terça-feira, 3 de maio de 2016

Acaso não sabeis que eu sou da Imaculada?




O tratado da verdadeira devoção é um livro precioso: escrito por um santo (São Luís Maria Montfort), meditado pelos santos, e que possui a bela missão de formar os santos de Deus. Ele propõe um método de consagração que é a escravidão total à Maria, a entrega de tudo o que temos e somos às mãos da Santíssima Virgem, para que possamos pertencer de modo mais perfeito a Jesus. Esta consagração, ou escravidão de amor à Nossa Senhora, tem como finalidade a união com Cristo e o crescimento na graça de Deus. A maior intimidade com Jesus, por Maria, nos ajuda a compreender os desígnios de Deus e cumprir a Sua vontade em nossa vida.

A consagração à Virgem não se opõe à fé em Jesus e na Igreja, mas, ao contrário, nos leva a viver, com fidelidade, os mandamentos da lei de Deus. Quem faz a consagração, segundo o Tratado, se compromete a ser fiel às promessas do batismo, ou seja, renunciar ao mal e ao pecado, e viver a vida nova em Cristo. Esta entrega total de tudo nas mãos de Maria será uma ajuda para viver essa vida nova, pois Ela tudo entregará nas mãos do Filho, que nos fortalecerá na graça.

Certa vez uma pessoa me perguntou o que havia mudado em minha vida após a consagração à Maria… De imediato, eu não soube responder, mas, parei um pouco para refletir e descobri que tudo mudou, porque em tudo Maria está presente. Tudo o que eu tenho é dela (bens materiais e espirituais, sacramentos que recebi da Igreja, minhas ações e orações), é como se eu a sentisse dentro de mim, ao meu lado. As pessoas mais próximas a mim também conseguem enxergar essa mudança, inclusive dizem que me tornei uma pessoa mais dócil e madura. É impossível materializar e quantificar essa experiência que vivo, e os escravos de Maria pelo método de São Luís entendem o que digo.

Ainda listando as mudanças, notei que, após a minha escravidão, os pedidos que eu fazia já há algum tempo ao Senhor e que não haviam sido realizados, rapidamente foram e ainda hoje são, isto é, quando esses pedidos estão dentro da vontade de Deus. Sinto como se a Mãe Santíssima ouvisse todos os meus sussurros e corresse imediatamente ao seu Filho e contasse tudo. Não posso negar que me sinto muito amada, cuidada, zelada por ela, eu realmente a assumi como minha mãe e sou capaz de entregar tudo em suas mãos, afinal, quem seria melhor do que Ela para saber até do que não sei, mas necessito, e ir correndo pedir a seu Filho (que pode tudo) por mim? Não se engane, Maria é a pessoa certa e indicada por Jesus (cf. Jo 19, 26-27) para cuidar de mim e de você! E, só para deixar bem claro, a Escravidão à Maria pelo método do tratado da verdadeira devoção é, com certeza, uma das pequenas vias que Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face cita em seu manuscrito (História de uma alma).

Aquele que quer trilhar o caminho da perfeição, que quer ser santo, devota-se inteiramente a Jesus, amando-O, por meio de Sua Santíssima Mãe.

A pregação apostólica


Cristo Jesus, nosso Senhor, durante a sua vida terena, ensinou quem era ele, quem tinha sido desde sempre, qual era a vontade do Pai que vinha cumprir e qual devia ser o comportamento do homem. Ensinava estas coisas ora em público, diante de todo o povo, ora em particular, aos seus discípulos. Dentre estes escolheu doze para estarem a seu lado, e que destinou para serem os principais mestres das nações.

Quando, depois da sua ressurreição, estava prestes a voltar para o Pai, ordenou aos onze – pois um deles se havia perdido – que fossem ensinar a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Imediatamente os apóstolos (palavra que significa “enviados”) chamaram por sorteio a Matias como duodécimo para ocupar o lugar de Judas, segundo a profecia contida num salmo de Davi. Depois de receberem a força do Espírito Santo com o dom de falar e de realizar milagres, começaram a dar testemunho da fé em Jesus Cristo na Judéia, onde fundaram Igrejas; partiram em seguida por todo o mundo, proclamando a mesma doutrina e a mesma fé entre os povos. Em cada cidade por onde passaram fundaram Igrejas, nas quais outras Igrejas que se fundaram e continuam a ser fundadas foram buscar mudas de fé e sementes de doutrina. Por esta razão, são também consideradas apostólicas, porque descendem das Igrejas dos apóstolos.

