sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Não se pode anunciar a Cristo sem a Igreja, diz o Papa Francisco.


MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO 
PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2013
(20 DE OUTUBRO DE 2013)


Queridos irmãos e irmãs,

Este ano, a celebração do Dia Mundial das Missões tem lugar próximo da conclusão do Ano da Fé, ocasião importante para revigorarmos a nossa amizade com o Senhor e o nosso caminho como Igreja que anuncia, com coragem, o Evangelho. Nesta perspectiva, gostaria de propor algumas reflexões.

1.     A fé é um dom precioso de Deus, que abre a nossa mente para O podermos conhecer e amar. Ele quer entrar em relação connosco, para nos fazer participantes da sua própria vida e encher plenamente a nossa vida de significado, tornando-a melhor e mais bela. Deus nos ama! Mas a fé pede para ser acolhida, ou seja, pede a nossa resposta pessoal, a coragem de nos confiarmos a Deus e vivermos o seu amor, agradecidos pela sua infinita misericórdia. Trata-se de um dom que não está reservado a poucos, mas é oferecido a todos com generosidade: todos deveriam poder experimentar a alegria de se sentirem amados por Deus, a alegria da salvação. E é um dom que não se pode conservar exclusivamente para si mesmo, mas deve ser partilhado; se o quisermos conservar apenas para nós mesmos, tornamo-nos cristãos isolados, estéreis e combalidos. O anúncio do Evangelho é um dever que brota do próprio ser discípulo de Cristo e um compromisso constante que anima toda a vida da Igreja. «O ardor missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial» (Bento XVI, Exort. ap. Verbum Domini, 95). Toda a comunidade é «adulta», quando professa a fé, celebra-a com alegria na liturgia, vive a caridade e anuncia sem cessar a Palavra de Deus, saindo do próprio recinto para levá-la até às «periferias», sobretudo a quem ainda não teve a oportunidade de conhecer Cristo. A solidez da nossa fé, a nível pessoal e comunitário, mede-se também pela capacidade de a comunicarmos a outros, de a espalharmos, de a vivermos na caridade, de a testemunharmos a quantos nos encontram e partilham connosco o caminho da vida.


2.     Celebrado cinquenta anos depois do início do Concílio Vaticano II, este Ano da Fé serve de estímulo para a Igreja inteira adquirir uma renovada consciência da sua presença no mundo contemporâneo, da sua missão entre os povos e as nações. A missionariedade não é questão apenas de territórios geográficos, mas de povos, culturas e indivíduos, precisamente porque os «confins» da fé não atravessam apenas lugares e tradições humanas, mas o coração de cada homem e mulher. O Concílio Vaticano II pôs em evidência de modo especial como seja próprio de cada baptizado e de todas as comunidades cristãs o dever missionário, o dever de alargar os confins da fé: «Como o Povo de Deus vive em comunidades, sobretudo diocesanas e paroquiais, e é nelas que, de certo modo, se torna visível, pertence a estas dar também testemunho de Cristo perante as nações» (Decr. Ad gentes, 37). Por isso, cada comunidade é interpelada e convidada a assumir o mandato, confiado por Jesus aos Apóstolos, de ser suas «testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo» (Act 1, 8); e isso, não como um aspecto secundário da vida cristã, mas um aspecto essencial: todos somos enviados pelas estradas do mundo para caminhar com os irmãos, professando e testemunhando a nossa fé em Cristo e fazendo-nos arautos do seu Evangelho. Convido os bispos, os presbíteros, os conselhos presbiterais e pastorais, cada pessoa e grupo responsável na Igreja a porem em relevo a dimensão missionária nos programas pastorais e formativos, sentindo que o próprio compromisso apostólico não é completo, se não incluir o propósito de «dar também testemunho perante as nações», perante todos os povos. Mas a missionariedade não é apenas uma dimensão programática na vida cristã; é também uma dimensão paradigmática, que diz respeito a todos os aspectos da vida cristã.

