segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Bênção da Árvore de Natal em família


Em muitas famílias, costuma-se colocar a árvore de Natal em um lugar visível da casa e enfeitá-la com luzes, estrelas e presentes. Mas, o que significa para um cristão preparar sua árvore? Conheça a mensagem que traz este símbolo e como abençoá-lo em família.

A ÁRVORE nos traz à memória a árvore do Paraíso (cf. Gn 2,9-17) de cujo fruto comeram Adão e Eva, desobedecendo a Deus. A árvore, então, nos lembra a origem de nossa desgraça: o pecado. Também nos recorda que o menino que vai nascer de Santa Maria é o Messias prometido que vem nos trazer o dom da reconciliação.

AS LUZES nos recordam que o Senhor Jesus é a luz do mundo que ilumina nossas vidas, nos tirando das trevas do pecado e nos guiando em nosso peregrinar para a Casa do Pai.

A ESTRELA. Em Belém, há mais de dois mil anos, uma estrela se deteve sobre o lugar onde estava o Menino Jesus, com Maria e José. Este acontecimento gerou uma grande alegria nos Reis Magos (Cf. Mt 2, 9-10), quando viram este sinal. Também hoje, uma estrela coroa nossa árvore nos recordando que o acontecimento do nascimento de Jesus trouxe a verdadeira alegria a nossas vidas.

OS PRESENTES colocados aos pés da árvore simbolizam aqueles dons com os quais os Reis Magos adoraram o Menino Deus. Além disso, recordam-nos que Deus Pai tanto amou o mundo que entregou (como um presente) seu único Filho para que todo o que Nele crer tenha vida eterna. 

O encontro entre Maria e Isabel


O evangelho de hoje é tirado de Lucas 1,39-45. Nele nós descobrimos que não é fácil nos convencermos de que o símbolo da aventura cristã é a cruz e que ela se desemboca na alegria.

A alegria que vem da cruz não é fruto da dispersão ou na dissipação, mas é construída com paciência, abrindo espaço para presença de Deus na nossa vida, em família, nos lugares e com as pessoas com as quais compartilhamos o nosso dia a dia.

A alegria tem suas raízes no fundo da nossa existência na medida em que Cristo, em vez de vir até nós com doutrinas e mandamentos, se torna nosso hóspede e amigo de todas as horas.

Com ele se vive, com ele se sofre, com ele se fala, com ele se buscam soluções para todos os problemas da vida, da família, do crescimento dos filhos, da relação com a esposa, o marido.

Todos eles se fazem portadores de alegria na consciência de que o Cristo que procuramos e queremos já está em nós, em nosso coração e nos tornamos, através do serviço ao outro, como Maria, testemunhas da história que Deus vai tecendo através de nós.

É isso que nós podemos ver no encontro de duas mulheres que estão grávidas sem que isso fosse possível. De um lado, Isabel, idosa e estéril; e, de outro, Maria, jovem e virgem.

A idosa representando o Antigo Testamento se será a mãe do último profeta da Antiga Aliança. A jovem virgem representando o Novo Testamento se tornará a mãe daquele que no seu sangue selará a Nova e Eterna Aliança entre Deus e os homens. 

domingo, 20 de dezembro de 2015

Homilia do Papa na abertura da Porta Santa na Basílica de São João de Latrão


JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA
SANTA MISSA E ABERTURA DA PORTA SANTA 
BASÍLICA DE S. JOÃO DE LATRÃO

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Domingo, 13 de Dezembro de 2015
III Domingo de Advento


O convite dirigido pelo profeta à antiga cidade de Jerusalém, hoje é endereçado também a toda a Igreja e a cada um de nós: «Rejubila-te... exulta!» (Sf 3, 14). O motivo da alegria é expresso com palavras que infundem esperança, e permitem olhar para o futuro com serenidade. O Senhor revogou qualquer condenação e decidiu viver no meio de nós.

