A escola Matteotti de Florença (Itália) proibiu um
passeio escolar na exposição de arte sacra ‘Beleza divina’ a fim de não ofender
os seus alunos muçulmanos.
A exposição de arte acontece no Palazzo Strozzi de
Florença até o dia 24 de janeiro. Durante sua visita à cidade italiana no
último 10 de novembro, o Papa Francisco visitou a exposição e viu um de seus
quadros favoritos, “A crucificação branca” de Marc Chagall, que faz referência
ao holocausto judeu.
A exposição inclui obras de Van Gogh, Picasso,
Henri Matisse, entre outros.
O escritor italiano Claudio Magris, ganhador do
prêmio Príncipe de Astúrias das Letras, criticou a medida da escola italiana em
um artigo publicado no jornal ‘Corriere della Sera’.
Segundo Magris, “somente um demente ou um fanático
racista” pode temer que as obras que fazem parte da exposição ‘Beleza divina’
“possam ofender a fé ou convicções de alguém”.
A polêmica causada devido à decisão da escola
italiana chegou ao Ministério de Educação. Depois de uma inspeção da
instituição governamental, a escola anunciou que a excursão escolar a exposição
artística será realizará.
Em um comunicado difundido no dia 16 de novembro, a
escola Matteotti se defendeu, assegurando que “não é nem um ‘foco’ de
extremistas religiosos ou um ‘foco’ de ateus fundamentalistas”, mas busca que
os alunos “coexistam e cooperem” e têm o objetivo “de oferecer às crianças os
cursos de formação mais adequados possíveis”.
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ACI Digital
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