Toda família deve ser necessariamente considerada segundo sua origem. Por isso, apesar de serem tão numerosas e tão importantes, estas Igrejas não formam senão uma só Igreja: a primeira, que foi fundada pelos apóstolos e que é origem de todas as outras. Assim, todas elas são primeiras e apostólicas, porque todas formam uma só. A comunhão na paz, a mesma linguagem da fraternidade e os laços de hospitalidade manifestam a sua unidade. Estes direitos só têm uma razão de ser: a unidade da mesma tradição sacramental.

Se quisermos saber o conteúdo da pregação dos apóstolos, e, portanto, aquilo que Jesus Cristo lhes revelou, é preciso recorrer a estas mesmas Igrejas fundadas pelos próprios apóstolos e às quais pregaram quer de viva voz,quer por seus escritos.

O Senhor realmente havia dito em certa ocasião: Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora; e acrescentou: quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade (Jo 16,12-13). Com estas palavras revelou aos apóstolos que nada ficariam ignorando, porque prometeu-lhes o Espírito da Verdade que os levaria ao conhecimento da plena verdade. E, sem dúvida alguma, esta promessa foi cumprida, como provam os Atos dos Apóstolos ao narrarem a descida do Espírito Santo.


Do Tratado sobre a prescrição dos hereges, de Tertuliano, presbítero
(Cap.20,1-9;21,3;22,8-10:CCL1,201-204)             (Séc. III)

Carta à mulher chateada com meus filhos na missa


Bom dia:

Nós realmente não nos conhecemos, mas eu me sinto obrigado a escrever-lhe esta carta, tendo em vista nossa breve conversa depois da missa de domingo passado.

Sei que você se recordará de mim: sou aquele homem exausto, sem banho, que derramava o lanche, com alguns brinquedos pelo colo, sujo de vômito, equilibrista das chupetas daquele circo montado no banco da frente onde você estava na igreja.

Somos o motivo pelo qual as pessoas perdem a homilia. Somos o “amém” gritado aos quatro ventos no momento errado; o aperto de mãos com a cara feia na hora da paz…

Não tenho certeza de que você saiba disso, mas nós temos total consciência do modo como impactamos na experiência da missa dos demais.

Talvez não lhe pareça, mas cada vez que um de nossos filhos fala alto, deixa cair algo, brinca nos bancos ou enche a fralda, nós nos envergonhamos terrivelmente e suplicamos que isso não esteja distraindo os outros de sua oração íntima com Deus.

Percebo agora que provavelmente isso não fique evidente, porque no domingo passado você se sentiu inspirada pelo Espírito Santo (suponho) para vir me dizer que eu estava lidando mal com a situação.

“Você não sabe que há um lugar onde as crianças podem ficar? Será que você não poderia sair da próxima vez com a criança que fala alto? Por que você não diz aos seus filhos que eles não podem ficar dançando nos bancos durante o Evangelho? Acaso não sabe que as pessoas estão tentando rezar?”

Eu me sinto mal por não ter lhe respondido de forma mais ampla quando você veio com tais comentários. Para ser sincero, senti-me tão mal com seus comentários que não pude dizer mais do que “sinto muito”.

A caminho do carro, no entanto, minha cabeça começou a pulsar com todas as coisas que eu queria lhe dizer.

Oxalá lhe houvesse dito que os olhares tortos e os comentários críticos sobre as crianças fazem os pais refletir se deveriam mesmo trazer os filhos na missa.

Quisera lhe recordar Marcos 10, onde os discípulos repreendem os pais por terem levado os filhos até Jesus. Quem sabe você se recorda da reação de Jesus: “deixai vir a mim as crianças”.

Eu estava indignado.

