segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A ponta do Iceberg


Recentemente, duas pesquisas científicas comprovaram a ligação direta que existe entre a audiência das novelas da Rede Globo, as crescentes taxas de divórcio e a queda da natalidade nas famílias brasileiras[1]. Aquilo de que já se suspeitava há muito tempo foi confirmado: as telenovelas globais exercem uma grande influência no comportamento das pessoas.

Na semana passada, mais uma telenovela serviu de palco para "forçar limites morais", como escreveu um jornalista, na Folha de São Paulo[2]. Pelos comentários de vários telespectadores nas redes sociais, parece que, infelizmente, a armadilha funcionou, mais uma vez. Após o entusiasmo com a trama de uma dupla de homossexuais que, entre outras coisas, recorreu à inseminação artificial para "produzir" um filho, o pedido para ver um "beijo gay" no final da última novela das oito foi reiterado por inúmeras pessoas. E, mesmo depois de alcançado o seu intento, muitos não se contentaram com o que viram, alegando que o beijo teria sido "morno demais".

Sem dúvida, a melhor forma de filtrar essas coisas está na mão de cada família: chama-se controle remoto. As pessoas são livres para escolher ao que querem ou não assistir na televisão. No entanto, comprovada a relação entre as telenovelas e as mudanças sociais no Brasil, ninguém pode ignorar que aquilo que é exibido nas telas da TV não ficará, simplesmente, nas televisão. Aquilo que a Globo exibe para muitas pessoas ou famílias desatentas irá refletir, de algum modo, nas opiniões que elas possuem, nas conversas que elas mantêm e nos ambientes que elas frequentam. E isso afetará toda a sociedade, na qual estão incluídas até mesmo as pessoas que louvavelmente se recusam a dar audiência às novelas globais.


É mesmo preciso dizer o que estava por trás do "beijo gay"? Diante da oposição de boa parte da população brasileira não só ao chamado "casamento homoafetivo" como ao próprio ato homossexual, a novela "Amor à Vida" foi uma tentativa clara de minar essa resistência. Apelando a recursos sentimentais, os produtores da trama – não temendo a condenação do profeta que lamenta "aqueles que ao mal chamam bem" e "tornam doce o que é amargo" (Is 5, 20) – recorreram à mesma estratégia que facilitou a legalização do divórcio no Brasil, há 40 anos: trocar o verdadeiro amor à pessoa humana pela aceitação de uma conduta imoral; transformar a preocupação com o pecador em um perigoso conformismo com o pecado.

A confusão que resulta dessa mentalidade é evidente: quando uma pessoa prefere "rótulos" referentes à sua conduta sexual àquilo que ela realmente é – ser humano, filha de Deus –, a sua verdadeira dignidade é escondida e dá lugar a uma desfiguração:

"A pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, não pode definir-se cabalmente por uma simples e redutiva referência à sua orientação sexual. Toda e qualquer pessoa que vive sobre a face da terra conhece problemas e dificuldades pessoais, mas possui também oportunidades de crescimento, recursos, talentos e dons próprios. A Igreja oferece ao atendimento da pessoa humana aquele contexto de que hoje se sente a exigência extrema, e o faz exatamente quando se recusa a considerar a pessoa meramente como um 'heterossexual' ou um 'homossexual', sublinhando que todos têm uma mesma identidade fundamental: ser criatura e, pela graça, filho de Deus, herdeiro da vida eterna."[3]

É lamentável que muitos católicos, enganados por esse pensamento reducionista, se tenham prestado ao papel patético não só de dar ibope à novela, como de pedir ou aprovar o "beijo gay", ignorando – ou fingindo ignorar – que essa é apenas a ponta de um iceberg muito maior. Desse modo, fazem lembrar a condenação do Apóstolo que, reprovando as práticas homossexuais, lamentou a atitude daqueles que "não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem" (Rm 1, 32).