3.     Com frequência, os obstáculos à obra de evangelização encontram-se, não no exterior, mas dentro da própria comunidade eclesial. Às vezes, estão relaxados o fervor, a alegria, a coragem, a esperança de anunciar a todos a Mensagem de Cristo e ajudar os homens do nosso tempo a encontrá-Lo. Por vezes há ainda quem pense que levar a verdade do Evangelho seja uma violência à liberdade. A propósito, são iluminantes estas palavras de Paulo VI: «Seria certamente um erro impor qualquer coisa à consciência dos nossos irmãos. Mas propor a essa consciência a verdade evangélica e a salvação em Jesus Cristo, com absoluta clareza e com todo o respeito pelas opções livres que essa consciência fará (...), é uma homenagem a essa liberdade» (Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 80). Devemos sempre ter a coragem e a alegria de propor, com respeito, o encontro com Cristo e de nos fazermos portadores do seu Evangelho; Jesus veio ao nosso meio para nos indicar o caminho da salvação e confiou, também a nós, a missão de a fazer conhecer a todos, até aos confins do mundo. Com frequência, vemos que a violência, a mentira, o erro é que são colocados em evidência e propostos. É urgente fazer resplandecer, no nosso tempo, a vida boa do Evangelho pelo anúncio e o testemunho, e isso dentro da Igreja. Porque, nesta perspectiva, é importante não esquecer jamais um princípio fundamental para todo o evangelizador: não se pode anunciar Cristo sem a Igreja. Evangelizar nunca é um acto isolado, individual, privado, mas sempre eclesial. Paulo VI escrevia que, «quando o mais obscuro dos pregadores, dos catequistas ou dos pastores, no rincão mais remoto, prega o Evangelho, reúne a sua pequena comunidade, ou administra um sacramento, mesmo sozinho, ele perfaz um acto de Igreja». Ele não age «por uma missão pessoal que se atribuísse a si próprio, ou por uma inspiração pessoal, mas em união com a missão da Igreja e em nome da mesma» (ibid., 60). E isto dá força à missão e faz sentir a cada missionário e evangelizador que nunca está sozinho, mas é parte de um único Corpo animado pelo Espírito Santo.

4.     Na nossa época, a difusa mobilidade e a facilidade de comunicação através dos novos mídias misturaram entre si os povos, os conhecimentos e as experiências. Por motivos de trabalho, há famílias inteiras que se deslocam de um continente para outro; os intercâmbios profissionais e culturais, assim como o turismo e fenómenos análogos impelem a um amplo movimento de pessoas. Às vezes, resulta difícil até mesmo para as comunidades paroquiais conhecer, de modo seguro e profundo, quem está de passagem ou quem vive estavelmente no território. Além disso, em áreas sempre mais amplas das regiões tradicionalmente cristãs, cresce o número daqueles que vivem alheios à fé, indiferentes à dimensão religiosa ou animados por outras crenças. Não raro, alguns baptizados fazem opções de vida que os afastam da fé, tornando-os assim carecidos de uma «nova evangelização». A tudo isso se junta o facto de que larga parte da humanidade ainda não foi atingida pela Boa Nova de Jesus Cristo. Ademais vivemos num momento de crise que atinge vários sectores da existência, e não apenas os da economia, das finanças, da segurança alimentar, do meio ambiente, mas também os do sentido profundo da vida e dos valores fundamentais que a animam. A própria convivência humana está marcada por tensões e conflitos, que provocam insegurança e dificultam o caminho para uma paz estável. Nesta complexa situação, onde o horizonte do presente e do futuro parecem atravessados por nuvens ameaçadoras, torna-se ainda mais urgente levar corajosamente a todas as realidades o Evangelho de Cristo, que é anúncio de esperança, de reconciliação, de comunhão, anúncio da proximidade de Deus, da sua misericórdia, da sua salvação, anúncio de que a força de amor de Deus é capaz de vencer as trevas do mal e guiar pelo caminho do bem. O homem do nosso tempo necessita de uma luz segura que ilumine a sua estrada e que só o encontro com Cristo lhe pode dar. Com o nosso testemunho de amor, levemos a este mundo a esperança que nos dá a fé! A missionariedade da Igreja não é proselitismo, mas testemunho de vida que ilumina o caminho, que traz esperança e amor. A Igreja – repito mais uma vez – não é uma organização assistencial, uma empresa, uma ONG, mas uma comunidade de pessoas, animadas pela acção do Espírito Santo, que viveram e vivem a maravilha do encontro com Jesus Cristo e desejam partilhar esta experiência de profunda alegria, partilhar a Mensagem de salvação que o Senhor nos trouxe. É justamente o Espírito Santo que guia a Igreja neste caminho.

