sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Tragédia em Minas Gerais: as consequências da mineração


As Pastorais Sociais do Regional Leste II da CNBB, compreendendo os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, reunidas nos dias 6 a 8 de novembro, na casa de retiros Nossa Senhora da Alegria, no centro do complexo de barragens das mineradoras, dos municípios de Ouro Preto e Mariana, diante da catástrofe causada pelo rompimento das barragens Santarém e Fundão no dia 5 de novembro, denunciam o crime contra a vida, o meio ambiente e a biodiversidade provocado pela companhia Vale e Bhp Billiton (Samarco).

A exploração mineral no Brasil vem crescendo de forma desordenada e irresponsável, como resultado de uma política de apropriação extensa de territórios, de bens naturais, culturais e recursos hídricos por grandes grupos econômicos, provocando impactos violentos a povos, comunidades e territórios, gerando conflitos em toda sua cadeia: remoções forçadas de famílias e comunidades, poluição das nascentes, dos rios, do ar, poluição sonora, desmatamento, acidentes de trabalho, de trânsito, falsas promessas de prosperidade, concentração privada da riqueza e distribuição pública dos impactos, criminalização dos movimentos sociais, descaracterização e desagregação sociocultural.

Esta política excludente foi denunciada pelo Fórum Social da Arquidiocese de Mariana em 2012, em sintonia com o testemunho de Dom Luciano Mendes de Almeida: “Toda atividade mineradora e industrial deve ter como parâmetro o bem estar da pessoa humana, buscando a superação dos impactos negativos sobre a vida em todas as suas formas e a preservação do planeta, com respeito ao meio ambiente, à biodiversidade e ao uso responsável das riquezas naturais”.

Bíblia ou folheto na Liturgia da Palavra?


O tema sugere-me muitas faces. Poderia trabalhar do ponto de vista teológico, sob o ângulo espiritual, na dimensão comunicativa e simbólica... Todos pontos importantes, sem dúvida. Contudo, minha eleição contempla o lado comunicativo e dialógico da Biblia na Liturgia. Na Liturgia, a Bíblia é conversadeira.

A Bíblia fala

Na celebração litúrgica a Bíblia fala. É a voz de Deus falando para a assembleia reunida. É quando a gente faz prosa com a Bíblia, conversa com a Bíblia e ela conosco. Tenhamos como referência a Missa. E, na missa, o momento da “falação” da Bíblia é na Liturgia da Palavra. É o momento do encontro com a Bíblia.

A Bíblia precisa ser bem apresentada

Uma vez que a Bíblia toma a palavra para falar para muita gente na assembleia é compreensível que ela se apresente dignamente: bem vista, vistosa e elegante. Afinal de contas, ninguém gosta de aparecer em público mal vestido, ainda mais quando precisa falar coisas sérias para a vida das pessoas.

Foi por este motivo que a Liturgia criou os lecionários: livros grandes, vistosos e bonitos para a Bíblia se apresentar e falar nas assembleias. Os lecionários contêm as leituras das missas. Outro livro, não muito usado ainda entre nós no Brasil, mas que mostra a dignidade da fala da Bíblia é o Evangeliário: é um livro elegantemente vestido; trata-se do Evangelho, de Jesus Cristo anunciando a Boa Nova no meio do povo. Como se trata da fala mais importante, por ser a fala de Jesus, o livro que fala neste momento precisa ser bem apresentável, o mais bonito e mais ornamentado.

Nem sempre é assim...

E verdade! Nem sempre é assim. Alguns se desculpam dizendo que a mesma coisa que está na Bíblia está no folheto. É a mesma coisa sim. O detalhe está na importância que esta Palavra tem naquele momento. E uma importância tão grande que você não a anuncia e nem a proclama de um descartável, como é o caso de folhetos e livretes.

Além do mais, esta Palavra que o leitor anuncia e proclama é Palavra de Deus falando na assembleia. Por isso, não fica bem rebaixar a Palavra de Deus e lê-la de um folhetinho qualquer. Podem ser as mesmas palavras, mas existe uma grande diferença, em termos de dignidade, entre um livro e um folheto. 

