sábado, 3 de setembro de 2016

Talibãs atacam colônia cristã e tribunal no Paquistão: ao menos 18 mortos


O Paquistão sofreu dois ataques durante esta sexta-feira que matou ao menos 5 e 13 pessoas, respectivamente. Os atentados foram reivindicados pelo grupo Jamaat-ul-Ahrar, que faz parte dos chamados talibãs paquistaneses, cujos principais alvos são os cristãos e advogados, aos quais já atacaram neste ano.

O primeiro ataque ocorreu em uma colônia cristão em Warsak Dam, perto de Peshawar. De acordo com o oficial responsável da polícia local, quatro suicidas entraram na colônia e um deles se dirigiu a uma igreja que estava vazia no momento.

Além de levar bombas, os invasores também estavam equipados com armas e munições.

No controle do ataque pelas forças de segurança, houve um tiroteio no qual os quatro agressores foram mortos e ao menos um cristão também morreu, segundo informaram fontes da polícia e do exército. Não se descarta que o número de falecidos aumente.

Fontes do Exército declararam que o ataque à colônia cristã foi controlado rapidamente e estão procurando possíveis cúmplices.

A rápida resposta de guardas civis locais e forças de segurança impediram mais vítimas mortais, apontaram.

A segurança nos bairros, escolas e hospitais cristãos foi reforçada.

Catequese do Papa no Jubileu dos Operadores e Voluntários da Misericórdia


JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA

CATEQUESE DO PAPA FRANCISCO
 PARA OS OPERADORES DA MISERICÓRDIA

Praça São Pedro
Sábado, 3 de setembro de 2016

Escutamos o hino ao amor que o apóstolo Paulo escreveu para a comunidade de Corinto, e que se apresenta como uma das páginas mais belas e exigentes para o testemunho da nossa fé (cf. 1 Cor 13,1-13). Foram muitas as vezes em que São Paulo falou do amor e da fé em seus escritos; mesmo assim, neste texto, é-nos oferecido algo extraordinariamente grande e original. Ele afirma que, ao contrário da fé e da esperança, o amor «jamais acabará» (v. 8): é para sempre. Este ensinamento deve ser para nós uma certeza inabalável; o amor de Deus nunca diminuirá nas nossas vidas e na história do mundo. É um amor que permanece para sempre jovem, ativo, dinâmico capaz de atrair para si de modo incomparável. É um amor fiel que não trai, apesar das nossas contradições. É um amor fecundo que gera e conduz para além da nossa preguiça. É desse amor que todos nós somos testemunhas. O amor de Deus, de fato, vem ao nosso encontro. É como um rio na cheia que nos arrasta, mas sem nos anular; muito pelo contrário, é uma condição de vida: «se não tivesse amor, eu nada seria» - como diz São Paulo (v. 2). Quanto mais nos deixamos envolver por este amor, mais a nossa vida se regenera. Deveríamos verdadeiramente dizer com toda a nossa força: sou amado, por isso existo!

O amor de que o Apóstolo fala não é algo abstrato e vago; pelo contrário, é um amor que se vê, se toca e se experimenta em primeira pessoa. A maior e mais expressiva forma desse amor é Jesus. Toda a sua pessoa e a sua vida não são outra coisa senão a manifestação concreta do amor do Pai, chegando até o ponto culminante: «A prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores» (Rm 5,8). Isto é amor! Não são palavras, é amor. Desde o Calvário, onde o sofrimento do Filho de Deus atinge o seu ponto mais elevado, brota a fonte do amor que apaga todo o pecado e que recria tudo numa vida nova. Trazemos sempre conosco, de modo indelével, esta certeza da fé: Cristo «me amou e se entregou por mim» (Gl 2,20). Esta é a grande certeza: Cristo me amou e se entregou por mim, por ti, por todos, por cada um de nós! Nada e ninguém pode nos separar do amor de Deus (cf. Rm 8,35-39). O amor, portanto, é a expressão máxima de toda a vida e que nos permite existir!