Pudesse eu lhe recordar as palavras do Papa Paulo VI na Gaudium et Spes, em que nos recorda que “os filhos são realmente o maior presente do casamento”.

O motivo pelo qual todos temos de mudar nosso pensamento é que as crianças são maravilhosas justamente pelas razões que a aborrecem na missa.

Elas nos distraem, nos incomodam, nos dificultam a concentração em nossas prioridades, e por tudo isso fazem um trabalho duro para que sejamos santos.

Pudesse eu ter-lhe dito que os meus filhos, que tanto a aborrecem, podem ser exatamente o que Deus quer para você; uma forma de ajudá-la a superar o seu egoísmo e se santificar. Sei que isso é o que meus filhos fazem por mim.

Por fim, gostaria de lhe dizer que nossa fé católica é pró-vida. Talvez isso lhe seja inconveniente, mas as crianças barulhentas e os bebês exigentes são o resultado mais maravilhoso de uma vida “pró-vida”.

Quando penso em Jesus olhando para nossa paróquia, eu o imagino com um grande sorriso quando vê a homilia ser interrompida por algum ruído dos pequeninos.

Enquanto me preparo para ir este domingo à missa, me asseguro de ter em mente essas respostas para lhe dar quando a encontrar.

Mas eis que me dou conta de algo. 

São Filipe e São Tiago, apóstolos


Ambos nasceram na Galileia e foram discípulos e apóstolos de Jesus Cristo, e por Ele deram a vida.

Filipe nasceu em Betsaida, e o Evangelho de São João é que nos apresenta dados a respeito de seu santo testemunho. Jesus passou, chamou-o e ele disse ‘sim’ com a vida.

Ele foi ‘canal’ para que São Bartolomeu também se tornasse discípulo de Cristo. Durante o acontecimento da multiplicação dos pães, Filipe também participou deste milagre (foi para Filipe que Jesus perguntou como se faria para alimentar aquela multidão).

Na Santa Ceia, o apóstolo Filipe é quem pede a Jesus: ‘Mostra-nos o Pai e isso nos basta’ (Jo 14,8). Filipe estava em Pentecostes com a Virgem Maria e os outros apóstolos. São Clemente de Alexandria nos diz que ele foi crucificado. Que honra para os apóstolos morrerem como o seu Senhor!

São Tiago também foi martirizado, por volta do ano 62. Ele que nasceu em Caná, filho de Alfeu, familiar de Nosso Senhor Jesus Cristo. E foi um dos doze apóstolos. Nos Atos dos Apóstolos encontramos ele como o primeiro bispo de Jerusalém. Tiago recebeu mais de uma visita de São Paulo e foi reconhecido como uma das colunas principais da Igreja, ao lado de São Pedro e São João. Uma das cartas do Novo Testamento é atribuída a ele. E, nela, o apóstolo nos ensina que a fé sem obras é morta e que é preciso deixarmos que o Espírito Santo governe a nossa língua.

O martírio não está centrado no sofrimento, mas no amor a Jesus Cristo que supera essa vida.


São Filipe e São Tiago, rogai por nós!


Ó Senhor, por intercessão e méritos dos apóstolos Filipe e Tiago, eu Vos peço a Graça do desassombro no anúncio e testemunho do Santo Evangelho. Abençoai-me e concedei-me os dons que me são necessários para que eu possa cumprir com minha missão evangelizadora na minha família, no trabalho e na sociedade. Amém. São Filipe e São Tiago, rogai por nós. Maria, Rainha dos Apóstolos, rogai por nós.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

ChurchPOP: site de cultura cristã sucesso nas Américas agora em português

 
Depois de conquistar os Estados Unidos e a América espanhola, agora é a vez do ChurchPOP alcançar os falantes de língua portuguesa. E o país escolhido para sediar a nova empreitada é o Brasil. Aliando informação e descontração, a página trará um estilo de comunicação único.

“O site unirá formato e conteúdo para, de maneira divertida, alcançar seu objetivo que é ser um instrumento de evangelização”, explica o editor, Cleiton Ramos.