Mas, ainda que "Amor à Vida" não tivesse mostrado nenhum "beijo gay", ainda que não tivesse reforçado a difusão do lobby homossexual: ainda assim, teria sido um tremendo desamor à vida e à família assistir-lhe. As telenovelas estão, a todo momento, "forçando limites morais", especialmente quando exibem, de modo constante, cenas de sexo mais ou menos explícitas. Com isso, elas tiram o sexo da intimidade conjugal dos esposos e dizem às pessoas que é normal ter sexo com qualquer um, a qualquer hora e em qualquer lugar, estimulando, assim, uma lenta, porém eficaz, "pornografização" da sociedade[4].

Voltemos ao controle remoto: todos fariam um grande favor a si mesmos, às suas famílias e ao Brasil se, na hora da novela, apagassem seus televisores, acendessem uma vela e rezassem o Terço em família, rogando a Nossa Senhora Aparecida que tenha misericórdia desta Terra de Santa Cruz.
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Fonte: Equipe Christo Nihil Praeponere


Referências Cf.Parresía n. 58: As Novelas e a Engenharia Social Análise: Emissora retoma tradição de forçar limites morais com telenovelas | Folha de S. Paulo Congregação para a Doutrina da Fé, Carta aos Bispos sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais, 1º de outubro de 1986, n. 16 Cf. A cultura pornográfica e a banalização da sexualidade.

Caminhada silenciosa pela paz reúne centenas de pessoas em São Luís


As paróquias católicas da Grande Ilha de São Luís realizaram nesse domingo, 2, a “Caminhada Silenciosa pela Paz”. Este evento partiu de uma convocação dos bispos católicos por meio de uma carta aberta publicada desde o último dia 22 que convidaram a população a refletir sobre a onda de violência que está ocorrendo na capital.

Mesmo com a forte chuva que caiu na tarde de ontem, os fieis da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e os moradores do bairro da Cohab marcaram a presença na caminhada que teve como ponto de concentração em frente ao Centro de Ensino Médio Cidade de São Luís, localizado na Avenida 4.

O frei e pároco dessa igreja, Domingos Marques, falou que esse movimento seria feito de forma silenciosa à luz de vela para expressar o compromisso com a justiça e paz. A data coincidiu justamente no dia de Nossa Senhora das Candeias em que os devotos acendem velas, principalmente, no interior do Estado. “O silêncio, na maioria das vezes, tem o significado maior do que um grito, pois, desta forma que os bispos querem que a caminhada seja feita, ou seja, silenciosa”, declarou.

Em relação à vela, o religioso disse que representa a luz de Cristo para iluminar as trevas e, no entanto, essa escuridão tem como significado a violência, a existência do tráfico, da falta de uma saúde de qualidade, ausência de uma boa educação e dentre outras problemáticas em que há na capital.

Por volta das 17h e logo após a benção, os participantes com as velas acessas, flores, com cartazes, bandeirinhas, balões e vestidos de branco saíram pelas ruas do bairro em silêncio apenas ao som das músicas que tratam sobre paz até a sede da paróquia. Neste local, cantaram o “Canto de Glória” e, em seguida, foi proferido o sermão tratando sobre a Apresentação do Senhor na igreja. No momento da despedida, os fieis trocaram as flores, pois, para eles representam o amor, a pureza e a bondade.


Lurdes Nascimento, de 61 anos, relatou que mora no Cruzeiro do Anil, onde ocorre diariamente ações criminosas, inclusive, o tráfico de drogas. “O Estado precisa combater a venda de drogas, pois, por meio dela que surge os outros problemas. Estou aqui para reivindicar isso”.

Já a professora Raimunda Chaves, de 66 anos, participou de toda a caminhada e estava de branco. Segundo ela, aquela era uma forma de chamar a atenção das autoridades para combater a onda de violência na cidade. “Na Cohab até alguns anos atrás não era tão violento a nossa localidade, mas, com o surgimento das invasões nas proximidades, o cenário mudou. No momento, os assaltos, os homicídios e o tráfico de drogas fazem parte do nosso dia a dia”, afirmou.

O coordenador estadual da Pastoral Universitária, Walber Nascimento, de 38 anos, comentou que as 37 paróquias com as do interior do Estado vão se reunir para criar um comitê gestor para traçar formas de combater a violência no Maranhão. De acordo com ele, isso será feito ainda este ano para que até o final de 2014 possa ter resultados de cunho positivo.


