sábado, 19 de março de 2016

Cristo é rei


Celebramos este Domingo de Ramos com alegria de aclamar Jesus como nosso Rei, à semelhança dos judeus, à entrada triunfante dele na capital de seu país, representando a capital do mundo que O aceita como tal (Cf. Lucas 19,28-40).

O reinado do Mestre é modelo para todos os governos do universo, em todos os tempos e lugares. Quando conseguirmos que isso aconteça, teremos superação de guerras, de fábrica de armas para se ganhar dinheiro matando os outros, injustiças generalizadas, fome, acúmulo de riquezas para poucos em detrimento de maiorias, roubos, desonestidades, famílias mal formadas, juventude abandonada, crianças e mulheres agredidas e tantos outros males. Jesus vem nos mostrar que Ele reina nas pessoas que querem seguir o bem conforme o projeto divino e não conforme os instintos. Estes são muito alardeados por boa parte da mídia, fazendo como que a lavagem cerebral das pessoas e a propaganda sub-reptícia para elas façam o que grupos que detêm o poder econômico e a mídia querem!

Os ramos que o povo jogava à passagem do Rei pobre, montado num jumento, podem também ser os nossos, querendo viver a Boa-Nova do Evangelho do Filho de Deus. Ele nos indica o caminho a seguir e nos dá a certeza de que atingiremos a meta da vida. Ela não é a fixação no transitório como sendo finalidade de vida, e sim o Reino definitivo, que começa nesta vida e tem coroamento na eternidade. Viver só para a terra nos decepciona. Os que acumulam demais para si, na ordem do ter, do poder e do prazer, vão ficar decepcionados, pois, já terão recebido sua recompensa aqui na terra. 

Cardeal Odilo Scherer fala sobre o momento político ‘crítico e agudo’ do Brasil

 
O Cardeal arcebispo de São Paulo, dom Scherer afirmou que a situação política brasileira, trata-se, sem dúvida, de um momento difícil, configurando-se em uma crise de vários aspectos – econômico, social, moral e de credibilidade – que, segundo ele, está chegando em um momento bastante “crítico e agudo”, no qual os ânimos se exaltam com o risco inclusive de haver violência nas manifestações. “As manifestações são um direito de todos, um direito democrático. Mas é importante que sejam respeitosas e pacíficas, mesmo quando cada um manifesta a sua posição em desacordo com o outro”.

Dom Odilo manifestou, ainda, ter a impressão de que a crise política deixou o atual governo bastante fragilizado em função de uma série de circunstâncias, inclusive, talvez, por “decisões equivocadas”, como o recente convite ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer parte do governo da presidente Dilma Rousseff como ministro chefe da Casa Civil. “No meu parecer, isso enfraqueceu ulteriormente o governo da presidente Dilma”, afirmou.

Quinta pregação da Quaresma 2016: “O Caminho rumo à unidade dos cristãos”.




Quinto sermão de Quaresma
O CAMINHO RUMO À UNIDADE DOS CRISTÃOS
Reflexão sobre a “Unitatis Redintegratio”

1.    O caminho ecumênico após o Vaticano II

A moderna ciência hermenêutica tornou familiar o princípio de Gadamer da “história dos efeitos” (Wirkungsgeschichte). De acordo com este método, compreender um texto exige levar em conta os efeitos que ele produziu na história, inserindo-se nessa história e dialogando com ela[1]. O princípio se mostra muito útil quando aplicado à interpretação da Escritura. Ele nos diz que não podemos compreender plenamente o Antigo Testamento a não ser à luz do seu cumprimento no Novo – e que não se pode entender o Novo Testamento se não à luz dos frutos que ele produz na vida da Igreja. Não é suficiente, portanto, o habitual estudo histórico-filológico das “fontes”, ou seja, das influências sofriadas por um texto; é necessário levar em conta também as influências exercidas por ele. É a regra que Jesus tinha formulado muito tempo antes, dizendo que toda árvore se conhece pelos frutos (cf. Lc 6, 44).

