domingo, 22 de novembro de 2015

Papa Francisco visitará a Sinagoga de Roma


O Papa Francisco visitará a Sinagoga de Roma em 17 de janeiro de 2016. O convite foi feito pelo Rabino Chefe, Riccardo Di Segni, e pela Comunidade Judaica de Roma.

Trata-se da terceira visita de um Papa à Sinagoga de Roma, depois das visitas de João Paulo II e Bento XVI. A visita será caracterizada pelo encontro pessoal do Papa com os representantes do judaísmo e os membros da comunidade. 

Sobre os sentimentos com os quais os judeus romanos esperam esta visita eis o que disse o porta-voz da Comunidade Judaica de Roma, Fabio Perugia, entrevistado pela nossa emissora.

Perugia: “Olhamos para esta visita com alegria renovada porque é a terceira visita, mas, obviamente, na história cada passo deve ser feito e nada deve ser dado como certo. É um grande sinal na  esteira do diálogo que iniciou com João Paulo II e continuou com o Papa Ratzinger e hoje se renova com o Papa Francisco.”

O encontro se realiza há 30 anos da visita histórica de João Paulo II que foi de alguma forma um novo início, um percurso que prossegue.

Perugia: “Um percurso que prossegue, certamente, e que esperamos possa abrir novas portas no diálogo inter-religioso entre os dois irmãos da história da Bíblia.” 

Escola italiana proíbe alunos de visitar mostra de arte sacra para não ofender os muçulmanos


A escola Matteotti de Florença (Itália) proibiu um passeio escolar na exposição de arte sacra ‘Beleza divina’ a fim de não ofender os seus alunos muçulmanos.

A exposição de arte acontece no Palazzo Strozzi de Florença até o dia 24 de janeiro. Durante sua visita à cidade italiana no último 10 de novembro, o Papa Francisco visitou a exposição e viu um de seus quadros favoritos, “A crucificação branca” de Marc Chagall, que faz referência ao holocausto judeu.

A exposição inclui obras de Van Gogh, Picasso, Henri Matisse, entre outros.

O escritor italiano Claudio Magris, ganhador do prêmio Príncipe de Astúrias das Letras, criticou a medida da escola italiana em um artigo publicado no jornal ‘Corriere della Sera’.

Segundo Magris, “somente um demente ou um fanático racista” pode temer que as obras que fazem parte da exposição ‘Beleza divina’ “possam ofender a fé ou convicções de alguém”. 

Quais pecados poderão ser perdoados pelos ‘missionários da misericórdia’?


Por que um jubileu da Misericórdia? Simplesmente porque a Igreja neste momento de grandes mudanças históricas, é chamada a oferecer sinais mais intensos da presença e proximidade de Deus. Assim, explicou o Santo Padre Francisco em sua homilia no dia em que foi apresentado a Bula do Ano da Misericórdia, que terá início em 08 de dezembro de 2015.

Foram divulgados alguns detalhes - calendário, encontros, presença nas redes sociais – deste ano que será tão importante para a Igreja. Um dos gestos concretos desejado pelo Santo Padre é enviar ‘missionários da misericórdia' a quem o Papa dará a autoridade para também perdoar pecados reservados à Sé Apostólica.

Mas quais são esses pecados? Quais as condições para ser perdoado? Por que são reservados à Sé Apostólica? Para responder a essas perguntas, ZENIT conversou com o professor Davide Cito, da Faculdade de Direito Canônico na Universidade da Santa Cruz em Roma.

Quando falamos sobre o perdão dos pecados que são reservados para a Sé Apostólica queremos dizer, referindo-se a terminologia em uso no Código de 1917 a "pecados que envolvem a pena de excomunhão automática cuja remissão é reservada à Sé Apostólica, e, portanto, precisam ser submetidos ao julgamento da Penitenciaria Apostólica para ser absolvido". 

Não ceder ao ódio


Pela segunda vez neste ano, Paris foi ferida pelos ataques terroristas de sexta-feira passada, dia 13 de novembro. Nada a ver com “sexta-treze”, nem com “gato preto, passando debaixo da escada...”. Não aconteceu por alguma ação oculta e imponderável de amuletos mágicos, mas pela ação humana, fria, estudada e calculada, para semear, pânico morte e dor pela cidade. A apreensão tomou conta de todo o mundo.

O terrorismo tenta justificar suas ações contra cidadãos comuns indefesos e desprevenidos com argumentos inaceitáveis: “lutar por uma causa justa”: a causa foi, de fato, justa? Qual tribunal legítimo proferiu a sentença de morte contra cidadãos indefesos, executados a esmo?