5.     Gostaria de encorajar a todos para que se façam portadores da Boa Nova de Cristo e agradeço, de modo especial, aos missionários e às missionárias, aos presbíteros fidei donum, aos religiosos e às religiosas, aos fiéis leigos – cada vez mais numerosos – que, acolhendo a chamada do Senhor, deixaram a própria pátria para servir o Evangelho em terras e culturas diferentes. Mas queria também sublinhar como as próprias Igrejas jovens se estão empenhando generosamente no envio de missionários às Igrejas que se encontram em dificuldade – não raro Igrejas de antiga cristandade – levando assim o vigor e o entusiasmo com que elas mesmas vivem a fé que renova a vida e dá esperança. Viver com este fôlego universal, respondendo ao mandato de Jesus «ide, pois, fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28, 19), é uma riqueza para cada Igreja particular, para cada comunidade; e dar missionários nunca é uma perda, mas um ganho. Faço apelo, a todos aqueles que sentem esta chamada, para que correspondam generosamente à voz do Espírito, segundo o próprio estado de vida, e não tenham medo de ser generosos com o Senhor. Convido também os bispos, as famílias religiosas, as comunidades e todas as agregações cristãs a apoiarem, com perspicácia e cuidadoso discernimento, a vocação missionária ad gentes e a ajudarem as Igrejas que precisam de sacerdotes, de religiosos e religiosas e de leigos para revigorar a comunidade cristã. E a mesma atenção deveria estar presente entre as Igrejas que fazem parte de uma Conferência Episcopal ou de uma Região: é importante que as Igrejas mais ricas de vocações ajudem, com generosidade, aquelas que padecem a sua escassez.

Ao mesmo tempo exorto os missionários e as missionárias, especialmente os presbíteros fidei donum e os leigos, a viverem com alegria o seu precioso serviço nas Igrejas aonde foram enviados e a levarem a sua alegria e esperança às Igrejas donde provêm, recordando como Paulo e Barnabé, no final da sua primeira viagem missionária, «contaram tudo o que Deus fizera com eles e como abrira aos pagãos a porta da fé» (Act 14, 27). Eles podem assim tornar-se caminho para uma espécie de «restituição» da fé, levando o vigor das Igrejas jovens às Igrejas de antiga cristandade a fim de que estas reencontrem o entusiasmo e a alegria de partilhar a fé, numa permuta que é enriquecimento recíproco no caminho de seguimento do Senhor.

A solicitude por todas as Igrejas, que o Bispo de Roma partilha com os irmãos Bispos, encontra uma importante aplicação no empenho das Obras Missionárias Pontifícias, cuja finalidade é animar e aprofundar a consciência missionária de cada baptizado e de cada comunidade, seja apelando à necessidade de uma formação missionária mais profunda de todo o Povo de Deus, seja alimentando a sensibilidade das comunidades cristãs para darem a sua ajuda a favor da difusão do Evangelho no mundo.

