segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Para muito além dos filmes de terror

O risco de pecar, perder a própria alma e ser condenado ao fogo do inferno 
é um drama muito mais terrível – e real – que qualquer conto de terror

Os "filmes de terror" dividem opiniões. Muitos não gostam, porque, depois que assistem, não conseguem dormir à noite. Alguns, impulsionados por uma curiosidade malsã, lançam-se de cabeça nas tramas cinematográficas, chegando a entrar no abismo sem fundo do ocultismo. Entre os dois extremos, há quem simplesmente assista às histórias, prevenido por um sadio ceticismo – não dando crédito a qualquer coisa que veja – e por uma dose de "senso comum" – sem preconceitos ou dogmas materialistas. Afinal, como escrevia Chesterton, "quando se trata de testemunho humano, há uma sufocante enxurrada de testemunhos em favor do sobrenatural" [1].

De fato, é inegável que os "filmes de terror" ajudam a colocar o homem diante de realidades espirituais. Gostos à parte, algumas produções do gênero têm o costume de abordar temas bastante caros à doutrina católica. O diretor do clássico "O Exorcista" ( The Exorcist, 1973) – única película de terror a ser indicada ao Oscar de melhor filme –, por exemplo, confessa ter feito o filme não para ser uma história "de terror", mas para retratar "o mistério da fé". Mesmo sendo agnóstico, William Friedkin explica que, na trama, "o objetivo do demônio não é a menina, mas o sacerdote que está perdendo a fé". O filme fez tanto sucesso nos Estados Unidos, que chegou mesmo a suscitar vocações para a vida sacerdotal.

Mais recentemente, "O Ritual" ( The Rite, 2011), estrelado por Anthony Hopkins, também está baseado na "crise vocacional" de um diácono que, depois de lidar com o ministério de um padre exorcista, acaba se tornando um católico devoto e fiel. A sua emocionante profissão de fé ao final da história ilustra como o contato com o mal pode conduzir as almas a um encontro com Cristo. Não se trata de dar primazia ou "importância excessiva" ao inimigo de Deus. É que, em um mundo materialista como o nosso, em que as realidades sobrenaturais são encaradas com desdém ou desprezo, tomar consciência da força efetiva do mundo espiritual – mesmo que em sua dimensão maligna – pode ser um primeiro passo para se aproximar de Nosso Senhor. 

domingo, 18 de outubro de 2015

"Não podemos contradizer Jesus", diz cardeal sobre Comunhão a divorciados em segunda união.


O Arcebispo de Caracas (Venezuela), Cardeal Jorge Urosa, encorajou os padres sinodais participantes do Sínodo sobre a Família, que acontece durante estes dias no Vaticano, a fim de que não esqueçam os ensinamentos de Jesus e da Igreja ao discutirem acerca da possibilidade de que os divorciados em nova união possam receber o Sacramento da Comunhão.

Em sua intervenção no Sínodo, cujo texto completo foi remetido ao Grupo ACI, o Cardeal venezuelano destacou que “todos estamos animados pelo melhor desejo de encontrar uma solução à essa dolorosa situação”, e destacou que “devemos fazê-lo com o espírito do bom pastor e da verdade que nos liberta”.

O Arcebispo de Caracas refletiu em torno da proposta “da aceitação à mesa da Eucaristia – mediante algumas condições, entre elas um caminho penitencial –, dos divorciados em nova união, mas mantendo a convivência conjugal”.

“Em espírito de misericórdia evangélica, acho que o caminho penitencial deve concluir na conversão, no propósito de emenda e de viver em continência, como ensina com outras palavras São João Paulo II na Familiaris Consortio”, assinalou.

O Cardeal questionou se as palavras do Senhor no Evangelho, os ensinamentos de São João Paulo II, do Papa Emérito Bento XVI e inclusive do Catecismo podem ser esquecidas, a fim de favorecer a comunhão aos divorciados em nova união.

