Chegou ontem às livrarias do mundo inteiro o livro-entrevista
do Papa Francisco com o título “O nome de Deus é Misericórdia”. Este é o
resultado de uma série de diálogos do Santo Padre com o vaticanista italiano
Andrea Tornielli.
Entre os diferentes temas mencionados pelo
Pontífice neste libro, ressalta a importância do Ano Santo da Misericórdia,
iniciado no dia 8 de dezembro de 2015.
Diversos meios de comunicação falaram deste texto e
se centraram na pergunta que Tornielli fez a respeito dos homossexuais. A
seguir a pergunta do vaticanista e a resposta completa do Papa:
Tornielli: Posso lhe perguntar sobre sua
experiência como confessor de homossexuais? Na coletiva de imprensa no voo de
retorno do Rio de Janeiro à Roma, você disse a famosa frase: ‘Quem sou eu para
julgar?’.
Papa Francisco: Naquela ocasião disse isto: Se uma
pessoa for gay e busca o Senhor e está disposto a isso, quem sou eu para
julgá-la? Estava parafraseando com o Catecismo da Igreja Católica, o qual
afirma que estas pessoas devem ser tratadas com delicadeza e não devem ser
marginalizadas. Alegra-me que falemos sobre as pessoas homossexuais, porque
antes de mais nada existe a pessoa individual em sua totalidade e dignidade. E
as pessoas não devem ser definidas somente pelas suas tendências sexuais: não
esqueçamos que Deus ama todas suas criaturas e que estamos destinados a receber
seu amor infinito. Prefiro que os homossexuais busquem a confissão, que estejam
perto do Senhor e que rezemos todos juntos. Podemos pedir-lhes que rezem,
mostrar-lhes boa vontade, mostrar-lhes o caminho e acompanhá-los a partir da
sua condição.