Papa abençoa monumento a Nossa Senhora Aparecida e reza pelo Brasil


Neste sábado, 3, o Papa Francisco abençoou nos Jardins Vaticanos, um monumento em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Em suas breves palavras espontâneas, o Pontífice disse:

“Estou contente de que a imagem de Nossa Senhora Aparecida esteja aqui nos Jardins. Em 2013, havia prometido retornar, no próximo ano, a Aparecida. Não sei se será possível. Mas, pelo menos, estou mais próximo dela aqui. Convido-lhes a rezar para que ela continue a proteger todo o Brasil, todo o povo brasileiro, neste momento triste. Que ela proteja os pobres, os descartados, os idosos abandonados, os meninos de rua. Que ela salve o seu povo, com a justiça social e o amor de seu Filho, Jesus Cristo”.

Francisco pediu que a Mãe Aparecida “proteja os mais pobres, os descartados, os idosos abandonados, os meninos de rua”, assim como “os descartados que estão nas mãos dos exploradores, de todos os gêneros”.

“Que salve o seu povo com a justiça social, com o amor de Jesus Cristo, seu Filho”, acrescentou.

Ao pedir que a Virgem abençoe o povo brasileiro, o Papa recordou que a imagem de Aparecida foi encontrada por pobres trabalhadores: Francisco concluiu pedindo a Padroeira do Brasil, com amor, por todo o povo brasileiro. “Ela foi encontrada por pobres trabalhadores, que hoje ela seja encontrada, de modo especial, por todos aqueles que precisam de trabalho, de educação e por aqueles que estão privados da dignidade”, recordou o Papa.

“Que hoje – continuou – possa ser encontrada por todos, de modo especial daqueles que precisam de emprego, de educação, por aqueles que estão provados de dignidade”.

Por fim, o Santo Padre convidou os presentes a rezar a Ave Maria. Depois, pediu que cantassem um canta dedicado a Nossa Senhora Aparecida.

O Papa se despediu dos presentes, entre os quais se encontravam autoridades civis e religiosas do Brasil, com destaque para Dom Raimundo Damasceno Assis, concedendo a todos a sua Bênção Apostólica.

Ao final, o Papa Francisco convidou todos a rezar a Ave Maria e, em seguida, entoar um cântico dedicado à Nossa Senhora Aparecida.

O Senhor fala ao seu povo!


Neste Ano Santo do Jubileu da Misericórdia, a Igreja Católica no Brasil nos propõe, no Mês da Bíblia, um estudo sobre o livro do profeta Miqueias. Ele era natural de Moréchet, um pequeno povoado de Judá, distante cerca de 35 km de Jerusalém. Viveu entre 740 e 700 a.C. Sabemos pouco da sua realidade social; devia ser alguém ligado à agricultura, pois as suas críticas contra os nobres da época fazem supor que ele era um pequeno proprietário ou um trabalhador da terra. O seu nome significa: “Quem é como o Senhor”.

O Mês da Bíblia deste ano traz como lema: “Praticar o direito, amar a misericórdia e caminhar humildemente com Deus”, baseado no texto do livro de Miqueias (Mq 6,8). Miqueias viveu em um momento difícil da história do povo de Deus e do próprio país. Foi um tempo marcado por invasões militares estrangeiras, por problemas de ordem militar, política e social. Esta realidade tão complexa que afetava diretamente a vida do povo é externada na voz profética de Miqueias. Ele nos dá uma visão pessimista de uma sociedade marcada pela situação de penúria das viúvas e dos órfãos desamparados e sem patrimônio, frente à ambição desmedida dos dirigentes. A corrupção, a injustiça e a falsidade assolavam o país e a desconfiança era geral, mesmo no interior da própria família.

"Toda Autoridade é constituída por Deus" (Rm 13,1-2).