Filme ‘Terra de Maria’ estreia em Maceió, Fortaleza, Campos dos Goytacazes, São Luis do Maranhão e Juiz de Fora!




Com muita ilusão, escrevemos para dar-lhes a notícia de que pelas petições que vocês fizeram no nosso site, conseguimos que UCI-KINOPLEX abra suas portas para que Maceió, Fortaleza, Campos dos Goytacazes, São Luis de Maranhão e Juiz de Fora sejam Terra de Maria! Os horarios estarão logo disponiveis no site www.kinoplex.com.br (primeiras sessoes serao pela noite perto das 19h confira o horário certinho no site!) Anexamos uma imagem de whats app para que possa ser divulgada.

A compra de ingressos estarão disponíveis no site www.ingresso.com ou pessoalmente na bilheteria. Recomendamos a compra antecipada para garantir o lugar.

Nosso desafio agora é conseguir lotar as salas para que o filme possa continuar em cartaz! A pré-venda e lotação das salas é importantíssima para que eles decidam abrir mais salas e mais horários ou decidam tirar o filme totalmente de cartaz.

A estreia de TERRA DE MARIA foi um sucesso já em varias cidades. Eles conseguiram lotar as salas e o filme já ganhou mais dias e horários confiando na resposta dos espectadores. Quer dizer…o resultado fica agora nas suas mãos!Por isso, junto com nosso agradecimento, queremos enviar nosso pedido para que se vocês gostarem do filme e comprovarem pessoalmente o potencial transformador que o filme têm na vida das pessoas, nos ajudem a divulgar entre seus amigos, familiares, vizinhos, colegas, conhecidos e desconhecidos..! começando por aqueles que tal vez nunca receberam um convite amável para conhecer a verdade e beleza do amor de Deus. 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Em carta a Regionais, CONIC lamenta tragédia em Mariana (MG)


NOTA DO CONIC SOBRE A 
TRAGÉDIA EM MARIANA (MG)

Caros irmãos e caras irmãs,

Recebam nossa saudação por meio da palavra do profeta Isaías 66.18,
prevista para o dia de hoje, que diz:
“Eu venho para ajuntar todas as nações e línguas,
elas virão e contemplarão a minha glória”.

Como todo o Brasil, temos acompanhado as notícias relacionadas à tragédia ocorrida nos seus Estados em consequência do rompimento das barragens Santarém e Fundão. Já faz tempo que os movimentos sociais, em especial, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), estão denunciando os impactos provocados pelas ações das mineradoras e hidroelétricas. No entanto, pouco ou nenhuma atenção é dada aos indicadores de impacto ambiental e social apontados por esses movimentos. As histórias de vida das pessoas atingidas por essas propostas de desenvolvimento, agressoras do meio ambiente, também não são levadas em consideração, nem por parte das empresas envolvidas e nem por parte do Estado. A defesa dos interesses de grupos financeiros e empresariais é sempre colocada acima dos interesses das comunidades locais afetadas. O cuidado com o meio ambiente é relativizado sempre que confrontado com os interesses dos grupos financeiros. O Código da Mineração é um exemplo concreto disso.

É lamentável que, em momento algum, tenham sido ouvidas as organizações que diariamente têm denunciado as consequências provocadas por esses projetos. O silêncio das autoridades empresariais, governamentais diante das denunciais realizadas, ao longo de muitos anos, é cúmplice dessa tragédia, que como bem dizem os afetados, não foi acidente.

Cabe-nos, nesse tempo em que nos aproximamos do advento, refletirmos sobre essa profunda “erosão do caráter humano” que se expressa na defesa de interesses privados em detrimento dos interesses coletivos e do cuidado da criação. 

