão espiritual, porque aquele que nunca sofreu provas é ignorante. Carregue sua cruz alegremente e você ficará completo com o amor divino; porque somente sofrendo podemos residir no puro amor de Cristo. Rosas são encontradas somente entre os espinhos. É a cruz sozinha que alimenta nosso amor de Deus, como a madeira é o combustível que alimenta o fogo. Lembre do belo dito na "Imitação de Cristo ", "Conforme você faça violência a si mesmo, sofrendo pacientemente, assim você progredirá" no amor divino. 


Não espere qualquer coisa daquelas pessoas sensíveis e preguiçosas que rejeitam a cruz quando ela deles se aproxima, e que são cuidadosos em não procurar por cruzes. O que eles são senão uma terra inculta que não produzirá nada a não ser espinhos porque não foi trazida à tona, trabalhada e modificada por um lavrador experimentado? Elas são como água podre, que é inadequada tanto para lavar quanto para beber. 

Carregue sua cruz alegremente e você encontrará nela uma força toda-poderosa que nenhum de nossos inimigos será capaz de resistir, e você encontrará nela um prazer além de tudo aquilo que você já conheceu. Realmente, irmãos, o verdadeiro paraíso terrestre é encontrado no sofrimento por Cristo. Pergunte a qualquer dos santos, e eles lhe contarão que eles nunca experimentaram um banquete mais delicioso para o espírito do que o experimentar os graves tormentos.

"Deixe todos os tormentos do demônio virem sobre mim," disse Santo Inácio, o Mártir. "Deixe-me sofrer ou morrer," disse Santa Teresa de Avila. "Não morrer sem sofrer," disse Santa Maria Madalena de Pazzi. "Eu posso sofrer e ser desprezada pelo seu propósito," disse o Bendito João da Cruz. E muitos outros têm falado nos mesmos termos, como nós lemos sobre suas vidas.

Meus queridos irmãos e irmãs, tenham fé na palavra de Deus, porque o Espírito Santo nos diz que quando nós sofremos alegremente por Deus, a cruz é a fonte de todo tipo de alegria para toda espécie de pessoas. A alegria que vem da cruz é muito maior que a de um homem pobre que repentinamente herda uma fortuna, ou de um camponês que é levado ao trono; maior do que a alegria de um negociante que se torna milionário; do que a de um líder militar sobre as vitórias que ele obteve; do que a dos prisioneiros libertos de suas correntes. Em resumo, imaginem maior alegria do que a que pode ser experimentada na terra, e entenda então que a felicidade de alguém que tolera seus sofrimentos no caminho da justiça contém, e até sobrepuja, todos elas.
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Fonte: Carta aos Amigos da Cruz - São Luiz de Montfort
Disponível em: O Segredo do Rosário.

A morte do preguiçoso



Certa vez, lá na roça, um homem viu uma grande procissão dirigindo-se ao cemitério. Ele ficou pensando quem tinha morrido, mas não se lembrava de ninguém.  Quando a multidão passava por sua casa, ele logo perguntou:
- Quem é o falecido?
Uma senhora de véu preto prontamente respondeu:
- É o Zé das Couves.
O homem ficou chocado com a morte do tal Zé que todos os dias passava por ele quando caminhava em direção à praça. Após um breve instante,  fez a pergunta mais óbvia:
- Do que ele morreu?
- De fome.  – respondeu entre lágrimas outra senhora.
Enquanto ouvia tal resposta, o homem olhou para o caixão e percebeu que o Zé das Couves se mexia. Não se conteve e exclamou:
Por minha Nossa Senhora! Ele tá vivo! Tá vivo! Vocês iam enterrar o homem vivo!


Nesse momento,  o  próprio Zé das Couves interviu na conversa dizendo:
- Calma, homem! Acontece que eu não tenho comida em casa. Como vou morrer de fome de qualquer  jeito, preferi que me enterrassem de uma vez.
 O homem ficou comovido e logo começou a falar:
- Não diga uma besteira dessas! Amigo meu não morre de fome enquanto eu tiver comida em casa. Tenho aqui um saco de batatas e dez quilos de arroz. Pode levar.
- A batata tá descascada e cortada? – perguntou o Zé das Couves.
- Não.  – respondeu o homem mesmo achando a pergunta muito estranha.
- E o arroz, tá lavado e cozido?
Também não.
Nisso o Zé das Couves, olhou para um dos que seguravam o caixão e disse aquela que seria sua última frase:
Toca o enterro pra frente!

