No processo de
Impeachment da presidente Dilma Rousseff, após a votação de domingo passado,
acrescentou-se mais um tema nos debates da atual crise. Na hora da votação,
cada deputado federal, quando foi votar, também justificou as razões do seu sim
ou não. As justificativas geraram as mais diferentes reações nos brasileiros:
perplexidade, decepção, desânimo, inquietações, insatisfação, etc. Faço a minha
reflexão sobre o uso do nome de Deus, que foi invocado 59 vezes pelos
deputados.
Na tradição
judaico-cristã o uso do nome de Deus está incluído nos mandamentos: “Não
pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão” (Ex 20, 7). Isso significa
respeitar o nome de Deus pelo fato do nome pertencer a ordem da confiança e da
intimidade. O nome do Senhor é santo, por isso merece reverência, e o seu
uso se fará somente para louvá-lo, bendizê-lo e glorificá-lo.
O segundo
mandamento proíbe o abuso do nome de Deus, isto é, o seu uso inconveniente, em
situações que possam gerar várias interpretações e para coisas fúteis.
Apelando-se para o nome de Deus para dar credibilidade aquilo que é dito ou à
posição tomada, na verdade está-se empenhando a honra, a fidelidade, a
veracidade e a autoridade divinas. Ao invocar o nome de Deus, Ele está sendo
colocando como testemunha. Ser infiel ao que foi dito é abusar do nome de Deus,
e de certo modo, fazer de Dele um mentiroso.