segunda-feira, 27 de junho de 2016

Concílio: Unidade ortodoxa serve para a unidade dos cristãos


O Santo e Grande Sínodo das Igrejas Ortodoxas realizado desde 19 de junho na Ilha de Creta, concluiu-se  este domingo (26) com a celebração da Sagrada Liturgia na Igreja de São Pedro e Paulo, em Chania. A mensagem divulgada ao final dos trabalhos reitera que a ortodoxia quer dialogar “com o mundo inteiro na história presente, com todas as suas potencialidades, riscos, ilusões, interrogações e respostas”.

Vontade de superar as dificuldades

A mensagem do Sínodo da Igreja Ortodoxa foi lida após o Evangelho e foi dirigida às populações ortodoxas e a todas as pessoas de boa vontade. O documento - aprovado no sábado pelos 230 bispos e hierarcas das 10 Igrejas ortodoxas autocéfalas participantes do encontro – sintetiza o significado do evento, percebido por todos os participantes como “histórico”.

Ainda no sábado, concluindo as sessões, o Patriarca Bartolomeu I havia sublinhado a alegria e a esperança que brotaram como primeiros frutos do Sínodo, não obstante todas as dificuldades e a dor pela ausência de quatro Igrejas autocéfalas - da Rússia, Geórgia, Bulgária e Antioquia – anunciada poucos dias antes do início do evento.

Na discussão dos seis documentos “nem tudo foi rosas e flores, mas houve a vontade de todos de superar as dificuldades com a iluminação do Espírito, que nos leva à concórdia, e esta é a maior contribuição que levamos à nossa Igreja e a toda a humanidade”. E completou: ‘Todos juntos escrevemos uma nova página da história e glorificamos a Deus por isto’”.

Ele é o Senhor nosso Deus e nós o povo do seu rebanho


Com as palavras que cantamos, professamos que somos o povo de Deus: Ele é o Senhor nosso Deus, que nos criou. Ele é o nosso Deus, nós somos o seu povo, ovelhas do seu rebanho. Os pastores humanos têm ovelhas que não foram criadas por eles; apascentam um rebanho que não foi feito por eles. Ao contrário, o Senhor nosso Deus, porque é Deus e Criador, criou por si mesmo as ovelhas que tem e apascenta. Não foi outro que criou as que Ele apascenta, nem é outro que apascenta as que Ele criou.

Se professamos neste cântico que somos suas ovelhas, seu povo, ovelhas do seu rebanho, ouçamos o que diz às suas ovelhas. Anteriormente falava aos pastores; agora fala às ovelhas. Naquelas palavras, nós escutávamos com temor e vós com tranquilidade. Como será nestas palavras de hoje? Inverter-se-á a situação, escutando nós com tranquilidade e vós com temor? Não, por certo. Em primeiro lugar, porque, embora sejamos pastores, o pastor não só escuta com temor o que é dito aos pastores, mas também o que é dito às ovelhas. Se escuta tranquilamente o que é dito às ovelhas, é porque não se preocupa com as ovelhas. Em segundo lugar, como já explicámos à vossa Caridade, há duas realidades a considerar em nós: somos cristãos e somos chefes. Pelo facto de sermos chefes, somos contados entre os pastores, se formos bons; pelo facto de sermos cristãos, somos ovelhas como vós. Portanto, quer fale o Senhor aos pastores quer fale às ovelhas, temos de ouvir sempre com temor para que não esmoreça a solicitude em nossos corações.

Ouçamos, portanto, irmãos, a razão pela qual o Senhor repreende as ovelhas más e o que promete às suas ovelhas. E vós, diz Ele, sois as minhas ovelhas. Em primeiro lugar, se consideramos, irmãos, como é grande a felicidade de ser o rebanho de Deus, experimentaremos certamente uma grande alegria, mesmo no meio das lágrimas e tribulações desta vida. Na verdade, d’Aquele mesmo de quem se diz: Pastor de Israel, diz-se também: Não dormirá nem adormecerá Aquele que guarda Israel. Portanto, Ele vela por nós quando velamos e vela por nós quando dormimos. Por isso, se o rebanho dos homens se sente seguro sob a vigilância de um pastor humano, quanto maior não há-de ser a nossa segurança, tendo a Deus por pastor? E não somente porque Ele nos apascenta, mas também porque foi Ele que nos criou.