Comentar uma história dessas, normalmente acaba não dando bons resultados, afinal ela diz o que tem para dizer de maneira bem mais forte que qualquer comentário. Quero, no entanto, trazer algumas palavras que traduzem minhas reflexões sobre esse conto moral que tem, para mim, um gosto de infância.

Quando converso com alguns amigos, sinto que muitos deles sentem uma espécie de melancolia quando pensam acerca da forma que vivem a vida. Muitos falam de potencial desperdiçado. Não posso negar que eu também experimento tal sentimento. Esse tipo de discurso, normalmente,  vem da comparação dos sonhos com a realidade e da percepção que o eu ideal é bastante diferente do eu real.

Aqui cabe uma pequena digressão antes de entrar no assunto propriamente dito. Todos temos limites e o sucesso nas empreitadas não deve ser o critério absoluto de nossas vidas. É comum ver pessoas lamentando pela falta de realizações e esquecendo-se de celebrar as vitórias que alcançaram. Também é comum alguns tornarem-se vítimas de uma comparação compulsiva com os outros. Cada um é cada um. Cada luta é cada luta.

Dito isso, vamos ao centro do que hoje me proponho a dizer: a preguiça de alguma maneira antecipa a morte porque suga a vida. O preguiçoso é um parasita de si mesmo. Vampiriza-se na medida em que canaliza as energias para um estilo de vida que pode até ser confortável, mas é pouco realizador. Para ter a prova dessa vampirização e parasitismo, basta perceber que o preguiçoso normalmente vive cansado e indisposto.

Há tipos diferentes de preguiçosos, sendo dois os principais: os explícitos e os disfarçados. Os primeiros são aqueles que não fazem nada e sabem disso. Até podem achar fazer nada uma coisa ruim, mas se negam a fazer qualquer coisa porque isso cansa, dá trabalho ou é chato.  Já os do segundo tipo são os que, por outro lado, passam o dia extremamente atarefados, mas terminam a jornada sem ter feito coisa alguma. Correm de um lado para o outro, sentem-se bastante cansados, mas seu esforço é vão. Na realidade, trocam de atividade sempre que algo começa a custar um pouco mais. No preguiçoso explícito temos a negação do começar, no disfarçado a recusa do terminar.

A preguiça, seja de que tipo for, leva ao stress. Penso mesmo se grande parte da estafa contemporânea não se deve mais ao adiamento do trabalho do que ao excesso do mesmo. Essa ideia me ocorreu do pior modo possível: experiência prática. Percebi que tendo a adiar atividades que não gosto. Estas se acumulam até que, em determinado momento, tornam-se inadiáveis... Logo sou obrigado a fazê-las todas de uma vez, sem planejamento e sem tempo para respirar. A montanha só cai sobre mim porque eu a permiti crescer.

O preguiçoso nunca está descansado de verdade. Seu repouso o cansa. Acima disse que a preguiça antecipa a morte. É comum encontrarmos, em túmulos, a seguinte inscrição: Descanse em paz. No caso da morte em vida causada pela preguiça, talvez fosse melhor escrever na porta de alguns quartos ou em cima de algumas camas: descanso sem paz. A paz, como já disse um sábio, é tranquilidade na ordem. Normalmente uma vida movida (ou seria brecada?) pela preguiça é bem desordenada.

Combater a preguiça não é viver uma vida de trabalho frenético, mas lembrar-se constantemente que cada coisa tem seu tempo e lugar. O lazer e o sono são muito importantes.  Só não podem ser a totalidade da vida. Alguém já disse que o ócio é criativo; e  estava falando uma profunda verdade. É importante, porém, acrescentar que a palavra ócio é próxima de ópio. Isso talvez sirva para nos lembrar de que, dependendo da quantidade, ele pode ser uma droga. Uma droga que pode fazer com que um homem prefira estar deitado, mesmo que em um caixão, que de pé. Uma droga que faz com que muitos, ainda que com outras palavras, estejam sempre a dizer: Toca o enterro para frente!
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Fonte: Guia de Blogs Católicos.

sábado, 27 de abril de 2013

Padre Beto anuncia seu afastamento das atividades sacerdotais na Igreja Católica e espera que a Igreja volte a ser a mesma como nas décadas de 60 à 80.



Em uma coletiva de imprensa, realizada no salão de festas de seu prédio, padre Beto, de 48 anos, anunciou seu afastamento das atividades sacerdotais, na manhã deste sábado (27), em Bauru.  Ele não deixará de ser padre, mas não celebrará mais missas e batizados. Na prática, padre Beto está se afastando da Igreja Católica.

Segundo informou, nesta segunda-feira (29), o padre entregará  ao bispo dom Caetano Ferrari seu pedido do afastamento das atividades. “Não estou renunciando o sacerdócio, me afasto do exercício do ministério”, afirma.

