No jornal "La Repubblica" da manhã
deste Domingo, está publicado com grande ênfase o relatório, assinado por
Eugenio Scalfari, de uma sua nova entrevista com o Santo Padre Francisco. A
conversa é cordial e muito interessante e toca principalmente os temas do
flagelo dos abusos sexuais a menores e a atitude da Igreja para com a máfia.
No entanto, como anteriormente e em circunstâncias semelhantes, é necessário salientar que o que Scalfari atribui ao Papa, referindo "entre aspas" as suas palavras, é fruto da sua memória de jornalista especialista, mas não de transcrição exacta de uma gravação e muito menos de revisão por parte do interessado, a quem as afirmações são atribuídas. Não se pode e não se deve, portanto, falar de algum modo de uma entrevista, no sentido habitual do termo, como se se relatasse uma série de perguntas e respostas que refletem fielmente e com certeza o pensamento exato do interlocutor. Se, portanto, se pode assumir que no conjunto o artigo relata o sentido e o espírito do encontro entre o Santo Padre e Scalfari, deve-se reiterar fortemente o que já havia sido dito em uma "entrevista" anterior, que apareceu no jornal Repubblica, isto é, as expressões individuais referidas, na formulação dada, não podem ser atribuídas com certeza ao Papa.