A vós, que sois minhas ovelhas, isto diz o Senhor Deus: Eu mesmo julgarei entre ovelha e ovelha e entre carneiros e cabritos. Que fazem aqui os cabritos no rebanho de Deus? Nas mesmas pastagens, nas mesmas fontes, andam misturados os cabritos, destinados à esquerda, com as ovelhas, destinadas à direita; por enquanto, são tolerados, mas um dia serão separados. E nisto se exercita a paciência dos homens à semelhança da paciência de Deus. É Ele quem há de separar no último dia uns para a esquerda e outros para a direita.     


Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Serm. 47, 1.2.3.6, De ovibus: CCL 41, 572-573.575-576) (Sec. V)

O protestantismo e suas dúvidas infernais




Chama a atenção de qualquer pessoa a aversão que grande parte dos protestantes nutre pela Igreja Católica. Sabemos que bons e maus tem seguidores ou simpatizantes por todos os lados. As ideias mais inaceitáveis encontram adeptos e defensores em todo o canto. Por exemplo, nota-se em tempos de eleições todo o tipo de ideia ou ideologia. As propostas mais abomináveis são aceitas ao menos por pequena parte do eleitorado. Dependendo do cargo que se pretende e da quantidade de votos necessários para eleição de determinado candidato, pode-se colocar no poder alguém com ideias contestadas as vezes por milhões de pessoas a partir de meros 50.000 votos ou até menos. No entanto, contrariando a tendência natural do ser humano pela pluralidade, quando o assunto é a Igreja Católica apenas com algumas raras exceções, percebemos nitidamente a aversão e por vezes até ódio por parte dos irmãos protestantes. Como explicar isto? Todos são maus no catolicismo? Não há e nunca houve um sacerdote justo ou um papa honesto? Dizem até mesmo que nós católicos não somos cristãos. Não há uma só doutrina ou dogma católicos que não estejam certos?

Ora, se a máxima protestante estivesse correta de que placa de igreja não salva ninguém, também estaria correta a afirmação de que placa de igreja não condena ninguém. Então por que tão grande hostilidade se é o protestante quem diz que placa de igreja nada garante e consequentemente assume que esta mesma placa nada condena?

Por anos procuramos explicações para esta aversão. No presente texto não desejamos dar explicações sobrenaturais, bíblicas ou teológicas. Nos parece que seria muita pretensão. Procuramos observar os aspectos racional e cotidiano. O protestante vive uma angústia infernal. E por quê?

O protestante estabeleceu para si próprio o princípio Sola Scriptura. Tudo tem ser explicado pela Bíblia. Entretanto, o protestante admite e com razão que a Bíblia é a palavra infalível de DEUS. Sendo assim, uma vez que a palavra de DEUS é infalível, não se pode admitir que duas pessoas interpretem de modos diferentes o mesmo texto bíblico.

É exatamente este um dos telhados de vidro do protestantismo. Não há protestante que concorde com outro protestante integralmente em matéria de fé e doutrina. E todos se dizem certos. E todos dizem que foram inspirados pelo Espírito Santo.

Sinceramente, acreditamos que muitos protestantes abraçaram o protestantismo por boa-fé e estes mesmos agem com sinceridade diante de DEUS. Para estes, é evidente que uma angústia perturbadora lhes assalta a todo o momento.

No caso das seitas e de seus falsos pregadores não se deve falar em angústia ou receios, já que para estes o evangelho e Jesus são apenas meios de ganhar dinheiro. Eles mesmos não acreditam no que pregam. Estamos falando para os protestantes sérios e comprometidos com o cristianismo e que por questão de justiça me vejo forçado a dizer que repudiam e contestam as inovações e modismos introduzidos pelos falsos mestres.