Guardadas as proporções, este princípio – como vimos nas meditações anteriores – também se aplica aos textos do Vaticano II. Hoje eu quero mostrar a sua aplicação, especialmente, ao decreto sobre o ecumenismo, Unitatis Redintegratio, que é o tema desta meditação. Cinquenta anos de caminho e progresso no ecumenismo estão demonstrando as potencialidades contidas naquele texto. Depois de recordar as razões profundas que levam os cristãos a procurar a unidade entre si, e depois de observar entre os crentes das diversas Igrejas a difusão de uma nova atitude a este respeito, os Padres conciliares expressaram assim a intenção do documento:

“Portanto, considerando com alegria todos esses fatos, depois de ter exposto a doutrina sobre a Igreja e movido pelo desejo de restaurar a unidade entre todos os discípulos de Cristo, este sagrado Concílio pretende agora propor a todos os católicos as ajudas, diretrizes e modos para que possam responder a esta vocação e a esta graça divina”[2].

As realizações ou frutos deste documento foram de dois tipos. No âmbito doutrinal e institucional, foi constituído o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos; foram também lançados diálogos bilaterais com quase todas as confissões cristãs, a fim de promover um melhor conhecimento mútuo, um debate de posições e a superação dos preconceitos.

Junto com este ecumenismo oficial e doutrinal, desenvolveu-se desde o início um ecumenismo do encontro e da reconciliação dos corações. Neste âmbito, destacam-se alguns encontros célebres que marcaram o caminho ecumênico nestes 50 anos: o de Paulo VI com o patriarca Atenágoras, os inúmeros encontros de João Paulo II e de Bento XVI com os líderes de diferentes igrejas cristãs, do papa Francisco com o patriarca Bartolomeu em 2014 e, mais recentemente, com o patriarca de Moscou, Cirilo, em Cuba, que abriu um novo horizonte para o caminho ecumênico.

A este mesmo ecumenismo espiritual pertencem ainda as muitas iniciativas em que os crentes de diferentes Igrejas se encontram para orar e proclamar juntos o Evangelho, sem tentativas de proselitismo e na plena fidelidade de cada um à própria Igreja. Eu tive a graça de participar de muitos desses encontros. Um deles permanece particularmente vivo na minha lembrança porque foi como uma profecia visiva daquilo a que o movimento ecumênico deveria nos levar.

Em 2009, foi realizada em Estocolmo uma grande manifestação de fé chamada “Jesus manifestation”, “Manifestação por Jesus”. No último dia, os crentes das várias Igrejas, cada um por uma via diferente, caminhavam em procissão para o centro da cidade. O pequeno grupo local de católicos, liderados pelo bispo local, também andava pelo seu caminho, rezando. Chegados ao centro, as filas se rompiam e era uma única multidão que proclamava o senhorio de Cristo perante 18.000 jovens e transeuntes atônitos. Aquela que pretendia ser uma manifestação “por” Jesus se tornou uma poderosa manifestação “de” Jesus. Sua presença podia quase ser tocada com a mão num país não habituado a manifestações religiosas desse tipo.

Esses desenvolvimentos do documento sobre o ecumenismo também são fruto do Espírito Santo e sinal do invocado novo Pentecostes. Como é que o Ressuscitado convenceu os apóstolos a se abrirem para os gentios e a acolhê-los na comunidade cristã? Levou Pedro até a casa do centurião Cornélio e o fez assistir à vinda do Espírito sobre os presentes com as mesmas manifestações que os apóstolos tinham experimentado no dia de Pentecostes: o falar em línguas, o glorificar a Deus em alta voz. Não restou a Pedro senão tirar a conclusão: “Se Deus deu a eles o mesmo dom que deu a nós… quem era eu para pôr impedimentos a Deus?” (Atos 11, 17).

O Senhor ressuscitado está fazendo a mesma coisa hoje. Ele envia o seu Espírito e os seus carismas para os fiéis das mais diversas Igrejas, mesmo às que acreditávamos mais distantes de nós, muitas vezes com idênticas manifestações externas. Como não ver nisto um sinal de que Ele nos exorta a aceitar-nos e reconhecer-nos como irmãos, embora ainda a caminho de uma unidade visível mais plena? Em todo caso, foi isso o que me converteu ao amor pela unidade dos cristãos, habituado como estava pelos meus estudos pré-conciliares a ver ortodoxos e protestantes apenas como “adversários” a refutar em nossas teses de teologia.

Via-Sacra: 7ª Estação: “Jesus cai pela segunda vez” (Lamentações 3,1-2.9.16).



  
Cristo padeceu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais os seus passos.