E qual a relação disso tudo com o nome? Cleiton lembra que “picolé em inglês é popsicle”. “Foi feito um jogo com as palavras POP e popsicle”, conta.

Segundo ele, “os leitores podem esperar um conteúdo de alta qualidade, de consistência doutrinária, em uma linguagem jovem e de fácil acesso”.

“O ChurchPOP Português – adianta Cleiton – trará conteúdos em vídeos, infográficos; jogos de perguntas e respostas, listas sobre curiosidades, entre muitas outras coisas”.

No site serão abordados temas sobre cultura cristã, religiosidade popular, cobertura dos grandes eventos católicos, abordagens sobre as mais diversas perspectivas da vida dos santos, história da Igreja, curiosidades, vídeos e entre outros.

O lançamento do site será em 08 de maio, dia em que a Igreja celebrará a festa da Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo e o 50° Dia Mundial das Comunicações Sociais.

México: 4 homens armados assaltam igreja católica

 
Na terça-feira, 26 de abril, 4 sujeitos armados ingressaram na Paróquia do Senhor da Clemência, em Irapuato, estado mexicano do Guanajuato, ataram o sacerdote que estava na sacristia e roubaram 7 mil pesos, 400 dólares aproximadamente.

A polícia, assinalam as mídias locais, deteve um jovem de 27 anos identificado como Iván Ochoa, que seria um dos autores do roubo.

Sobre o assalto, o Bispo do Irapuato, Dom José de Jesús Martínez Zepeda, afirmou que “é uma dolorosa ofensa a toda a comunidade”.

Em declarações recolhidas pelo jornal ‘O Sol do Irapuato’, o Prelado expressou sua dor pela forma como os assaltantes humilharam “um de nossos sacerdotes” e considerou que o assalto é resultado do “comércio de armas que segue florescente porque, segundo me disse (o sacerdote assaltado), todos estavam com pistolas”.

O Bispo também indicou que, devido a este incidente, emitirá uma série de recomendações de segurança para todos os templos, paróquias, reitorias e capelas da diocese do Irapuato.

“Alertas nós temos há muito tempo. A delinquência chegou cada vez em maiores ondas a nossa cidade e segue”, denunciou Dom Martínez.

Aos cidadãos, concluiu, assaltam-nos em suas casas, na rua e, neste caso, “o clesma já não é um sinal de respeito ou que detenha os delinquentes”.

O assalto ocorreu apenas alguns dias depois que o Bispo anunciou que enviará alguns sacerdotes à cidade de Baltimore, nos Estados Unidos, para que ali sirvam à comunidade hispânica.

“Nos Estados Unidos, pediram-nos o apoio para os hispânicos, porque há dioceses nas quais ninguém fala espanhol e os hispânicos têm necessidade de que alguém com sua sensibilidade os apoie”, disse então o Prelado.

Palavra de Vida: “Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus.” (Ap 21,3)

 
Sempre foi este o desejo de Deus: morar conosco, o seu povo. Desde as primeiras páginas da Bíblia nós o vemos na atitude de descer do Céu, passear pelo jardim e entreter-se com Adão e Eva. Não foi para isso que nos criou? O que deseja aquele que ama, senão estar com a pessoa amada? O livro do Apocalipse, que sonda o projeto de Deus na história, nos dá a certeza de que esse desejo de Deus será realizado em sua plenitude.

Deus já começou a morar em nosso meio desde a chegada de Jesus, o Emanuel, o “Deus conosco”. E agora que Jesus ressuscitou, a sua presença não está mais limitada a um lugar ou a um tempo, mas se dilatou sobre o mundo inteiro. Com Jesus iniciou a construção de uma nova comunidade humana muito original: um povo composto por muitos povos. Deus quer morar não somente na minha alma, na minha família, no meu povo, mas entre todos os povos chamados a formarem um só povo. Além do mais, a atual mobilidade humana está mudando o próprio conceito de povo. Em muitos países o povo já é composto por muitos povos.