“Luta contra o mal, em nome de Deus”: de qual Deus? A violência praticada, supostamente, em nome de Deus, é um grave e inaceitável equívoco; é uma pesada blasfêmia e ofensa a Deus, como definiu o Papa Francisco. Não se honra a Deus, fazendo o mal ao próximo. Infelizmente, essa instrumentalização do nome de Deus aparece com frequência para justificar atos de intolerância e terror. O uso da religião como ideologia política para a busca do poder e da dominação é altamente reprovável.

A violência estaria justificada porque os antepassados também praticaram violência contra este ou aquele grupo? O colonialismo francês do passado justificaria os ataques terroristas de agora, em Paris? Temos que concordar que, injustiças do passado ainda hoje alimentam ódios e discriminações; mas, em sã consciência, isso não pode ser alegado para legitimar atos de barbárie contra as atuais gerações: vingança e ódio não são formas civilizadas para resolver tais pendências; o caminho deve ser o da justiça, da negociação política, da reparação, da reconciliação e do perdão.

Entre as causas do terrorismo e das discriminações, que podem degenerar em violência, está o fanatismo religioso, que se baseia numa compreensão equivocada da religião e da sua prática. O fanatismo torna cego e fechado diante das razões do próximo, que pode passar a ser visto como um inimigo incômodo a ser destruído.  

sábado, 21 de novembro de 2015

O meu reino não é deste mundo.


Então Pilatos entrou de novo no palácio. Chamou Jesus e perguntou: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus respondeu: «Você diz isso por si mesmo, ou foram outros que lhe disseram isso a meu respeito?» Pilatos falou: «Por acaso eu sou judeu? O teu povo e os chefes dos sacerdotes te entregaram a mim. O que fizeste?» Jesus respondeu: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue às autoridades dos judeus. Mas agora o meu reino não é daqui.» Pilatos disse a Jesus: «Então tu és rei?» Jesus respondeu: «Você está dizendo que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está com a verdade, ouve a minha voz». - João 18,33b-37

O Reinado de Jesus

Celebramos neste domingo a solenidade de Cristo Rei que encerra o Ano Litúrgico. A celebração deste dia é uma grande profissão de fé no Senhor da história que caminha com seu povo.

Diferente dos sinóticos o evangelho de João, que hoje nos é oferecido quase não menciona o Reino de Deus, mas concentra no relato da Paixão o tema da realeza de Jesus.

Sabemos que a vida de Jesus nos revela sua paixão pelo Reino de Deus, centro de suas ações, palavras, orações e silêncios, tomando sempre partido pelos pequenos e pelos pobres.

Paradoxalmente, o relato da Paixão de Jesus no quarto evangelho, nos mostra que tipo de rei é Jesus e qual é seu reino.

No texto de hoje, Pilatos, que ao início não mostrou interesse por Jesus, quando os chefes dos judeus o levam a ele (Jo 18,30), entra de novo ao palácio e O chama.

Tentemos reconstruir esta cena com a ajuda de nossa imaginação.

É de manhã, dentro do palácio se encontra o procurador Poncio Pilatos, representante do Império Romano, interrogando, movido talvez pela curiosidade, um humilde judeu, filho do carpinteiro: Tu és o rei dos judeus?

Diferente do que acontece em Mateus e Lucas, nos quais Jesus fica em silêncio, em João se dá uma longa conversa.

A mesma que está marcada pela incompreensão de Pilatos e dos judeus e pela liberdade e firmeza das respostas de Jesus.

Chama a atenção que sem importar sua condição de estar sendo julgado, Jesus antes de responder-lhe, corajosamente também interroga a Pilatos: "Você diz isso por si mesmo, ou foram outros que lhe disseram isso a meu respeito?".

De alguma maneira, ele tenta fazer o procurador tomar uma postura própria e não se deixar levar pelos chefes judeus ou pela multidão.

Mas Pilatos não quer assumir nenhuma responsabilidade, passa-a para aqueles que o entregaram a ele: o povo judeu e seus chefes. Seu interesse centra-se na ação de Jesus: "O que fizeste?".

Jesus não responde, porque já falou com sua vida e obras para todos/as, porém alguns não quiseram acolhê-Lo. 

Papa: devemos pedir perdão pelo escândalo da divisão


VISITA À IGREJA EVANGÉLICA E LUTERANA DE ROMA

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO

Domingo, 15 de Novembro de 2015


Respostas do Santo Padre às perguntas feitas durante o encontro:

Julius, de nove anos, perguntou: «O que mais gostas do ser Papa?».