Um bom número de protestantes se posiciona de forma firme contra as novidades e blasfêmias introduzidas no meio cristão pelos inúmeros falsos profetas que andam por aí. Pois bem, se um e outro protestante não concordam em matéria de fé e doutrina, é certo que pelo menos um deles está errado. E quem está errado, portanto, fazendo diferente do que ensina a Bíblia que é a Palavra de DEUS infalível, por certo estaria praticando heresia perante o outro protestante.

Não por acaso, não há protestante que não tenha sido acusado de heresia por outro protestante e não há protestante que não acuse outros de heresias. Surge então a agonia infernal que assola cada protestante: nem todos estão interpretando corretamente.

Como resolver o problema? Se é certo que Jesus só tem uma opinião firme e verdadeira para cada tema e se é certo que ele não muda jamais, como conciliar doutrinas tão divergentes entre si de modo que todos os protestantes sintam-se seguros quanto a salvação? Duas situações dão ao protestante a falsa segurança de que sua eventual heresia não lhe condenará ao inferno. 

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro




Hoje, fazemos memória de Maria, mãe de Jesus, com o nome de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Este título chega entre nós através de um ícone, uma pintura de caráter religioso-místico, que data do período bizantino. Não sabemos quem foi o autor da pintura. A história do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ficou conhecida a partir do século XV, quando esta pintura foi levada da ilha de Creta para Roma e colocada na igreja de São Mateus, onde foi venerada por três séculos.

Destruída a igreja de São Mateus, a célebre imagem permaneceu escondida até que, pela providência de Deus, foi descoberta e devolvida ao culto popular. Em 1866, por ordem do Papa Pio IX, o ícone foi confiado aos cuidados dos Missionários Redentoristas.

Atualmente, o ícone missionário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro se encontra na Igreja de Santo Afonso, em Roma. O centro da pintura não é Nossa Senhora e sim Jesus. Para se chegar a essa conclusão, basta traçar duas linhas imaginárias, uma ao longo do braço da Madona que forma um ângulo que aponta para o Menino. O mesmo indica os dois dedos da Madona, isto é, apontam para a cabeça do Menino Jesus. Isto mostra que o centro é Jesus Cristo, portanto é um ícone cristocêntrico. Maria é, assim, "aquela que indica o caminho", ou como é mais conhecida: "a via de Cristo". Nota-se também o olhar significante de Maria, isto é, o seu olhar está direcionado a quem olha o quadro e, ao mesmo tempo, a sua cabeça indica seu Filho Jesus. Deve-se observar a sandália do Menino que está desatada e mostra seu pé. Conforme a tradição oriental, mostrar a planta do pé é dizer que se é homem. 

Assim, esta cena indica que Jesus mostra a planta do seu pé para dizer que ele é verdadeiramente homem. Outro ponto importante a se observar, se refere às cores das vestes e seus significados. No quadro a Madona se veste com túnica vermelha e manto azul. E o Menino se veste de túnica verde com faixa vermelha e manto ocre. Na simbologia oriental, verde e vermelho significam divindade. O azul e o ocre significam humanidade.

Ó Virgem do Perpétuo Socorro, Santa Mãe do Redentor, socorre o teu povo que ressurgir. Concede a todos a alegria de caminhar para o futuro numa consciente e ativa solidariedade com os mais pobres, anunciando de modo novo e corajoso o Evangelho de teu Filho, fundamento e cume de toda a convivência humana que aspira a uma paz justa e duradoura.

domingo, 26 de junho de 2016

Declaração Comum entre S.S. Papa Francisco e S.S. Karekin II denuncia perseguições religiosas