Por fim, o meu pensamento vai para os cristãos que, em várias partes do mundo, encontram dificuldade em professar abertamente a própria fé e ver reconhecido o direito a vivê-la dignamente. São nossos irmãos e irmãs, testemunhas corajosas – ainda mais numerosas do que os mártires nos primeiros séculos – que suportam com perseverança apostólica as várias formas actuais de perseguição. Não poucos arriscam a própria vida para permanecer fiéis ao Evangelho de Cristo. Desejo assegurar que estou unido, pela oração, às pessoas, às famílias e às comunidades que sofrem violência e intolerância, e repito-lhes as palavras consoladoras de Jesus: «Tende confiança, Eu já venci o mundo» (Jo 16, 33).

Bento XVI exortava: «Que “a Palavra do Senhor avance e seja glorificada” (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro» (Carta ap. Porta fidei, 15). Tais são os meus votos para o Dia Mundial das Missões deste ano. Abençoo de todo o coração os missionários e as missionárias e todos aqueles que acompanham e apoiam este compromisso fundamental da Igreja para que o anúncio do Evangelho possa ressoar em todos os cantos da terra e nós, ministros do Evangelho e missionários, possamos experimentar «a suave e reconfortante alegria de evangelizar» (Paulo VI, Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 80).


Vaticano, 19 de Maio - Solenidade de Pentecostes – de 2013.

Como viver bem a Semana da Família?


Tem início no próximo domingo, 11, e prossegue até o dia 17 de agosto, a Semana Nacional da Família 2013, com o tema “Transmissão e Educação da Fé Cristã na Família”. O evento é realizado nas comunidades eclesiais do Brasil. A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB convida as lideranças paroquiais a promoverem com intensidade e criatividade a família cristã nas comunidades e, principalmente, nas cidades. A Semana Família é para “todos aqueles que acreditam e amam a família”, conforme o convite da Comissão. 

Como recorda o Documento de Aparecida, a “família é um dos tesouros mais importantes dos povos latino-americanos e é patrimônio da humanidade inteira. Em nossos países, uma parte importante da população está afetada por difíceis condições de vida que ameaçam diretamente a instituição familiar. Em nossa condição de discípulos e missionários de Jesus Cristo, somos chamados a trabalhar para que esta situação seja transformada e que a família assuma seu ser e sua missão no âmbito da sociedade e da Igreja”. (DA 451). 

O assessor da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, Padre Wladimir Porreca, sugere algumas atividades motivadoras às comunidades paroquiais para a Semana Nacional da Família 2013:


Nos ambientes da igreja:

• Celebrações, conferências, palestras, seminários, cursos, vigílias, memórias, homenagens, Horas Santas, procissões (com foco na liturgia dominical da família).

• Motivar os bispos, padres e seminaristas e, membros afastados e ex-coordenadores da comunidade para a Semana da Família (convidar para almoço, reunião, homenagem).

• Preparar ambiente das comunidades para celebrar a Semana da Família - mudar o ambiente, como no Natal (cartazes, imagens, murais, flores, faixas).

os ambientes públicos:


• Pelos meios de comunicação - rádio, TV, jornais, boletins, murais, redes sociais (facebook), enviar e-mails temáticos a cada dia. Elaborar textos e falas pequenas e temáticas sobre a beleza da família.

• Manifestações evangélicas nas ruas, na câmara municipal, mesas redondas com lideranças comunitárias e religiosas;

Nas escolas:

• Encontros entre os membros das famílias dos alunos no ambiente doméstico;

• Celebrações Ecumênicas, ou não, no ambiente escolar;

• Atividades escolares e lúdicas centradas na temática anual;


• Visibilidade da família cristã: testemunhos, manifestações, caminhadas, publicidade etc.

• Conferências e cursos sobre família.

• Utilização do subsídio “Hora da Família” para professores e para as reuniões dos membros das famílias no ambiente doméstico.

• Atividades em comum com as comunidades paroquiais.

• Participação dos docentes e colaboradores em encontros no ambiente escolar e/ou em suas casas.]


