sábado, 1 de outubro de 2016

Voto católico: isso existe?


As eleições, em qualquer estado democrático do mundo, tem um efeito curioso sobre os católicos: ao mesmo tempo em que sentimos a responsabilidade de ajudar na construção da casa comum, também nos sentimos confusos, perdidos, muitas vezes obrigados a escolher “o mal menor”.

Do meu ponto de vista, chegamos a esta situação devido à perda de sentido do nosso pertencimento ao povo de Deus – um pertencimento que também é político. Nós, cristãos, somos uma “nação de nações”, configurada pelo nosso “ser de Cristo”. É um pertencimento que não provém de nenhuma decisão ideológica, nem consiste em estar de acordo com alguma série de postulados abstratos; é um pertencimento que provém do fato fundamental de termos encontrado o Senhor e caminharmos rumo a Ele e junto com Ele.

Convém recordar que a Eucaristia é o primeiro e mais importante “ato político” no mundo. A celebração da Eucaristia na mais humilde das paróquias é um ato político de dimensão incomparavelmente maior que qualquer cúpula de chefes de Estado. O motivo é que, ao comungarmos, somos incorporados ao Corpo de Cristo e nos tornamos um só, com Ele e com os nossos irmãos, num laço que é mais real e mais verdadeiro que os laços do sangue e da cidadania.

Todas as teologias pagãs sustentadas no mundo contemporâneo são meros esforços grosseiros para simular um pertencimento semelhante.

É decisivo que compreendamos isto: existem formas de gerir as relações de intercâmbio de recursos (economia), o crescimento pessoal (educação) e o bem comum (política) que nascem do encontro com Cristo e que são substancialmente diferentes, nesses âmbitos e em outros tantos, das que provêm das teologias pagãs nas quais se alicerça a mentalidade dominante.

É um erro capital pensar que a experiência de Cristo não tenha relevância em todos e cada um dos atos cotidianos, em todas e cada uma das nossas práticas e preocupações.

Por isso, a primeira decisão política não é em quem votar, mas sim a decisão de acolher ou rejeitar Jesus Cristo como centro da própria vida.

As dificuldades que vivemos para definir o nosso voto se tornam mais evidentes quando tentamos decidir a partir de argumentos morais. A moralidade é importante, mas, separada do seu sentido, que é Cristo, até ela se reduz a simplesmente mais uma ideologia.

A famosa Carta a Diogneto (leia esta preciosidade AQUI), que é todo um manual sobre política cristã, declara que o povo de Deus vive no meio dos outros, mas de maneira assombrosamente diferente; por exemplo, “não abandonando os filhos de suas entranhas”.

O autor da carta evoca o fato de que as famílias cristãs, na época dos romanos, iam até os lugares em que os pagãos abandonavam os filhos recém-nascidos que não desejavam assumir e os adotavam como próprios, e que esta forma de viver não surgia de uma simples rejeição ideológica ao aborto e ao infanticídio, mas sim de uma superabundância de amor, que se derramava sobre todos os aspectos da vida.

Ao entendermos isto, percebemos que a solução não é criar uma espécie de “partido católico”, porque ele mesmo só poderia participar do jogo se aceitasse os pressupostos do poder, que são pagãos: os partidos partem da ideia de que as relações humanas, todas elas, mas em especial as econômicas, são movidas pelo interesse. É consequência básica que se preocupem, portanto, em manter seus privilégios e permanecer no poder adaptando suas “opiniões” ao que redundar em seu proveito conforme cada contexto. 

Papa aos agentes de caridade: "Vosso trabalho favorece a unidade".


VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO
 À GEÓRGIA E AO AZERBAIJÃO 

(30 DE SETEMBRO - 2 DE OUTUBRO DE 2016)

ENCONTRO COM OS AGENTES DE CARIDADE E ASSISTIDOS

SAUDAÇÃO DO SANTO PADRE
Centro dos Camilianos - Tbilissi
Sábado, 1 de outubro de 2016


Queridos irmãos e irmãs!

Com afeto vos saúdo, feliz por me encontrar convosco, agentes de caridade aqui na Geórgia, que, através da vossa solicitude, expressais de maneira eloquente o amor ao próximo, distintivo dos discípulos de Cristo. Agradeço ao P. Zurab as palavras que me dirigiu em nome de todos. Representais os diferentes centros caritativos do país: institutos religiosos masculinos e femininos, Cáritas, associações eclesiais e outras organizações, grupos de voluntariado. A cada um testemunho o meu apreço pelo generoso compromisso ao serviço dos mais necessitados.