Declaração Conjunta Papa Francisco e Karekin II
Visita Apostólica à Armênia

Hoje na Santa Etchmiadzin, centro espiritual de Todos os Arménios, nós, o Papa Francisco e o Catholicos de Todos os Arménios Karekin II, elevamos as nossas mentes e corações em ação de graças ao Todo-Poderoso pela progressiva e crescente proximidade na fé e no amor entre a Igreja Apostólica Arménia e a Igreja Católica no seu testemunho comum à mensagem do Evangelho da salvação num mundo dilacerado por conflitos e desejoso de conforto e esperança. Louvamos a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, por ter permitido que nos reunamos na terra bíblica de Ararat, que permanece como uma memória de que Deus será para sempre a nossa proteção e salvação. Grande prazer espiritual nos dá lembrar que, em 2001, por ocasião dos 1700 anos da proclamação do cristianismo como religião da Arménia, São João Paulo II visitou a Arménia e foi testemunha duma nova página nas relações calorosas e fraternas entre a Igreja Arménia Apostólica e a Igreja Católica. Estamos gratos pela graça que tivemos de estar juntos numa solene liturgia na Basílica de São Pedro em Roma no dia 12 de abril de 2015, onde empenhamos a nossa vontade de nos opor a toda a forma de discriminação e violência, e comemoramos as vítimas daquele que a Declaração Comum de Sua Santidade João Paulo II e Sua Santidade Karekin II assinala como «o extermínio de um milhão e meio de cristãos arménios, naquele que geralmente é referido como o primeiro genocídio do século XX» (27 de Setembro de 2001).

Louvamos ao Senhor por a fé cristã ser, hoje, novamente uma realidade vibrante na Arménia e por a Igreja Arménia exercer a sua missão com espírito de colaboração fraterna entre as Igrejas, sustentando os fiéis na construção dum mundo de solidariedade, justiça e paz.

Infelizmente, porém, estamos a ser testemunhas duma tragédia imensa que se desenrola diante dos nossos olhos: inúmeras pessoas inocentes que são mortas, deslocadas ou forçadas a um exílio doloroso e incerto devido a contínuos conflitos por motivos étnicos, económicos, políticos e religiosos no Médio Oriente e noutras partes do mundo. Em consequência, minorias religiosas e étnicas tornaram-se alvo de perseguição e tratamento cruel, a ponto de o sofrimento por uma crença religiosa se tornar uma realidade diária. Os mártires pertencem a todas as Igrejas e o seu sofrimento é um «ecumenismo de sangue» que transcende as divisões históricas entre os cristãos, convidando-nos a todos a promover a unidade visível dos discípulos de Cristo. Juntos rezamos, por intercessão dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, Tadeu e Bartolomeu, por uma mudança de coração em todos aqueles que cometem tais crimes e naqueles que estão em posição de acabar com a violência. Imploramos aos líderes das nações que ouçam o apelo de milhões de seres humanos que anseiam pela paz e a justiça no mundo, que pedem respeito pelos seus direitos dados por Deus, que têm necessidade urgente de pão, não de armas. Infelizmente, estamos a ser testemunhas duma apresentação fundamentalista da religião e dos valores religiosos, usando tal forma para justificar a difusão de ódio, discriminação e violência. A justificação de tais crimes com base em conceções religiosas é inaceitável, porque «Deus não é um Deus de desordem, mas de paz» (I Coríntios 14, 33). Além disso, o respeito pelas diferenças religiosas é condição necessária para a convivência pacífica de diferentes comunidades étnicas e religiosas. Precisamente por sermos cristãos, somos chamados a buscar e implementar caminhos para a reconciliação e a paz. A propósito, expressamos também a nossa esperança duma resolução pacífica das questões em torno de Nagorno-Karabakh.

A agonia não apagou o sorriso desta carmelita, seu último desejo comove as redes!


A irmã Cecilia Maria partiu para a Casa do Pai depois de uma difícil luta contra o câncer. Milhares compartilharam nas redes sociais as imagens de sua agonia, período no qual nunca perdeu a paz nem a alegria.

 
Graduou-se em enfermagem e aos 26 anos de idade fez seus primeiros votos como carmelita descalça, em 2003 fez sua profissão perpétua. Há seis meses, foi diagnosticada com câncer de língua e a doença fez metástase pulmonar. Morreu na última quarta-feira, 22, durante a madrugada. Tinha 43 anos.