Este terceiro domingo de Advento atrai o nosso olhar para o Natal já próximo. Não podemos deixar que o cansaço se apodere de nós; não nos é permitida qualquer forma de tristeza, mesmo se tivéssemos motivos devido às numerosas preocupações e às várias formas de violência que ferem esta nossa humanidade. Porém, a vinda do Senhor deve encher o nosso coração de alegria. O profeta, que traz inscrito no seu próprio nome — Sofonias — o conteúdo do seu anúncio, abre o nosso coração à confiança: «Deus protege» o seu povo. Num contexto histórico de grandes iniquidades e violências, praticadas sobretudo por homens de poder, Deus anuncia que Ele próprio reinará sobre o seu povo, que nunca mais o deixará à mercê da arrogância dos seus governantes, e que o libertará de qualquer angústia. Hoje é-nos pedido que «não se enfraqueçam os nossos braços» (cf. Sf 3, 16) por causa da dúvida, da impaciência ou do sofrimento.

O apóstolo Paulo retoma com força o ensinamento do profeta Sofonias e reafirma-o: «O Senhor está próximo» (Fl 4, 5). Por esta razão, devemos rejubilar-nos sempre e com a nossa afabilidade dar a todos testemunho da proximidade e do cuidado que Deus tem por cada pessoa. 

Papa nos convida a ver o Natal nos outros, na história e na Igreja


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 20 de dezembro de 2015

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho deste domingo do Advento coloca em evidência a figura de Maria. A vemos quando, logo após a concepção na fé do Filho de Deus, enfrenta a longa jornada de Nazaré da Galiléia para as montanhas da Judéia para visitar e ajudar Isabel. O anjo Gabriel lhe havia dito que sua parente idosa, que não tinha filhos, estava no sexto mês de gestação (cf. Lc 1,26.36). Por isso, Nossa Senhora que carrega um dom e um mistério ainda maior, vai visitar Isabel e permanece com ela por três meses. No encontro entre as duas mulheres – imaginem - : uma anciã e a outra jovem; é a jovem, Maria, que primeiro cumprimenta. O Evangelho diz: "entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel" (Lc 1,40). Após a saudação, Isabel sentiu-se envolvida por uma grande surpresa - não se esqueçam desta palavra: surpresa. Isabel se sente envolvida por uma grande surpresa que ressoa em suas palavras: "A que devo a honra que a mãe do meu Senhor venha me visitar?" (V. 43). E elas se abraçam, se beijam, alegres estão estas duas mulheres: a anciã e a jovem, ambas grávidas.

Para celebrar o Natal de uma forma profícua, somos convidados a deter-nos sobre os "lugares" da surpresa. E quais são esses lugares de surpresa na vida cotidiana? São três. O primeiro lugar é o outro, no qual reconhecer o irmão, porque desde que aconteceu o Natal de Jesus, cada rosto assemelha-se ao Filho de Deus. Sobretudo quando é o rosto do pobre, porque Deus entrou no mundo pobre e para os pobres, as antes, deixou-se aproximar.

Outro lugar de surpresa em que, se olharmos com fé o encontraremos, o segundo, é a história. Tantas vezes nós pensamos que estamos olhando de modo correto, mas, em vez disso, corremos o risco de ver às avessas. Isso acontece, por exemplo, quando nos parece determinada pela economia de mercado, regulada pelas finanças e pelos negócios, dominada pelos poderosos. O Deus do Natal é sim um Deus que "baralha as cartas": Ele gosta! Como canta Maria no Magnificat, é o Senhor que depõe os poderosos de seus tronos e eleva os humildes, enche de bens os famintos com manda embora os ricos de mãos vazias (Lc 1,52-53). Esta é a segunda surpresa, a surpresa da história.