Jesus cai de novo sob o peso da Cruz. Sobre o madeiro da nossa salvação pesam não só as enfermidades da natureza humana, mas também as adversidades da vida. Jesus carregou o peso da perseguição contra a Igreja de ontem e de hoje, a perseguição que mata os cristãos em nome de um deus alheio ao amor e a que mina a sua dignidade com «lábios mentirosos e palavras arrogantes». Jesus carregou o peso da perseguição contra Pedro, aquela contra a voz clara da «verdade que interpela e liberta o coração». Jesus, com a sua Cruz, carregou o peso da perseguição contra o seus servos e discípulos, contra aqueles que respondem ao ódio com o amor, à violência com a mansidão. Com a sua Cruz, Jesus carregou o peso daquele exagerado «amor de nós mesmos que chega ao desprezo de Deus» e espezinha o irmão. Tudo carregou voluntariamente, tudo sofreu «com a sua paciência, para dar uma lição à nossa paciência».

“Eu sou o homem que conheceu a miséria sob a vara do seu furor”.

A tradição da tríplice queda de Jesus sob o peso da cruz recorda a queda de Adão – o ser humano caído que somos nós – e o mistério da associação de Jesus à nossa queda. Na história, a queda do homem assume sempre novas formas. Na sua primeira carta, S. João fala duma tríplice queda do homem: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Assim interpreta ele a queda do homem e da humanidade, no horizonte dos vícios do seu tempo com todos os seus excessos e depravações. Mas, olhando a história mais recente, podemos também pensar como a cristandade, cansada da fé, abandonou o Senhor: as grandes ideologias, com a banalização do homem que já não crê em nada e se deixa simplesmente ir à deriva, construíram um novo paganismo, um paganismo pior que o antigo, o qual, desejoso de marginalizar definitivamente Deus, acabou por perder o homem. Eis o homem que jaz no pó. O Senhor carrega este peso e cai… Cai para poder chegar até nós; Ele olha-nos para que em nós volte a palpitar o coração; cai para nos levantar.

Senhor Jesus Cristo, carregastes o nosso peso e continuais a carregar-nos. É o nosso peso que Vos faz cair. Mas sois Vós a levantar-nos, porque, sozinhos, não conseguimos levantar-nos do pó. Livrai-nos do poder da concupiscência. Em vez do coração de pedra, dai-nos novamente um coração de carne, um coração capaz de ver. Destruí o poder das ideologias, para os homens poderem reconhecer que estão permeadas de mentiras. Não permitais que o muro do materialismo se torne intransponível. Fazei que Vos ouçamos de novo. Tornai-nos sóbrios e vigilantes para podermos resistir às forças do mal, e ajudai-nos a reconhecer as necessidades interiores e exteriores dos outros, e a socorrê-las. Erguei-nos, para podermos levantar os outros. Concedei-nos esperança no meio de toda esta escuridão, para podermos ser portadores de esperança no mundo.

Já fora da muralha, o corpo de Jesus volta a abater-se por causa da fraqueza, caindo pela segunda vez, entre a gritaria da multidão e os empurrões dos soldados.

A debilidade do corpo e a amargura da alma fizeram com que Jesus caísse novamente. Todos os pecados dos homens - os meus também - pesam sobre a Sua Humanidade Santíssima.

Foi Ele quem tomou sobre Si as nossas enfermidades e carregou com as nossas dores; e nós tivémo-Lo por castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas foi trespassado pelas nossas iniquidades e torturado pelos nossos pecados; o castigo que nos devia trazer a paz caiu sobre Ele, e nós fomos curados nas Suas chagas (Is LIII, 4-5).

Desfalece Jesus, mas a Sua queda levanta-nos, a Sua morte ressuscita-nos.

À nossa reincidência no mal, corresponde Jesus com a Sua insistência em redimir-nos, com abundância de perdão. E, para que ninguém desespere, volta a levantar-Se fatigadamente abraçado à Cruz.

Que os tropeços e derrotas não nos afastem, nunca mais, d'Ele. Como a criança débil se lança compungida nos braços vigorosos do seu pai, tu e eu agarrar-nos-emos ao jugo de Jesus. Só essa contrição e essa humildade transformarão a nossa fraqueza humana em fortaleza divina. 

Semana Santa

 
A expressão, “Semana Santa”, já fala por si mesma. Uma Semana de muitos significados, rica de celebrações, de conteúdo histórico e de uma espiritualidade centrada na Pessoa de Jesus Cristo. Nela encerramos a Quaresma, o tempo de preparação para a vivência da paixão, morte e ressurreição do Filho de Deus, cumprindo aquilo que foi anunciado pelas diversas profecias bíblicas.