A resposta é simples. Do que mais gosto... Se te pergunto do que mais gostas da refeição, dirás do bolo, do doce! Ou não? Mas é preciso comer tudo. Sinceramente, o que mais gosto é ser pároco, pastor. Não gosto de trabalhar no escritório. Não gosto destes trabalhos. Não gosto de dar entrevistas protocolares — esta não é protocolar, é familiar! — mas devo fazê-lo. Então, o que mais me agrada? Ser pároco. E outrora, quando eu era reitor da faculdade de teologia, era também pároco da paróquia que está ao lado da faculdade, e sabes, eu gostava de ensinar o catecismo às crianças e, aos domingos, celebrar a Missa com elas. Havia mais ou menos 250 crianças e era difícil fazer com que todas elas permanecessem em silêncio. O diálogo com as crianças... É disto que eu gosto. Tu és um menino e talvez me compreendas. Vós sois concretos, não fazeis perguntas infundadas, teóricas: «Por que isto é assim? Porquê...». Eis, eu gosto de desempenhar a função de pároco e, como pároco, o que mais me agrada é estar com as crianças, falar com elas; aprende-se muito, aprende-se tanto! Gosto de ser Papa com o estilo do pároco. O serviço. Gosto disto, no sentido que me sinto bem quando visito os doentes, quando falo com as pessoas que estão um pouco desesperadas, tristes. Gosto muito de ir ao cárcere, mas que não me levem para a prisão! Pois falar com os prisioneiros... — talvez tu compreendas o que agora te direi — cada vez que encontro num cárcere, pergunto-me: «Porquê eles, e não eu?». E ali sinto a salvação de Jesus Cristo, o amor de Jesus Cristo por mim, porque foi Ele quem me salvou. Eu não sou menor pecador do que eles, mas o Senhor levou-me pela mão. Sinto também isto. E quando vou ao cárcere sinto-me feliz. Ser Papa é ser bispo, ser pároco, ser pastor. Se o Papa não for bispo, se o Papa não for pároco, se não for pastor, será uma pessoa muito inteligente, muito importante, terá uma grande influência na sociedade, mas acho — penso! — que não será feliz no seu coração. Não sei se respondi àquilo que tu querias saber. 

Terror: “Estupidagem” humana!


O mundo foi, mais uma vez, surpreendido por atos de terrorismo em Paris, na França. O terrorismo impõe uma crueldade implacável, assustadora. Assassina selvagemente inocentes!

O terrorismo é um modo de impor a própria vontade por meio de atos de terror. Ele emprega sistematicamente a violência para fins políticos, promovendo a desorganização da sociedade e desejando a tomada do poder. Diante da violência absurda por ele produzida, somos, mais uma vez, convocados a construir percursos de compreensão, diálogo franco e cidadania, fundados em valores comuns, base de toda a convivência pacífica.

O que move grupos humanos a agir guiados por ideologias que defendem práticas terroristas? Como compreender os discursos construídos a partir de práticas terroristas? Somos surpreendidos por notícias sobre atos de terror! Permanecemos sem palavras, acuados e receosos, apavorados diante da possibilidade de sermos, também nós – ou pessoas queridas e respeitadas –, atingidos por semelhante violência.

Acompanhando as notícias destes últimos dias sobre atos de terror, talvez respondamos como o Papa Francisco, no último domingo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro: “Diante de tais atos, não se pode deixar de condenar a inqualificável afronta à dignidade da pessoa humana. Quero reafirmar, com veemência, que o caminho da violência e do ódio não resolve os problemas da humanidade e que utilizar o nome de Deus para justificar esse caminho é uma blasfêmia!”  

Madre Teresa será canonizada em setembro de 2016


Madre Teresa de Calcutá será canonizada em setembro de 2016, como parte do Jubileu extraordinário. Quem traz a notícia é a agência Agi, indicando como possível data a segunda-feira, 5 de setembro, memória litúrgica da Beata, fundadora das Missionárias da Caridade, e 19º aniversário da sua morte. Segundo Vatican Insider, porém, “é muito mais provável que a canonização aconteça no dia precedente, ou seja, domingo 4 de setembro”.

Conforme relata o mesmo site, “para chegar a oficializar a canonização ainda são necessários alguns passos”. “O milagre atribuído à intercessão da Beata albanesa será examinado pelos cardeais e bispos da Congregação das Causas dos Santos no próximo mês”, escreve a agência. “Embora o exame dos prelados não é de mérito – que é feito pela consulta médica do Dicastério e já aconteceu com êxito positivo – é sempre possível pedido de aprofundamentos que podem adiar mais os tempos do processo. Uma vez que os cardeais e bispos da Congregação se pronunciem, a decisão é apresentada ao papa pelo cardeal prefeito, que aprova o milagre e portanto comunica a data da cerimônia ao consistório de cardeais".

O milagre que poderia elevar Madre Teresa aos altares é a cura inexplicável de um homem brasileiro, da Diocese de Santos, no último estágio de um tumor maligno no cérebro, que aconteceu logo depois que o enfermo tinha orado intensamente à Madre Teresa. No exame o câncer, que já havia se estendido para grande parte do cérebro, desapareceu de improviso.