quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Discurso do Papa no encontro com acólitos e coroinhas


DISCURSO
Encontro do Santo Padre com os participantes da
peregrinação internacional de acólitos e coroinhas a Roma
Terça-feira, 4 de agosto de 2015


Queridos Acólitos, Bom dia.

Agradeço a vossa presença numerosa que desafiou o sol romano de agosto. Agradeço o Bispo Dom Nemet, vosso Presidente, pelas palavras com que introduziu este encontro. Saístes de vários Países para fazer a vossa peregrinação a Roma, lugar do martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo. É significativo ver que a proximidade e familiaridade com Jesus Eucaristia no serviço do altar, torna-se também uma oportunidade para abrir-se aos outros, para caminhar juntos, de escolher metas de compromisso e encontrar as forças para alcançá-las. É fonte de verdadeira alegria reconhecer-se pequeno e fraco, mas sabendo que, com a ajuda de Jesus, podemos ser revestidos de força e realizar uma grande viagem na vida com Ele.

O profeta Isaías também descobre esta verdade, ou seja, que Deus purifica as suas intenções, perdoa os seus pecados, cura o seu coração e torna-o idôneo para realizar uma tarefa importante: levar a palavra de Deus ao povo, tornando-se instrumento da presença e da misericórdia divina. Isaías descobre que, ao colocar-se confiadamente nas mãos do Senhor, toda a sua existência se transforma.

A passagem bíblica que escutamos fala-nos justamente sobre isso. Isaías tem uma visão, que lhe faz perceber a majestade do Senhor, mas, ao mesmo tempo, mostra-lhe como Deus, embora se revele, permanece distante.

Isaías descobre, com assombro, que é Deus quem dá o primeiro passo, que se aproxima em primeiro lugar; Isaías percebe que a ação divina não é impedida pelas suas imperfeições pessoais, mas que somente a benevolência divina é capaz de torná-lo idôneo para a missão, transformando-o numa pessoa totalmente nova e, portanto, capaz de responder ao chamado de Deus e dizer: “Aqui estou, envia-me” (Is 6,8). 

Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Oriente Médio - 6 de Agosto.


Eu tenho uma pergunta para fazer a vocês – mas não respondam em voz alta, apenas em seus corações. Quem de vocês reza pelos cristãos que estão sendo perseguidos? Quantos rezam? Cada um responda em seu coração. Eu rezo por meu irmão, por minha irmã que está em dificuldade porque ele confessa e defende a sua fé? É muito importante olhar para além de nossas próprias fronteiras, para sentir que nós somos uma só igreja, uma só família em Deus! - Papa Francisco.

A cada cinco minutos um cristão é assassinado simplesmente por professar a sua fé. E o Oriente Médio é a região onde a perseguição hoje é mais cruel. A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), através de seus benfeitores, está fazendo tudo ao seu alcance para socorrer materialmente e espiritualmente os perseguidos, construindo casas, escolas, provendo alimento, medicamento, sustentando os heroicos missionários que diariamente doam suas vidas para salvar outras tantas e tudo mais que se faz necessário para ajudá-los a alcançar algo que é mais próximo de uma vida normal, para dar-lhes esperança e força para suportar todas as dificuldades.

No entanto, no dia 6 de agosto, quando se completa um ano da fuga de milhares de cristãos do norte do Iraque, a AIS pede o mais importante: a oração. Com o apoio da CNBB, a Ajuda à Igreja que Sofre convida você e sua comunidade a celebrar a Santa Missa nas intenções dos cristãos perseguidos no Oriente Médio. Se não for possível a Missa, um terço ou mesmo nas orações pessoais que cada um possa fazer. O mais importante é que todos estejam unidos em oração.

Em São Paulo, na Catedral da Sé, haverá uma celebração às 16h30m presidida pelo Cardeal Arcebispo Dom Odilo Pedro Scherer

A perseguição não está acontecendo aqui, mas está acontecendo agora! Para rezar também é preciso conhecer. Nesta página você tem acesso às informações sobre o que acontece no Oriente Médio e os testemunhos de sofrimento e martírio vividos pelo “povo da cruz”, como são chamados os cristãos pelos seus perseguidores.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Congregação para Doutrina da Fé concluirá estudo sobre Medjugorje no outono.



Cardeal Müller confirma que o Papa Francisco tomará “decisão” final sobre Medjugorje.

Em uma entrevista com Katholish.de o Prefeito da CDF Gerhard Ludwig Müller disse que o dicastério vaticano vai lidar com dossiê Medjugorje no Outono.

No que diz respeito a decisão do Vaticano sobre a cidade de Medjugorje está em andamento, Müller reiterou que os resultados da comissão presidida pelo Cardeal Camillo Ruini, “ter examinado toda a questão em profundidade” e toda a documentação relacionada será examinada pela Congregação para a Doutrina da fé “na sessão de Outono.” O dicastério, então, informará o Papa de sua opinião e ele vai tomar a “decisão” final.

