Outro dia, numa conversa com leigos, um deles
comentou um fato que eu não sei definir se inquietante ou preocupante. Talvez o
segundo adjetivo qualifique melhor aquela história ou, quem sabe, unindo os
dois tenhamos um resultado mais realista do fato. Eram leigos de diversas
comunidades e cada um deles dizia ter conhecimento de fatos semelhantes, o que
faz aumentar a inquietação.
Aconteceu com uma banda musical que exercia o
ministério da música numa comunidade. Tocavam mal e alto. Um dia, o padre os
chamou e, com muita caridade, fez ver que o trabalho deles era importante, mas
do jeito que estava sendo feito, sem se prepararem devidamente, nunca ensaiando
as canções e escolhendo músicas em cima da hora dificultava o caminho que a
Pastoral Litúrgica da comunidade estava fazendo. Eles protestaram e queriam
bater boca com o padre. Educado e acostumado a conversar, o padre os ouviu e
pediu que repensassem seu modo de agir, porque a Liturgia merece o melhor.
Como a tática do bate boca não funcionou, porque o
padre lhes mostrou, com dados inquestionáveis, que eles não estavam bem neste
serviço litúrgico, eles apelaram e desafiaram o padre: “ou a gente toca do
jeito que a gente quer ou ninguém mais toca nesta Missa”. O padre ponderou que
não é assim que funciona a coisa e fez ver que eles não eram os donos da missa.
A proposta era outra: exercer o ministério da música como a Pastoral Litúrgica
da comunidade estabelecera para todos os ministérios. Depois daquela conversa,
o pessoal da banda disse que não queria mais saber da Igreja e da comunidade e
foram embora, alguns, inclusive, foram para uma Igreja evangélica, concluiu o
leigo.