quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Trump cria grupo pró-vida e assina compromissos contra o aborto


O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, assumiu uma série de compromissos contra o aborto e nomeou um time de ativistas pró-vida para coordenar a sua campanha nesse âmbito.

Há duas semanas, Trump publicou uma carta em que fez diversos compromissos com o eleitorado pró-vida, caso se torne presidente: assinar o projeto de lei que proíbe o aborto após 20 semanas de gestação, nomear apenas juízes pró-vida para a Suprema Corte, retirar o financiamento público da clínica de abortos Planned Parenthood e tornar permanente a Emenda Hyde, que proíbe que o aborto seja realizado com financiamento público.

Trump anunciou que sua coalizão pró-vida será formada por 32 membros. Entre eles, estão a parlamentar Marsha Blackburn, que lidera a investigação sobre a Planned Parenthood – principal rede de clínicas de aborto no país; Mary Fallin, governadora de Oklahoma; Sam Brownback, governador do Kansas; Tony Perkins, do Family Research Council; Kristan Hawkins do Students for Life; o padre Frank Pavone, doPriests for Life; Alveda King, diretora da organização Civil Rights for the Unborn; e vários outros.

Os membros da coalizão serão responsáveis por divulgar os compromissos pró-vida de Trump em sua esfera de influência, defender a candidatura republicana e nomear responsáveis em cada estado para que a mensagem pró-vida da campanha chegue ao eleitor. “As políticas sublinhadas pelo Sr. Trump são importantes não apenas para a base eleitoral pró-vida, mas apelam também a uma maioria de americanos que se opõem ao plano de Hillary Clinton de fazer com que os que pagam impostos financiem até mesmo abortos tardios”, disse Dannenfelser. 

O catolicismo continuará crescendo, menos europeu e mais global, afirmam especialistas


É tudo uma questão de repensar a presença, encontrar novas formas, trabalhar com talento. Bento XVI reiterou isso ao seu biógrafo Peter Seewald, quando ele respondeu rapidamente sobre a descristianização da Europa nas Ultime conversazioni [Últimas conversas] (Ed. Garzanti), o seu testamento espiritual. É uma evidência, mas talvez, mais do que passar em revista a lista das igrejas vazias, fechadas e abandonadas, talvez convertidas em mercados de frutas ou salões de festa com excelente parquet – todas coisas que já sabemos de memória –, seria útil entender que o problema é a fé, sedada e distraída.

Em suma, reiniciar a partir daí, da questão central e fundamental do ser cristão. Isto é, testemunhar de formas diferentes, o que não significa que devam ser transgressivas. Até porque a história segundo a qual o catolicismo (ou até mesmo segundo o cristianismo) está em agonia, destinada a uma morte certa, é, na realidade, uma boa piada para as manchetes dos jornais e para as discussões de alguns círculos luteranos do século XVI.

Philip Jenkins, um dos maiores especialistas de história e ciências das religiões, escreveu isso recentemente no jornal Catholic Herald. Nada de fim, nada de extinção. Sim, é claro, as multidões entre os bancos de madeira das igrejas (onde eles ainda existem, sem terem sido substituídos por tristes cadeiras) são raras, as procissões continuaram flutuantes, mas tudo isso está relacionado com a Europa.

Aí está o problema, na tese de Jenkins: pensar o catolicismo como algo meramente europeu, ligado à teoria das suas imensas e antigas catedrais, aos ritos de um tempo que foi, à catequese administrada em doses maciças para crianças de cinco, seis, sete anos todas as santas manhãs depois da missa e mesmo antes de ir para a escola. Essas crianças, na maioria das vezes, são aqueles que hoje – desligados dos deveres impostos – são os primeiros que não colocam mais os pés na Igreja e não levam os filhos.

Há alguns anos, em 2011, a American Physical Society publicou um volumoso e detalhado dossiê que se concluía com a sentença inapelável: o mundo se livraria das religiões (de todas, incluindo o Islã, hoje imerso na luta fratricida entre sunitas e xiitas pela supremacia sobre a umma) até 2100, e, no topo da lista dos países prontos a abandonar aquilo em que tinham acreditado durante séculos, despontavam a Áustria e a Irlanda. Ou seja, duas das realidades que mais contribuíram com a causa católica, embora hoje também lá se sofra, e não só pelos escândalos sexuais e financeiros – no que respeita à Áustria, é suficiente reler o discurso desesperado que o cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, fez há três anos ao clero de Milão, contando uma situação que obriga a diocese a vender as Igrejas ao melhor comprador (na melhor das hipóteses, aos ortodoxos), vazias e financeiramente insustentáveis.

“O que eu posso fazer?”, perguntava-se o cardeal, descrevendo uma situação, na sua opinião, irremediavelmente comprometida. O estudo aplicava complicados modelos matemáticos que levavam todos à mesma conclusão: “Em grande parte das modernas democracias seculares, há uma tendência segundo a qual o povo não se identifica com nenhuma religião. Na Holanda, estamos em 40%, enquanto o nível mais alto foi registrado na República Checa, com 60% daqueles que se declaram não filiados a qualquer religião”.

Daí a profetizar – como Cassandras – o fim da religião dentro de poucas décadas, porém, há uma grande distância, até porque a fé individual ainda é uma das poucas coisas que escapa das classificações em banco de dados ou em tabelas do Excel.

Em suma, o fato de não haver mais católicos em Praga pode desagradar aqueles que se emocionam ao ouvir o som dos sinos medievais, mas não pode, de modo algum, marcar o destino de uma religião.