Ainda na tarde de ontem, a direção da igreja Nossa Senhora de Nazaré, no Cohatrac; Sagrada Família, no Maiobão, realizaram a sua caminhada e percorreram pelas ruas da comunidade, enquanto, a caminhada da Igreja São Pantaleão ocorreu pela manhã.
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Fonte: O Imparcial

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Protesto contra casamento gay atrai milhares na França


Milhares de manifestantes começaram a se reunir em Paris e Lyon neste domingo (2), em um protesto contra a legalização do casamento gay na França que mobilizou conservadores de diferentes matizes.

Os organizadores e a polícia esperam dezenas de milhares de pessoas na marcha contra a lei "Casamento para Todos", que foi aprovada pelo parlamento francês em abril do ano passado.

Diante dos protestos, o ministro do Interior, Manuel Valls, advertiu que qualquer tipo de violência contra a polícia será tratado com severidade.Cerca de 1.500 policiais foram mobilizados em Paris e 600 na cidade de Lyon.

O governo do presidente François Hollande negou especulações de que pretende aumentar o acesso à reprodução assistida e barrigas de aluguel para casais homossexuais –o que, contudo, também é um dos temas do protesto.


A introdução do programa "ABC da Igualdade" para escolas primárias francesas também gerou indignação entre os tradicionalistas, em meio a rumores na Internet de que as crianças pequenas receberão lições sobre teoria de gênero.

Os protestos são organizados pela entidade "Manifestação para Todos", uma associação de grupos de direita que surgiu em resposta à lei do casamento gay.

CASAMENTO GAY

A lei que autoriza o casamento entre homossexuais entrou em vigor na França no dia 18 de maio, após um intenso debate parlamentar e grandes manifestações dos contrários à lei.

O primeiro matrimônio gay no país foi celebrado em 29 de maio passado, na cidade de Montpellier.

Desde que começou a ser discutida, a questão foi controversa na França e atraiu multidões contra e a favor de sua aprovação.
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Fonte: Folha de S. Paulo


Culto ateu em Londres tem música pop, sacolinha e comunhão com biscoito. Pois é…


É domingo, 11h. Cerca de 300 pessoas estão num anfiteatro no centro de Londres. Não sobra uma poltrona vazia. Todos cantam músicas, silenciam o ambiente em reflexão, e alguns relatam histórias de vida.

A sacolinha do dinheiro aparece rapidinho. “Sugerimos doações de 3 a 5 libras (R$ 12 a R$ 20), algo assim, ou o que você puder. Obrigado pela generosidade”, diz Sanderson Jones, 32. A maioria contribui. “Nossa missão é tentar ajudar as pessoas, celebrar o fato de estarmos vivos”, lembra Jones.

Todos aplaudem.

Uma banda está no palco. Palmas introduzem “I’m So Excited”, da banda pop Pointer Sisters, sucesso nos anos 70 e 80. Jovens, casais, idosos e crianças levantam da poltrona e cantam em coro. Depois, euforia com o hit do ano, “Get Lucky” (Daft Punk).
Agora, silêncio geral. Um neurocientista então explica o poder da mente, o fenômeno da sinapse, como controlar sensações, sentimentos. Cabe a uma jovem contar seu drama de superação após um dano cerebral.

Sanderson Jones retorna ao microfone: “Pessoal, é o momento de refletir a sorte que temos em ter uma mente em funcionamento”. Todos quietos, olhos fechados, cabeça baixa, por dois minutos.

Agora, a banda no palco levanta os fiéis com “Always on my Mind”, clássico eternizado por Elvis Presley. Uma hora se passa, fim de culto, todos comungam biscoitos, leite, café e chá.

Ninguém arrisca saudar o colega ao lado com “amém”, “glória a Deus”, “fique com Deus”, algo parecido. Ali, praticamente todos são ateus frequentando a Sunday Assembly (assembleia de domingo).


