terça-feira, 5 de maio de 2015

Maio: Maria, a mãe e as rosas


O mês de maio e das rosas é, para os católicos, tradicionalmente dedicado a Nossa Senhora e à oração do Rosário, "coroa de rosas". O maio das rosas e de Nossa Senhora tem origem antiga, enraizada em uma tentativa de cristianizar as festividades pagãs em honra a natureza, quando se pensava que Maria, "Rosa Mística”, poderia unir a natureza e a Mãe de Deus. Sabemos que muito antes do cristianismo, desde a Idade da Pedra, existiam templos dedicados à Grande Mãe: a antropologia cultural nos diz que quando o cristianismo chega em ambientes onde a religião da Mãe tinha raízes antigas, Maria torna-se automaticamente "Mãe de Deus" (Theotokos), bem antes da aprovação do Conselho de Éfeso, e por séculos Maria, o "rosto materno de Deus" é a boa mãe, a dispensadora de graças.

Suas aparições entre povos da montanha ou do mar são frequentes e recorrentes, especialmente em tempos de grande dificuldade. É tão bonito ver os pequenos santuários em honra a Nossa Senhora presentes em toda a nossa região da Calábria, na Itália: ao longo dos rios, perto de algumas lagoas, entre as rochas, nas raízes de uma grande árvore, perto da fonte na colina. E mesmo após o mês de maio, no verão da Calábria, muitas cidades, povoados e comunidades paroquiais celebram festas em homenagem a Nossa Senhora, graciosamente honrada com vários títulos: como Mãe do Porto, da Montanha, das Graças. Em suma, com infinitos nomes, como para dizer as inúmeras graças que a boa mãe obtém para seus filhos. 

Como explicar que Deus criou o mal?


Pergunta: Lemos, frequentemente, na Escritura, que Deus criou o mal e o enviou aos homens. Por exemplo: Não há outro Deus senão eu. Eu sou o Senhor e não há outro, que forma a luz e cria as trevas, faz a paz e cria os males (Is. 45, 6-7). E em outro lugar: Acontece algum mal na cidade que o Senhor não tenha feito? (Am. 3,6 – LXX).

Resposta: A Sagrada Escritura algumas vezes costuma empregar o termo “males” de maneira inadequada para designar “aflições”. Não que as aflições se identifiquem como os “males” pela sua própria natureza, mas aos olhos dos que são atingidos por elas, assim lhe parece, embora isso aconteça para seu próprio benefício. Deus, ao se dirigir aos homens para instruí-los sobre suas direções, deve, necessariamente, falar-lhe através de palavras e sentimentos humanos.

Na verdade, a amputação e a cauterização que o médico caridosamente aplica aos que sofrem de uma chaga gangrenada, apesar de salutares, são consideradas um mal pelos pacientes. A espora não é bem suportada pelo cavalo, nem a correção pelo culpado. Todos os castigos, na hora, parecem amargos àqueles a cuja correção pelo culpado. Todos os castigos se destinam, como ensina o Apóstolo: Toda educação, com efeito, no momento não parece motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, no entanto, produz naqueles que assim foram exercitados um fruto de paz e de justiça (Hb. 12, 11). Pois o Senhor educa a quem ama, aplica o açoite naquele que reconhece como filho. Qual é o filho a quem o pai não castiga?

Por ai se pode ver que a expressão “males” é às vezes usada como equivalente de aflições, como na seguinte passagem: E Deus se arrependeu de fazer-lhes o mal que, segundo dissera, ia fazer, e não o fez (Jo. 3, 10 – LXX). E ainda nesta outra: Senhor, és misericordioso e cheio de piedade, paciente e grandemente bondoso, pronto para arrepender-te dos males (Jl. 2, 13 – LXX). Isto é, das tribulações e dos aborrecimentos que, por causa dos nossos pecados, merecidamente és impedido de nos infligir.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Igreja que teve sacrário destruído celebrou missa de desagravo no dia de São José Operário


Ao chegar na Igreja de São Judas, na manhã de domingo (26/04), o sacerdote encontrou o sacrário quebrado e as hóstias pisoteadas dentro da igreja e também do lado de fora. Para conseguir entrar, o invasor pulou o portão e pegou uma marreta utilizada pelos pedreiros, pois a igreja está em reforma. Ele fez um buraco na parede da igreja, quebrou o sacrário e um cofre de esmolas, que estava vazio.

“Acredito que ninguém ouviu o barulho da destruição feita com a marreta, porque durante toda a noite de sábado e madrugada de domingo, o bar que funciona ao lado estava tocando uma música muito alta”, afirmou o sacerdote.

Há pouco tempo, a paróquia ganhou um equipamento de segurança, alarme e câmeras. O Padre Douglas estava aguardando o término da obra para fazer a instalação. Em vista do ocorrido, o circuito de segurança será colocado para funcionar o quanto antes. O caso foi registrado na Delegacia de Vargem Grande Paulista e até o momento nenhum culpado foi encontrado.

Na página da comunidade, no facebook, o Padre Douglas deixou uma mensagem de agradecimento pelo apoio da comunidade.