A vossa atividade é um caminho de cooperação fraterna entre os cristãos deste país e entre fiéis de diferentes ritos. Este encontro sob o signo da caridade evangélica é testemunho de comunhão e favorece o caminho da unidade. Encorajo-vos a continuar por esta estrada exigente e fecunda: as pessoas pobres e frágeis são a «carne de Cristo» que interpela os cristãos de todas as Confissões, instigando-os a agir sem interesses pessoais, mas apenas seguindo o impulso do Espírito Santo. 

Pedagogia Litúrgica para o mês de Outubro de 2016: "Liturgia e Missão".


Outubro é conhecido como mês missionário. É a proposta de uma oportunidade para as Equipes de Liturgia e as Equipes de Celebrações refletirem sobre Liturgia e Missão e sobre aspectos da missão da Pastoral Litúrgica na comunidade. Um tema a ser considerado e refletido a partir das muitas celebrações deste mês de outubro de 2016; seis ao todo.

A essencialidade da fé para a missão

O envio missionário coloca como exigência fundamental a fé, mesmo porque nem sempre o missionário tem clareza de sua missão, dado que o silêncio divino é grande e, por isso, nem sempre se manifesta de modo evidente qual missão deve ser realizada(27DTC-C). Mas, se de um lado existe o confronto com o silêncio de Deus, de outro lado, o mesmo 27DTC-C apresenta a humildade como condição indispensável para que o serviço missionário tenha êxito, principalmente quando este acontece dentro de um contexto social marcado pela corrupção e pela debilidade moral, como é caso de nossa Igreja, aqui no Brasil.

A missão de conduzir a Jesus Cristo

Outro elemento importante, no exercício missionário, consiste em reconduzir quem foi afetado pela lepra do pecado a voltar para Jesus, com ação de graças. Assim fez um dos dez leprosos curados por Jesus (28DTC-C). Nossa Pastoral Litúrgica tem a missão de ajudar os celebrantes a reconhecer Jesus como a fonte da Salvação para a humanidade, mostrando que nele está o modo de viver uma vida nova, pois purifica nossas vidas de todo tipo de lepra, seja de ordem corporal como espiritual.

É neste contexto que também entendemos a celebração de Nossa Senhora Aparecida, neste ano com o tema: “Rosto misericordioso de Maria”. Ela é considerada o exemplo de missionária da Igreja, seja pela sua humildade – uma das condições imprescindíveis do missionário (27DTC-C) – seja pela sua dedicação de mostrar o rosto misericordioso de Deus a quem está necessitado, como aconteceu nas Bodas de Caná. Nós que atuamos na Liturgia, somos convidados a agir do mesmo modo: através de nossas celebrações, de modo humilde e serviçal, mostrar o rosto misericordioso de Deus aos celebrantes. 

No coração da Igreja eu serei o amor


Não obstante a minha pequenez, quereria iluminar as almas como os Profetas, os Doutores, sentia a vocação de ser Apóstolo... Queria ser missionário, não apenas durante alguns anos mas queria tê-lo sido desde o princípio do mundo e continuar até à consumação dos séculos. Mas acima de tudo, ó meu amado Salvador, quereria derramar o sangue por Vós até à última gota.

Porque durante a oração estes desejos me faziam sofrer um autêntico martírio, abri as epístolas de São Paulo a fim de encontrar uma resposta. Casualmente fixei-me nos capítulos XII e XIII da primeira epístola aos Coríntios; e li no primeiro que nem todos podem ser ao mesmo tempo Apóstolos, Profetas, Doutores, etc.... que a Igreja é formada por membros diferentes e que os olhos não podem ao mesmo tempo ser as mãos. A resposta era clara, mas não satisfazia completamente os meus desejos e não me trazia a paz.     

Continuei a ler e encontrei esta frase que me confortou profundamente: Procurai com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar-vos um caminho mais excelente. E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos não são nada sem o amor e que a caridade é o caminho mais excelente que nos leva com segurança até Deus. Finalmente tinha encontrado a tranquilidade. 

Ao considerar o Corpo Místico da Igreja, não conseguira reconhecer-me em nenhum dos membros descritos por São Paulo; melhor, queria identificar-me com todos eles. A caridade ofereceu-me a chave da minha vocação. Compreendi que, se a Igreja apresenta um corpo formado por membros diferentes, não lhe falta o mais necessário e mais nobre de todos; compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que só o amor fazia actuar os membros da Igreja e que, se o amor viesse a extinguir-se, nem os Apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno. 

