sábado, 4 de julho de 2015

Vítima da ideologia de gênero


Pretendemos, hoje, desmascarar a “prova” da diabólica ideologia de gênero apresentada pelo médico norte-americano Dr. John Money a partir dos quase indizíveis sofrimentos de Bruce Reimer, cuja alma recomendamos ao Senhor em nossas preces.

Já foi aqui repetido à exaustão – mas nunca é demais relembrar – o que essa ideologia antinatural ensina: ninguém nasce homem ou mulher, mas, sim, vem ao mundo como um ser neutro que, com o tempo, escolherá tornar-se homem, mulher ou neutro (nem um nem outro) de acordo com a educação recebida. Isso afronta o plano de Deus (cf. Gn 1,27) e a própria ciência médica que mostra aos pais o sexo do bebê: homem ou mulher. O neutro é invenção ideológica, sem prova científica empírica.

No entanto, nos anos de 1960, o Dr. John Money, médico da John Hopinsk University, de Baltimore (Estados Unidos), tentou, por meios espúrios, comprovar que a sexualidade depende da educação e não da Biologia, usando da boa fé de uma família em desespero que o procurou como médico.

O caso, em suma, foi o seguinte: o casal Janet e Ron Reimer gerou dois filhos homens, Bruce e Brian, mas um deles (Bruce) teve seu órgão genital amputado em uma circuncisão, de modo que os pais entraram em desespero até conhecerem o famoso Dr. Money em um programa de TV. Aí ele defendia que é possível a um bebê ter um sexo neutro ao nascer e que, por isso, pode ser mudado com o correr dos dias. 

Bispo da Diocese de Lafayette, EUA, orienta católicos à desobediência civil quanto ao "casamento gay".

 

O Bispo Michael Jarrell da Diocese de Lafayette, Louisiana emitiu uma forte declaração de condenação à decisão da Suprema Corte americana em favor do "casamento" gay:

"Deixe-me dizer muito claramente que nenhum tribunal humano tem autoridade para mudar o que Deus escreveu na lei da criação. Esta decisão é incompatível com a natureza e definição de casamento como instituído pela Lei Divina. A aliança conjugal foi estabelecida por Deus com a sua natureza e leis próprias".

O bispo recomenda a desobediência civil aos católicos que exercem os papéis do governo e que podem ser forçados a ratificar ou legalmente reconhecer pessoas do mesmo sexo em "casamentos".

"Sei que esta decisão consciente vai criar problemas para muitos católicos, especialmente aqueles em cargos públicos. Em alguns casos, a desobediência civil pode ser uma resposta adequada."

Ele ainda proíbe o clero de participação em serviços para pessoas do mesmo sexo em seus "casamentos", bem como propriedade diocesana de ser usada para quaisquer desses eventos.

Nenhum sacerdote ou diácono desta Diocese podem participar em cerimônia civil ou de celebração de um casamento do mesmo sexo. Todos os católicos são convidados a não comparecer em cerimônias de casamento do mesmo sexo. Nenhuma instalação ou propriedade católica, incluindo, mas não limitado a paróquias, missões, capelas, salas de reuniões, católica de ensino, instituições de saúde ou de caridade, ou instalações pertencentes às ordens benevolentes pode ser usado para a cerimônia de casamento do mesmo sexo.

Casamento em igreja protestante é válido?


Um católico pode se casar numa igreja protestante? O casamento de fiéis que sempre foram protestantes é considerado válido pelos católicos?

Depende de quem está se casando lá. Se nenhum dos dois nunca foi católico, o casamento é válido. Mas se pelo menos um for católico (ou tiver sido), só com dispensa especial do bispo.

Vejamos por que...

Durante 16 séculos os fiéis apenas decidiam se casar, anunciavam publicamente e isso já era considerado sacramento, nem precisava de sacerdote. Depois, já casados, iam até a Igreja para receber uma bênção do sacerdote que se dirigia de forma especial à mulher, pois era ela que devia correr todos os riscos da gravidez. Ainda hoje, no ritual do matrimônio, a bênção nupcial é dirigida principalmente à mulher.