“Lamentamos profundamente o ato de profanação e vandalismo ocorrido em nossa paróquia. A igreja de são Judas Tadeu foi invadida nesta madrugada. O Tabernáculo foi depredado e o Corpo do Senhor lançado e pisado ao chão. Sabemos que isto é um preço espiritual pago por nós ante as lutas contra o mal que temos travado. O fato deve nos motivar em adoração e empenho no combate ao pecado. Vamos orar, pedir perdão e adorar...”


“Agradeço a todos que foram solidários conosco da Paróquia de Frei Galvão após a profanação ocorrida em nossa igreja de São Judas Tadeu. Este fato, embora triste, nos revelou a força da comunhão dos santos manifesta na oração, nas mensagens, em atitudes de visita a nós ao longo do dia. O Espírito Santo nos deu a graça de poder lavar com nossas lágrimas o chão repleto de fragmentos do corpo do Senhor. Pudemos chorar aos seus pés e secar com nossos cabelos. Pudemos demonstrar muito amor. Isso nos basta. Tudo isso nos motivou ainda mais. Num domingo como o do Bom Pastor, termos sido atacados pelo lobo e não nos termos dispersado foi a prova de que não estamos confiados a nenhum mercenário. Ele guia, e nada nos falta! Deus abençoe”. 

Morre Arcebispo emérito de Belém, Dom Vicente Zico


COMUNICADO À IMPRENSA

A Arquidiocese de Belém comunica o falecimento de nosso querido Arcebispo Emérito Dom Vicente Joaquim Zico, hoje dia 04 de maio, às 16h10 em sua residência, depois de alguns dias de enfermidade.

Desde o domingo, por solicitação de Dom Vicente e a necessária autorização da equipe médica, ele se encontrava em casa, vindo a falecer cercado de todas as atenções de que sempre foi merecedor.

Seu corpo será velado a partir das 22h de hoje na Catedral da Sé de Belém, estando prevista a celebração das Exéquias para o dia 06 de maio, quarta-feira, às 15h, com sepultamento na mesma Catedral.

Solicitamos a todos as orações em sufrágio de sua alma e comunicamos que na terça e quarta-feira, de duas em duas horas, será celebrada a Santa Missa na Catedral da Sé em suas intenções, para as quais aguardamos a presença dos Sacerdotes para concelebrarem nos horários que lhes forem mais convenientes. A todos os Sacerdotes solicitamos o obséquio de comunicarem ao povo de Deus o falecimento de Dom Vicente Zico e a celebração dos funerais.


Alan Monteiro da Silva
Assessor de Comunicação Social (Arquidiocese de Belém)

Feliciano comenta antiga declaração de que os católicos adoram Satanás


Nesta madrugada de segunda-Feira, foi exibido o programa Conexão Repórter (SBT), apresentado por Roberto Cabrini. O entrevistado do dia foi o famoso dep. Marco Feliciano. Abrindo o programa, Roberto questionou se Feliciano  sobre o famoso vídeo que circula na internet, onde o deputado e pastor protestante faz inúmeras criticas à Igreja Católica. No vídeo em questão, o deputado Pastor Marco Feliciano afirma que os católicos adoram Satanás e que têm o corpo “entregue à prostituição” e “a todas as misérias dessa vida”. Alem disso, Feliciano declara no vídeo que a Igreja Católica é morta e fajuta.

“Eu conheço o Deus de Paulo (São Paulo). Não é o Deus dessa religião morta e fajuta em que você está. Se há algum católico entre nós aqui, o que eu duvido muito, mas, se tiver, deixa eu explicar uma coisa. Primeiro: você não pode sentir aquilo que nós sentimos sem experimentar o Deus que nós sentimos. ‘Não, pastor, não, pastor, mas eu sou carismático. Eu até aprendi a falar em línguas, colocaram uma fita no rádio e eu decorei.’ Esse avivamento é o avivamento de Satanás”, diz Marco Feliciano na gravação.

Com pouca hombridade para comentar o ocorrido e fazer um mea culpa, Feliciano disse apenas que não lembrava de ter dito isso. “Tudo o que foi dito comigo, inclusive isso, tem mais de 22, 23 anos.  Quando o mundo era outro. Há 20, 22 anos atrás o padre ia para o púlpito da igreja dele falar que os evangélicos adoravam o diabo, eram heréticos.” que Instigado a comentar se falava isso, Feliciano apenas disse "Eu não me lembro se eu falava isso, eu me lembro que eu falava contra.. Eu pensava contra o catolicismo porque eu fui católico e deixei o catolicismo.. Havia uma divergência, uma briga natural. Só que o tempo passou. Hoje os católicos e os evangélicos estamos unidos nessa luta pela preservação da família”. É curioso notar que ele diz que não lembra mas tem uma desculpa para a declaração. Como assim? Como ele pode justificar o que sequer lembra de ter dito? 

Os 5 Mandamentos da Igreja


Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da humanidade. Ele disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou" (Lc 10,16). E prossegue:

“Em verdade, tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado no céu.” (Mt 18,18)

Então, a Igreja legisla com o "poder de Cristo", e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e conseqüentemente a Deus Pai.