O terceiro lugar de surpresa é a Igreja: enxerga-la com a surpresa da fé significa não limitar-se a considerá-la apenas como uma instituição religiosa, mas senti-la como mãe que, embora com manchas e rugas - temos tantas! – deixa transparecer os traços da esposa amada e purificada por Cristo Senhor. Uma Igreja capaz de reconhecer os vários sinais do amor fiel que Deus continuamente lhe envia. Uma Igreja para a qual o Senhor Jesus nunca será uma posse a defender com ciúme: aqueles que fazem isso, erram; mas Aquele que vai ao encontro e sabe esperar com confiança e alegria, dando voz à esperança do mundo. A Igreja que chama o Senhor: "Vem Senhor Jesus!". A Igreja mãe que sempre tem as portas abertas e os braços abertos para acolher a todos. A Igreja mãe que tem sempre as portas abertas e os braçps abertos para acolher a todos. A Igreja mãe que sai das próprias portas para procurar com sorriso de mãe todos os longínquos e levá-los à misericórdia de Deus. É esta a surpresa do Natal!

No Natal, Deus nos dá tudo de si, dando-nos seu o seu Filho, o Único, que é toda a sua alegria. E somente com o coração de Maria, a humilde e pobre filha de Sião, que tornou-se a Mãe do Filho do Altíssimo, é possível exultar e alegrar-se pelo grande dom de Deus e pela sua surpresa imprevisível. Que ela nos ajude a ter a percepção da surpresa - estes três lugares de surpresa: o outro, a história e a Igreja - para o nascimento de Jesus, o dom dos dons, o dom imerecido que nos traz a salvação. O encontro com Jesus também nos fará sentir esta grande surpresa. Mas não podemos ter esta surpresa, não podemos encontrar Jesus se, não O encontramos nos outros, na história e na Igreja.

(Apelo) 

Homilia do Papa Francisco na Missa em honra a Nossa Senhora de Guadalupe


SANTA MISSA POR OCASIÃO DA FESTIVIDADE DE 
NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica Vaticana
Sábado, 12 de Dezembro de 2015


«O Senhor teu Deus está no meio de ti [...]. Ele exultará de alegria por causa de ti; Ele te renovará pelo seu amor; Ele dançará por ti com gritos de júbilo» (Sf 3, 17-18).

Estas palavras do profeta Sofonias, destinadas a Israel, podem ser dirigidas também à nossa Mãe, a Virgem Maria, à Igreja e a cada um de nós, à nossa alma amada por Deus com amor misericordioso. Sim, Deus ama-nos a ponto de se alegrar e rejubilar juntamente connosco. Ama-nos com um amor gratuito, ilimitado, sem nada esperar em troca. Ele não gosta do pelagianismo. Este amor misericordioso é o atributo mais surpreendente de Deus, a síntese na qual está resumida a mensagem evangélica, a fé da Igreja.

A palavra «misericórdia» é composta por dois vocábulos: miséria e coração. O coração indica a capacidade de amar; a misericórdia é o amor que abarca a miséria da pessoa. É um amor que «sente» a nossa indigência como se fosse sua, com a finalidade de nos libertar dela. «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho para expiar os nossos pecados» (1 Jo 4, 10). «A Palavra fez-se carne» — a Deus não agrada nem sequer o gnosticismo — e quis compartilhar todas as nossas fragilidades; desejou experimentar a nossa condição humana, a ponto de assumir com a Cruz toda a dor da existência humana. Esta é a profundidade da sua compaixão e da sua misericórdia: humilhar-se para se transformar em companhia e serviço à humanidade ferida. Nenhum pecado pode anular a sua proximidade misericordiosa, nem pode impedi-lo de praticar a sua graça de conversão, sob a condição de que a invoquemos. Aliás, é o próprio pecado que faz resplandecer com maior força o amor de Deus Pai que, para resgatar o escravo, sacrificou o seu próprio Filho. Esta misericórdia de Deus alcança-nos mediante o dom do Espírito Santo, que no Baptismo torna possível, gera e alimenta a nova vida dos seus discípulos. Por muito grandes e graves que sejam os pecados do mundo, o Espírito que renova a face da terra torna possível o milagre de uma vida mais humana, repleta de alegria e de esperança.

