quarta-feira, 22 de junho de 2016

Armênia, primeiro país da história que se reconheceu cristão, se prepara para receber o Papa


A Armênia se prepara para receber no próximo fim de semana, do 24 ao 26 de junho, a visita do Papa Francisco. Este país se considera o “primeiro país cristão” já que no ano 301, graças a São Gregório, o Iluminador, foi o primeiro a tornar o cristianismo religião oficial. Nesta sexta-feira começa, portanto, a 14ª viagem internacional do pontificado de Francisco, e o país de número 22 que visita.

Esta viagem também é considerada a primeira etapa da ‘viagem ao Cáucaso’, cuja segunda parte será do dia 30 de setembro ao 2 de outubro, na Georgia e Azerbaijão. Umas das razões pelas quais a visita aos três países não se pode realizar numa só etapa – explicou o pe. Federico Lombardi, diretor da sala de imprensa da Santa Sé – é porque nestes dias o patriarca de Georgia tinha um compromisso já marcado: estar em Creta no Concílio Pan-ortodoxo.

Na apresentação da viagem aos meios de comunicação, acontecida na manhã de hoje na Sala de Imprensa da Santa Sé, o porta-voz do Vaticano esclareceu que o Santo Padre quer “visitar a comunidade católica” deste país e manifestar “a todo o povo armênio a sua proximidade, amizade e apoio”.

A verdadeira, perfeita e eterna amizade


Jônatas, aquele nobilíssimo jovem, sem atender à sua ascendência real nem à sua futura sucessão no trono, fez um pacto de amizade com David; e, colocando em pé de igualdade o seu amor para com o senhor e o servo, quando este se encontrava fugido de seu pai Saul, escondido no deserto, ameaçado de execução, preferiu-o a si mesmo, humilhando‑se a si e exaltando David: Tu serás rei, disse-lhe, e eu serei o segundo depois de ti.

Oh brilhantíssimo espelho da verdadeira amizade! Palavra admirável! O rei estava furioso contra o seu servo e levantava contra ele todo o país como se fosse um rival do reino; acusa os sacerdotes de traição e manda-os matar por simples suspeita; percorre os bosques, procura pelos vales, ocupa montes e penhascos à mão armada, todos se comprometem a ser os vingadores da indignação real; só Jônatas, o único a poder, com justiça, ter alguma ambição, entendeu que devia resistir ao pai, mostrar-se fiel ao amigo, dar conselho em tão grande adversidade e, preferindo a amizade ao reino, disse: Tu serás rei e eu serei o segundo depois de ti. E repara como o pai do jovem excitava a inveja contra o amigo, insistindo com invectivas, aterrando-o com ameaças de ser expoliado do reino, lembrando-lhe que seria privado das honras.

Mas, quando foi proferida a sentença de morte contra David, Jônatas não abandonou o amigo. Porque há de morrer Davi? Que pecado cometeu? Que mal fez? Arriscou a sua vida pelo rei, matou o filisteu e tu alegraste-te. Porque há de então morrer? Ao ouvir estas palavras, o rei ficou fora de si e tentou cravar Jônatas na parede com a lança, cobrindo-o de insultos e ameaças: Ó filho de mulher perversa e rebelde! Sei que tu o amas para tua perdição e da tua desavergonhada mãe! Depois vomitou todo o seu veneno, intentando manchar o coração do jovem, sem poupar palavras que o excitassem à ambição, à inveja, à rivalidade e à amargura: Enquanto viver o filho de Jessé, o teu reino não estará seguro.

Quem se não demoveria com estas palavras e não se encheria de inveja? A quem não seriam elas capazes de corromper, diminuir e esquecer qualquer amor, benevolência e amizade? Mas aquele jovem, cheio de afeição sincera, fiel ao pacto de amizade, permaneceu forte perante as ameaças e paciente diante dos insultos; renunciou ao reino pela fidelidade para com o amigo, esqueceu a glória, mas não a amizade: Tu serás rei e eu serei o segundo depois de ti. Esta é a verdadeira, perfeita, estável e eterna amizade. Não se deixa corromper pela inveja, não diminui com suspeitas, não se dissolve pela ambição; posta à prova, não cedeu; assaltada, não caiu; batida por tão graves insultos, ficou inflexível; provocado por tantas injúrias, permaneceu imóvel. Então vai e procede de modo semelhante.


Do tratado do Bem-aventurado Aelredo, abade, sobre a amizade espiritual(Livro 3: PL 195, 692-693) (Sec. XII)

O Mundanismo


“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito”, porque “nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para conhecermos os dons que Deus nos concedeu”, nos admoesta São Paulo (Rm 12, 2 e 1 Cor 2, 12). 

O mundo “está sob o poder do Maligno” (1Jo 5, 19). O cristão, como seu mestre Jesus, não é deste mundo (Jo 17, 14). “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro odiou a mim. Se fosseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é seu” (Jo 15, 18). 