São Paulo deixa claro que toda autoridade é um dom de Deus, é uma função confiada por Deus. Deus estabelece assim a liderança necessária para que as pessoas vivam bem. Todos nós precisamos de liderança, todo sistema precisa de líderes capazes de proporcionar uma vida mais digna às pessoas e o bom funcionamento da sociedade, assim Deus estabeleceu. Assim, Deus também procedeu com seu povo, ao suscitar profetas e líderes, como Moisés, Josué,Salomão, Davi,etc. Mas então você poderia perguntar: Se toda autoridade é constituída por Deus, como afirma São Paulo, por que surgiu o Nazismo, o Comunismo, as formas de governo totalitários e governantes por todo o mundo que promoveram a guerra, a destruição, a fome, a descriminação e a morte? Por isso precisamos bem interpretar as palavras de Paulo, para não atribuirmos a Deus, as escolhas erradas que os governantes fizeram ou farão.

Deus quis que a autoridade existisse, como estrutura, mas a forma de governar é de responsabilidade do governante que faz escolhas livremente; logo as palavras de São Paulo não podem servir a qualquer tipo de interesse. Seria covarde demais atribuir a Deus as escolhas erradas de todos os governantes da história. Ou seria justo atribuir a Deus os feitos de  Adolf Hitler que matou 21 milhões de pessoas!? Ou de Joseph Stalin que matou 43 milhões!? Ou ainda de Mao Tsé-tung que matou 77 milhões de pessoas!?     

Por amor de Cristo, ao serviço da sua palavra nem a mim mesmo perdoo


Filho do homem, coloquei-te como sentinela na casa de Israel. Deve notar-se que o Senhor chama sentinela àquele que envia a pregar. De facto, a sentinela está sempre num lugar alto, a fim de perscrutar tudo o que possa vir ao longe. Todo aquele que é colocado como sentinela do povo, deve, portanto, pela sua vida, situar-se bem alto, para ser útil com a sua previdência.
 
Oh como são duras para mim estas palavras que digo! Ao falar assim, estou a ferir-me a mim próprio, porque nem a minha pregação nem a minha vida estão à altura da missão que desempenho.
 
Reconheço-me culpado, confesso a minha tibieza e negligência. Talvez o próprio reconhecimento da culpa me alcance o perdão do piedoso Juiz.

Quando vivia no mosteiro, eu conseguia guardar a minha língua de conversas inúteis e manter quase continuamente o meu espírito em atitude de oração. Mas depois que tomei sobre meus ombros a responsabilidade pastoral, o espírito não consegue recolher-se tão assiduamente como queria, porque se encontra solicitado por muitas preocupações.

Vejo-me obrigado a ocupar-me ora dos problemas das igrejas ora dos mosteiros e analisar muitas vezes a vida e atuação de cada pessoa em particular; ora a ocupar-me de assuntos de ordem civil, ora a lamentar os estragos dos exércitos invasores dos bárbaros e a temer os lobos que ameaçam o rebanho que me foi confiado; ora a zelar pelos interesses daqueles que vivem submetidos a uma disciplina regular, ora a suportar com paciência certos assaltantes, ora a sair-lhes ao encontro para salvaguarda da caridade.

Estando assim dividido e subjugado por tão numerosas e tão grandes preocupações, como poderá o meu espírito recolher-se e concentrar-se para se poder dedicar plenamente à pregação e não se afastar do ministério da palavra? Além disso, obrigado por dever de ofício, tenho de tratar muitas vezes com os homens do mundo, o que me leva por vezes a afrouxar o domínio da língua. Na verdade, se mantenho nesta matéria uma disciplina rigorosa, sei que isso afastará de mim os mais fracos e assim nunca poderei atraí-los ao que pretendo. Por isso acontece muitas vezes que também ouço pacientemente as suas conversas inúteis. Mas porque também eu próprio sou fraco, deixo-me atrair um pouco para essas palavras ociosas e começo a falar de bom grado sobre aquilo que principiara a ouvir contrariado; e acabo por ficar com gosto, onde antes me repugnava cair.
 
