domingo, 12 de abril de 2015

O que os reformadores disseram da Virgem Maria?


Martinho Lutero, João Calvino e outros reformadores tinha uma devoção a Maria. Seguem-se citações de Martinho Lutero depois que ele se separou da Igreja Católica:

Cristo. . . foi o único filho de Maria e a Virgem Maria não teve outros filhos além d'Ele . . . os "irmãos" na verdade significam "primos" aqui pois a Sagrada Escritura e os judeus sempre chamaram os primos de irmãos. (Sermões sobre João, capítulos 1-4, 1537-39)

Não se deve adorar somente a Cristo? Mas não se deve honrar também a Santa Mãe de Deus? Esta é a mulher que esmagou a cabeça da serpente. Ouve-nos, pois o Filho te honra; Ele nada te nega? (Sermão do dia 17/01/1546)

"Não há honra, nem beatitude, que sequer se aproxime por sua elevação da incomparável prerrogativa superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um filho em comum com o Pai Celeste". (Deustsche Schriften, 14,250).

Ele, Cristo, nosso Salvador, foi o fruto real e natural do ventre virginal de Maria. . . Isto foi sem a cooperação de um homem, e ela permaneceu virgem depois disso. (Ibid.)

É uma piedosa e doce crença de que a infusão da alma de Maria foi feita sem o pecado original, de modo que, ao infundir a sua alma, ela também foi purificada do pecado original e adornada com os dons de Deus, recebendo uma alma pura, infusa por Deus; assim, desde o primeiro momento em que ela começou a viver eesteve livre de todo pecado. (Sermão: "No Dia da Concepção da Mãe de Deus", 1527)

Ela é cheia de graça, proclamada para ser inteiramente sem pecado - algo muito excelso. A graça de Deus a encheu com tudo de bom e a fez desprovida de todos os males. (Pequeno Livro de Orações, 1522)

É pela consolação e a bondade superabundante de Deus que o homem é capaz de se exultar com este tesouro: Maria é averdadeira mãe [do homem], Cristo é o seu irmão, Deus é seu pai. (Sermão, Natal, 1522)

Nossa oração deve incluir a Mãe de Deus . . . o que a Ave-Maria diz é que toda a glória deve ser dada a Deus, usando estas palavras: "Ave Maria, cheia de graça. O Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre, Jesus. Amém! " Você verá que estas palavras não se tratam de oração, mas puramente de louvor e honra. . . Podemos usar a Ave Maria como uma meditação na qual recitamos a graça que Deus lhe deu. Em segundo lugar, devemos adicionar um desejo que todos possam conhecer e respeitá-la. . . Quem não tem fé é aconselhado a abster-se de dizer a Ave Maria. (Livro de Oração pessoal, 1522).

sábado, 11 de abril de 2015

Bula de convocação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia


Misericordiae Vultus

BULA DE PROCLAMAÇÃO
DO JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA

FRANCISCO
BISPO DE ROMA
SERVO DOS SERVOS DE DEUS
A QUANTOS LEREM ESTA CARTA
GRAÇA, MISERICÓRDIA E PAZ


1. Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese. Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de Nazaré. O Pai, « rico em misericórdia » (Ef 2, 4), depois de ter revelado o seu nome a Moisés como « Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e fidelidade » (Ex 34, 6), não cessou de dar a conhecer, de vários modos e em muitos momentos da história, a sua natureza divina. Na « plenitude do tempo » (Gl 4, 4), quando tudo estava pronto segundo o seu plano de salvação, mandou o seu Filho, nascido da Virgem Maria, para nos revelar, de modo definitivo, o seu amor. Quem O vê, vê o Pai (cf. Jo 14, 9). Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa,[1]Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus.

2. Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o acto último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.

3. Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai. Foi por isso que proclamei um Jubileu Extraordinário da Misericórdia como tempo favorável para a Igreja, a fim de se tornar mais forte e eficaz o testemunho dos crentes.

O Ano Santo abrir-se-á no dia 8 de Dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição. Esta festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história. Depois do pecado de Adão e Eva, Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor (cf. Ef 1, 4), para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem. Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa. Na festa da Imaculada Conceição, terei a alegria de abrir a Porta Santa. Será então uma Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança.

Circula no WhatsApp boato sobre cirurgia do Papa Francisco


Nos últimos dias, através da aplicação de mensagens WhatsApp, circulou um texto que alerta sobre um suposto problema de saúde do Papa Francisco, e pede orações urgentes por ele. Algumas versões da mensagem alertam sobre uma intervenção cirúrgica de urgência por uma hérnia.

Os mal-estares referidos nas mensagens fazem referência às leves indisposições que o Papa Francisco sofreu em meados de 2014. Entre elas a que o impediu de visitar o Hospital Policlínico Agostino Gemelli de Roma em 24 de junho do ano passado.

Nos últimos dias, o Papa Francisco realizou suas atividades com normalidade e participou da Audiência Geral de 8 de abril. Esta manhã recebeu no Vaticano ao presidente da Georgia, com quem dialogou sobre a caridade e a educação. 