Homilética: 19º Domingo Comum - Ano B: "A Força da Eucaristia".


A liturgia do 19º Domingo do Tempo Comum dá-nos conta, uma vez mais, da preocupação de Deus em oferecer aos homens o «pão» da vida plena e definitiva. Por outro lado, convida os homens a prescindirem do orgulho e da auto-suficiência e a acolherem, com reconhecimento e gratidão, os dons de Deus.

O alimento e a água dados por Deus ao profeta Elias, que lhe restauram as forças e o sustentam na longa caminhada até a Montanha de Deus, são transparentes figuras da eucaristia e do batismo, que dão a vida eterna e sustentam o cristão no caminho para Deus.

Jesus está no céu com o seu Corpo glorioso; também está na terra de várias maneiras, mas a maneira mais especial, mais bonita e mais misteriosa é esta: a Eucaristia. E Eucaristia quer dizer ação de graças. Que momento tão belo! Por isso, depois da comunhão temos o costume de dar graças a Deus, dizer-lhe o nosso muito obrigado. Quando os pais veem os seus filhos pouco agradecidos depois de receberem presentes, costumam lembrá-los: “como é que se diz, filho?” Então a criança, meio tímida, diz ao seu benfeitor: “muito obrigado”. É preciso ser agradecidos. Deus é tão bom!

Na verdade, para um momento tão especial como este, devemos estar atentos aos detalhes. No entanto, o mais importante é que nos aproximemos da Hóstia Santa e a tomemos em nossa boca tão somente se estamos em estado de graça, isto é, se não cometemos nenhum pecado mortal (= grave) desde a última confissão bem feita. Também é importante, e a Igreja assim o exige, que, uma hora antes da comunhão, nada comamos ou bebamos (com exceção de água e remédios). Logicamente, há causas graves que dispensam da obrigação de guardar o assim chamado jejum eucarístico.

Quanto aos detalhes que devemos guardar com relação à Hóstia Santa que vamos receber, é questão de amor! A comunhão será tanto mais frutuosa quanto mais amor houver. Quem deseja comungar e vai se preparando para esse momento durante as horas que antecedem a Santa Missa, entrará numa profunda e íntima comunhão com o Senhor do céu e da terra, Jesus Cristo. Quem, depois de comungar, agradece a Deus por que ele veio à sua alma e por todos os dons que lhe concede, está abrindo o coração para receber novas graças. Deus se deixa atrair por uma pessoa agradecida. É verdade que às vezes podemos ficar um pouco perdidos depois da Comunhão, sem saber direito o que dizer ao Senhor: basta que queiramos dar-lhe graças e nos mantenhamos recolhidos deixando que flua o diálogo com Deus. Também podemos utilizar aqueles livros que contêm orações para facilitar a nossa ação de graças: enquanto recitamos tais orações vocais, o nosso coração vai acompanhando o que elas significam e vamos fazendo nossas as palavras que lemos.

Nigéria: Boko Haram liberta 178 reféns

Do total, 67 mulheres e 101 crianças iam ser usadas como bombas humanas

178 pessoas foram libertadas pelos militares nigerianos que destruíram alguns campos do Boko Haram perto da aldeia de Bitta, sudeste de Maiduguri, na região norte da Nigéria. É nesta área do Estado de Borno que o grupo extremista vem cometendo a maior parte das suas ações terroristas, matando, em pouco mais de dois meses do novo governo do presidente Muhammadi Buhari, cerca de 800 pessoas.

Os soldados já resgataram centenas de reféns destinados a morte certa, inclusive as crianças, usadas ​​pelos militantes como suicidas inconscientes.

O Boko Haram continua na mira dos exércitos aliados do Camarões e do Chade, que, em operação realizada nos últimos dias, no nordeste da Nigéria, mataram mais de 100 milicianos. A ofensiva, no entanto, não está barrando a onda de violência que, desde 2009, causou mais de 15 mil mortes. Na noite deste sábado para domingo, os extremistas queimaram casas e mataram 13 pessoas na cidade de Malari, nordeste da Nigéria.

Oração do Patriarca de Bagdá pelos cristãos perseguidos


Há quase um ano, os terroristas do Estado Islâmico saquearam aldeias cristãs na planície de Nínive, forçando a fuga de milhares de pessoas. Era a noite de 06 de agosto.

Ao recordar este trágico acontecimento, Louis Raphael Sako, Patriarca de Babilônia dos Caldeus e presidente da Conferência Episcopal do Iraque, dirigiu uma oração ao Papa e aos bispos de todo o mundo, exortando os cristãos de todo o mundo "a se unirem a nós neste triste aniversário", conforme publicado pela agência Asia News.