Quem sou eu, portanto, ou que espécie de sentinela sou eu, que, em lugar de permanecer firme sobre a alta montanha, me encontro prostrado, pelo meu modo de proceder, no vale da fraqueza? Mas o Criador e Redentor do género humano é assás poderoso para me conceder a mim, embora indigno, a altitude da vida e a eficácia da linguagem: é por seu amor que, ao serviço da sua palavra, nem a mim mesmo perdoo.



Das Homilias de São Gregório Magno, papa, sobre o profeta Ezequiel
(L. 1, 11, 4-6: CCL 142, 170-172) (Sec. VI)

O Anticristo se sentará no trono do templo de Deus

 

Entretanto, irmãos, vos suplicamos, pelo advento de Nosso Senhor Jesus Cristo, e de nossa união à Ele. Que não abandoneis rapidamente vossos sentimentos, nem os assusteis com supostas revelações, com certos discursos, ou com cartas que se suponham enviadas por nós, como se o dia do Senhor estivesse muito próximo. Não deixai-vos seduzir por nada e de nenhum modo, porque não virá este dia sem que primeiro haja acontecido a apostasia geral dos fiéis, e aparecido o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se oporá à Deus e se levantará contra tudo o que se diz Deus, ou se adora, até chegar a por seu assento no templo de Deus, dando-se a entender que é Deus. Não vos recordais que, quando estava entre vós, vos dizia estas coisas?- 2 Tessalonicenses 2,1-5

 

Prediz em segundo lugar ao Anticristo, quanto a sua culpa e pena, que toca implicitamente e em comum, e seguidamente explica, e quanto ao seu poder.


Disse pois:
primeiro virá a apostasia e então se deixará ver.


E chama-se “o homem do pecado, o filho da perdição”, segundo a Glosa, porque assim como em Cristo abundou a plenitude da virtude, assim também no Anticristo a multidão de todos os pecados; e assim como Cristo é melhor que todos os santos, assim o Anticristo pior que todos os maus.


Por isto se chama o homem do pecado, porque ele todo, dos pés a cabeça, será um puro pecado.
Mas isto não quer dizer que não pudesse ser pior, porque o mal jamais corrompe totalmente o bem, conquanto ao ato não poderá ser pior; contudo melhor que Cristo nenhum homem.

 

Disse-se “o filho da perdição”, isto é, destinado à perdição final (Jó 21). O filho da perdição, isto é, do diabo, não por natureza, senão pela malícia acabada, que nele se acumulará.
E disse: “se fará manifesto”; porque assim como todos os bens e virtudes dos santos, que precederam à Cristo, foram figura de Cristo; da mesma maneira em todas as perseguições da Igreja os tiranos foram como figura do Anticristo no que ele estava latente; e assim toda aquela malícia, que estava escondida neles, se fará patente a seu tempo.

São Gregório Magno


Gregório Magno, assim chamado pela sua grande sabedoria e caridade em cuidar da Igreja, nasceu em 540 na corte romana. Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso. Quando seu pai morreu, Gregório era muito jovem, mas já ingressara na vida pública, sendo o prefeito de Roma. 

Nessa época buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos. Gregório então lhes deu um palácio, onde eles fundaram um Convento. Este contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento, onde vestiu o hábito beneditino. 

Sendo um grande diplomata, foi enviado para Constantinopla como legado papal. Também nesta época escreveu muitas de suas obras. Após a morte do Papa Pelágio, ele foi eleito seu sucessor. Gregório relutou em aceitar o cargo, mas acabou assumindo o papado. 

Seu pontificado destacou-se por muitas novidades: instituiu a observância do celibato, a introdução do Pai-Nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade. 

Papa Gregório levou uma vida de monge, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o Cristianismo fosse respeitado. 

Morreu em 604, sendo sepultado na Basílica de São Pedro.  



Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Gregório Magno governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.