Na esteira de Jesus e dos Apóstolos, o Papa Francisco ensina: “Há um problema que não faz bem aos cristãos: o espírito do mundo, o espírito mundano, o mundanismo espiritual. Isto faz-nos sentir autônomos, viver o espírito do mundo, e não o de Jesus” (18/5/2013).

“Desde o primeiro batizado, todos somos Igreja e todos devemos caminhar pela senda de Jesus, que percorreu Ele mesmo um caminho de despojamento. Tornou-se servo, servidor; quis ser humilhado até à Cruz. E se nós quisermos ser cristãos, não há outro percurso. Mas não podemos fazer um cristianismo um pouco mais humano – dizem – sem cruz, sem Jesus, sem despojamento? Desta forma tornar-nos-íamos cristãos de pastelaria, como lindos bolos, como boas coisas doces! Muito lindos, mas não cristãos verdadeiros! Alguém dirá: ‘Mas do que se deve despojar a Igreja?’ Deve despojar-se hoje de um perigo gravíssimo, que ameaça todas as pessoas na Igreja, todos: o perigo do mundanismo. O cristão não pode conviver com o espírito do mundo. O mundanismo nos leva à vaidade, à prepotência, ao orgulho. E isto é um ídolo, não é Deus. É um ídolo! E a idolatria é o maior pecado!... Todos nós devemos nos despojar desse mundanismo: o espírito contrário ao espírito das bem-aventuranças, o espírito contrário ao espírito de Jesus. O mundanismo nos faz mal. É tão triste encontrar um cristão mundano, convencido – ao seu parecer – daquela certeza que a fé lhe dá e certo da segurança que lhe oferece o mundo. Não se pode misturar os dois espíritos. A Igreja – todos nós – deve despojar-se do mundanismo, que a leva à vaidade, ao orgulho, que é a idolatria. O próprio Jesus dizia-nos: ‘Não se pode servir a dois senhores: ou serves a Deus ou serves ao dinheiro’ (cf. Mt 6, 24). No dinheiro estava todo este espírito do mundo; dinheiro, vaidade, orgulho. É triste cancelar com uma mão o que escrevemos com a outra. O Evangelho é o Evangelho! Deus é único! E Jesus fez-se servo por nós e o espírito do mundo não tem lugar aqui...” 

São Tomás More



 
Tomás More nasceu em Londres no ano de 1478. Seus pais eram cristãos e educaram os filhos no seguimento de Cristo. Aos treze anos de idade ele foi para a Universidade de Oxford. Aos vinte e dois anos já era doutor em direto e um brilhante professor. Sua diversão era escrever e ler bons livros. Além de intelectual brilhante tinha uma personalidade muito simpática, um excelente bom humor. Casou-se, teve quatro filhos, foi um excelente esposo e pai, carinhoso e presente. Tomás nunca se afastou dos pobres e necessitados, os quais visitava para melhor atender suas reais necessidades. Sua esposa e filhos o amavam e admiravam, pelo caráter e pelo bom humor, que era constante em qualquer situação. A sua contribuição para a literatura universal foi importante e relevante. Escreveu obras famosas como "Utopia" e "Oração para o bom humor". Aconteceu que o rei Henrique VIII tentou desfazer seu legítimo matrimônio com a rainha Catarina de Aragão, para se unir em novo enlace com a cortesã Ana Bolena, contrariando todas as leis da Igreja. Para isto usou o Parlamento Inglês e passou a proclamar o rei e seus sucessores como chefes temporais da Igreja da Inglaterra, criando a Igreja Anglicana. Tomás More foi contra a decisão do rei. A seguir o rei mandou prender e matar Tomás More, que foi decapitado em 1535, mantendo firme sua fé católica. 

Se eu me distraio, a Eucaristia me ajuda a recolher-me. Se me oferecem oportunidades para ofender a Deus, me apego cada dia mais a Eucaristia e fujo do erro. Se necessito de uma luz especial e prudência para desempenhar minhas pesadas obrigações, me achego ao Senhor e busco seu conselho e iluminação.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Sobrevivente gay de Orlando: "Mudarei minha vida e voltarei para a Igreja".


“Já não vou fazer mais isto, eu mudarei completamente a minha vida. Voltarei para a igreja outra vez”, disse ao seu pai o porto-riquenho Ángel Colón, um dos sobreviventes do massacre de Orlando (Estados Unidos), onde um militante do Estado Islâmico assassinou 50 pessoas em uma boate gay.

Foi o que assegurou o pai de Ángel Colón, em declarações à rede Univisión. “Antes, ele cantava muito na igreja e depois saiu”, recordou e destacou que o jovem “notou que Deus o livrou e lhe deu outra oportunidade”. Toda a família dele é cristã.