A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos. Revive-se a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, condução das mais simples da população daquele tempo. A forma como Ele foi acolhido pelo povo foi o estopim que terminou com sua morte na cruz. Até parece que Jesus tenha sido uma liderança falida, mas, livremente, deu a vida pelo povo.

Duas palavras resumem perfeitamente a vida de Jesus no contexto do que aconteceu com Ele nas cenas da Semana Santa: justiça e fidelidade. São temos que desafiam a prática da sociedade brasileira. A cultura moderna criou o vício da injustiça e da infidelidade. Parece que não são mais valores que exprimem uma realidade divina e princípios norteadores da identidade das pessoas.

Guarda fiel e providente


É esta a regra geral de todas as graças especiais concedidas a qualquer criatura racional: quando a providência divina escolhe alguém para uma graça particular ou estado superior, também dá à pessoa assim escolhida todos os carismas necessários para o exercício de sua missão.

Isto verificou-se de forma eminente em São José, pai adotivo do Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da rainha do mundo e senhora dos anjos. Com efeito, ele foi escolhido pelo Pai eterno para ser o guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E cumpriu com a máxima fidelidade sua missão. Eis por que o Senhor lhe disse: Servo bom e fiel! Vem participar da alegria do teu Senhor! (Mt 25,21).

Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: acaso não é ele o homem especialmente escolhido,por quem e sob cuja proteção se realizou a entrada de Cristo no mundo de modo digno e honesto? Se, portanto, toda a santa Igreja tem uma dívida para com a Virgem Mãe, por ter recebido a Cristo por meio dela, assim também, depois dela, deve a São José uma singular graça e reverência.

Ele encerra o Antigo Testamento; nele a dignidade dos patriarcas e dos profetas obtém o fruto prometido. Mas ele foi o único que realmente possuiu aquilo que a bondade divina lhes tinha prometido.

E não duvidemos que a familiaridade, o respeito e a sublimíssima dignidade que Cristo lhe tributou, enquanto procedeu na terra como um filho para com seu pai, certamente também nada disso lhe negou no céu, mas antes, completou e aperfeiçoou. Por isso, não é sem razão que o Senhor lhe declara: Vem participar da alegria do teu Senhor! Embora a alegria da felicidade eterna penetre no coração do homem, o Senhor preferiu dizer: Vem participar da alegria. Quis assim insinuar misteriosamente que a alegria não está só dentro dele, mas o envolve de todos os lados e o absorve e submerge como um abismo sem fim.

Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com vossas orações junto de vosso Filho adotivo; tornai-nos também propícia vossa Esposa, a santíssima Virgem, mãe daquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos sem fim. Amém.



Dos Sermões de São Bernardino de Sena, presbítero

(Sermo 2, de S.Ioseph:Opera7,16.27-30)            (Séc.XV)

Os 7 pecados capitais que podemos estar cometendo com a infância de nossos filhos


Tempo e espaço. Duas simples palavras, mas que podem transformar a vida de uma criança e sua família. Tudo porque é disso que elas precisam: a presença e a atenção dos pais e de espaço para poder explorar, aprender, descobrir e gastar toda a energia que aqueles pequenos corpos têm armazenado.

Mas hoje, será que nossas crianças têm isso? Muito se escuta: “A infância dos anos 80 é que foi boa. Hoje as crianças não sabem aproveitar”. Qual a parcela de culpa dos pais e da sociedade em geral nisso tudo? Em uma palestra dada no Rio Grande do Sul, o pediatra brasileiro, Daniel Becker, falou sobre alguns deslizes da sociedade em relação à infância. Ele considera que existem sete pecados que os adultos têm cometido com as crianças e que já tem influenciado toda uma geração.


1. Privar o nascimento natural e o aleitamento materno

Não é uma novidade falarmos da cultura da cesárea no Brasil. Apesar de haver uma corrente de profissionais e mulheres a favor da conscientização e da informação sobre o parto normal, ainda é recorrente que a maioria das mulheres tenha seus filhos por meio de uma cesariana. Algumas delas até querem o parto normal, mas com o passar dos meses, muitas vezes por ajuda do próprio médico, o medo as fazem escolher pela cirurgia. De acordo com Becker, as estatísticas brasileiras são vergonhosas e a cesárea traz muitos malefícios para a mãe e o filho, principalmente nascimentos prematuros. A falta de suporte para que as mães que trabalham possam amamentar também é algo que pode prejudicar o desenvolvimento da criança. Além disso, às vezes, com ajuda do próprio pediatra outros alimentos são introduzidos antes dos seis meses de vida, quando o bebê deveria apenas mamar o leite materno.

