Há quase um ano, os terroristas do Estado Islâmico
saquearam aldeias cristãs na planície de Nínive, forçando a fuga de milhares de
pessoas. Era a noite de 06 de agosto.
Ao recordar este trágico acontecimento, Louis
Raphael Sako, Patriarca de Babilônia dos Caldeus e presidente da Conferência
Episcopal do Iraque, dirigiu uma oração ao Papa e aos bispos de todo o mundo,
exortando os cristãos de todo o mundo "a se unirem a nós neste triste
aniversário", conforme publicado pela agência Asia News.
A oração diz:
Senhor Jesus Cristo,
Você nos ensinou a rezar ao Pai em seu
nome,
E você nos assegurou que tudo o que
pedíssemos, nós receberíamos.
Por isso, nos dirigimos a você com total
confiança
Pedindo-lhe para nos dar a graça e a
força de perseverar nesta tempestade,
Para alcançar a paz e a segurança, antes
que seja tarde demais:
Esta é a nossa oração e, embora pareça
impossível para nós,
Nós confiamos a você para que nos dê tudo
o que precisamos para a nossa sobrevivência e nosso futuro.
Ajude-nos, Pai,
Em nome de seu Filho crucificado e
ressuscitado, Jesus,
Para continuarmos a trabalhar juntos,
Para sermos livres, responsáveis e
amorosos,
Para encontrarmos a sua vontade e fazê-la
com alegria, zelo e coragem.
Em Caná, a Mãe de Jesus foi a primeira a
notar que não havia vinho.
Pela intercessão de Maria, pedimos-lhe,
Pai,
Para mudar a nossa situação – como seu
filho transformou a água em vinho – da morte para a vida.
Amém.
Desde o início da perseguição massiva dos cristãos
e outras minorias no Iraque, pelo auto-intitulado Estado islâmico, o Santo
Padre Francisco tem demonstrado proximidade e preocupação. Foram inúmeros
apelos não só de oração, mas também aos governos e a comunidade internacional
pelo fim deste massacre.
Milhares de pessoas tiveram de abandonar as suas
casas, deixando tudo para trás, para proteger suas vidas, mesmo tendo que se
adaptar aos campos de refugiados.
O Cardeal Fernando Filoni, Prefeito da Congregação
para a Evangelização dos Povos, viajou para esta nação atingida pela violência
como enviado papal para transmitir-lhes a sua proximidade e apoio.
Além disso, o Pontifício Conselho Cor Unum, que
administra as obras de caridade do Papa, está organizando para 17 de setembro,
o terceiro encontro de coordenadores das organizações caritativas católicas,
ativas no combate à crise humanitária no Iraque.
No Iraque há um “verdadeiro genocídio que ninguém
quer falar e nenhum organismo internacional está em causa”, afirma Pascale
Warda, ex-ministro iraquiano. Durante uma conferência de imprensa, em
fevereiro, organizada pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre e a Fundação
Promoção Social da Cultura (FPSC), Pascale Warda disse: "Precisamos de
ajuda internacional para lutar contra o Estado islâmico. É diabólico. É um
movimento internacional de terrorismo que precisa de soluções internacionais
autenticas”.
De acordo com os últimos dados do Escritório das
Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários no Iraque, a escalada
da violência entre grupos armados e as forças do governo causou mais de 3,1
milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões precisam de assistência
humanitária.
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ZENIT
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