Na madrugada do domingo, 12 de junho, Omar Mateen, de origem afegã, ingressou com uma arma semiautomática Sig Sauer MCX à casa noturna Pulse, em Orlando, Flórida (Estados Unidos), e assassinou 50 pessoas. Outras cinquenta ficaram feridas.

Em uma ligação telefônica ao 911 enquanto cometia o crime, Mateen assegurou sua fidelidade ao Estado Islâmico.

Reabilitar a política




Tornou lugar-comum dizer que estamos mergulhados numa profunda crise política, com graves reflexos na economia e na vida social, a saber: desaceleração da atividade econômica, aumento do desemprego e perplexidade da população diante do futuro do país. 

Estamos sim vivendo aguda crise política, que se agrava à medida que o tempo avança e não se vislumbram caminhos para solucioná-la.  Infelizmente, neste momento em que mais se precisa da política e de políticos, há um descrédito geral em relação a ambos. A política perdeu o valor intrínseco de seu significado semântico, isto é, de verdadeira vocação a serviço da comunidade. Deixou de ser, como afirma Paulo VI a forma mais elevada da caridade, para tornar-se mero instrumento de busca de poder e de interesse pessoal ou de grupos, pautado pelo amoral princípio maquiavélico de que “o fim justifica os meios”. Uma das consequências naturais da adoção desse princípio é a corrupção. 

Perante tal situação, não é de estranhar o crescente desencanto pela política e pelos políticos e, igualmente, a descrença na democracia devido ao não cumprimento de promessas feitas nas campanhas eleitorais, de uma vida melhor e mais justa para os cidadãos.

Estamos diante de uma crise insolúvel? Não, se dela, extrairmos lições positivas para a reabilitação de nossas práticas políticas.

De pronto, para enfrentar a crise, temos de considerar que, no regime democrático, o objetivo maior da política é a procura do bem comum, que deve ser perseguido por todos – políticos e cidadãos -, nas diferenças de programas partidários e de projetos de governo concretos e realizáveis, sem que se ceda às fáceis e alienantes tentações populistas. Dessa forma, esperamos que nossos políticos, agora mais do que nunca, sejam capazes de colocar o bem comum acima de interesses particulares.

Maioria de casamentos nulos? O papa tem razão!


Antes de enfrentarmos propriamente as críticas dirigidas ao santo padre, ocasionadas em virtude de algumas coisas que ele disse no congresso sobre a família realizado na Diocese de Roma (16/62/016), cumpre esclarecer que o papa tem todo direito de emitir pareceres como teólogo, vale dizer, nem tudo o que o sumo pontífice afirma é parte integrante do magistério ordinário ou extraordinário. Sua santidade, como qualquer católico, pode ter posições teológicas acerca de assuntos opináveis. É importante ressaltar este aspecto, uma vez que o bispo de Roma, eventualmente, pode externar uma ideia que encontre opositores no meio eclesiástico. Isto é absolutamente normal e sempre ocorreu na história do papado.

Mas, no caso das assertivas de Francisco com relação à nulidade da maioria dos casamentos atuais – palavras que ele proferiu por ocasião do congresso acima referido -, não se trata de análise teológica; cuida-se da pura realidade. De fato, a maioria dos que se casam hoje em dia simplesmente não sabem o que é o casamento cristão ou têm-no como provisório, como afirmou o papa. Daí a nulidade por exclusão do próprio sacramento, consoante dispõe o cânon 1101, § 2.º, pois, através de um ato positivo da vontade, exclui-se a indissolubilidade, que é uma propriedade essencial do matrimônio, conforme preceitua o cânon 1055. Ora, a cultura do provisório na qual estamos mergulhados só pode conduzir a “relações líquidas”, para parodiarmos um termo cunhado pelo filósofo Bauman.

Barcelona: Ato de desagravo será realizado por imagem blasfema


Neste sábado, 25 de junho, será realizado um ato de reparação pelas ofensas dirigidas à Virgem de Montserrat e à Virgem dos Desamparados em um cartaz que foi publicado em Valência. O cartaz, que convoca a população para a parada gay, foi assinado com o selo do grupo Endevant. Os católicos de Valência organizaram um ato de desagravo com uma presença maciça. O ato de reparação será realizado em Barcelona no Templo do Sagrado Coração de Jesus às 20:30.

De acordo com os organizadores "não podemos permitir que atos como este aconteçam e os católicos não façam nada", razão pela qual menciona que "todos os católicos na Catalunha devem participar deste ato de expiação". "Nós encorajamos você a não perder este momento, a estar lá com ela e demonstrar que nós a amamos com todo o nosso coração, com toda a alma. Ela nos aproxima de Deus, nos conduz a Deus, é a mais pura e mais bela que Deus criou, ela é minha Mãe, é a sua Mãe, é a nossa Mãe. Ela nos espera"