2. Terceirização da educação

É um assunto que traz muita culpa para pais e mães, mas, é algo que precisa ser pensado pela família: quanto tempo meu filho fica na creche ou com babás? Seis, oito, doze horas? Para o pediatra essa é uma forma de perder algo muito importante da infância, o convívio com os filhos. “Convívio é aquilo que nos dá a intimidade, a capacidade de estar junto, o amor, a sensação de estar cuidando de alguém, a sensação de conhecer profundamente alguém”, disse Becker.

3. Intoxicação

O que as crianças estão comendo hoje em dia? Tudo com muito açúcar, muito óleo e gordura. Em que lugar do cardápio ficou a nutritiva combinação do arroz, do feijão, do bife e da salada? De acordo com Becker, a obesidade e a diabetes estão sendo problemas recorrentes na infância. O sinal negativo de que as comidas industrializadas podem até ser mais rápidas, mas, certamente, não é o melhor caminho. 

São José, esposo da virgem Maria


Pouco conhecemos sobre a vida de S. José; unicamente as rápidas referências transmitidas pelos evangelhos. Este pouco, contudo, é o suficiente para destacar seu papel primordial na história da salvação.

José é o elo de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento. É o último dos patriarcas. Para destacar este caráter especial de José, o evangelho de S. Mateus se apraz em atribuir-lhe "sonhos", à exemplo dos grandes patriarcas, fundadores do povo judeu. A fuga de José com sua família para o Egito repete, de certa forma, a viagem do patriarca José, para que nele e em seu filho Jesus se cumprisse o novo Êxodo.

Diz-se que casou-se com Maria aos 30 anos de idade e, por seu caráter, foi escolhido a dedo por Deus para guardar a virgindade de nossa mãezinha Maria. Diz-se também que morreu aos 60 anos de idade, antes do início da vida pública de seu Filho Jesus Cristo.

Sabemos que ele era um carpinteiro, um trabalhador, tanto que, em Nazaré, perguntaram em relação a Jesus, "Não é este o filho do carpinteiro?". Ele não era rico, tanto que, quando ele levou Jesus ao Templo para ser circuncidado, e Maria para ser purificada, ele ofereceu o sacrifício de um par de rolas ou dois pombinhos, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro.

A missão de José na história da salvação consistiu em dar a Jesus um nome, fazê-lo descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas. Sua pessoa fica na penumbra, mas o Evangelho nos indica as fontes de sua grandeza interior: era um "justo", de uma fé profunda, inteiramente disponível à vontade de Deus, alguém que "esperou contra toda esperança".

Sua figura quase desapareceu nos primeiros séculos do cristianismo, para que se firmasse melhor a origem divina de Jesus. Mas já na Idade Média, S. Bernardo, Sto. Alberto Magno e S. Tomás de Aquino lhe dedicaram tratados cheios de devoção e entusiasmo. Desde então, seu culto não tem feito senão crescer continuamente.

Pio IX declarou-o padroeiro da Igreja universal. Leão XIII propunha-o como advogado dos lares cristão. Em nossos dias foi declarado modelo dos operários.  

ORAÇÃO:


Senhor Jesus Cristo, vivendo em família com Maria, tua Mãe, e com São José, teu pai adotivo, santificaste a família humana. Vive também conosco, em nosso lar, e assim formaremos uma pequena Igreja, pela vida de fé e oração, amor ao Pai e aos irmãos, união no trabalho, respeito pela santidade do matrimônio e esperança viva na vida eterna. Tua vida divina, alimentada nos sacramentos, especialmente na Eucaristia e na tua palavra, nos anime a fazer o bem a todos, de modo particular aos pobres e necessitados. Em profunda comunhão de vida nos amemos na verdade, perdoando-nos quando necessário, por um amor generoso, sincero e constante. Afasta de nossos lares, Senhor Jesus, o pecado da infidelidade, do amor livre, do divórcio, do aborto, do egoísmo, da desunião e toda influência do mal e do demônio. Desperta em nossas famílias vocações para o serviço e ministério dos irmãos, em especial, vocações sacerdotais e religiosas. Que nossos jovens, conscientes e responsáveis, se preparem dignamente para o santo matrimônio. Senhor Jesus Cristo, dá, enfim, às nossas famílias, coragem nas lutas, conformidade nos sofrimentos, alegria na caminhada para a casa do Pai.