Então, com a maior alegria da minha alma arrebatada, exclamei: Ó Jesus, meu amor! Encontrei finalmente a minha vocação. A minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e este lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes: no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor; com o amor serei tudo; e assim será realizado o meu sonho.


Da autobiografia de Santa Teresa do Menino Jesus 
(Manuscrits autobiographiques, Lisieux 1957, 227-229) (Sec. XIX)

Jesus descrito por um pagão que o conheceu


Carta escrita ao Imperador romano Tibério César (14 a 37 d.C.) por Publius Lentulus, da Judéia, predecessor de Pôncio Pilatos. A carta se refere a Jesus Cristo, que naquela época principiava as suas pregações nas terras da Palestina:

O Senador Publius Lentulus da Judéia ao César Romano:

Soube, ó César, que desejavas ter conhecimento do que passo a dizer-te.

Há aqui um homem chamado Jesus Cristo, a quem o povo chama profeta e os seus discípulos afirmam ser o filho de Deus, criador do Céu e da Terra.

Realmente, ó César, todos os dias chegam notícias das maravilhas deste Cristo. Para dizer-te em poucas palavras, dá vista aos cegos, cura doentes e surpreende toda a Jerusalém.

Belo e de aspecto insinuante, é um homem de justa estatura, e a sua figura é tão majestosa que todos o amam irresistivelmente. Sua fisionomia, de uma beleza incomparável, revela meiguice, e ao mesmo tempo tal dignidade, que ao olhar-se para ele cada qual se sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.

O cabelo dele, até a altura das orelhas, é da cor das searas quando maduras, emoldurando divinamente a sua fronte radiosa de jovem mestre; caindo em anéis reluzentes, espalha-se pelos ombros com uma graça infinita, sendo então de uma cor indefinível, como o vinho claro e brilhante. Ele o traz apartado ao meio por uma risca, à moda dos nazarenos. A barba é da cor do cabelo e não muito larga, e também é dividida ao meio. O olhar de paz é profundo e grave, com reflexos de várias cores nos olhos, e o mais surpreendente é que resplandecem. As pupilas parecem os raios do Sol. Ninguém pode fitar-lhe o rosto deslumbrante.

O seu porte é muito distinto. Possui encanto e atrai os olhares. Tão belo o quanto pode um homem ser belo, ele é o mais nobre que imaginar se possa, e muito semelhante à sua mãe, a mais famosa figura de mulher que até hoje apareceu nesta terra.

Nunca foi visto sorrindo, mas já foi visto chorando várias vezes. As mãos e os braços são de uma grande beleza, que é um prazer contemplá-los. Faz-se amigo de todos e mostra-se alegre com gravidade. Quando é visto em público, aparece sempre com grande simplicidade. Quer fale, quer opere, fá-lo sempre com elegância e sobriedade. Toda a gente acha a conversação dele muito agradável e sedutora. Fala um idioma de misterioso encanto, e as multidões, compostas de judeus e de naturais da Capadócia, Panfília, Cirene e de muitas outras regiões, ficam perplexas ao ouvi-lo, pois cada qual o ouve como se fosse no próprio idioma pátrio.

Santa Teresinha do Menino Jesus


A vida da Santa Teresinha do Menino Jesus marca na História da Igreja uma nova forma de entregar-se à religiosidade. No lugar do medo do "Deus duro e vingador", ela coloca o amor puro e total a Jesus, amor puro, infantil e total, como deixaria registrado nos livros "Infância Espiritual" e "História de uma alma". 

Teresinha na França, em 02 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca. Nasceu numa família muito religiosa. Aos quinze anos conseguiu permissão para entrar no o Carmelo, em Lisieux, concedida especial e pessoalmente pelo Papa Leão XIII. 

Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita. 

Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do Supremo. Morreu em primeiro de outubro de 1897 com vinte e quatro anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos. 

O papa Pio XI a chamou de "Padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo”. 


Santa Teresinha, a vós recorremos em nossas trevas. Alcançai para nós, para a nossa pátria, as luzes do Divino Espírito Santo, para que todo o nosso íntimo seja luz e claridade, para que recebamos sempre os raios benéficos e esplêndidos de quem se apresentava ao mundo como a Luz celeste. Amém. 

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Em oração na Geórgia, Papa reza por vítimas de conflitos


VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO
 À GEÓRGIA E AO AZERBAIJÃO
(30 DE SETEMBRO - 2 DE OUTUBRO DE 2016)

ENCONTRO COM A COMUNIDADE ASSIRO-CALDEIA

ORAÇÃO DO SANTO PADRE PELA PAZ
Igreja Católica Caldeia de São Simão Bar Sabba'e - Tbilissi
Sexta-feira, 30 de setembro de 2016


Senhor Jesus,
adoramos a vossa cruz,
que nos liberta do pecado, origem de toda a divisão e de todo o mal;
anunciamos a vossa ressurreição,
que resgata o homem da escravidão do fracasso e da morte;
esperamos a vossa vinda na glória,
que leva a cumprimento o vosso reino de justiça, alegria e paz.