“A misericórdia convida o pecador e transforma em perdão quando este se arrepende e muda de vida. O filho pródigo foi recebido pelo seu pai com um abraço, somente quando voltou para a sua casa”, assinalou.

O Arcebispo venezuelano sublinhou que “o Sínodo deverá indicar linhas de ação que fortaleçam o matrimônio, fazendo com que este seja mais atrativo aos jovens e permaneça vivo no coração dos cônjuges através do tempo”.

Confira a seguir o texto completo da intervenção do Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa, no Sínodo sobre a Família: 

O mundo só mudará com “familias santas”, como a de Santa Teresinha



Os olhos de todos os cristãos e não cristãos estão nestes dias fixos em Roma, onde se realiza a segunda etapa do Sínodo da Família. Centenas de bispos, de especialistas da pastoral familiar, reunidos buscam dar uma resposta  para “reconstruir a família humana” como lugar de alegria, de amor, de esperança,  onde se constrói o futuro de amanhã. A família “está doente”, de uma enfermidade que foi provocada um pouco intencionalmente, pelos meios de comunicação,  que colocam na mesa  das famílias de tudo: coisas boas e ruins, alimentos que saciam e que contaminam e nem sempre os comensais  têm a capacidade de reconhecer  os alimentos contaminados. A família tem também  se fragilizado  por outras causas ideológicas; em vista de solucionar os problemas de desentendimentos  e de conflitos  se tem visto  pessoas da família “fazerem as próprias malas” e irem para outros lugares,  na esperança de criar uma nova família, que não raramente, depois de um pouco de tempo,  também  começa  a  viver em tensões.

A igreja, mãe, mestra e companheira de caminho, está  tomando uma atitude muito séria, acertada: colocar-se na escuta de todos. O Sínodo é o grande espaço da escuta  de todas as vozes do mundo contemporâneo. Questionários preparados corajosamente foram enviados pelo mundo inteiro, seja  a pessoas de fé  e a pessoas sem fé.  A todos a Igreja pediu humildemente uma palavra de luz. Agora, juntos, se reflete sobre as repostas, para depois  dar uma “resposta” oficial do caminho a seguir, para “reconstruir a família”, oferecer remédios  que curam, cirurgia dolorosa, terapias longas,  caminhos  que não serão fáceis. Escutaremos gritos que chegam de todos os lados, de pessoas  que cantam a vitória  e de pessoas  que choram por  derrotas. Mas no amor não existe nem vitória e nem derrota, existe só o amor que ama, perdoa, é misericordioso e caminha  de mãos dadas para  abrir novos caminhos de luz e de esperança. Sem dúvida soam importantíssimas as vozes da  sociologia, da psicologia, da pastoral,  de todas as ciências humanas. A missão da Igreja é buscar caminhos e luz,  venham de onde vierem. Não é condenar, é amar, compreender e anunciar corajosamente a Verdade que liberta. Não a verdade anônima, obscura, ambígua, de superficialidade; a verdade que tem um nome e se chama JESUS. Ele é caminho, luz, verdade e vida.

Em  todo este vai e vem de idéias, de confrontos, de discórdias e quem sabe  de desuniões, a Igreja durante este Sínodo, tomou uma das decisões mais acertadas, mais luminosas para dar uma reposta que não pode ser contestada sobre o caminho a seguir, para reconstruir a família: a canonização dos pais de santa Teresa do Menino Jesus.

Que significa isto? Que mensagem a Igreja quer dar com este gesto profético e testemunhal de um casal  santo e de uma família santa?

Diante da canonização, isto é, da proclamação pela Igreja  como santos os pais de santa Teresinha, Luiz Martin e Zélia Guerin, surge uma pergunta que nos angustia a todos nós, especialmente aos casais   do mundo inteiro: mas como eles fizeram para chegar à santidade? A resposta simples é a mesma, que vale para todas as épocas e tempos: VIVENDO O EVANGELHO NA VIDA DE CADA DIA.  Hoje se recorre,  para “desculpar” a nossa mediocridade, a tantas desculpas que  servem só para nos confundir e não nos dão  uma clareza de vida: os tempos são diferentes, o mundo não é o mesmo,  os filhos não são iguais, a sociedade  é culpada e por aí vai... jamais porém poderá existir em todos os tempos e lugares, alguém que seja proclamado santo  que não tenha vivido o Evangelho. 

