...“E Eu te declaro: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra Ela. Eu te darei as chaves do reino do céus: tudo que ligares na terra será ligado no céus, e tudo o que desligares na terra será desligado no céus”. (Mt 16,18-20)
“O Senhor Jesus, antes de subir ao Céu, confiou aos seus discípulos o mandato de anunciar o Evangelho a todo o mundo e de batizar todas as nações: “Ide a todo o mundo e pregai o Evangelho a todas as criaturas. Quem acreditar e for batizado será salvo, mas que não acreditar será condenado”. (Mc.16, 15-16); Todo o poder me foi dado no Céu e na terra. Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações, batizai-os em nome do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO e ensinai-lhes a cumprir tudo quanto vos mandei. E EU estou sempre convosco, até o fim dos tempos”. (Mt. 28, 18-20; Lc. 24, 46-48; Jô. 17, 18; 20, 21, At. 1,8).
A missão universal da Igreja nasce do mandato de JESUS CRISTO e realiza-se através dos séculos, com a proclamação do mistério de DEUS, PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO e do mistério da encarnação do Filho, como acontecimento de salvação para toda a humanidade. São estes os conteúdos fundamentais da profissão de fé cristã:
“Creio em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador do Céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, JESUS CRISTO, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E se encarnou pelo ESPÍRITO SANTO, no seio da Virgem MARIA e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do PAI. De novo há de vir em Sua Glória, para julgar os vivos e os mortos; e o Seu Reino não terá fim. Creio no ESPÍRITO SANTO, Senhor que dá a vida, e procede do PAI. Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ELE que falou pelos profetas. Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há de vir”.
O Senhor Jesus, único Salvador, não formou uma simples comunidade de discípulos, mas constituiu a Igreja como mistério salvífico: Ele mesmo está na Igreja e a Igreja Nele (Jo. 15, 1-11; Gl. 3, 28; Ef. 4, 15-16; At. 9, 5); por isso, a plenitude do mistério salvífico de CRISTO pertence também a Igreja, unida de modo inseparável ao Seu Senhor. JESUS CRISTO, com efeito, continua a estar presente e a operar a salvação na Igreja e através da Igreja (Cl. 1, 24-27), que é o Seu Corpo (1 Cor. 12, 12-13; 27; Cl. 1, 18). E, assim como a cabeça e os membros de um corpo vivo embora não se identifiquem, são inseparáveis, CRISTO e a Igreja não podem confundir-se nem mesmo separar-se, constituindo ao invés um único “CRISTO TOTAL”. Uma tal inseparabilidade é expressa no Novo Testamento também com a analogia da Igreja Esposa de Cristo (1Cor. 11, 2; Ef. 5, 25-29; Ap. 21, 2; 9).
Assim, e em relação com a unicidade e universalidade da mediação salvífica de Jesus Cristo, deve crer-se firmemente como verdade de fé católica a unicidade da Igreja por Ele fundada (Mt. 16, 18). Como existe um só CRISTO, também existe um só Seu Corpo e uma só Sua Esposa: “uma só Igreja católica e apostólica”. Por outro lado, as promessas do Senhor de nunca abandonar a Sua Igreja (Mt. 16, 18; 28, 20) e de guiá-la com o Seu ESPÍRITO (Jo. 16, 13) comportam que, segundo a fé católica, a unicidade e unidade, bem como tudo o que concerne a integridade da Igreja, jamais virão a faltar.
Os fiéis são obrigados a professar que existe uma continuidade histórica – radicada na sucessão apostólica – entre a Igreja fundada por Cristo e a Igreja Católica: “Esta é a única Igreja de CRISTO (...) que o nosso Salvador, depois da Sua Ressurreição, confiou a Pedro para apascentar (Jô. 21, 17), encarregando-o a ele e aos demais Apóstolos de a difundirem e de a governarem (Mt. 28, 18 - ss); levantando-a para sempre como coluna e esteio da verdade (Tm. 3, 15). Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste (subsistit in) na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”.
Com a expressão “subsistit in” o Concílio Vaticano II quis harmonizar duas afirmações doutrinais: por um lado, a de que a Igreja de CRISTO, não obstante as divisões dos cristãos, continua a existir plenamente só na Igreja Católica e, por outro, a de que “existem numerosos elementos de santificação e de verdade fora de sua composição”, isto é, nas igrejas e comunidades eclesiais que ainda não vivem em plena comunhão com a Igreja Católica. A cerca destas, porém, deve afirmar-se que “o seu valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada a Igreja Católica”.
Existe portanto uma única Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”. (Declaração “Dominus Jesus”)
Há mais de 2700 anos, o ESPÍRITO SANTO já tinha definido esta verdade ao profeta Isaías:
“Eis Meu Servo que EU amparo, Meu Eleito ao qual dou toda a Minha afeição, faço repousar sobre ELE meu ESPÍRITO, para que leve ás nações a VERDADEIRA RELIGIÃO. Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, não extinguirá a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a franqueza a VERDADEIRA RELIGIÃO; não desanimará, nem desfalecerá, até que tenha estabelecido a VERDADEIRA RELIGIÃO; sobre a Terra, e até que as ilhas desejem Seus ensinamentos”. (Is. 42, 1-4)
Esta profecia cumpriu-se, quando Nosso Senhor JESUS CRISTO ungiu o Apóstolo Pedro como responsável pela condução da Sua Igreja: “E Eu te declaro: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra Ela”. (Mt 16,18)
“Apoiada na Sagrada Escritura e na tradição, ensina (o Concílio) que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único Mediador e o caminho da salvação é CRISTO, que se nos torna presente no Seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo (Mc. 16,16; Jo. 3,5), ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo batismo como por uma porta. Por isso, não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja Católica foi fundada por Deus, através de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disto não quiserem nela entrar ou nela preservar”. (Constituição dogmática “Lunem Gentium” (14a)).
“A Igreja foi fundada no tempo por CRISTO Redentor”. (“Gaudium et spes” (40 b))
“O CRISTO Senhor fundou uma só e única Igreja”. (“Untatis Redint gratio” (1a))
“Ele fundou sua Igreja como o Sacramento da salvação”. (“Adgentes” (5a))
“(...) Jesus aponta Sua Igreja como caminho normativo. Não fica, pois, à discrição do homem o aceita-la ou não, sem conseqüências”. (Puebla – 1979)
“De nossa análise consta que a autêntica Igreja não pode ser entendida como uma utopia que visaria atingir todas as “Comunidades” hoje divididas e separadas. A verdadeira Igreja, bem como sua unidade, não são exclusivamente uma realidade futura. Elas já se encontram na Igreja Católica, na qual está realmente presente a Igreja de CRISTO”. (Pontifícia Comissão Teologia Internacional – 1984)
“Não se salva, contudo, embora incorporada à Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece no seio da Igreja com o corpo, mas não com o coração. (...) Se a Ela (os batizados) não correspondem por pensamentos, palavras e obras, longe de se salvarem, serão julgados com maior severidade”. (Lúmen Gentium, nº 14)
Sua Santidade, o Papa Francisco, é o papa de número 266 na história da Igreja, portanto, o 265º sucessor de São Pedro. Ou seja, desde que Nosso Senhor Jesus Cristo delegou aos homens o poder máximo: A condução de Sua Igreja, único instrumento pleno de salvação das almas.
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(com pequenas adaptações).