É uma espécie de igreja ateísta criada há um ano em Londres e que já virou um pequeno fenômeno com ao menos 30 “filiais” nos Estados Unidos, Austrália e Canadá –o Brasil pode ganhar uma em breve. Segundo o site oficial, trata-se de “uma congregação sem Deus que celebra a vida”. Em Londres, tem a fama de “igreja dos ateus”.

A Folha acompanhou um culto da “matriz”, em um auditório do Conway Hall, espaço de debates em Londres. O tema era “cérebro”.

CABELUDO

Além de pregador oficial, Sanderson Jones, um homem de cabelos e barbas compridos, é também o fundador da Sunday Assembly.

Oficialmente, sua profissão é de comediante. Nascido em família religiosa, diz que perdeu a crença em Deus aos 10 anos, quando a mãe morreu de câncer.

Questionado se ainda tem alguma crença, faz um trocadilho em inglês: “I don’t believe in God, but in good” (não acredito em Deus, mas no bem). A ideia de um culto ateísta (expressão de que não gosta muito), conta, surgiu há seis anos, durante o Natal. “Tudo aquilo era fantástico, as músicas, a comunidade, o fato de melhorar a si mesmo. Nós devemos celebrar a vida, é o nosso foco, o sentimento de comunidade”, diz.

Em seu site, a Sunday Assembly dá suas diretrizes: é um lugar para quem quer viver melhor, ajudar, discutir o mundo e 100% de celebração só da vida. A meta de Jones é atingir mil igrejas em uma década. Alguns brasileiros já o procuraram para abrir filial no país, diz. “Devo ir ao Brasil em setembro, mas estamos em fase de montagem, não posso dar detalhes.”

Não há, em tese, requisito para que os frequentadores sejam ateus, desde que entendam que ali não haverá menção a Deus –mas também não há pregação contra, ao menos no culto presenciado pela Folha.

“Ninguém aqui pergunta sua religião”, diz o engenheiro Gerard Carlin, 31, que atua como voluntário. Foi católico e hoje se declara “fortemente ateu”.

Ele é um dos que ajudam a contar as doações, cujo valor não revela. “É pouca coisa que arrecadamos, só para pagar os custos, como locação, o piquenique depois, a banda”, afirma.

“E aí, gostou?”, pergunta a jornalista alemã Gabi Thesing, 21, frequentadora há quatro meses dos cultos. “Já fui católica, mas hoje não acredito em Deus, religiões. Acredito no poder das pessoas, da energia”, diz.

O VELHO E O NOVO

Estudiosos em teologia no Reino Unido, como Nick Spencer, do centro de estudos Theos, tem dito que a Sunday Assembly não chega a ser um fenômeno necessariamente novo e se parece com movimentos antigos de pessoas que não creem em Deus, mas usam ritos tradicionais religiosos em seus encontros privados.

O empresário britânico Andrews Wett, 47, se diz um “adepto não praticante do budismo”. Foi levado pela namorada ao culto. Opina sobre a grande quantidade de jovens: “Isso mostra um pouco como as igrejas tradicionais têm perdido fiéis”.

Antes de a reportagem deixar o local, alguns entrevistados se despediram com um “vejo você da próxima vez”. Não deu para responder “se Deus quiser”. 
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Fonte: Folha de São Paulo
Disponível em: Aleteia

Arquidiocese proíbe missa e fiéis protestam rezando na rua em Belo Horizonte


Cerca de 300 católicos ligados à Igreja Nossa Senhora do Carmo, na zona sul de Belo Horizonte, rezaram na avenida de mesmo nome, em frente à entrada principal do templo, às 11h deste domingo (2), em protesto contra a decisão da Arquidiocese de Belo Horizonte eda Província Carmelita de Santo Elias em proibir as missas defrei Cláudio van Balen, 81, ex-pároco da igreja.

As duas entradas da igreja, uma das mais tradicionais da capital mineira, permaneceram fechadas neste domingo (2).

Os fiéis entoaram cantos católicos, rezaram a "Ave Maria", leram um manifesto, deram-se as mãos e caminharam até o salão paroquial, na entrada detrás da igreja, na rua Grão Mogol, aplaudiram e gritaram o nome de frei Cláudio van Balen.