Padre Beto afirmou ainda que não tem motivos para pedir perdão ao bispo dom Caetano e que sua renuncia é ao dogmatismo e não à religião. “ Me afasto por questão de coerência, digo sim à religião e não ao dogmatismo”, enfatiza.

Posição da Diocese

Extraoficialmente, segundo o JC apurou, o bispo dom Caetano foi pego de surpresa com a decisão do padre Beto. O bispo soube de sua decisão por meio da imprensa.

Neste sábado, o dom Caetano está em celebrações na cidade de Agudos (13 quilômetros de Bauru) e só se pronunciará oficialmente após o encontro com o padre Beto, na segunda-feira (29). [Fonte: JC Net].

Segundo informações, o padre Beto postou a seguinte informação em sua página oficial do facebook em resposta à nota divulgada pela diocese de Bauru pedindo a retratação do padre até o dia 29 de abril:

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Tempos maus para nós e para eles.



Não aprendemos ainda a conviver com a Democracia. Nem com a civil e muito menos com a religiosa. Havendo liberdade de escolha, em nenhum país democrático haverá partido único, que é fundado muitas vezes em interesses ocasionais. O mesmo se diga sobre a escolha da religião. Nenhuma nação, onde reina a liberdade religiosa, tem a mais mínima possibilidade de ter 99,9% de adeptos de um determinado credo. Nem muito menos terá a chance de fechar em 100% de agnósticos, de ateus, de cidadãos de corte laicista. Portanto, isso que muitas vezes é arrolado como motivo de glória, não passa de uma grande vergonha. Os ataques aos templos, a criação de cidadãos de segunda classe, religiosos que são privados no seu direito de ir e vir, vão continuar sem fim.


Muito se tem comentado que no Brasil os Católicos tem diminuído. É preciso entender o que isso significa. Em 1950 éramos 50 milhões. Hoje somos seguramente 130 milhões. Portanto, em números absolutos aumentamos muito. Em que deixamos de crescer foi nos números relativos. Já fomos 90% e hoje caímos para 64%. E não faltam os acusadores, que nos apresentam a lista de erros que a Igreja teria cometido: a teologia da libertação, a rigidez do celibato, a falta de apoio às novas uniões familiares, a falta de clero, a resistência à modernidade... Estamos convencidos de que a razão disso tudo pode ser bem outra. Parece se aproximar a temperatura de geladeira dos países europeus. Isso que os europeus são hoje, nós poderemos ser amanhã. Isto é, religiosamente frios. Então essa dispersão dos católicos, não poderia ser uma etapa anterior à debandada geral? Se há muitos que entram em denominações cristãs, esses mesmos não param de fazer roda em outras tantas organizações, buscando saúde, fortuna, libertação das mazelas humanas. A primeira geração dos convertidos pode até ser firme na sua fé. Mas os filhos deles tem capacidade de resistir à escola laica, ao mundo das drogas, à chafurdagem sexual, ao ambiente agnóstico? Jesus, um otimista de envergadura, adverte: “Nos últimos tempos ainda haverá fé sobre a terra?”. Sejamos todos cautelosos. Saibamos confiar em Cristo, de quem é a Igreja. Ele a salvará.


Dom Aloísio Roque Oppermann
Arcebispo Emérito de Uberaba (MG)

Em defesa de Nossa Senhora!


Fui pastor protestante (é errado dizer pastor evangélico. Evangélicos somos nós Católicos) e nunca ouvi uma pregação positiva sobre a Virgem Maria nas seitas erroneamente chamadas de evangélicas que conheci.

O que se fala d´Ela é o absurdo de que é uma mulher como outra qualquer, uma pecadora. Também eu na minha total ignorância e cegueira espiritual quando fui pastor evangélico(sic) repetia essas asneiras e irreverências. As belas passagens bíblicas que d´Ela falam como as palavras do Arcanjo Gabriel e Santa Isabel não são comentadas positivamente. Nem mesmo o magnificat é lido, estudado e pregado de maneira correta.

No mínimo, nessas seitas, a Mãe do Senhor é ignorada. Quando algum Católico deixa a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo e desce para as seitas, logo ele é obrigado a quebrar as imagens ou rasgar e queimar as "fotografias" de Nossa Senhora. Há por detrás de tudo um terrível ódio a tudo que fale ou lembre a Mãe de Deus.


Muitas mentiras e calunias são ensinadas sobre nós Católicos, quando dizem que nós adoramos a Virgem Maria. Os Únicos Católicos que alegam um dia ter adorado Nossa Senhora hoje são protestantes. Hoje sou Católico pela graça de Deus e confesso que nunca encontrei um católico que adorasse a Virgem Maria.