Francisco no Angelus: “é decisivo que se faça a paz na Terra Santa”


PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça de São Pedro
Domingo, 18 de outubro 2015

Queridos irmãos e irmãs,

Sigo com grande preocupação a situação de forte tensão e de violência que aflige a Terra Santa. Neste momento existe a necessidade de muita coragem e muita força de vontade para dizer não ao ódio e à vingança e realizar gestos de paz. Por isto rezemos, para que Deus reforce em todos, governantes e cidadãos, a coragem de oporem-se à violência e de dar passos concretos de distensão. No atual contexto médio-oriental é mais do que nunca decisivo que se faça a paz na Terra Santa: isto nos pede Deus e o bem da humanidade.

No final desta celebração, desejo saudar todos que vieram para prestar homenagem aos novos Santos, especialmente as delegações oficiais da Itália, Espanha e França.

Saúdo os fiéis da diocese de Lodi e Cremona, bem como as Filhas do Oratório. O exemplo de São Vicente Grossi sustente o compromisso a favor da educação cristã das novas gerações.

Saúdo os peregrinos que vieram da Espanha, especialmente de Sevilha, e as Irmãs da Companhia da Cruz. O testemunho de Santa Maria Puríssima nos ajudar a viver a solidariedade e proximidade com os mais necessitados. 

Papa: "passar da ambição do poder à alegria de se ocultar e servir"


SANTA MISSA E CANONIZAÇÃO DOS BEATOS:
- VINCENZO GROSSI
- MARIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
- LUDOVICO MARTIN E MARIA AZELIA GUÉRIN

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Praça São Pedro
XXIX Domingo do Tempo Comum, 18 de Outubro de 2015

As leituras bíblicas de hoje apresentam-nos o tema do serviço e chamam-nos a seguir Jesus pelo caminho da humildade e da cruz.

O profeta Isaías esboça a figura do Servo do Senhor (53, 10-11) e a sua missão salvífica. Trata-se dum personagem que não se gaba de genealogias ilustres; mas desprezado, evitado por todos, sabe o que é sofrer. Não se lhe atribuem empreendimentos grandiosos nem discursos célebres, mas realiza o plano de Deus através duma presença humilde e silenciosa, através do seu sofrimento. De fato, a sua missão realiza-se por meio do sofrimento, que lhe permite compreender os que sofrem, carregar o fardo das culpas alheias e expiá-las. A marginalização e o sofrimento do Servo do Senhor, suportados até à morte, revelam-se tão fecundos que resgatam e salvam as multidões.

Jesus é o Servo do Senhor: a sua existência e a sua morte, vividas inteiramente sob a forma de serviço (cf. Flp 2, 7), foram causa da nossa salvação e da reconciliação da humanidade com Deus. O querigma, coração do Evangelho, atesta que, na sua morte e ressurreição, cumpriram-se as profecias do Servo do Senhor. A narração de São Marcos descreve a cena de Jesus a contas com os seus discípulos Tiago e João, que – apoiados pela mãe – queriam sentar-se, à sua direita e à sua esquerda, no reino de Deus (cf. Mc 10, 37), reivindicando lugares de honra, de acordo com a sua própria visão hierárquica do reino. A perspectiva, em que se movem, aparece ainda inquinada por sonhos de realização terrena. Então Jesus dá um primeiro «abanão» naquelas convicções dos discípulos, recordando o caminho d’Ele na terra: «Bebereis o cálice que Eu bebo (…), mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo: é daqueles para quem está reservado» (10, 39-40). Com esta imagem do cálice, Ele assegura aos dois discípulos a possibilidade de serem associados plenamente ao seu destino de sofrimento, mas sem garantir os desejados lugares de honra. A sua resposta é um convite a segui-Lo pelo caminho do amor e do serviço, rejeitando a tentação mundana de querer sobressair e mandar nos outros.