A oração diz:

Senhor Jesus Cristo,
Você nos ensinou a rezar ao Pai em seu nome,
E você nos assegurou que tudo o que pedíssemos, nós receberíamos.
Por isso, nos dirigimos a você com total confiança
Pedindo-lhe para nos dar a graça e a força de perseverar nesta tempestade,

Para alcançar a paz e a segurança, antes que seja tarde demais:
Esta é a nossa oração e, embora pareça impossível para nós,
Nós confiamos a você para que nos dê tudo o que precisamos para a nossa sobrevivência e nosso futuro.

Ajude-nos, Pai,
Em nome de seu Filho crucificado e ressuscitado, Jesus,
Para continuarmos a trabalhar juntos,
Para sermos livres, responsáveis e amorosos,
Para encontrarmos a sua vontade e fazê-la com alegria, zelo e coragem.

Em Caná, a Mãe de Jesus foi a primeira a notar que não havia vinho.
Pela intercessão de Maria, pedimos-lhe, Pai,
Para mudar a nossa situação – como seu filho transformou a água em vinho – da morte para a vida.

Amém. 

CNBB divulga carta por ocasião do Dia do Padre 2015



Caro irmão presbítero,

Estamos nos aproximando do domingo no qual celebramos o Dia do Padre. É o domingo em que todas as comunidades são convidadas a rezar mais intensamente pelos seus padres!

Nós somos homens do Evangelho! Homens chamados pelo Senhor para anunciar a todos a Boa-Nova da salvação, através do anúncio, da celebração dos mistérios e do testemunho pessoal de vida. Isso é evangelizar! Isso é evangelização! Neste sentido vale recordar o que diz o Papa Francisco sobre a obra da evangelização: “a evangelização supõe sair de si mesmo; supõe a dimensão do transcendente, da adoração de Deus, da contemplação, sempre associada ao movimento de ir ao encontro das pessoas, da gente. Sair, sair de! Para mim é este o núcleo da evangelização. Sair significa tornar-se próximo, de todos! Saída e proximidade. Proximidade cordial, de amor, concreta, física, estar com”.

Em recordando todos os padres de nosso imenso Brasil, manifestamos reconhecimento e gratidão. Reconhecimento por todo bem realizado nas diversas Igrejas Particulares, em comunhão com os respectivos Bispos. Gratidão pela vida de cada um feita entrega, serviço, dom de amor! Quantos padres dispostos, alegres, despojados! Quantos padres prontos para curar as feridas de pessoas marcadas por dificuldades de todo tipo: materiais, psíquicas, espirituais e por situações escandalosas dentro e fora da Igreja!

Padre, tu foste amado e escolhido pelo Senhor! Ele manifestou ternura para contigo. Essa ternura tu compartilhas com o teu povo. Ternura essa que se expressa em pensamentos, palavras e ações, pois és participante da missão de Cristo, Cabeça e Pastor. Ele é fiel! 

A santa ira de São João Maria Vianney


Era 1827 e as multidões que chegavam à aldeia de Ars vinham de toda parte. A fama do Padre Vianney já havia se espalhado pelos quatro cantos da França. Barões, clérigos, camponeses, curiosos; todos queriam conhecer aquela figura a qual tinham por santo. Um médico, tomado pelas intrigas dos colegas, decidira visitar o sacerdote, a fim de confirmar suas injustas suspeitas. De volta à capital, Paris, não pôde dizer aos amigos outra coisa sobre o pobre cura senão: "eu vi Deus num homem".

A santidade de João Maria Vianney causava constrangimentos. Apegado desde cedo à oração, agia em tudo conforme à vontade divina, fazendo de sua vida um perpétuo louvor a Deus. Tinha um fervor imensurável. Passava horas à frente do sacrário, gastando-se em severas penitências e na meditação dos santos mistérios: "O meu terço vale mais que mil sermões". Por isso, não poupou esforços no combate às blasfêmias e à libertinagem. Era o zelo pela casa do Pai que o consumia.

Os primeiros anos de Vianney em Ars foram de grandes desafios. A pequena aldeia estava atolada no indiferentismo. Trabalhava-se no domingo, blasfemava-se no campo, a falta de modéstia e os divertimentos profanos reinavam no coração daquela gente. A situação era desesperadora. E para uma alma apaixonada como a do Cura D'Ars, assistir àquele espetáculo de imoralidades era como ver a Cristo sendo crucificado. Com efeito, tratou logo de agir.

Sem fazer concessões, apressou-se em instruir os mais novos na catequese e nas práticas piedosas. Vianney estava convencido de que a ignorância religiosa era a causa de todos os males: "Este pecado condenará mais almas do que todos os outros juntos, porque uma pessoa ignorante quando peca não conhece nem o mal que faz, nem o bem que perde". Do alto do púlpito, atacava a todos pulmões as tabernas e o trabalho no domingo. Começava uma guerra sem tréguas, e o santo não iria recuar enquanto não visse a sua paróquia, de joelhos, diante do Senhor.