Às vezes acho os católicos muito fracos diante dos
ataques à nossa fé. Confundimos o perdão com a omissão. Se nós, que dizemos ser
cristãos, não valorizarmos e defendermos a nossa fé, como fizeram os grandes
santos, os ilustres doutores da Igreja e o próprio Senhor que defendia a
verdade ainda que essa defesa acarretasse na perda de seguidores, ninguém o
fará por nós. Seremos banidos!
Perdoar não significa aceitar a ofensa. Quando
Jesus perdoava sempre dizia: "vá e não peques
mais". Perdoar não significa consentir com os atos praticados, e Jesus
sempre perdoava o pecador arrependido. Não houve arrependimento por parte dos
agressores da parada gay e ainda que não tenham tido a intenção de ofender,
custava nada dizer: não foi nossa intenção, pedimos perdão, não vamos mais
fazer isso. Tenho certeza que essa atitude daria outro rumo a essa história e o
movimento até poderia gozar de mais simpatia por parte de alguns. No entanto,
muito pelo contrário, tentam com agressividade justificar seus atos banais e já
organizam um número maior de militantes para aparecerem crucificados na parada
gay do Rio de Janeiro. Gostaria que eles fizessem uma encenação de Maomé, mas
como são covardes, não possuem essa coragem uma vez que vão lidar com grupos de
pessoas que agem iguais a eles. Se a religião responde em sua própria defesa, é
logo taxada de intolerante e de hipócrita. Intolerância gera mais intolerância
e a prova disso foi o que aconteceu com a revista Charlie Hebdo que recebeu em
troca o que tanto promoveu: intolerância.