A reportagem do UOL tentou entrar em contato com os padres da Igreja Nossa Senhora do Carmo, mas o salão paroquial ficou fechado e os telefones não foram atendidos. A assessoria de imprensa da Arquidiocese Metropolitana de Belo Horizonte não foi encontrada para comentar o assunto. Frei Cláudio van Balen também não foi localizado.

No domingo passado, (26 de janeiro), frei Evaldo Xavier, 47, tentou realizar uma missa solene, em que celebrava a sua nomeação como prior provincial da Província Carmelita, e de frei Wilson Fernandes, 31, como novo pároco da Igreja Nossa Senhora do Carmo, às 11h, horário das missas de frei Cláudio van Balen, há quase cinco décadas. Mas não conseguiu. Frei Evaldo Xavier foi vaiado por cerca de mil pessoas, e teve de celebrar a missa no salão paroquial, para aproximadamente cem pessoas.


Ala progressista da Igreja

A decisão em fechar a igreja e proibir as missas de frei Cláudio van Balen, considerado uma pessoa avançada e aberta, ligado à ala mais progressista da Igreja Católica e defensor da Teologia da Libertação, e há cinco décadas à frente da paróquia, após o episódio, culminou no protesto.

"Fomos atraídos (pelo Frei Cláudio van Balen) por seu jeito direto, franco e amoroso de um pescador. Por seu testemunho, fé libertária e concepção de poder como serviço. Hoje, esse homem não tem mais espaço neste templo grandioso. (...) Se não há lugar aqui para o Frei Cláudio (van Balen), também não há lugar para nós".

"Também não há lugar para nosso serviço, nossa disponibilidade, nosso tempo, nosso dinheiro", afirmou o manifesto lido pela socióloga Glória Maria Arreguy Maia, 71, bancária aposentada. Ao fim da leitura, o texto foi aplaudido pelas pessoas que se aglomeravam em frente ao gradil do santuário. A assinatura dos presentes para um manifesto contra o afastamento do frei começou a ser recolhida. Algumas mulheres começaram a entoar cânticos católicos, a multidão acompanhou. As pessoas foram dando-se as mãos. Rezaram a "Ave Maria". Diversos homens e mulheres choravam. As pessoas caminharam até o salão paroquial, após as homenagens e aplausos para o frei ausente, se dispersaram.

Batizada na Igreja Católica, Glória Maia deixou a igreja quando fez faculdade, na faixa etária dos 20 anos. Voltou-se novamente para o catolicismo há 14 anos, após conhecer frei Cláudio. "Ele é a minha igreja. Se ele não voltar, eu também não volto."

O engenheiro civil André Wolff, 45, estava inconformado. "Tinha vergonha e constrangimento de vir à igreja porque me separei há seis anos e casei novamente. Frei Cláudio me fez ver que não era isso. Que Cristo veio para incluir, que ele está de braços abertos para todos. Hoje frequento a Igreja por causa dele. Se ele (frei Cláudio) sair, eu, minha atual esposa (Adriana) e minha filhinha (Laura, cinco meses) deixaremos de frequentar a igreja. "Ele é a minha igreja. Se ele não voltar, eu também não volto", afirmou Wolf.

"Ele (frei Cláudio) é o nosso reflexo. Ele é a nossa comunidade. Ele nos representa", disse a fisioterapeuta Leopoldina Andrade, 41. Acompanhada do marido, o também fisioterapeuta Luiz Felipe Mindello, 47, e dos dois filhos Pedro, 16, e Rebeca, 10, ela diz que não volta à igreja, caso haja afastamento definitivo do frei. "Não vou voltar. Não tenho interesse nenhum".

"Estou profundamente arrasado. Frei Cláudio é um homem iluminado, formado na teologia da libertação. Ele escreveu mais de 50 livros. É um intelectual", afirmou o economista Murilo Carneiro Pereira, 73. Há 45 anos, o empresário frequenta as missas de frei Cláudio na Igreja Nossa Senhora do Carmo. "Ele é o catalisador da comunidade. Somos adultos, mas precisamos que ele esteja presente. Senão vamos nos dispersar", disse o economista. 