De modo que para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo católico tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Este ensina: "Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo." (§2041)

Note que o Catecismo diz que isso é o "mínimo indispensável" para o crescimento na vida espiritual dos fiéis. Podemos e devemos fazer muito mais, pois isso é apenas o mínimo obrigado pela Igreja. Ela sabe que, como Mãe, tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça mais. E devemos fazer mais.

1 – Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho

Ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias (Código de Direito Canônico-CDC , cân. 1246-1248) (§2042).

Os Dias Santos – com obrigação de participar da missa, são esses, conforme o Catecismo: “Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Assunção (domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (domingo), e por fim, de Todos os Santos (domingo)” (CDC, cân. 1246,1; n. 2043 após nota 252) (§2177). 

O pecado da fofoca


Uma das “categorias” de pecado que costumamos minimizar com mais frequência são os pecados da língua ou da palavra. No entanto, talvez a maneira mais comum de pecar seja precisamente o mau uso da palavra. Com grande facilmente, quase sem pensar, nos envolvemos em fofocas, conversas fiadas, mentiras, exageros, ataques venenosos e observações sem caridade. Com a língua, podemos espalhar o ódio, incitar os outros ao medo e à malícia, espalhar a desinformação, atiçar a tentação, desencorajar, ensinar o erro e arruinar reputações. Não há dúvida de que podemos causar grandes estragos por meio do dom da palavra, com o qual poderíamos fazer tanto bem!

E também podemos causar estragos por omissão, já que, com frequência, ficamos em silêncio quando deveríamos falar; deixamos de corrigir os erros do próximo quando deveríamos abordá-los com a devida discrição e gentileza. Em nossa época, o triunfo do mal é largamente amparado pelo silêncio dos bons; pelo nosso silêncio como povo cristão, inclusive. Os profetas devem anunciar a palavra de Deus, mas nós, muitas vezes, encarnamos aquilo que Isaías diz em 56, 10: “Os vigias de Israel estão cegos; todos eles carecem de conhecimento; todos eles são como cães mudos, que não podem ladrar; eles mentem, sonham e gostam de dormir”.

Bem disse São Tiago: “Todo aquele que não peca no falar é varão perfeito” (Tg 3, 2). É verdade que nem todo pecado de palavra é grave ou mortal, mas também é verdade que podemos infligir grandes males com a nossa fala: por isso, os pecados da língua podem chegar, sim, a ser graves e mortais. Jesus nos adverte: os homens terão de dar conta, no dia do juízo, de toda palavra inútil que tiverem proferido (cf. Mt 12,36).

Com tudo isto em mente, vamos nos concentrar hoje num aspecto dos pecados da palavra que comumente chamamos de "fofoca". 

domingo, 3 de maio de 2015

Os ministérios de leitor e acólito


Os ministérios de leitor e de acólito devem sempre ser concedidos nesta ordem para aqueles que se preparam para o sacerdócio? É possível, em casos especiais (por exemplo, por necessidades pastorais), que o bispo inverta esta ordem, concedendo antes o ministério do acolitado e, seis meses depois, o leitorado? - P.M., Boroko, Papua Nova Guiné.

Em 1973, o papa Paulo VI publicou a carta apostólica Ministeria quaedam, que estabelece os ministérios leigos de leitor e de acólito, a ser conferidos a todos os candidatos às ordens sagradas. Para isto, devem ser atendidas as seguintes condições:

VIII. Para a admissão aos ministérios, são necessárias:

a) a solicitação, livremente feita e assinada pelo aspirante, a ser apresentada ao ordinário (o bispo e, nos institutos clericais, o superior maior), a quem cabe a aceitação;

b) a idade adequada e as qualidades especiais, que devem ser determinadas pela conferência episcopal;

c) a determinação de servir fielmente a Deus e ao povo cristão.

IX. Os ministérios são conferidos pelo ordinário (o bispo e, nos institutos clericais, o superior maior), com o rito litúrgico “Instituição do Leitor” e “Instituição do Acólito”, reconhecido pela Sé Apostólica.

X. Entre o recebimento do leitorado e o do acolitado, sejam respeitados os interstícios estabelecidos pela Santa Sé ou pelas conferências episcopais, toda vez que a mesma pessoa recebe mais de um ministério.

XI. Os candidatos ao diaconado e ao sacerdócio devem receber os ministérios de leitor e de acólito, se ainda não os tiverem recebido, e exercê-los durante um período de tempo adequado, de modo a melhor se disporem aos futuros serviços da Palavra e do Altar. Para os mesmos candidatos, a dispensa de receber os ministérios é reservada à Santa Sé.

XII. A concessão dos ministérios não dá direito a sustento ou remuneração por parte da Igreja.

XIII. O rito de instituição de leitor e de acólito será publicado em breve pelo departamento competente da Cúria Romana. 

As regras essenciais deste documento papal foram posteriormente incorporadas aos cânones 230 e 1035 do Código de Direito Canônico.