Outubro é
conhecido como mês missionário. É a proposta de uma oportunidade para as
Equipes de Liturgia e as Equipes de Celebrações refletirem sobre Liturgia e
Missão e sobre aspectos da missão da Pastoral Litúrgica na comunidade. Um tema
a ser considerado e refletido a partir das muitas celebrações deste mês de
outubro de 2016; seis ao todo.
A essencialidade da fé para a missão
O envio missionário coloca como exigência
fundamental a fé, mesmo porque nem sempre o missionário tem clareza de sua
missão, dado que o silêncio divino é grande e, por isso, nem sempre se
manifesta de modo evidente qual missão deve ser realizada(27DTC-C). Mas, se de um lado existe o
confronto com o silêncio de Deus, de outro lado, o mesmo 27DTC-C apresenta a
humildade como condição indispensável para que o serviço missionário tenha
êxito, principalmente quando este acontece dentro de um contexto social marcado
pela corrupção e pela debilidade moral, como é caso de nossa Igreja, aqui no
Brasil.
A missão de conduzir a Jesus Cristo
Outro elemento importante, no exercício
missionário, consiste em reconduzir quem foi afetado pela lepra do pecado a
voltar para Jesus, com ação de graças. Assim fez um dos dez leprosos curados
por Jesus (28DTC-C). Nossa Pastoral Litúrgica tem a
missão de ajudar os celebrantes a reconhecer Jesus como a fonte da
Salvação para a humanidade, mostrando que nele está o modo de viver uma vida
nova, pois purifica nossas vidas de todo tipo de lepra, seja de ordem corporal
como espiritual.
É neste contexto que também entendemos a celebração
de Nossa Senhora Aparecida, neste ano com o tema: “Rosto misericordioso de
Maria”. Ela é considerada o exemplo de missionária da Igreja, seja pela sua
humildade – uma das condições imprescindíveis do missionário (27DTC-C) – seja pela sua dedicação
de mostrar o rosto misericordioso de Deus a quem está necessitado, como
aconteceu nas Bodas de Caná. Nós que atuamos na Liturgia, somos convidados a
agir do mesmo modo: através de nossas celebrações, de modo humilde e serviçal,
mostrar o rosto misericordioso de Deus aos celebrantes.
Missão e oração
Nenhuma atividade missionária pode prescindir da
oração. Esta é outra força da missão e da Pastoral Litúrgica para o bom êxito
da atividade missionária, presente no 29DTC-C. Nossa atividade missionária como
Pastoral Litúrgica, na maior parte das vezes se parece a Moisés, que não desce
no campo de batalha, mas que faz o povo vencer a batalha enquanto estamos de
mãos erguidas, orando pelo nosso povo.
Celebrações missionárias, marcadas pela
simplicidade de nossas preces, pela humildade com que nos colocamos diante de
Deus, como ensina o Evangelho do 30DTC-C. Uma Pastoral Litúrgica missionária,
portanto, realizada na humildade do serviço evangelizador, sem a pretensão de
contar vantagens e vangloriar-se de belas celebrações, mas celebrar
humildemente para ajudar nossa gente a louvar e agradecer sempre a Deus com
sinceridade, como o publicano no fundo do templo (29DTC-C).
É também missão da Pastoral Litúrgica ter a
capacidade de perceber aqueles que vergonhosamente buscam encontrar o Senhor,
mas se sentem impedidos pela pequena estatura do respeito humano, pela baixa
estatura da fé ou até mesmo, pela vergonha de estar numa igreja, como era o
caso de Zaqueu (31DTC-C). É missão da Pastoral Litúrgica
olhar para estas pessoas para apresentar-lhes Jesus.
Neste mesmo víeis, a missão da Pastoral Litúrgica
de buscar aqueles que abandonaram nossas assembleias por considerá-las anônimas
e frias, não para convencê-los que a Missa é um espetáculo de arte, mas para
ajudá-los a se encontrarem com Jesus Cristo através de celebrações promotoras
de encontro com Deus.
Serginho Valle
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Serviço de
Animação Litúrgica
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