Irene Marques Pereira, 87, estava decepcionada. Ela já se esqueceu há quantos anos canta no coral da missa das 11h na igreja. "Desde pequena. Antes de mim, minha mãe, que já faleceu há muito tempo, já vinha à Igreja (Nossa Senhora) do Carmo", afirmou.

"Nunca passei uma coisa dessas. Na missa passada, saí correndo daqui. Já rezei em casa, mas agora vou ter de ir à missa às 16h30 na Igreja São José. Não tem jeito", disse.
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Fonte: UOL

Eucaristia: mastigar ou não?


Quando o povo mais idoso se preparava para fazer a 1ª comunhão, década de 70 para trás, não podiam mastigar a eucaristia. Esperavam se dissolver. Talvez excesso de cuidado, não sei! Repare no pessoal mais velho quando comunga. Dificilmente (não quer dizer nunca!) você irá ver alguém mastigando a hóstia.

Na época deles não se questionava nem se desrespeitava um catequista, professor ou alguém de mais idade. 

Mas e aí? Podemos ou não mastigar a hóstia?

A doutrina da conversão eucarística está no Evangelho. Claro que o nome “transubstanciação” não está, pois este é uma denominação técnica da Teologia. A Teologia é como um lapidador que trabalha em cima do diamante bruto da Revelação.

Jesus diz: ego sum panis vivus qui de cælo descendi, si quis manducaverit ex hoc pane vivet in æternum et panis quem ego dabo caro mea est pro mundi vita São João, 6, 51.

Ora Jesus deixa claro em sua afirmação:

1. Que O pão que ia dar era a Sua Carne.

2. Sua Carne era verdadeiramente Comida.

3. Ele então dá o Pão a seus discípulos.

4. E diz que é seu corpo.

5. E manda Todos comerem.

ACCIPITE ET MANDUCATE EX HOC OMNES: HOC EST ENIM CORPUS MEUM

Eis aí a transubstanciação.

A transubstanciação precisa de dois elementos essenciais, sem os quais ela não se realiza:

É necessário o sacramento da Ordem do sacerdote, bem como os ritos;

E é também necessário as matérias específicas sob as quais o milagre ocorre, sem alteração nenhuma dos ingredientes que a compõem. 

Assim, não se pode consagrar “arroz, aveia, feijão, ervilha, tomate, laranja, mamão, limão”, mas somente aqueles elementos presentes durante a última ceia e sob os quais Jesus mesmo decidiu transformar em Sua Carne e Sangue. Caso haja deterioração de um desses elementos, alteração de sua composição, como por exemplo um “mofo” ou até a adição algum outro ingrediente estranho, mesmo que não seja notado, a hóstia deixa de estar consagrada.



Os protestantes leêm a bíblia de trás para frente, leêm primeiro o que Jesus disse por último:

Hoc facite in mean commemorationem - Fazei em memória de mim.

Então logo em sua “sabedoria”, o que Cristo falou antes era tudo SIMBÓLICO, ou em linguagem mais popular - MENTIRA.

Pois quando Jesus disse que o Corpo era Verdadeiramente uma comida, queria na verdade dizer que era FALSAMENTE ouSIMBOLICAMENTE.

Então como fizeram os judeus em Jo 6,66 (o número da besta):durus est hic sermo quis potest - Isto é muito duro! Quem o pode admitir? simplesmente abandonam o ensinamento de Cristo.

Eles obviamente não sabiam que MEMÓRIA na linguagem e para o povo semita quer dizer = lembrança de forma que SE FIZESSE PRESENTE.

Então Jesus ao dizer Hoc facite in mean commemorationem - Fazei em memória de mim, disse “Fazei sabendo que eu estou realmente ali”. 

Obviamente não da maneira que eles conheciam, mas de uma maneira NOVA, MAS TOTALMENTE REAL.

Os católicos que costumam ler da maneira correta, compreendem o que Jesus disse, e quando chega na parte da Memória, vêem logo que Jesus não poderia ter feito tanta questão que se comesse o corpo dele, para Deus dizer que era um símbolo, e entendem da mesma maneira que os Semitas.

