Celebramos este
Domingo de Ramos com alegria de aclamar Jesus como nosso Rei, à semelhança dos
judeus, à entrada triunfante dele na capital de seu país, representando a
capital do mundo que O aceita como tal (Cf. Lucas 19,28-40).
O reinado do
Mestre é modelo para todos os governos do universo, em todos os tempos e
lugares. Quando conseguirmos que isso aconteça, teremos superação de guerras,
de fábrica de armas para se ganhar dinheiro matando os outros, injustiças generalizadas,
fome, acúmulo de riquezas para poucos em detrimento de maiorias, roubos,
desonestidades, famílias mal formadas, juventude abandonada, crianças e
mulheres agredidas e tantos outros males. Jesus vem nos mostrar que Ele reina
nas pessoas que querem seguir o bem conforme o projeto divino e não conforme os
instintos. Estes são muito alardeados por boa parte da mídia, fazendo como que
a lavagem cerebral das pessoas e a propaganda sub-reptícia para elas façam o
que grupos que detêm o poder econômico e a mídia querem!
Os ramos que o
povo jogava à passagem do Rei pobre, montado num jumento, podem também ser os
nossos, querendo viver a Boa-Nova do Evangelho do Filho de Deus. Ele nos indica
o caminho a seguir e nos dá a certeza de que atingiremos a meta da vida. Ela
não é a fixação no transitório como sendo finalidade de vida, e sim o Reino
definitivo, que começa nesta vida e tem coroamento na eternidade. Viver só para
a terra nos decepciona. Os que acumulam demais para si, na ordem do ter, do
poder e do prazer, vão ficar decepcionados, pois, já terão recebido sua
recompensa aqui na terra.
Implantar o
reino de Cristo aqui é fazer a pessoa comprometida com o cuidado com o planeta,
sendo ele usado com carinho e dando vida a todos os seres nele existentes.
Ninguém tem autorização do Criador para estragar o meio ambiente, tornando-o
poluído, degradado e inutilizado para dar vida. Quem quer seguir o Filho de
Deus coloca a própria vida para realizar o bem ao semelhante, a partir dos
marginalizados e agredidos em sua dignidade.
O
comprometimento para fazer o convívio onde reina o amor divino no humano faz
com que o corpo, os instintos e os talentos sejam colocados a serviço do bem de
todos. Assim se faz família com o ideal divino no humano. As profissões vão ser
exercidas com a busca da sustentação digna e com responsabilidade. A política
envolve o compromisso de todos para a escolha de pessoas com capacidade e
retidão de caráter para servirem a coletividade por quem foram eleitas.
Todos devem exigir dos políticos o que é de seu dever, não aceitando
corrupção e não sendo corruptos em vender o voto e aceitar lesão ao bem de
todos, com caixas dois e outros trapaças.
Com Paulo
enaltecemos a Jesus, que veio nos dar vida, assumindo até o martírio pela
coerência da obediência ao Pai em ser modelo de doação total para termos vida
plena: “Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo
da terra e toda língua proclame: ‘Jesus Cristo é o Senhor,’ para a glória de
Deus Pai” (Filipenses 2,10-11).
Mesmo se não
sabemos como superar os desafios da vida, temos consciência de que nosso Rei
nos ampara com sua graça e ajuda, quando o deixamos reinar no nosso esforço de
acertar nossos passos com os dele. O profeta, na angústia de usar sua missão
para realizar o projeto de Deus a seu respeito, reconheceu a força divina para
ir em frente, sem desanimar: “Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não
me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei
que não sairei humilhado” (Isaías 50 7).
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