Claro que isso começou a criar confusão, com homens que tinham diversas esposas em cidades diferentes. Então, no séc. 16, usando o "poder das chaves" dado a S. Pedro, foi decidido que um casamento entre dois católicos só seria válido diante de um padre com jurisdição. E isso é assim até hoje. 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Uma visão geral da iminente viagem do Papa à América Latina


Cheia de esperança é a viagem que, do 5 ao 13 de Julho, levará o Papa Francisco à América Latina, onde passará por três países – Equador, Bolívia, Paraguai – voará sete vezes no avião, pronunciará 22 discursos, e anunciará “a alegria do Evangelho” (leitmotif da viagem) perante mais de um milhão de pessoas.

Não poderia ser de outra forma para o que João Paulo II já havia chamado, visitando-o várias vezes, de "o continente da esperança". Uma expressão que permaneceu nos registros, lembrada com emoção pelo cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, em uma longa entrevista dada hoje no Centro Televisivo Vaticano, na véspera da "mais longa viagem” do pontificado de Bergoglio.

Para compreender a sua importância, o cardeal refere-se precisamente às palavras do Santo Papa polaco, que o próprio Francisco mencionou na Missa na Basílica de São Pedro, no dia 12 de dezembro de 2014, por ocasião da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe: A América Latina como "continente da esperança". "A partir dela - destaca Parolin citando diretamente as palavras de João Paulo II - espera-se novos modelos de desenvolvimento que combinem tradição cristã e progresso civil, justiça e equidade com reconciliação, desenvolvimento da ciência e tecnologia com sabedoria humana, sofrimento fecundo com alegre esperança".

Portanto, este é "o caráter" da terra que o Santo Padre vai visitar. Terra que pode oferecer novos impulsos para a Igreja e para a política mundial, como destaca a entrevistadora Barbara Castelli. "O continente latino-americano é um continente em movimento – confirma, de fato, o Secretário de Estado – no qual estão presentes transformações, mudanças a nível cultural, a nível econômico, a nível político”, que, durante estas décadas, em uma “fase positiva”, permitiram que muitas pessoas saíssem da extrema miséria e “se incorporassem progressivamente também na classe média". 

Ideologia de Gênero e Democracia


De repente caiu nas mesas das Câmaras Municipais um termo que para muitos era novo: a agenda de gênero, ou ideologia de gênero. Também a sociedade, de forma geral, estava e está desavisada. Repórteres perguntam nas ruas e as pessoas respondem, quase sempre, que não sabem do que se trata. Os pais, as famílias, as escolas, as comunidades religiosas, nas quais estão quase todos os cidadãos brasileiros, não foram chamados ao debate, não foram comunicados, nem explicados, vendo-lhes negado o direito de participação. As coisas vieram de cima para baixo, com data marcada, insinuando urgência. Primeiro veio para aprovação o texto do Plano Municipal de Educação, depois o Plano de Políticas para a Mulher, certamente virão outros. Todos eles recheados da ideologia de gênero, de forma, muitas vezes, subliminar, obscura, possibilitando, até aos mais letrados, confusão sobre a matéria, correndo o perigo de aprovarem algo que, em consciência, não desejariam.

Para agravar a questão, o Plano Nacional de Educação havia sido aprovado no Congresso Nacional, na data de 25 de julho de 2014, após serem retiradas as expressões relacionadas à ideologia de gênero, tais como identidade de gênero, orientação sexual e outras. O referido Plano Nacional de Educação, livre da ideologia de gênero, foi sancionado pela Presidente da República (Lei 13.005). Contudo, o Fórum Nacional de Educação, desconsiderando a autoridade do Congresso Nacional, publicou em novembro de 2014 documento final do CONAE (Conselho Nacional de Educação), um longo texto a ser levado aos estados e municípios, contendo os termos rejeitados no Congresso. Não há como deixar de ver nesta ação uma tentativa de impor aos cidadãos brasileiros, a todo custo, a agenda de gênero por interesse de grupos ideológicos. O texto inclui mais de trinta vezes tais expressões como identidade de gênero, orientação sexual. 

Regional Nordeste 1 da CNBB publica Nota sobre os riscos da Introdução da Ideologia de Gênero nos PME


NOTA SOBRE RISCOS DA INTRODUÇÃO DA "IDEOLOGIA DE GÊNERO"
NOS PLANOS ESTADUAL E MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO.

O Congresso Nacional aprovou recentemente o Plano Nacional da Educação. Os Estados e Municípios terão até o dia 24 de junho para aprovarem os próprios planos para que as exigências estabelecidas nacionalmente sejam seguidas e cumpridas localmente. Nós, os Bispos Católicos do Estado do Ceará, reunidos no Conselho Episcopal Regional (CONSER) em Messejana, Ceará, nos dias 16 a 18 de junho de 2015, no exercício de nossa missão de Pastores, queremos esclarecer no que se refere à "ideologia de gênero" nos Planos Estadual e Municipais do Ceará.

