Aos senhores Arce/Bispos
Aos Coordenadores Diocesanos de Pastoral
Aos Presbíteros párocos, vigários, reitores de seminários e outros
Aos Coordenadores (as) e Assessores (as) de Pastorais, Movimentos e
Organismos
Aos fiéis leigos
Mobilização
das lideranças da Igreja na Bahia e Sergipe
contra
a adoção da Ideologia de gênero pelas escolas públicas municipais
“A escola educa para o verdadeiro, para o bem
e para o belo. A educação não pode ser neutra, enriquece ou empobrece” (Papa
Francisco, 10 de maio de 2014)
No mês de junho todos os 5.570 municípios
brasileiros deverão aprovar seus Planos Municipais de Educação (PME), de acordo
com o Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024, instituído pela Lei
13.005/2014. O PNE foi fruto de um intenso debate democrático com participação
dos cidadãos brasileiros e de muitas pessoas com interesse pela família. Nele a
Câmara dos Deputados e o Senado Federal rejeitaram a menção à "igualdade
de gênero" pela relação direta que a expressão tem com a chamada
"ideologia de gênero". Surpreendentemente, o tema reaparece agora
colocado no processo para a aprovação dos Planos Municipais de Educação que
orientarão as secretarias de educação e as diretorias das escolas municipais
nos próximos 10 anos.
Preocupa-nos o desrespeito pelas regras da
democracia representativa uma vez que o Plano Nacional de Educação, neste
particular, aparece ignorado e se reintroduz de forma autoritária a ideologia
do gênero anteriormente rejeitada.
Por isso, precisamos nos mobilizar para que a mesma
rejeição aconteça nos processos legislativos estaduais e municipais.
Precisamos, com urgência, alertar os Deputados e
Vereadores sobre o perigo da ideologia de gênero, a fim de que atuem com
firmeza na rejeição desse ataque frontal à família.
Alguns
pontos sobre a Identidade de Gênero ou Ideologia de Gênero
Trata-se da distorção completa do conceito de homem
e mulher, ao propor que o sexo biológico seja um dado do qual deveríamos
libertar-nos, cabendo a cada indivíduo decidir o tipo de gênero a que
pertenceria nas diversas situações e fases da sua vida. Para a difusão dessas
ideias, os seus defensores têm como meta a “desconstrução” da sociedade,
começando pela família e pela educação dos filhos.
Essa ideologia comporta diversos inconvenientes
para a educação:
1- A confusão causada
nas crianças no processo de formação de sua identidade, fazendo-as perder as
referências.
2- A sexualidade
precoce, na medida em que a ideologia de gênero promove a necessidade de uma
diversidade de experiências sexuais para a formação do próprio “Gênero”.
3- A abertura de um
perigoso caminho para a legitimação da pedofilia, também considerada um tipo de
gênero.
4- A banalização da
sexualidade humana podendo aumentar a violência sexual, sobretudo contra
mulheres e homossexuais.
5- A usurpação da
autoridade dos pais, em matéria de educação de seus filhos, principalmente em
temas de moral e sexualidade, já que todas as crianças serão submetidas a
influencia dessa ideologia, muitas vezes sem o conhecimento e o consentimento
dos pais.
Trata-se de uma violência arbitrária do Estado. Não
cabe ao governo, contra a vontade da maioria da população, formatar a cabeça
das nossas crianças.
Os vereadores têm a oportunidade de agir como
representantes da vontade popular.
Para uma articulação capilar em todos os municípios
da Bahia e de Sergipe, recomendamos aos nossos irmãos bispos que orientem os
presbíteros, diáconos e demais lideranças que acompanhem de perto as discussões
e decisões acerca da aprovação do PME nas Câmaras Municipais e conversem com
vereadores e membros das secretarias de educação, manifestando a nossa posição
contrária.
Fraternalmente,
Dom João Carlos Petrini
Bispo
da Diocese de Camaçari
Presidente
da CNBB Regional NE3
Dom João José Costa
Arcebispo
Coadjutor de Aracaju
Vice-Presidente
da CNBB Regional NE3
Dom Gilson Andrade da Silva
Bispo
Auxiliar de Salvador
Secretário
geral da CNBB Regional NE3
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