Como entender tanto ódio contra a Virgem Maria? A resposta está na palavra de Deus, a Bíblia. Em Gênesis 3,15 lemos: "Porei ódio entre ti(demônio) e a Mulher (a Virgem Maria), entre a tua descendência (seguidores do demônio) e a dela(Cristo e os seguidores d´Ele). Esta te ferirá a cabeça, e tu(demônio) lhe ferirás o calcanhar (ofensas, mentiras contra Nossa Senhora, dizendo que Ela era pecadora)." A batalha entre o demônio e seus seguidores contra a Mãe de Deus se arrastará pelos séculos até o final do mundo conforme lemos em Apocalipse 12,1 e seguintes.


A mesma palavra de Deus nos alerta que as seitas crescerão a cada dia. Só no Brasil, segundo pesquisas realizadas, surgem três novas religiões por dia. Tudo conforme a Bíblia: Mateus 24,11-12; 23,24 / Marcos 13,5-21,22 / Lucas 21,8. Por favor amigo, leia estas passagens bíblicas e "ficai de sobreaviso. Eis que vos preveni de tudo, diz o Senhor"(Mc.13,23). Ainda o livro de Apocalipse narra o seguinte: "A serpente(o demônio) vomitou contra a Mulher um rio de água, para fazê-la submergir"(Apoc.12,15), isto significa uma grande quantidade de palavras(escritas e faladas, figuradas no rio de água) contra a Virgem Maria, na intenção de apagar o seu nome dentre os seguidores de Cristo.

Cumpre-se assim as profecias da Bíblia falando sobra a apostasia, isto é, deixar a Igreja Católica e ir para as milhares de seitas. Em 1.980 eram cerca de 20 mil e hoje deve estar em pelo menos 30 mil seitas. TODAS COM A Bíblia NA MÃO E CADA UMA ENSINADO UMA COISA DIFERENTE. Tudo é uma preparação para o surgimento do Anticristo(II Tess.2,3) o qual reunirá essas seitas numa espécie de confederação.

A Palavra de Deus escrita A Bíblia e a Palavra de Deus Oral - A Tradição, dizem que no final dos tempos, os verdadeiros fiéis serão um pequeno rebanho (Lc.12,32). Por isso, cresce o erro, as seitas e diminuem o número de católicos. Católicos fiéis são poucos. São aqueles que guardam a Tradição: pequenino rebanho, perseguido, caluniado...

Aceitar ser criticado



Escritores, poetas, compositores, cantores, interpretes, instrumentistas, artistas, pregadores da fé, comediantes, radialistas são comunicadores. Dividem-se em duas categorias: os que aceitam reparos, críticas e discordâncias e os que se melindram e chegam a romper amizades e a fechar a cara contra quem os corrigiu.

Os primeiros, os que aceitam críticas, têm consciência de que ninguém é perfeito e que aquilo que é bom pode ser melhor. Admitem que, se algo saiu errado ou se houve erro na sua execução, o erro deve ser corrigido. Os segundos gostam tanto de si mesmos, de seu sucesso e de sua obra que visivelmente se descontrolam quando alguém por mais amigo que seja propõe mudanças, ou põe reparos. Seu modo de agir, de falar, e ignorar e de se defender mostra que não admitem o contraditório, embora, às vezes sua obra contradiga algo ou alguém.


A espiritualidade do “corrija-me para que eu amanhã erre menos” é uma das virtudes mais bonitas do comunicador. A reação de mágoa contra quem tece observações de críticas sobre a nossa comunicação revela nossa falta de espiritualidade. Dizer que aceitamos críticas é uma coisa, mostrar comportamento de que as aceita e assimila é outra.

Um cantor religioso, tendo cometido um erro que, cantado, soava como heresia recebeu do autor a proposta de na próxima edição corrigi-lo. O autor pagaria as despesas da nova edição, desde que a heresia não saísse com o nome dele. O cantor e seu grupo radicalizaram. Não corrigiriam. Na próxima edição tiraram as quatro canções do autor que ousou pedir mudança em duas palavras e fizeram outra obra. Ofenderam-se com a crítica justa de um irmão que não queria sua obra interpretada de modo errado.

Acontece comigo e com você de não querer mudar algo por causa de apenas um crítico. Mas se vários nos dizem que aquele texto deveria ser revisto não há porque não corrigir. No mundo dos comunicadores este é um pecado useiro e vezeiro. Um grande número deles, simplesmente rompe uma amizade ou vira a cara quando alguém ousa discordar de sua mensagem ou do modo como deram.

