Querido padre Gabriele, algumas vezes ouvimos falar
no âmbito carismático de “árvore genealógica”. O que o senhor pode dizer a
respeito?
Esta é uma questão controversa. Há quem sustente que as consequências de culpas morais graves, das quais mancharam os próprios antepassados - como por exemplo homicídios, abortos, suicídios, práticas mágicas etc. -, se propagam às gerações sucessivas. Atenção, não a culpa moral, que é sempre e somente pessoal, mas as suas consequências, como por exemplo a tendência inata a repetir os mesmos atos pecaminosos dos antepassados. Uma espécie de “inclinação” espiritual, que chegaria aos filhos, netos, bisnetos e assim desceria na árvore genealógica. Como se transmitem os caracteres hereditários fixos na transmissão da vida, assim seria para aqueles espirituais.
Esta é uma questão controversa. Há quem sustente que as consequências de culpas morais graves, das quais mancharam os próprios antepassados - como por exemplo homicídios, abortos, suicídios, práticas mágicas etc. -, se propagam às gerações sucessivas. Atenção, não a culpa moral, que é sempre e somente pessoal, mas as suas consequências, como por exemplo a tendência inata a repetir os mesmos atos pecaminosos dos antepassados. Uma espécie de “inclinação” espiritual, que chegaria aos filhos, netos, bisnetos e assim desceria na árvore genealógica. Como se transmitem os caracteres hereditários fixos na transmissão da vida, assim seria para aqueles espirituais.
Para livrar-se desta tendência, cada descendente deveria renunciar a eles com um estilo de vida cristã. Através de um caminho de purificação, se alcançaria - uma vez individualizada a tendência pecaminosa, que pode beirar a compulsividade - a emendar-se nela. Isto seria de qualquer modo a transmissão do caráter “doente” aos descendentes. A tese é difusa por nós com o livro do psiquiatra inglês Kenneth McAll, Até as raízes, o qual sustenta - citando casos por ele notados - que a causa dos males pode depender de questões de geração.