A leitura da Constituição Sacrosanctum Concilium nos dá a resposta para essa indagação.
- Porque pela Liturgia, especialmente no sacrifício eucarístico, “se exerce a obra de nossa redenção”;
- Porque a Liturgia contribui para que os fiéis exprimam em suas vidas e aos outros manifestem o mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja, da qual é próprio ser, a um só tempo, humana e divina;
- Porque a obra da salvação, prenunciada por Deus, é realizada em Cristo, e esta obra continua na Igreja e se coroa em sua liturgia, por causa da presença de Cristo na Liturgia, que é o antegozo da liturgia celeste.
- Os apóstolos foram enviados a anunciar a obra da salvação através do sacrifício e dos sacramentos, sobre os quais gira toda a vida litúrgica. Nunca, desde então a Igreja deixou de reunir-se para celebrar o mistério pascal.
- Porque Cristo está presente: na pessoa do ministro, nas espécies eucarísticas, nos sacramentos, na sua palavra e na oração da Igreja. A liturgia é, pois, o exercício do múnus sacerdotal de Jesus Cristo, realizando a santificação do homem mediante sinais sensíveis. Dessa forma, toda a celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote, e de seu corpo, a Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia nenhuma outra ação da Igreja iguala, sob o mesmo título e grau.
- A Liturgia não esgota a ação da Igreja, que envolve também a evangelização e o apostolado; todavia, a liturgia é o ponto para o qual converge a ação da Igreja e de onde esta retira sua força; da eucaristia, principalmente, deriva a graça para nós, obtendo-nos a santificação. Para que se obtenha plena eficácia, no entanto, os fiéis devem aproximar-se da Sagrada Liturgia com boa disposição, cooperando com a graça do alto. Ademais, é dever dos sagrados pastores vigiar que, na ação litúrgica, não só se observem as leis para a válida e lícita celebração, mas que os fiéis participem dela com conhecimento de causa, ativa e frutuosamente.
- A participação plena e ativa do povo deve ser conseguida mediante instrução devida. Não há, no entanto, esperança de que tal possa ocorrer, se os próprios pastores de almas não estiverem antes imbuídos do espírito e força da Liturgia, e dela se tornarem mestres.
Com empenho e paciência procurem dar os pastores de almas a instrução litúrgica e também promovam a ativa participação interna e externa dos fiéis, [...] cumprindo assim um dos principais deveres do fiel dispensador dos mistérios de Deus; e nesse particular conduzam seu rebanho não só pela palavra, mas também pelo exemplo.
As transmissões pelo rádio e televisão das funções sagradas, particularmente em se tratando da Santa Missa, façam-se com discrição e decoro, sob a direção e responsabilidade de pessoa idônea, escolhida para tal ofício pelos bispos.
A ordenação da Sagrada Liturgia depende unicamente da autoridade da Igreja. Esta autoridade cabe à Santa Sé Apostólica, e, segundo as normas do Direito, ao Bispo. [...] Portanto, jamais algum outro, ainda que sacerdote, tire ou mude por conta própria qualquer coisa à Liturgia.
Maite Tosta
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Fonte: Salvem a Liturgia
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