E também nós clamamos com alegria: «O Senhor é o meu Deus, o meu Salvador!». «O Senhor está próximo!», é o que nos diz o apóstolo Paulo; nada nos deve angustiar, Ele está próximo. E não está sozinho, mas com a sua Mãe. Ela dizia a são João Diogo: «Por que tens medo? Não estou porventura aqui Eu, que sou a tua Mãe?». Ele e a sua Mãe estão próximos! A maior misericórdia reside no seu estar no meio de nós, na sua presença e companhia. Caminha ao nosso lado, mostra-nos a senda do amor, levanta-nos quando caímos — e com quanta ternura o faz! — sustenta-nos nas nossas dificuldades, acompanha-nos em todas as circunstâncias da nossa existência. Abre os nossos olhos para que vejamos as misérias, nossas e do mundo, mas ao mesmo tempo enche-nos de esperança. «E a paz de Deus [...] haverá de guardar os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus» (Fl 4, 7), diz-nos Paulo. Esta é a fonte da nossa vida pacificada e feliz. Nada nem ninguém pode privar-nos desta paz e felicidade, não obstante os sofrimentos e as provações da vida. Com a sua ternura, o Senhor abre-nos o seu Coração, oferece-nos o seu amor. O Senhor é alérgico à rigidez! Cultivemos esta experiência de misericórdia, de paz e de esperança, durante o caminho de Advento que percorremos e na luz do Ano jubilar. Anunciar a Boa Nova aos pobres, como João Baptista, realizando obras de misericórdia, é um bom modo de esperar a vinda de Jesus na Natividade. Devemos imitar Aquele que doou tudo, que se entregou inteiramente. Nisto consiste a sua misericórdia, que nada espera em troca. 

O Senhor vem!


O Advento é o tempo durante o qual os cristãos são orientados a refletir sobre o modo como Deus se encarna na história humana. 

Durante as semanas que compõem este tempo, é considerado todo o mistério da vinda do Senhor até a sua conclusão. Há uma nota que perpassa todo o tempo: o Senhor vem! Deus entra na história! Entra na história para manifestar a sua misericórdia e salvar ‘todo homem de boa vontade’. 

Deus quer salvar seu povo. A história é o lugar da realização das promessas de Deus e está voltada para o ‘dia do Senhor’. Por isso, os fiéis, peregrinando no tempo, vivem a tensão entre o ‘já’ da salvação realizada em Cristo e o ‘ainda não’ da sua realização em nós, na expectativa da manifestação gloriosa do Senhor, justo juiz e salvador.

Neste tempo, a comunidade de fé é exortada a cultivar a atitude da espera vigilante e jubilosa. Espera da realização das promessas divinas. E Deus é fiel! A comunidade vive esta espera na vigilância e na alegria. Portanto, durante o Advento, vivemos, de forma ainda mais vigorosa, o dom da esperança: o Senhor virá!

Ao viver a esperança, o fiel é também questionado. A vinda do Senhor pressupõe atitude de vigilância e atenção; requer a superação do comodismo e da indiferença; exige conversão! A comunidade de fé é assim orientada a cultivar a atitude característica dos “pobres de Jahwé”: a mansidão, a humildade, a disponibilidade, a simplicidade de coração. 

Preparamo-nos para, ainda uma vez, celebrar a grandeza do mistério do Deus que, em Jesus, se faz criança na gruta de Belém. Jesus, na pobreza de uma gruta, nos revela o mistério de um Deus-Misericórdia! O próprio Jesus reconhece que esse mistério ‘é revelado não aos sábios e entendidos, mas aos pequeninos’, aos mansos e humildes; e louva por isso o Pai! Só os que têm o coração como os pequeninos são capazes de receber a revelação do Deus-Misericórdia. Só o coração humilde e manso sente a necessidade de se aproximar do presépio, de inclinar a cabeça, dobrar os joelhos e contemplar. Ao contemplar, reza e adora; dispõe-se à aventura do Deus que se doa sem reservas, sem limites! 