Itália: exposição blasfema de um crucifixo submerso em urina causa polêmica


A obra blasfema “Piss Cristo” (Urina Cristo), do autor americano Andrés Serrano, despertou grande polêmica na Itália ao anunciar sua exposição na Bienal Internacional de Fotografia Photolux, na cidade de Lucca. Depois de mais de 30 mil assinaturas e críticas de diversos setores políticos, os organizadores decidiram retirar a controvertida obra.

O trabalho de Serrano consiste em uma fotografia na qual se observa um pequeno crucifixo submerso em um recipiente com a urina do autor.

A exposição Photolux, patrocinada pelo Ministério de Bens Culturais da Itália e programada para ser inaugurada no dia 21 de novembro, pretendia incluir a fotografia de Serrano no marco do tema deste ano: “Sacro e profano”.

Fabio Rampelli, deputado italiano pelo partido ‘Fratelli d'Itália-Aliança Nacional’, qualificou a exposição de “abominável”, e lamentou que o Ministério de Bens Culturais da Itália fosse patrocinar “uma ofensa ao sentimento religioso dos italianos”.

“Estamos em um estado laico, mas o sentimento religioso não pode ser objeto de ofensa”, assinalou Rampelli.

Por sua parte, o jornalista italiano Mario Adinolfi criticou que ao mesmo tempo que se admite mostras blasfemas como esta, em uma escola de Florência recentemente autoridades proibiram que um grupo de crianças realizasse uma mostra que viria a ser chamada “Beleza divina”. A proibição deveu-se ao fato que a mesma “perturbaria os não católicos”. 

Papa fala sobre o retorno de Jesus no fim dos tempos


PAPA FRANCISCO
ANGELUS

Praça São Pedro
Domingo, 15 de Novembro de 2015


Amados irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho deste penúltimo domingo do ano litúrgico propõe uma parte do sermão de Jesus sobre os últimos acontecimentos da história humana, orientada para o pleno cumprimento do reino de Deus (cf. Mc 13, 24-32). Trata-se de um sermão que Jesus proferiu em Jerusalém, antes da sua última Páscoa. Ele contém alguns elementos apocalípticos, como guerras, carestias, catástrofes cósmicas: «o Sol escurecer-se-á e a Lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e as forças que estão nos céus serão abaladas» (vv. 24-25). Contudo, estes elementos não são o aspecto mais fundamental da mensagem. O núcleo em volta do qual se centra o discurso de Jesus é Ele mesmo, o mistério da sua pessoa e da sua morte e ressurreição, a sua vinda no fim dos tempos.

A nossa meta final é o encontro com o Senhor ressuscitado. E eu gostaria de vos perguntar: quantos de vós pensam nisto? Haverá um dia no qual me encontrarei de cara com o Senhor. É esta a nossa meta: este encontro. Nós não esperamos um tempo nem um lugar, mas vamos ao encontro de uma pessoa: Jesus. Por conseguinte, o problema não é «quando» acontecerão os sinais premonitórios dos últimos tempos, mas estar preparados para o encontro. E nem sequer se trata de saber «como» estas coisas acontecerão, mas «como» nos devemos comportar, hoje, na sua expectativa. Estamos chamados a viver o presente, construindo o nosso futuro com serenidade e confiança em Deus. A parábola da figueira que germina, como sinal do Verão já próximo (cf. vv. 28-29), diz que a perspectiva do fim não nos distrai da vida presente, mas nos faz olhar para os nossos dias numa óptica de esperança. É aquela virtude tão difícil de viver: a esperança, a virtude mais pequena, mas a mais forte. E a nossa esperança tem um rosto: o rosto do Senhor ressuscitado, que vem «com grande poder na glória» (v. 26), ou seja, que manifesta o seu amor crucificado, transfigurado na ressurreição. O triunfo de Jesus no fim dos tempos será o triunfo da Cruz, a demonstração que o sacrifício de si por amor do próximo, à imitação de Cristo, é a única potência vitoriosa e o único ponto firme no meio dos abalos e das tragédias do mundo.