(cm-cnbb)
______________________________________

Fonte: RádioVaticano

Padre Zezinho é internado novamente


Quase um ano após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o sacerdote, escritor e cantor, José Fernandes de Oliveira, conhecido como Padre Zezinho, voltou a ser internado. O religioso, de 72 anos, está no Hospital Pio XII, em São José dos Campos, desde a última sexta-feira (2). A unidade médica ainda não divulgou nenhum boletim médico sobre o estado de saúde do paciente.

Segundo o Padre João Carlos Almeida, que pertence à Congregação do Sagrado Coração de Jesus e visitou Padre Zezinho, uma alergia foi constatada após o sacerdote procurar o hospital por sentir incômodos na bexiga. “Por conta desse problema inesperado, os médicos acharam melhor deixá-lo em observação no hospital para poder conjugar os medicamentos, já que é preciso prevenir o AVC e também tratar do diabetes, que é uma doença familiar dele. É isso que os médicos estão buscando”, relatou à imprensa local.


Ainda de acordo com o Padre Joãozinho, não há previsão de alta e o quadro de saúde do Padre Zezinho é estável. “Ele nem melhorou e nem piorou da maneira com que estava após a recuperação do AVC. Temos um evento com músicos católicos marcados para a próxima terça-feira e ele me pediu que avise aos participantes que vai fazer o possível para estar presente”, afirmou.

Mesmo afastado de atividades públicas por conta das dificuldades na fala decorrentes do AVC, durante o tratamento, o religioso finalizou quatro livros e dois álbuns musicais, além de participar da elaboração da Via Sacra que foi encenada durante a Jornada Mundial da Juventude, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Padre Zezinho foi vítima de um leve Acidente Vascular Cerebral (AVC) do tipo isquêmico no dia 19 de setembro de 2012. Ele ficou internado por cinco dias também no Hospital Pio XII, em São José dos Campos. Os exames realizados na época, de acordo com o hospital, não mostraram alterações significativas e ele teve alta.

Durante vários meses ele seguiu em repouso absoluto em uma casa que pertence à Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, em São José dos Campos, e depois voltou ao Conventinho da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté, onde vive.


Nascido em Machado (MG), padre Zezinho foi um dos precursores da música católica no Brasil, sendo autor de 1.500 canções religiosas, além de gravar 120 álbuns. O religioso também escreveu pelo menos 60 livros. (SP-G1)
_________________________________


Parabéns, diácono!


A diretoria da CND - Comissão Nacional dos Diáconos parabeniza os diáconos permanentes pela passagem deste dia tão importante para a Igreja: 10 de agosto, Festa de São Lourenço, mártir e dia do Diácono.


Oração do Diácono permanente

Deus e Pai Nosso, fortalece com a graça do Espírito Santo os diáconos de vossa Igreja, para que desempenhem com alegria, fidelidade e em espírito de comunidade eclesial, o seu ministério de diáconos, seguindo os passos de vosso Filho, Jesus Cristo, que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos”.


Nós vos pedimos pelas famílias dos diáconos casados: que sejam autênticas “igrejas domésticas”, segundo o exemplo da Sagrada Família de Nazaré, e delas surjam vocações sacerdotais e religiosas. Virgem Maria, Mãe da Igreja e Rainha dos Apóstolos, rogai pelos ministros do Senhor! São Lourenço, diácono e mártir, rogai pelos diáconos, servos do Povo de Deus!
___________________________________
Fonte: CND

400 anos da presença Capuchinha no Brasil



Para iniciar as celebrações do 400° aniversário da chegada dos Capuchinhos ao Brasil, uma centena de frades, vindos de todo o país reuniram-se em São Luis, capital do Estado do Maranhão. Os participantes fizeram uma caravana-peregrinação especial em ônibus e carros, saindo de São Luis e depois de três horas de viagem chegaram a um porto, onde, de barco, num percurso que durou ainda uma hora, chegaram ao lugar onde os Capuchinhos franceses celebraram a primeira Missa no Brasil (1612), que desde então tem o nome de “Primeira Cruz” e fica cerca de 120km de São Luis.