Somos bem diferentes pela cor da pele, pela cultura, pela religião. Olhamo-nos muitas vezes com desconfiança, suspeita, medo. Ficamos fazendo guerra uns contra os outros. E no entanto, Deus é Pai de todos, ama-nos a todos e a cada um. Não quer morar com um povo – “o nosso, naturalmente”, é o que se pensa logo – e abandonar os outros povos. Para Ele somos todos filhos e filhas Dele, somos uma única família.

Vamos então exercitar-nos, orientados pela Palavra de Vida deste mês, em valorizar a diversidade, em respeitar o outro, em olhá-lo como uma pessoa que me pertence: eu  me identifico com o outro, o outro se identifica comigo; o outro vive em mim, eu vivo no outro. Começando pelas pessoas com as quais vivo todo dia. Desse modo podemos abrir espaço para a presença de Deus entre nós. Será Ele que irá compor a unidade, que vai salvaguardar a identidade de cada povo, criar uma nova socialidade.

Pedagogia Litúrgica para o mês de Maio de 2016: "Vinde, Espírito Santo, e concedei-nos o dom da paz!".

 
Maio, mês carinhosamente dedicado a Nossa Senhora, inicia as celebrações do Tempo Pascal com um convite para que os celebrantes se empenhem em favor da construção da paz. Esta paz, diferente daquela oferecida pelo mundo, porque tem sua fonte na Ressurreição de Jesus e sua grande inspiração no amor divino, vivido na Trindade Santa.

Um mês para conduzir os celebrantes a refletirem a misericórdia a partir da partilha do pão (Corpus Christi) e da unidade de todos os homens e mulheres de boa vontade que sinceramente buscam o rosto divino.

O Dom da paz

Eu vos dou a paz! É com este presente, o grande dom da paz doado pelo próprio Jesus, que a Liturgia introduz seus celebrantes no mês de maio, na celebração do 6º Domingo da Páscoa. O dom da paz é o grande desejo de todos os homens e mulheres de boa vontade, porque somente a paz e convivendo na paz e com a paz podemos nos tornar uma humanidade fraterna, solidária e misericordiosa.

Pelo dom da paz, a Ressurreição de Jesus tem o poder de transformar a sociedade, iluminando-a com a luz da glória divina e congregando todos os povos e todas as nações na Jerusalém do alto, a Igreja. Uma Igreja que recebe de Jesus a missão de semear e cultivar a paz, permanecendo firme na Palavra do Senhor. Uma Igreja que invoca constantemente o dom do Paráclito, o consolador, o fortalecedor para que a violência não domine a terra e não destrua, pela morte, a humanidade.

O dom da paz, podemos dizer, é o fruto e o conteúdo da grande missão evangelizadora que a Igreja recebeu no dia da Ascensão, do próprio Jesus. Por isso, entendemos que a Ascensão não é um Mistério da Salvação que se remete unicamente a Jesus, mas a cada pessoa que se torna discípulo e discípula do Evangelho. Porque Jesus subiu aos céus, todos somos destinados a promover a vida cultivando o dom da paz. O destino final desta vivência fraterna na paz é viver no céu e fazer o mesmo caminho até a Pátria definitiva, testemunhando o Evangelho em todas as partes da terra. Um testemunho para levar a alegria de quem acredita e sente a presença de Jesus Cristo vivo entre nós.

Como conseguiremos isso? Não com nossa sabedoria e nem com nossas simples intuições, mas com a presença iluminada e iluminadora do Espírito Santo conduzindo a Igreja. Por isso, concluindo o Tempo Pascal, na celebração de Pentecostes, nós invocamos a vinda do Espírito Santo de Deus: Vinde, Espírito Santo e renovai a face da terra! Invocamos o Espírito Santo de Deus que é apresentado como o hermeneuta, aquele que ajuda a compreender as Escrituras em vista do projeto divino. A vinda do Espírito Santo não tem a finalidade de instrumentalizar Deus com milagres ou com dons especiais, para atrair pessoas para uma Igreja específica. A finalidade da vinda do Espírito Santo é aquela de conduzir a Igreja e seus membros a viver em Deus, testemunhando o Evangelho através de relacionamentos fraternos, misericordiosos e solidários, cujo fruto mais saboroso é a paz.