Acreditamos que o futuro de nosso povo dependerá da qualidade da educação que será oferecida às nossas crianças e adolescentes. Apesar do fato que o Plano Nacional de Educação (PNE) ter sido votado no Congresso Nacional e posteriormente sancionado em 2014 pela Presidenta da República, e que neste Plano já foram retiradas as expressões referentes à "ideologia de gênero", e que o Plano Nacional de Educação deve ser a bússola que orienta os Planos Municipais de Educação, mais uma vez projetos enviados aos Legislativos Municipais incluíram a "ideologia de gênero"!

Diante desta situação, incumbe-nos, enquanto Pastores Cristãos, saber exatamente o que é essa ideologia bastante comentada, mas pouco definida, quais são seus objetivos, e qual deve ser a nossa posição perante ela. A ideologia de gênero é uma tentativa de afirmar para todas as pessoas que não existe uma identidade biológica em relação à sexualidade. Quer dizer que o sujeito, quando nasce, não é homem nem mulher, não possui um sexo masculino ou feminino definido, pois, segundo a ideologia de gênero, isto é uma construção cultural e social. 

CNBB divulga nota sobre a inclusão da ideologia de gênero nos Planos de Educação


NOTA DA CNBB SOBRE A INCLUSÃO DA 
IDEOLOGIA DE GÊNERO NOS PLANOS DE EDUCAÇÃO

“Homem e mulher ele os criou” (Gn 1,27)

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília, nos dias 16 a 18 de junho, manifesta seu reconhecimento pelo importante trabalho de elaboração dos Planos Estaduais e Municipais de Educação em desenvolvimento em todos os estados e municípios brasileiros para o próximo decênio. A proposta de universalização do ensino e o esforço de estabelecer a inclusão social como eixo orientador da educação merecem nosso apoio e consideração ao apontar para a construção de uma sociedade onde todas as pessoas sejam respeitadas.

A tentativa de inclusão da ideologia de gênero nos Planos Estaduais e Municipais de Educação contraria o Plano Nacional de Educação, aprovado no ano passado pelo Congresso Nacional, que rejeitou tal expressão. Pretender que a identidade sexual seja uma construção eminentemente cultural, com a consequente escolha pessoal, como propõe a ideologia de gênero, não é caminho para combater a discriminação das pessoas por causa de sua orientação sexual.

O pressuposto antropológico de uma visão integral do ser humano, fundamentada nos valores humanos e éticos, identidade histórica do povo brasileiro, é que deve nortear os Planos de Educação. A ideologia de gênero vai no caminho oposto e desconstrói o conceito de família, que tem seu fundamento na união estável entre homem e mulher.

A introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias. O mais grave é que se quer introduzir esta proposta de forma silenciosa nos Planos Municipais de Educação, sem que os maiores interessados, que são os pais e educadores, tenham sido chamados para discuti-la. A ausência da sociedade civil na discussão sobre o modelo de educação a ser adotado fere o direito das famílias de definir as bases e as diretrizes da educação que desejam para seus filhos. 

Como o Matrimônio é um sacramento, se ele já existia antes de Cristo?


Se o Matrimônio já existia antes de Nosso Senhor, como é possível que ele seja um sacramento? Esta pergunta, que pode parecer ociosa, está no coração de um debate que remonta à própria Reforma Protestante. Reunidos na dieta de Augsburgo, os luteranos, alegando que, como “o matrimônio não foi originalmente instituído no Novo Testamento, mas no início, imediatamente na criação da raça humana”, e como “tem promessas, não tanto vinculadas ao Novo Testamento, mas à vida corporal” [1], não poderia ser considerado um verdadeiro sacramento.

Nós, católicos, ao contrário, cremos firmemente que “a aliança matrimonial, (...) ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, (...) foi elevada, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor” [2]. Isto é, o pacto natural existente entre o homem e a mulher, com vista à realização pessoal de ambos, por meio de uma vida virtuosa, foi de algum modo perturbado pelo drama do pecado original: injustiças, ciúmes e outras doenças afetivas começaram a fazer parte do convívio entre os dois. Nosso Senhor, então, veio redimir a realidade conjugal, transformando o homem em um ser capaz não só de virtude, mas também de santidade.