Nota do Arcebispo de Campo Grande sobre o Projeto de Reforma Política


Nota sobre o Projeto de Reforma Política


Há pelo menos dois anos, a OAB — Ordem dos Advogados do Brasil, a CNBB — Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CBJP — Comissão Brasileira Justiça e Paz, e outros organismos que fazem parte do MCCE — Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral vêm discutindo uma proposta de Reforma Política a ser submetida ao Congresso Nacional. Essa iniciativa tomou corpo sobretudo depois do sucesso obtido com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, que também foi resultado de um trabalho conjunto de várias entidades, com grande participação de nossas comunidades católicas.

Ao contrário da Lei da Ficha Limpa, que era um projeto pontual e, portanto, mais fácil de ser explicado ao povo, a proposta de Reforma Política é bem mais complexa. Não foi fácil chegar a um consenso entre as várias entidades parceiras. Finalmente, foi lançada a proposta para a qual, atualmente, estão sendo coletadas assinaturas pelo país a fora.

É claro que essa proposta ainda precisa ser aperfeiçoada. Como acontece a qualquer Projeto de Lei, ela terá que passar por várias Comissões no Congresso Nacional, antes de ser aprovada. Nessa trajetória, ela será amplamente discutida, receberá emendas as mais diversas, será apensada a outros projetos similares, até chegar à sanção presidencial. No entanto, ela terá o mérito de trazer a Reforma Política à pauta das discussões no Congresso, na imprensa, e pelos mais diversos formadores de opinião. Isso faz parte do processo democrático.

Nesse sentido, tenho tido a oportunidade de discutir detalhes do projeto com grupos e pessoas respeitosas, que discordam da proposta. Essas discussões são muito proveitosas, e deveriam se multiplicar. Seria muito bom que as Paróquias e Comunidades as promovessem em grupos organizados. Eu mesmo gostaria de organizar um debate a ser transmitido pela TV Imaculada e pela internet, de modo que outras dúvidas que ainda persistam no coração de muitos possam ser dirimidas. 

Dom Helder e a CNBB


Nas proximidades de mais uma assembleia da CNBB, foi divulgada nestes dias uma notícia que promete muitos desdobramentos. Trata-se do processo de beatificação de Dom Helder. Ele abre caminho para invocar Dom Helder como santo brasileiro, a quem poderemos confiar tantas causas importantes de nosso país, pelas quais ele lutou em sua vida.

Antes que ninguém, a CNBB poderá se habilitar a ter Dom Helder como seu padroeiro. Sua figura já se encontra no salão de reuniões na sede da CNBB em Brasília.  Ninguém mais que Dom Helder soube encarnar as causas da CNBB.

A história se encarrega de comprovar a estreita ligação que existiu entre Dom Helder e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Foi ele que teve a iniciativa, e levou em frente a ideia de constituir uma entidade que congregasse, oficialmente, os Bispos da Igreja Católica no Brasil.

Era no começo dos anos 50. Dom Helder tinha a viva experiência de como era importante a articulação dos leigos do Brasil, através da Ação Católica. A partir desta constatação, projetou sua hipótese, que ele passou a sonhar com crescente determinação. Se os leigos podiam se articular, muito mais os bispos poderiam multiplicar sua atuação, se contassem com uma entidade que lhes desse respaldo jurídico e permitisse uma estratégia de ação. 

O mal que fazem as novelas

Pouco a pouco vão aparecendo os efeitos do mal das novelas em nossa vida

Certa vez um amigo já falecido, psicólogo, me disse que “as novelas fazem uma pregação sistemática de anti-valores”. Embora isso já faça bastante tempo, eu nunca esqueci esta frase. Meu amigo Franz Victor me disse uma grande verdade.

Enquanto a evangelização procura incutir nas pessoas uma vida de acordo com os valores do Evangelho, a maioria das novelas estraga o povo, incutindo nas pessoas anti-valores cristãos.

As novelas, em sua maioria, exploram as paixões humanas, muito bem espelhadas nos chamados pecados capitais: soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça; e faz delas objeto dos seus enredos, estimulando o erro e o pecado, mas de maneira requintada.

Na maioria delas vemos a exacerbação do sexo; explora-se descaradamente este ponto, desvirtuando o seu sentido e o seu uso. Em muitas cenas podem ser vistos casais não casados vivendo a vida sexual, muitas vezes de maneira explícita, acintosa e provocante; e isto em horário em que as crianças e os jovens estão na sala. Aquilo que um casal casado tem direito de viver na sua intimidade, é colocado a público de maneira despudorada, ferindo os bons costumes e os mandamentos de Deus.

Mas tudo isso é apresentado de uma maneira “inteligente”, com uma requintada técnica de imagens, som, música, e um forte aparato de belas mulheres e rapazes que prendem a atenção do telespectador e os transforma em verdadeiros viciados. Em muitas famílias já não se faz nada na hora da novela, nem mesmo se dá atenção aos que chegam, aos filhos ou aos pais.

