Fé
em Deus, mas fé também nas pessoas. Em tempo de eleições municipais, só podemos
acreditar num candidato se ele apresenta fidelidade nas atitudes normais na sua
vida. Fidelidade no que diz, no que pensa e no que faz. Diz a Sagrada Escritura
assim: “quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é
injusto nas pequenas também é injusto nas grandes” (Lc 16,10).
A
fé é adesão firme em Deus, porque Ele é fiel. Acreditar no outro supõe que ele
também seja fiel. Nisso está a identidade do voto, da confiança depositada no
candidato que a gente escolhe. Ele não pode ser incoerente e irresponsável na
administração que ora está assumindo. A prática que temos visto, nos últimos
tempos, não tem sido essa da parte de muitas das nossas lideranças políticas.
Não
podemos permitir que o direito e as pessoas justas sejam pisados pelas
lideranças inescrupulosas. Na seara dos políticos encontramos candidatos
honestos e preocupados com o bem popular e vão trabalhar para isso. Mas também
sabemos dos carreiristas e despreparados para uma função pública de
responsabilidade. Não é fácil fazer um verdadeiro discernimento na hora da
escolha!
Os
brasileiros não estão muito confiantes na ação política. Os vexamos que
aparecem levam a um total descrédito, a ponto de dizer que um novo Brasil é
impossível de acontecer. Na verdade, falta fé, porque falta fidelidade da parte
daqueles que deveriam ser modelos de coerência. Muitos eleitores preferiam não
votar em ninguém, porque são muitas as decepções no mundo político.