À vista de tantos que lutam por obter o poder e o sucesso, por dar nas vistas, frente a tantos que querem fazer valer os seus méritos, as suas realizações, os discípulos são chamados a fazer o contrário. Por isso adverte-os: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo» (10, 42-43). Com estas palavras, Jesus indica o serviço como estilo da autoridade na comunidade cristã. Quem serve os outros e não goza efetivamente de prestígio, exerce a verdadeira autoridade na Igreja. Jesus convida-nos a mudar a nossa mentalidade e a passar da ambição do poder à alegria de se ocultar e servir; a desarraigar o instinto de domínio sobre os outros e exercer a virtude da humildade.

E, depois de apresentar um modelo a não imitar, oferece-Se a Si mesmo como ideal de referimento. No procedimento do Mestre, a comunidade encontrará o motivo da nova perspectiva de vida: «Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos» (10, 45). Na tradição bíblica, o Filho do Homem é aquele que recebe de Deus «as soberanias, a glória e a realeza» (Dn 7, 14). Jesus enche de novo sentido esta imagem, especificando que Ele tem a soberania enquanto servo, a glória enquanto capaz de abaixamento, a autoridade real enquanto disponível ao dom total da vida. Na verdade, é com a sua paixão e morte que conquista o último lugar, alcança o máximo de grandeza no serviço, e oferece-o à sua Igreja. 

A Prostituta da Babilônia


A julgar pelos critérios do fundamentalismo bíblico (palavras literais entendidas literalmente) é certo que não há nenhuma menção da Igreja Católica no livro do Apocalipse como a Prostituta da Babilônia. Por contorções de interpretação (não pelo literalismo bíblico) alguns grupos e indivíduos equiparam a Prostituta em Apocalipse 17,9 com a Igreja Católica, já que Roma é a famosa cidade das sete colinas e a Sé da Igreja é Roma. Esta posição é insustentável, tanto factualmente e pelas únicas palavras da Escritura que nos dizem da doutrina real do Anticristo, as do apóstolo João em suas cartas.
 
Parece que há duas opções: ou interpretar Apocalipse 17,9 de forma absolutamente literal ou de acordo com alguma chave interpretativa que seja metafórica, alegórica ou de outra forma não-literal. Vamos olhar primeiro para interpretação literal.
 
“As sete cabeças representam sete colinas sobre as quais a mulher está assentada.” Primeiro de tudo, nenhum Papa já viveu ou teve o seu “assento” (cathedra ou catedral) em qualquer uma das sete colinas de Roma. Esses montes são pequenos morros (Capitolino, Palatino, Esquilino, Aventino e os três menores “solavancos” no centro de Roma), onde a religião e governo da Roma pagã foi situada. A sede da Igreja Católica no Latrão (a catedral) e no Vaticano (onde vive o papa) não coincide com eles. No momento em que João escreveu Apocalipse os cristãos de Roma viviam na maior parte em Trastevere (trans Tibre), um distrito “além do Tibre” da cidade e ao lado da colina do Vaticano, onde São Pedro foi crucificado e enterrado. O Vaticano está em cima do local de enterro e é hoje a sua própria cidade-estado distinta de Roma e da Itália.
 
Então, do que estava falando S. João quando escreveu o Apocalipse na ilha de Patmos cerca de 96 AD? Obviamente do sistema imperial pagão situado nas Sete Colinas, especialmente do Capitólio (o centro religioso e político) e do Palatino (o palácio imperial). Este poder pagão perseguiu a Igreja de Roma nos dias de Nero (64-67 dC), e em meados dos anos 90 sob Domiciano foi perseguindo os cristãos em todo o mundo romano. Domiciano foi considerado pelo povo uma reencarnação do mal, assim como Nero (o chefe que vivia no momento). Enquanto o anticristo Nero perseguiu unicamente aos cristãos de Roma, Domiciano alargou a perseguição por todo o império. Ambos são, portanto, tipos do perseguidor final, o Anticristo. 