Não é de estranhar que os judeus, no mesmo Jo 6,66 entenderam que Jesus tinha dito que era preciso comer verdadeiramente com os dentes a sua carne, os judeus não entenderam era como Ele ia fazer, nem esperaram para saber.

Os judeus perguntam: Como ele poderá nos dar de COMER (=PHAGEIN, em aramaico) sua carne. Jo 6

PHAGEIN = MASTIGAR. Portanto eles entenderam de maneiraREAL.

Jesus responde: Quem não COMER (= TROGO, em aramaico)MINHA CARNE...

TROGO = DILACERAR COM OS DENTES. Ou seja, Jesus ao invés de mostrar que era simbólico se assim fosse, ele CONFIRMA MAIS ENFÁTICO AINDA, AQUELE QUE NÃO DILACERAR COM OS DENTES MINHA CARNE (POIS MINHA CARNE É VERDADEIRAMENTE UMA COMIDA), NÃO TERÁ A VIDA ETERNA.

Os judeus se retiraram, os protestantes também.

Os católicos dizem: Domine ad quem ibimus verba vitæ æternæ habes - Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.

A fé católica é o triunfo da lealdade, da sinceridade, do poder de Jesus. O protestante, pretendendo que Nosso Senhor falava no sentido figurado, faz do Divino Mestre um embusteiro comum que nos iludiu, exatamente na hora mais solene de sua vida, na véspera de sua morte, no instante em que se despedia de seus discípulos.

Agora refutando a irmã megera:

Não há problema, só é mais comum em padres mastigarem para não demorar para servirem a comunhão.

Particulamente nunca mastiguei, pois não vejo necessidade: o tamanho e o material de que é feito a Hóstia Imaculada não exigem que haja trituração.
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Fonte: Tradição em foco com Roma

49 associações de 20 países se unem em apoio a presidente do Equador que denunciou a ideologia do gênero como uma “ideologia perigosíssima”.


A associação espanhola “Profesionales por la Ética” promoveu, junto a entidades da sociedade civil de vários países, uma campanha internacional de apoio às “firmes e valentes declarações” do presidente do Equador, Rafael Correa, feitas no dia 28 de dezembro de 2013 sobre a ameaça da ideologia de gênero.

A diretora de Assuntos Internacionais da “Profesionales por la Ética”, Leonor Tamayo, reconhece que, “apesar da sua militância socialista e dos seus posicionamentos questionáveis e controversos em outros temas, Correa demonstrou que o direito de todos à vida, à identidade sexual e à família natural não são questões de direita ou de esquerda, mas de bom senso e de respeito pela realidade das coisas”.

Tamayo destaca que, embora os ataques contra Correa tenham sido muitos e muito agressivos por causa do seu pronunciamento, também houve relevante respaldo às suas declarações por parte de 49 associações de 20 países, que expressaram o sentimento de milhões de pessoas de todo o mundo. “A maior parte da população experimenta na vida e na comunidade o valor e o significado da vida e da família natural”, considera a responsável da “Profesionales por la Ética”.

Há um mês, o presidente equatoriano usou o seu programa semanal de rádio e TV para denunciar a ideologia de gênero. Correa manifestou respeito pelas pessoas que defendem tais teorias, mas reprovou o fato de tentarem “impor as suas crenças a todos”.

Os defensores da ideologia de gênero criticada por Correa dizem “que não existe homem nem mulher natural, que o sexo biológico não determina o homem e a mulher, que são as ‘condições sociais’ que determinam isso. E que cada um tem ‘direito’ à liberdade de escolher até mesmo se é homem ou mulher. Ora, por favor! Isso não resiste à menor análise crítica!”, exclamou o chefe de Estado equatoriano.

“Não são teorias, é pura e simples ideologia, muitas vezes para justificar o modo de vida de quem cria essas ideologias. Nós os respeitamos como pessoas, mas não compartilhamos essas barbaridades”, declarou ele.