Acolhidos festivamente pela população local, os frades inauguraram um “Tau Memorial” na praça da cidade e depois, com a participação do Definidor geral Fr. Sérgio Dal Moro, do Ministro Provincial, de muitos religiosos e dois bispos, com muita alegria e memória histórica, foi celebrada a Eucaristia com o povo. A festa foi coroada ainda com um farto almoço partilhado com os presentes. As celebrações jubilares acontecem de 5 a 9 de agosto.


Para celebrar este acontecimento, haverá uma missa solene na Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Cohab às 18h do dia 09 de agosto. Todos estão convidados!


_________________________________________
Disponível em: PROMAPA

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Papa publica documento sobre lavagem de dinheiro


MOTU PROPRIO
Carta Apostólica em forma de Motu Proprio 
do Papa Francisco para a prevenção e o combate
à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo
e à proliferação de armas de destruição de massa
Quinta-feira, 8 de agosto de 2013


A promoção do desenvolvimento humano integral no plano material e moral requer uma profunda reflexão sobre a vocação dos setores econômicos e financeiros e sobre sua correspondência ao fim último da realização do bem comum.

Por este motivo, a Santa Sé, em conformidade com a sua natureza e missão, participa dos esforços da Comunidade Internacional voltados à proteção e à promoção da integridade, estabilidade e transparência dos setores econômicos e financeiros e à prevenção e ao combate das atividades criminais.

Em continuidade com a ação já interposta neste âmbito a partir do Motu Proprio de 30 de dezembro de 2010 para a prevenção e o combate das atividades ilegais no campo financeiro e monetário, do meu predecessor Bento XVI, desejo renovar o compromisso da Santa Sé no adotar os princípios e a trabalhar os instrumentos jurídicos desenvolvidos pela comunidade internacional, adequando posteriormente a estrutura institucional para a finalidade da prevenção e do combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à proliferação das armas de destruição de massa.

Com a presente Carta Apostólica em forma de Motu Proprio adoto as seguintes disposições:


Artigo 1

Os Dicastérios da Cúria Romana e os outros organismos e instituições dependentes da Santa Sé, bem como as organizações sem fins lucrativos com personalidade jurídica canônica e sede no Estado da Cidade do Vaticano são obrigados a observar as leis do Estado da Cidade do Vaticano em matéria de:

a)     medidas para a prevenção e o combate da lavagem de dinheiro e do financiamento do terrorismo;

b)     medidas contra os sujeitos que ameaçam a paz e a segurança internacional;

c)     supervisão prudencial das instituições que desenvolvem profissionalmente uma atividade de natureza financeira.

Artigo 2

A Autoridade de Informação Financeira exerce a função de supervisão prudencial das instituições que desenvolvem profissionalmente uma atividade de natureza financeira.

Artigo 3

Os competentes órgãos judiciários do Estado da Cidade do Vaticano exercem a jurisdição nas matérias supracitadas também em relação aos Dicastérios e outros organismos e instituições dependentes da Santa Sé, bem como com as organizações sem fins lucrativos com personalidade jurídica canônica e sede no Estado da Cidade do Vaticano.

Artigo 4

É instituído o Comitê de Segurança Financeira com o fim de coordenar as autoridades competentes da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano em matéria de prevenção e de combate da lavagem de dinheiro, do financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição de massa. Ele é regido pelo Estatuto anexo à presente Carta Apostólica.

Estabeleço que a presente Carta Apostólica em forma de Motu Proprio seja promulgada mediante a publicação no L’Osservatore Romano.

Disponho que quanto estabelecido tenha pleno e estável valor, também revogando todas as disposições incompatíveis, a partir de 10 de agosto de 2013.

Dado em Roma, do Palácio Apostólico, em 8 de agosto do ano de 2013, primeiro de Pontificado.


FRANCISCUS PP.

_________________________________________
Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Os protestantes são idólatras

Imagens dos reformadores protestantes

"O que é idolatria? Idolatria é prestar a uma criatura honras que são devidas ao Criador apenas, considerá-la igual ou superior a Deus.