sábado, 17 de outubro de 2015

Cardeal Dolan pede que a Igreja acolha a 'nova minoria': os fiéis que vivem em santidade


Nos últimos tempos, a Igreja parece andar ocupada, mais do que tudo, em acolher as minorias. Desde a "opção preferencial pelos pobres", o zelo pela Sã Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo e pela Verdade do Evangelho parece às vezes ter se tornado, – na prática, – uma questão secundária ou menos importante. Será que a misericórdia cristã implica abrir mão da difusão do Evangelho? Da busca pela santidade?

Neste cenário, vem oportunamente o Cardeal Dolan, Arcebispo de Nova York, pedir que a Igreja dedique um pouquinho de atenção a um novo tipo de minoria excluída, até mesmo dentro da própria santa Igreja: os fiéis católicos. Segue abaixo o conteúdo integral da carta: 

CARTA

A inclusão tem sido um inovador e consistente tema do Sínodo [sobre a família]. A Igreja, nossa família espiritual, congratula-se com todos, especialmente com aqueles que se sentem excluídos. Entre estes, do que ouvi dos observadores e Padres sinodais, estão os solteiros, aqueles que são atraídos pelo mesmo sexo, os divorciados, os viúvos, os imigrantes que acabaram de chegar a um novo país, as pessoas com deficiência, os confinados, as minorias étnico-raciais, os idosos. A Igreja é uma família que ama a todos e congratula-se com suas necessidades.

Poderia eu sugerir que há uma nova minoria no mundo, e até mesmo na Igreja? Estou pensando naqueles que, confiando na Graça e Misericórdia de Deus, se esforçam para viver na virtude e na fidelidade, – dado o fato de que, apenas na América do Norte, somente metade dos casais que se casam procuram a Igreja para contrair o Sacramento do Matrimônio; – casais que, inspirados pelo ensinamento da Igreja, afirmam que o casamento é para sempre, e perseveram nas provações; casais que recebem o Dom divino de ter vários filhos; homens e mulheres jovens que optam por não viver juntos antes do Matrimônio; um homem 'gay' ou uma lésbica que querem viver em castidade; um casal que decidiu que ela vai desistir de uma carreira promissora para ficar em casa e criar seus filhos. Essas maravilhosas pessoas muitas vezes se sentem como uma minoria em seu ambiente cultural, sim, e às vezes até mesmo dentro da Igreja! 

EUA: na noite de Halloween será inaugurada a "Grande Igreja de Lúcifer".


A cidade de Old Town Spring, situada a 25 milhas ao norte de Houston (Texas), será a sede da “Igreja Maior de Lúcifer” (Greater Church of Lucifer). A organização publicou em seu site a abertura do “primeiro edifício na história da igreja que estará aberto ao público”.

Jacob No, líder mundial da Igreja de Lúcifer, fundada no verão de 2014, disse que o objetivo dela é criar “uma nova era para o progresso da humanidade, sem escravidão do pensamento dogmático; somos deuses e deusas da nossa própria vida”.

Como já foi divulgado pela Aleteia, nos Estados Unidos existe uma corrente muito forte que pretende dar ao satanismo e às suas diversas manifestações uma voz em praça pública. A abertura desta igreja não causa surpresa em uma sociedade que cada dia se torna mais “espiritual” e menos religiosa, e na qual aumenta o número de pessoas que se consideram espiritualistas sem filiação religiosa, pessoas que se consideram livre-pensadoras sem necessidade de seguir dogmas.

A Igreja Maior de Lúcifer convida a esta ideologia de viver sem nenhuma autoridade, lei ou norma. “Não há Papa ou autoridade sobre nós; somos os capitães das nossas almas”, diz o site da igreja.

A cerimônia de abertura da igreja está planejada para o fim de semana de 30 de outubro a 1º de novembro, durante a celebração da noite de Halloween nos Estados Unidos. “Um templo ao mais elevado ego próprio”, diz o convite à abertura da igreja.