Correa alertou contra o que chamou de “perigosíssima ideologia” e denunciou o doutrinamento que está acontecendo em muitas escolas: “Não tentem impor isso ao resto das pessoas, não imponham isso aos jovens, porque existe gente que está ensinando isso aos nossos jovens”. O presidente também se declarou partidário da família natural, mesmo correndo o risco de parecer “cavernícola” e “conservador”: “Eu acredito na família e acho que essa ideologia de gênero destrói a família convencional, que continua sendo e eu acho que continuará sendo a base da nossa sociedade”, enfatizou.

Por último, Rafael Correa declarou que ser esquerdista não implica apoiar o aborto nem ser contra a família tradicional. “Isso é outra ‘invencionice’: essa ideia de que quem não apoia essas coisas não é de esquerda”.

“Que história é essa de que alguém que não seja pró-aborto não é de esquerda?”, perguntou. “Então, se Pinochet é a favor do aborto, ele é de esquerda? E se o Che Guevara era contra o aborto, então ele era de direita?”. E encerrou afirmando que “essas questões são morais, não ideológicas”.

Enquanto o presidente equatoriano já enxergou o perigo da ideologia de gênero, o Parlamento Europeu deve levar a votação nos próximos dias o chamado Relatório Lunacek, assim batizado porque a sua promotora é a eurodeputada austríaca Ulrike Lunacek.

A iniciativa foi apresentada em novembro passado à Comissão de Liberdades Civis, Justiça e Interior da Eurocâmara, que a admitiu para tramitação em 17 de dezembro e a enviou para a Mesa da Câmara.

O texto pretende estabelecer “uma estratégia europeia contra a homofobia e contra a discriminação por razões de orientação sexual e identidade de gênero”, diz a proposta, que advoga também por uma política de “tolerância zero” aos chamados “crimes de ódio”, entre os quais estão incluídos os ataques homofóbicos verbais ou físicos.

Suas principais propostas são o avanço na criação de uma política comum sobre os direitos da comunidade LGTB (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) e o “uso máximo das competências da Comissão” para obrigar os países-membros da União Europeia (UE) a cumprirem a legislação do bloco no tocante à discriminação baseada em orientação sexual.

Ulrike Lunacek chamou de “estúpidos reacionários” as centenas de milhares de europeus que se mobilizaram para pedir que os seus representantes na Eurocâmara votassem “não” ao Relatório Estrela, outra iniciativa, já derrotada, que promovia uma “harmonização legislativa” para estender o aborto livre e implantar nas escolas de toda a União Europeia uma educação que adotasse os princípios da ideologia de gênero.

A derrota daquela proposta abortista irritou especialmente o lobby gay no Parlamento Europeu. Esse grupo de pressão dispõe até mesmo de um “cáucus” próprio, um agrupamento informal de eurodeputados de vários partidos que compartilham o compromisso com a implantação progressiva da agenda gay nas leis dos países-membros da UE.

Ulrike Lunacek, a promotora da moção que está prestes a ser votada no Parlamento Europeu, é uma destacada participante do cáucus gay e militante do feminismo radical.
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Disponível em: Central Católica

Arquidiocese de São Luís realiza neste domingo a Caminhada pela Paz


As paróquias da Arquidiocese de São Luís realizarão neste domingo (2), a caminhada pela paz. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para os problemas no sistema penitenciário do Estado. O evento é uma mobilização dos bispos do Maranhão, a partir da convocação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e deverão ocorrer também em outras dioceses do Estado.

“Essa questão dos presídios é uma questão ainda não resolvida em nosso país. Por mais que haja novos presídios, novas tentativas, ainda não conseguimos resolver como fazer com que as pessoas sejam reeducadas, tenham uma maneira nova de convivência, que possam voltar para a sociedade. Os bispos do Maranhão, vendo o que está acontecendo, têm toda a necessidade de chamar a atenção para tentar resolver ou, pelo menos, encaminhar alguma solução”, destacou o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, quando da convocação da CNBB para os eventos deste domingo.

As paróquias da Arquidiocese de São Luís convocaram os fieis para saírem em caminhada a partir das 17h, passando nas principais ruas do bairro onde está situada. Para isso, os católicos vestirão roupas brancas e portarão velas, balões e fitas brancas.
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Fonte: O Imparcial (com algumas correções).