É comum vermos protestantes acusando católicos de idolatria, devido ao culto aos Santos. Isso ocorre por uma razão muito simples: os protestantes não adoram a Deus, mas O veneram. Os católicos adoram a Deus e veneram Seus Santos. Assim, ao ver um católico venerando um Santo, o protestante - que venera a Deus - acha que o católico está prestando a um Santo uma homenagem que só compete a Deus.

A veneração é aquilo que os filhos têm para com seus pais: eles pedem ao pai e à mãe, eles agradecem e eles louvam seus pais. A adoração é aquilo que um macumbeiro faz com seus orixás (oferecendo-lhes sacrifícios de bichos) e um católico faz de maneira incruenta e infinitamente superior para Deus (no Sacrifício único e perfeito de Cristo, tornado novamente presente em cada Missa).

O protestante presta a Deus um culto de veneração, reunindo-se com outros protestantes para cantar louvores a Deus, pedir-Lhe graças e agradecer as graças concedidas por Sua Misericórdia. Ao ver assim um católico prestando culto de veneração a um Santo, reunindo-se com outros católicos para cantar louvores ao que um Santo fez pela graça de Deus, para pedir ao Santo que peça a Deus graças e para agradecer as graças concedidas por Deus em resposta ao pedido feito pelo Santo, o protestante acha imediatamente que o católico estaria dando a um Santo - uma criatura, que não é Deus - o que é devido a Deus. É um lamentável engano. O mais engraçado, porém, neste engano é ver que os protestantes fazem exatamente a mesma coisa que os católicos, mas em referência a pessoas que ainda estão aqui na terra, pessoas que ainda podem cair em pecado e afastar-se de Deus. O protestante pede aos amigos que orem por ele a Deus, como um católico pede a um Santo; o protestante agradece aos amigos que intercederam por ele junto a Deus quando suas orações são atendidas; o protestante louva o que é feito por outro protestante e que ele acha ser devido à graça de Deus.


Apesar de acusar injustamente os católicos de idolatria, porém, o protestante parece não perceber que quem aponta um dedo para alguém está apontando três para si mesmo: os protestantes vivem e pregam a idolatria.
Como assim?

Ora, Nosso Senhor Jesus Cristo disse e fez muitíssimas coisas que não estão na Bíblia. São João afirma isto com todas as letras no fim de seu Evangelho (Jo 20,30; Jo 21,35). Do mesmo modo, vemos por exemplo Nosso Senhor explicando no caminho de Emaús (Lc 24,27) as profecias do Antigo Testamento referentes à Sua Paixão e Ressurreição; a explicação dada por Ele, porém, não está escrita na Bíblia, do mesmo modo como muitíssimas pregações e explicações que fez aos Apóstolos. Ora, Ele disse para os Apóstolos ensinarem *tudo* o que Ele ensinou a eles (Mt 28,20).

O protestante, porém, afirma que o que não está na Bíblia não interessa, esquecendo-se de que não só não está escrito na Bíblia que só vale o que lá está, quanto que não está escrito na Bíblia que Nosso Senhor mandou escrever Bíblia alguma.

A Bíblia, esquece ele, é porém uma mera criatura de Deus. Criatura santa, inspirada e boa, mas criatura. Ao dar maior importância à criatura (a Bíblia) que ao Criador (os atos e palavras de Cristo que não estão contidos na Bíblia e que Ele mandou que fossem ensinados), o protestante está caindo em idolatria. Ele coloca a criatura (a Bíblia) como sendo mais importante que o Criador.

Esta idolatria torna-se ainda mais negra quando percebemos que os protestantes na verdade colocam acima da própria Bíblia a sua idéia particular do significado da Bíblia. Assim, por exemplo, apesar das claríssimas palavras do próprio Senhor (Jo 6,32-59) - corroboradas por São Paulo, aliás (1Cor 11,23-29) -, os protestantes negam que Seu Corpo e Seu Sangue sejam verdadeira comida e bebida, sem a qual ninguém terá a vida eterna, assim como negam, contra as palavras de Cristo (Jo 20,23) que o pecado que não for perdoado por um homem que recebeu de Cristo este poder não será perdoado.