Assim, os valores cristãos vão sendo derrubados um a um: a humildade, o desprendimento, a pureza, a continência, a mansidão, a bondade, o perdão, etc. vão sendo jogados por terra, mas de maneira homeopática; aos poucos, lentamente, para não chocar, os valores morais vão sendo suprimidos. Faz-se apologia do sexo a qualquer instante e sem compromisso familiar ou conjugal; aprova-se e estimula-se o homossexualismo como se fosse algo natural e legítimo, quando o Catecismo da Igreja chama a prática homossexual de “depravação grave” (§2357). 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Domingo da Divina Misericórdia


São João Paulo II, em 30 de abril do ano 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja, decretando que a partir de então o segundo Domingo da Páscoa passasse a se chamar Domingo da Divina Misericórdia, tal como foi inspirado à Santa Faustina: “Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (Diário, 49; cf. 88; 280; 299b; 458; 742; 1048; 1517).

Entre os anos 1931-1938, Santa Faustina foi inspirada para introduzir esta festa. Ela foi uma freira polonesa que recebeu a mensagem de misericórdia para toda a humanidade, introduzindo algumas novas formas devocionais que pretendem auxiliar e impulsionar o cristão a se aproximar, com confiança, mais e mais do mistério da Divina Misericórdia – o terço, a novena, a hora santa, a imagem da Divina Misericórdia, e uma nova celebração litúrgica: a Festa da Divina Misericórdia.

O fundamento da mensagem da Divina Misericórdia é a confiança. Somos como vasos de misericórdia, e o quanto de misericórdia estes vasos irão armazenar e distribuir para os outros depende da nossa confiança. E a confiança requer conversão do nosso coração e de nossa alma para entendermos a Misericórdia de Deus, para sermos misericordiosos com os outros e para deixarmos Deus dirigir nossa vida.

Em Provérbios 3,5 está escrito: "Tem confiança no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes na tua prudência”. Confiar em Deus é fácil quando as coisas vão bem, contudo, em tempos de provação, sofrimento, dúvida, fraqueza e ansiedade começamos a imaginar "onde está Deus"? "Ele realmente existe?" Se rezamos e acreditamos que estamos fazendo a Sua vontade, então nós devemos pedir por força e firmeza na fé.

A confiança é a chave para se viver a mensagem da Divina Misericórdia. Quando nossa fé for testada em tempos de provação e sofrimento, reflitamos no que diz o Diário de Santa Faustina: "Quanto mais a alma confiar, tanto mais receberá" (Diário da Santa Faustina, 1577).

Em Mateus 11, 28-30 está preconizado: "Vinde a mim todos os que estais fatigados e carregados, e eu os aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas, porque o meu jugo é suave, e o meu peso é leve".

Estas provações na vida nos dão oportunidades de rever nossa fé e frequentemente nos forçam a questionar nossa relação com Deus. Santa Faustina escreveu: "Deus às vezes permite coisas estranhas, mas isso acontece sempre para que se manifeste na alma a virtude" (Diário, 166). O sofrimento tem sempre um propósito, assim como ensinou o Apóstolo São Paulo: “Porque o que presentemente é para nós uma tribulação momentânea e ligeira produz em nós um peso eterno de uma sublime e incomparável glória, não atendendo nós às coisas que se veem, mas sim às que se não veem" (2Cor 4, 17-18).

Cristãos perseguidos: e a Esquerda silencia


Cadê a Esquerda diante do genocídio dos cristãos no mundo?, se pergunta Lucia Annunziata, em seu último editorial publicado na edição italiana do Huffington Post, da qual é diretora.

A jornalista lamenta a total ausência, até agora, de "slogan", "documentos", "apelos" ou "propostas de assinaturas” contra o “mais terrível dos crimes perpetrados hoje contra os mais fracos”.

"Não se fala sobre isso em talk shows, nós não falamos dos talentos ou amigos. A TV está em outro lugar, nós sabemos, principalmente nós que trabalhamos lá", escreve Lucia.

De acordo com a diretora do Huffington Post Itália, "a Esquerda assumiu uma enorme quantidade de causas", incluindo as do "feminicídio", do "desemprego entre os jovens", do "casamento entre cidadãos do mesmo sexo", dos "impostos a Google", até do massacre contra Charlie Hebdo e do Museu Bardo.

Nunca alguma referência, no entanto, nos jornais liberais sobre “morte de homens e mulheres por causa da sua fé”. Esta mesma fé católica que está na “maioria do nosso país” e também “na base da definição (querendo ou não) da história e da cultura do continente em que vivemos".

Lucia não se declara “católica” e nem sequer “neoconvertida", mas "ateia" e pretende continuar assim. Não está nem sequer entre aqueles que estão convencidos de que o Papa Francisco esteja “fazendo uma revolução” e seja o “o verdadeiro líder da esquerda".