 
Vivia no Monastério de Santa Teresa e São José, em Santa Fé, Argentina. Dedicava-se à oração e à vida contemplativa, tocava violino e era conhecida pela sua doçura e permanente sorriso.

Divina Liturgia: Papa pede um futuro livre das divisões do passado




Discurso do Papa Francisco na Divina Liturgia
Praça São Tiridate de Etchmiadzin, Armênia

Santidade, caríssimos Bispos,
Queridos irmãos e irmãs!

No ponto culminante desta visita tão desejada e, para mim, já inesquecível, desejo elevar ao Senhor a minha gratidão, que uno ao grande hino de louvor e agradecimento que sobe deste altar. Vossa Santidade, nestes dias, abriu-me as portas da sua casa e experimentamos «como é bom e agradável que os irmãos vivam unidos» (Sal 133, 1). Encontramo-nos, abraçamo-nos fraternalmente, rezamos juntos, partilhamos os dons, as esperanças e as preocupações da Igreja de Cristo, da qual notamos em uníssono as pulsações do coração, e que acreditamos e sentimos ser una. «Há um só Corpo e um só Espírito, assim como (…) uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos» (Ef 4, 4-6): verdadeiramente podemos, com alegria, fazer nossas estas palavras do apóstolo Paulo. Foi precisamente sob o signo dos Santos Apóstolos que nos encontramos. Os Santos Bartolomeu e Tadeu, que proclamaram pela primeira vez o Evangelho nestas terras, e os Santos Pedro e Paulo, que deram a vida pelo Senhor em Roma, ao mesmo tempo que reinam com Cristo no céu, certamente se alegram ao ver o nosso afeto e a nossa aspiração concreta à plena comunhão. Por tudo isto agradeço ao Senhor, por vós e convosco: Park astutsò! [Glória a Deus!]

Nesta Divina Liturgia, elevou-se ao céu o canto solene do triságio, louvando a santidade de Deus; desça, abundante, a bênção do Altíssimo sobre a terra, pela intercessão da Mãe de Deus, dos grandes Santos e Doutores, dos Mártires, especialmente da multidão de mártires que aqui canonizastes no ano passado. «O Unigénito que aqui desceu» abençoe o nosso caminho. O Espírito Santo faça dos crentes um só coração e uma só alma: venha refundar-nos na unidade. Por isso, gostaria de invocá-Lo novamente, fazendo minhas algumas palavras esplêndidas que entraram na vossa Liturgia: Vinde, ó Espírito! Vós «que sois, com gemidos incessantes, o nosso intercessor junto do Pai misericordioso, Vós que guardais os santos e purificais os pecadores»; derramai sobre nós o vosso fogo de amor e unidade, e «sejam desfeitos por este fogo os motivos do nosso escândalo» (GREGÓRIO DE NAREK, Livro das Lamentações, 33, 5), a começar pela falta de unidade entre os discípulos de Cristo.

Radicais muçulmanos queimam casa de cristãos pensando que era uma igreja


A organização humanitária Internacional Christian Concern (ICC) denunciou que um grupo de radicais muçulmanos teria atacado e incendiado mais de 80 casas na aldeia Al-Beida no Egito, no mês de junho, devido ao rumor de que se construía um templo cristão na região.

O ataque à aldeia foi realizado em meio aos gritos como “o Egito continuará sendo islâmico!”.

Mousa Zarif, residente da aldeia, assinalou à organização cristã que a tarde da sexta-feira, 17 de junho, “depois da oração do meio-dia, um grande número de fanáticos muçulmanos se reuniu em frente à nova casa do meu primo, Naim Aziz”, a qual ainda está sendo construída.

O grupo de muçulmanos, indicou, reuniu-se “devido a um rumor difundido na aldeia de que este edifício se converteria em uma igreja”.

“Estavam gritando lemas contra nós. Entre estes lemas estava: ‘de maneira alguma haverá uma igreja aqui’”.

O edifício, que os muçulmanos temiam que fosse um templo cristão, era simplesmente uma casa.