Temos, portanto, que:

Idolatria é colocar criaturas acima do Criador.

Ora, os protestantes colocam criaturas (a Bíblia e suas interpretações pessoais da Bíblia) acima do Criador.

Logo, os protestantes são idólatras.”



Carlos Ramalhete. 
_________________________________
Fonte: A Bíblia e a Idolatria.
Disponível em: Spem in Alium

Papa desperta a ira de grupos ultraconservadores


Ao optar por se distanciar de ortodoxos, 

Pontífice desperta a ira de dissidências.


A recente viagem para o Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi um grande êxito para o Papa Francisco, avaliam analistas de todo mundo. Quase cinco meses depois de ter sido eleito ao trono de Pedro, o argentino está no pico da sua popularidade graças a sua proximidade com o povo, sua informalidade, humildade, austeridade, determinação em fazer uma limpeza no poder central da Igreja e, sobretudo, por sua mensagem a favor dos pobres.

Mas ele também está sendo atacado duramente por setores tradicionalistas conservadores minoritários. Desde o começo do pontificado, quando se negou a sair na sacada central da Basílica de São Pedro com a Mozeta (capa vermelha usada pelos pontífices) e a cruz peitoral de ouro, ele foi acusado de dessacralizar o papado.

Críticas surgem também por sua aversão à formalidade e à pompa, por não ter ido viver no apartamento pontifício do Palácio Apostólico e por outros gestos pouco ortodoxos. A tudo isso, se somou a declaração inédita e conciliadora sobre os gays, pronunciada durante uma coletiva de imprensa no avião que o trazia de volta a Roma.

- Se uma pessoa é gay, busca o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? - Perguntou Francisco, primeiro pontífice a pronunciar a palavra gay e a defender os homossexuais como "irmãos".

A declaração causou tamanho rebuliço em ambientes conservadores que fez Francisco ser vítima de um anátema, ou seja, de uma excomunhão por parte de Elias, líder do Patriarcado Católico Bizantino, grupelho proclamado por sete bispos da Igreja ortodoxa grego católica ucraniana em 2011. Eles afirmam que Francisco violou as leis de Deus.


- Ele promove uma mentalidade imoral da homossexualidade, que é contrária à essência do Evangelho e destrói todos os valores morais. Francisco Bergoglio está excluído, portanto, do Corpo Místico de Cristo. Cada bispo e sacerdote, como cada católico, está obrigado a se afastar do que ele propôs - disse Elias num anátema lançado na última segunda-feira.

A excomunhão do patriarca bizantino católico ucraniano contra Francisco não é tão grave. Se trata do líder de um grupo minúsculo, que já excomungou e lançou anátemas contra Bento XVI; João Paulo II; cardeais e bispos que participaram da reunião entre religiões de Assis de 1986 e 2011; o patriarca ecumênico de Costantinopla, Bartolomeu I; o patriarca ortodoxo de Moscou, Kiril; entre outros religiosos.

- Alguns creem que este grupo se relaciona com os serviços secretos ucranianos, dificilmente pode ser levado a serio - disse um prelado católico especialista no assunto.

O diário "La Reppublica" destacou a proliferação na internet de blog conservadores que também não ocultam sua ira contra o papa latino-americano amigo dos gays.

"Suas palavras são um sinal tangível de uma desorientação existencial que faz tremer as pernas e o coração dos fiéis", dispara o blog messainlatino.it. Nele, os tradicionalistas se mostram escandalizados com fotos da missa final da JMJ em Copacabana, que mostram sacerdotes dando a comunhão em vasilhas plásticas. As imagens, que deram a volta no mundo, confirmaram que Francisco é um Papa único, com popularidade altíssima e sem oposição séria e visível no momento.

___________________________________

Fonte: O Globo
Disponível em: Portal ORM