Senhor Jesus,
por vossa paixão gloriosa,
vencei a dureza dos corações, prisioneiros do ódio e do egoísmo;
pela força da vossa ressurreição,
arrancai da sua condição as vítimas da injustiça e da opressão;
pela fidelidade da vossa vinda
confundi a cultura da morte e fazei resplandecer o triunfo da vida.

Senhor Jesus,
uni à vossa cruz os sofrimentos de tantas vítimas inocentes:
as crianças, os idosos, os cristãos perseguidos;
envolvei com a luz da Páscoa quem está ferido no seu íntimo:
as pessoas abusadas, privadas da liberdade e da dignidade;
fazei experimentar a estabilidade do vosso reino a quem vive na incerteza:
os exilados, os refugiados, quem perdeu o gosto pela vida.

Papa fala de fraternidade em encontro com Patriarca da Geórgia


DISCURSO
Viagem do Papa Francisco a Geórgia e Azerbaijão
Encontro com Sua Santidade e Beatitude Elias II, Catholicos 
e Patriarca de toda a Geórgia
Palácio do Patriarcado
Sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Constitui para mim uma grande alegria e uma graça particular encontrar Vossa Santidade e Beatitude e os veneráveis Metropolitas, Arcebispos e Bispos, membros do Santo Sínodo. Saúdo ao senhor Primeiro-Ministro e a vós, ilustres Representantes do mundo académico e da cultura.

Vossa Santidade inaugurou uma página nova nas relações entre a Igreja Ortodoxa da Geórgia e a Igreja Católica, ao realizar a primeira visita histórica ao Vaticano dum Patriarca georgiano. Naquela ocasião, trocou com o Bispo de Roma o ósculo da paz e a promessa de rezarmos um pelo outro. Assim foi possível revigorar os laços de grande significado que existem entre nós desde os primeiros séculos do cristianismo. Tais laços incrementaram-se mantendo-se respeitosos e cordiais, como atestam a receção calorosa aqui reservada aos meus enviados e representantes, as atividades de estudo e pesquisa nos Arquivos do Vaticano e nas Universidades Pontifícias feitas por fiéis ortodoxos georgianos, a presença em Roma duma vossa comunidade alojada numa igreja da minha diocese, e a colaboração, sobretudo de caráter cultural, com a comunidade católica local. Cheguei como peregrino e amigo a esta terra abençoada, quando, para os católicos, está no seu ponto alto o Ano Jubilar da Misericórdia. Também o santo Papa João Paulo II viera aqui – o primeiro dos Sucessores de Pedro que o fez – num momento muito importante, ou seja, no limiar do Jubileu do ano 2000: viera reforçar os «vínculos profundos e fortes» com a Sé de Roma [Discurso na cerimónia de boas-vindas, Tbilissi, 8 de novembro de 1999: Insegnamenti XXII/2 (1999), 843] e lembrar a grande necessidade que havia, no limiar do terceiro milénio, do «contributo da Geórgia, esta antiga encruzilhada de culturas e tradições, para a edificação (…) duma civilização do amor» [Discurso no Palácio Patriarcal, Tbilissi, 8 de novembro de 1999: Insegnamenti XXII/2 (1999), 848].

Agora, a Providência divina faz-nos encontrar novamente e, face a um mundo sedento de misericórdia, unidade e paz, pede-nos que os vínculos entre nós recebam novo impulso, renovado ardor, de que o ósculo da paz e o nosso abraço fraterno já são um sinal eloquente. Assim a Igreja Ortodoxa da Geórgia, enraizada na pregação apostólica e de modo especial na figura do apóstolo André, e a Igreja de Roma, fundada sobre o martírio do apóstolo Pedro, têm a graça de renovar hoje, em nome de Cristo e da sua glória, a beleza da fraternidade apostólica. De facto, Pedro e André eram irmãos: Jesus convidou-os a deixar as redes e tornar-se, juntos, pescadores de homens (cf. Mc 1, 16-17). Caríssimo Irmão, deixemo-nos de novo olhar pelo Senhor Jesus, deixemo-nos ainda atrair pelo seu convite a pôr de lado tudo o que nos impede de ser, juntos, anunciadores da sua presença.