Muito já se escreveu sobre esse mistério! A arte buscou e busca representar o evento de inumeráveis formas. Entretanto, é dobrando os joelhos, em atitude de humildade e simplicidade, de prece e adoração, que o ser humano de todos os tempos pode, talvez, intuir e adorar, perceber e rezar! Pode-se dizer tanto sobre a encarnação do Deus-Misericórdia, mas tal não é sinônimo de compreensão. Há sempre os que se consideram sabedores do fato e, por isso, nada mais os surpreende! O Papa Francisco continuamente pede que nos ‘deixemos surpreender por Deus’. 

Natal: a ternura de Deus nos abraça!


Dentro de mais alguns dias, os sinos das igrejas estarão anunciando o nascimento do menino Jesus. Dessa forma irão repetir o anúncio feito pelo anjo do Senhor na noite do nascimento do filho de Maria, numa pequena gruta nos arredores de Belém: “Trago para vocês uma alegre notícia: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,10-11).

Na preparação para o Natal, em sintonia com o Ano Santo do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, fomos motivados a nos deixarmos tocar pela ternura de Deus que deseja nos abraçar. Esta ternura se manifestou na visita do anjo a Maria e na visita de Maria a Isabel. E se manifestou, sobretudo, no nascimento do Menino Jesus, através dos atos da sua vida terrena e no momento em que, pregado na cruz, rezou: “Pai perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem!” (Lc 23,34).

Com as missas de Natal, a Igreja no Brasil também dará por encerrado o Ano da Paz. No dizer do nosso Papa, “as muitas luzes, enfeites, árvores luminosas e até presépios, são pura maquiagem se não vierem acompanhadas de gestos e atitudes de paz”. Por isso, renovo o convite a aproveitarmos as festividades do Natal para promovermos a paz na família, na comunidade e também na sociedade. Deixemo-nos tocar pelo canto da paz entoado pelos anjos na noite do nascimento de Jesus: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são do seu agrado” (Lc 2,14). 

Uma das condições da paz é o perdão. Por isso, é impossível celebrar o Natal quando se tem ódio no coração ou se não formos capazes de perdoar aos que nos magoaram. Diz o Papa que “o perdão das ofensas é um imperativo de que não podemos prescindir”. E, mais: “deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver feliz”.  

É permitido gravar o leitor fazendo a leitura e projetá-lo depois durante a missa?



Eu recebi este e-mail com esta dúvida e eis a resposta:

Olá José. É absolutamente errado este proceder na liturgia. A leitura da missa se faz no momento da liturgia da Palavra que constitui um dos ritos da missa que está acontecendo em um lugar físico específico, possui um celebrante e uma assembleia reais. É parte integrante, essencial, da santa missa. Ter um leitor fazendo a leitura gravada e projetada num telão é erro grave. Quando não há leitores na missa é obrigação do sacerdote fazer a leitura. Pelo que percebi na pergunta era uma missa bem frequentada, portanto, nada justifica esta ação. Penso que o intuito era valorizar a pessoa que leu. No entanto, se ela não pôde se integrar na assembleia litúrgica, sua participação na liturgia também não tem sentido algum, muito menos para prestar-lhe uma homenagem projetando-a num telão fazendo uma leitura. Seria preferível fazer uma homenagem a esta pessoa noutro momento, até mesmo no tal encontro, menos na santa missa. Seria menos vergonhoso para quem preparou a liturgia.

Espero ter ajudado a sanar a dúvida.

Em Cristo

Pe Luis Fernando
padre da Diocese de Itumbiara. Cursou Filosofia no Instituto Dom Jaime Collins e Teologia no Instituto Santa Cruz em Goiânia. É Secretário do Conselho Presbiteral da Diocese de Itumbiara, Coordenador Regional de Pastoral e Promotor Vocacional Diocesano.
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