O Senhor Jesus não é só o ponto de chegada da peregrinação terrena, mas é uma presença constante na nossa vida: está sempre ao nosso lado, acompanha-nos sempre; por isso quando fala do futuro, e nos projecta para ele, é sempre para nos reconduzir ao presente. Ele põe-se contra os falsos profetas, contra os falsos videntes que prevêem que o fim do mundo está próximo, e contra o fatalismo. Ele está ao nosso lado, caminha connosco, ama-nos. Deseja tirar aos seus discípulos de todas as épocas a curiosidade das datas, as previsões, os horóscopos, e concentra a nossa atenção no hoje da história. E gostaria de vos perguntar — mas não respondais, cada qual responda para si — quantos de vós lêem o horóscopo do dia? Cada qual responda para si mesmo. E quando te vier vontade de ler o horóscopo, olha para Jesus, que está contigo. É melhor, far-te-á bem. Esta presença de Jesus convida-nos à expectativa e à vigilância, que excluem a impaciência, a sonolência, as fugas em frente e o permanecer aprisionados no tempo actual e na mundanidade.

Também nos nossos dias não faltam calamidades naturais e morais, nem sequer adversidades de todos os tipos. Tudo passa — recorda-nos o Senhor — só Ele, a sua Palavra permanece como luz que guia, e anima os nossos passos e nos perdoa sempre, porque está ao nosso lado. É necessário apenas olhar para ele, o qual muda o nosso coração. A Virgem Maria nos ajude a confiar em Jesus, o fundamento firme da nossa vida, e a perseverar com alegria no seu amor.

Depois do Angelus: 

Ambulância é transformada em confessionário móvel nos Estados Unidos


Faltando poucas semanas para o início do Ano da Misericórdia, a diocese de Lafayette, localizada no estado de Louisiana (Estados Unidos) propôs uma interessante iniciativa para ir em busca dos fiéis católicos e aproximá-los da confissão: transformaram uma ambulância em um confessionário que vai de bairro em bairro.

“Acredito que as pessoas perdem a oportunidade de aceder ao sacramento devido ao fato de que muitos deles têm horários apertados e nós queremos superar esse obstáculo”, disse o Bispo de Lafayette, Dom Michael Jarell ao canal KLFY News.

Dom Jarrell acrescentou que este projeto responde a um chamado do Papa Francisco: “O Santo Padre nos pediu concentrar-nos no sacramento da reconciliação e este é o propósito desta unidade de cuidado espiritual: levar as pessoas a uma comunhão mais profunda com Cristo”.

O Bispo abençoou a ambulância junto de diversos membros da diocese. Por sua parte, o Pe. Michael Champagne assinalou que este confessionário móvel deverá percorrer as ruas da cidade a partir do dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Concepção e inauguração do Ano da Misericórdia. 

Os europeus deveriam ter a coragem de voltar à Igreja e à Bíblia, afirma Angela Merkel


A chanceler alemã Angela Merkel, que é filha de um pastor protestante, convidou os seus compatriotas a irem com mais frequência à igreja e a conhecerem melhor a bíblia.

A notícia foi publicada pela revista Pro. Merkel participou de um debate público na Universidade de Berna, Suíça, no começo deste mês e, diante de uma pergunta sobre o risco de “islamização” da Europa, recordou que a melhor resposta é ter “a coragem de ser cristãos, de fomentar o diálogo (com os muçulmanos), de voltar à igreja, de se aprofundar de novo na bíblia”. Depois acrescentou, com pesar, que “se você perguntar a crianças em idade escolar o que é o Pentecostes, as respostas serão provavelmente muito decepcionantes”.

A chanceler, que está bastante envolvida na busca de solução para a crise dos migrantes, quis mostrar que o medo do islã não contribui para melhorar a situação. A afluência de refugiados e os debates em torno da crise também constituem, segundo ela, uma oportunidade “para descobrir um pouco mais sobre as nossas próprias raízes”. Para dialogarmos e falarmos de nós próprios, é antes necessário nos conhecermos e entendermos.