Nos cursos de comunicação não se omitam as aulas sobre sucesso, falhas, imperfeições e críticas. Não existe obras perfeitas nem comunicadores perfeitos. Você sabe se é humilde quando aceita repensar o que disse, o que fez e o que cantou.




Os mandamentos e a liberdade.



Muitos sonham com uma vida sem leis nem regras, sem proibições ou ordens, uma vida totalmente livre de qualquer obrigação ou norma. Para esses, também a religião deveria ser livre de mandamentos, pois julgam que estes seriam resquícios de uma época marcada pelo atraso cultural, pelo medo e por uma visão infantil da vida. Tais sonhadores de uma fé sem dogmas, de um cristianismo sem leis, e de um Cristo sem cruz, perguntam: "Afinal, Jesus não veio nos libertar de toda escravidão ou opressão? Não é ele o libertador?"

É o libertador, sim, mas nem por isso deixou de falar de sacrifício (“Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo”), de porta estreita (só passa por ela quem se desapega de si mesmo e do pecado) e de doação ("Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração e ao próximo como a ti mesmo") como norma de comportamento. Além disso, deixou claro que não veio abolir a Lei ou os Profetas: "Não vim para abolir, mas para cumprir" (Mt 5,17).


Precisamos compreender que os mandamentos não são simplesmente um peso desagradável que, quanto antes, devemos tirar de nossos ombros. Jesus veio nos ensinar o sentido das leis e nos mostrar que, diante do plano de amor de seu Pai, não basta uma obediência externa e formalista. Ser cristão é muito mais do que seguir uma série de leis, normas e prescrições; é seguir uma pessoa, isto é, o próprio Jesus Cristo, fazendo de suas palavras e de seu comportamento o fundamento de nossa vida.

A liberdade nos dá a possibilidade e a responsabilidade de escolher entre o bem e o mal. Os mandamentos nos ajudam a escolher o bem. Um pai/ uma mãe que ama seu filho, sua filha, não quer que eles sofram, se machuquem ou se prejudiquem de algum modo. Por isso, antecipa-se a possíveis problemas, prevenindo-os e orientando seus filhos. Nascem, como fruto dessa preocupação, constantes advertências: "Não ande com más companhias! Estude! Não corra depois do almoço!" Os filhos são livres. Poderão aceitar ou não as ordens do pai/ da mãe. Aceitando-as, terão que se privar de certas coisas que lhe parecem ser muito agradáveis e desejáveis. Com o tempo, aprenderão que, ao renunciar a elas, livraram-se de inúmeros problemas.

Poderá acontecer também que os filhos se sintam por demais tolhidos e se rebelem contra as advertências paternas. Desejosos de escolher seu próprio caminho, e não aceitando "perder a liberdade", começam a fazer o que querem. Perguntemo-nos – sabendo antecipadamente a resposta: passarão a ser, então, realmente, livres? Encontrarão a realização desejada?

Segundo a visão cristã, a lei expressa o projeto de Deus que é Pai e que quer o melhor para seus filhos. Por isso mesmo, antes de expressá-la por palavras, o Criador as escreveu na intimidade do coração de seus filhos e filhas. Descobrir, pois, o valor dos mandamentos, é um gesto de sabedoria; interpretá-las à luz do amor, é uma graça. Com o tempo perceberemos que os mandamentos encerram um projeto de vida e são fonte de paz para quem os assume.

Jesus nos ensinou a não sermos escravos da lei. Uma pessoa escraviza-se a ela quando fica somente no plano da obediência, sem amor, ou quando se prende tão somente à letra do que é prescrito. Tomemos, a título de exemplo disso, o 5º mandamento, que diz para "não matar". Ele nos proíbe tirar a própria vida e a vida de qualquer pessoa. Mas vai além: nos ensina a cuidar da saúde, a promover a vida daqueles que, sozinhos, não conseguem superar suas limitações, a tomar a defesa dos desprotegidos, a lutar contra a poluição, a batalhar em favor da ecologia etc. Também os demais mandamentos contêm todo um programa de vida. Seu conjunto nos apresenta um caminho da realização pessoal e comunitária. Por não acreditar nisso, nossos contemporâneos, que tanto desejam ser livres, vivem presos às suas próprias inquietações e escravidões. Quem não segue os mandamentos, prende-se a ídolos.

Em síntese: os mandamentos não são placas de proibições, mas setas de indicação. Segui-los é fazer uma experiência de amor e de liberdade.


Dom Murilo S.R. Krieger
Arcebispo de Salvador (BA)