Jenkins não parte de preconceitos. Ele mesmo escreveu um livro (La storia perduta del cristianesimo [A história perdida do cristianismo], Ed. Emi) para dizer que “as religiões morrem” e que, “ao longo da história, algumas religiões desaparecem totalmente, outras se reduzem de grandes religiões mundiais a um punhado de seguidores”.

Em suma, não seria uma novidade. Mas, desta vez, o prognóstico auspicioso não tem razão de ser. Porque a Igreja Católica, que “já é a maior instituição religiosa do planeta”, está desfrutando de um crescimento global sem precedentes. Os números: em 1950, a população católica era de 347 milhões de indivíduos. Vinte anos depois, eram 640 milhões. Em 2050, de acordo com estimativas conservadoras, serão 1,6 bilhão.

E então? Aqui também, trata-se de ampliar os horizontes e olhar para fora do contexto meramente ocidental. “Eu falei de crescimento global, e o elemento ‘global’ requer ênfase”, escreve Jenkins. “A Igreja tem a pretensão de ter inventado a globalização, o que explica por que os seus números estão em plena expansão. Ao longo da história, houve tantos chamados ‘impérios mundiais’ que, na realidade, estavam confinados principalmente à Eurásia. Apenas no século XVI, os impérios espanhol e português realmente abraçaram o mundo. Para mim – escreve o estudioso, professor emérito da Penn State University – a verdadeira globalização começou em 1578, quando a Igreja Católica estabeleceu a sua diocese em Manila, nas Filipinas – como sede sufragânea da Cidade do México, do outro lado do imenso Oceano Pacífico”.

O fato é que “hoje estamos habituados a pensar o cristianismo como uma fé tradicionalmente ambientada na Europa e na América do Norte, e só gradualmente aprendemos o estranho conceito de que essa religião se propaga em escala global, porque o número dos cristãos está aumentando rapidamente na África, na Ásia e na América Latina”, escreve Jenkins.

“O cristianismo – continua – está tão enraizado no patrimônio cultural do Ocidente que faz com que se pareça quase revolucionária tal globalização, com todas as influências que ela pode exercer sobre a teologia, a arte e a liturgia. Uma fé associada principalmente com a Europa deve, de algum modo, se adaptar a esse mundo mais vasto, redimensionando muitas das suas premissas, ligadas à cultura europeia”. 

Renovai‑vos pela fé que é a Carne do Senhor e pela caridade que é o seu Sangue


Revestidos de mansidão, renovai‑vos pela fé que é a Carne do Senhor e pela caridade que é o Sangue de Jesus Cristo. Nenhum de vós guarde ressentimento contra o seu próximo. Não deis ocasião aos gentios para que a comunidade reunida em Deus seja caluniada por causa de alguns insensatos. Ai daquele por cuja leviandade é ultrajado o meu nome!

Fechai os ouvidos quando vos falam de outra coisa que não seja Cristo, da linhagem de David, filho de Maria, que verdadeiramente nasceu, comeu e bebeu, verdadeiramente sofreu perseguição sob Pôncio Pilatos, foi verdadeiramente crucificado e morto na presença do Céu, da terra e dos abismos, e verdadeiramente ressuscitou de entre os mortos pelo poder do Pai, que também nos há-de ressuscitar a nós que acreditamos n’Ele. Seremos ressuscitados em Cristo Jesus, sem o qual não podemos ter a verdadeira vida.

Fugi dos maus rebentos que produzem frutos venenosos: se alguém os prova, morre fatalmente. Estes rebentos não são da plantação do Pai. Se o fossem, apareceriam como ramos da cruz e o seu fruto seria incorruptível. Por esta cruz, Cristo vos convida, como a seus membros que sois, a tomar parte na sua paixão. Com efeito, a cabeça não pode existir separada dos membros. O mesmo Deus prometeu tal união, Ele que é unidade.

Saúdo-vos desde Esmirna, juntamente com as Igrejas de Deus que estão comigo e que me têm proporcionado toda a espécie de consolações temporais e espirituais. Ao mesmo tempo que rezo para alcançar a Deus, as cadeias que suporto por amor de Cristo vos fazem esta exortação: Permanecei na concórdia e na oração em comum. É necessário que cada um de vós, e sobretudo os presbíteros, confortem o bispo, para glória do Pai, de Jesus Cristo e dos Apóstolos.

Peço-vos que me escuteis com caridade, para que esta carta não se converta em testemunho contra vós. Rezai também por mim, que preciso muito da vossa caridade e da misericórdia de Deus para ser digno de alcançar a herança, que estou prestes a conseguir, e não ser julgado indigno dela.

Saúda-vos a caridade dos irmãos de Esmirna e de Éfeso. Tende sempre presente nas vossas orações a Igreja da Síria, da qual não sou digno de me chamar membro, porque sou o último de todos os fiéis. Saúdo-vos em Cristo, a vós que estais sujeitos ao bispo como à lei de Deus; e não só ao bispo, mas também ao presbitério. Amai-vos uns aos outros, todos e cada um, de coração unânime.

Ofereço por vós a minha vida, não só agora mas também quando chegar à presença de Deus. Ainda me encontro exposto ao perigo, mas estou confiante na fidelidade do Pai em Jesus Cristo. Ele escutará a minha e a vossa oração. Espero que n’Ele vos encontreis sem mancha.


Da Carta de Santo Inácio de Antioquia,
bispo e mártir, aos Tralianos
(Cap. 8,1 - 9,2; 11, 1 - 13,3: Funk I, 209-211) (Sec. I)

Todos podem usar o solidéu?


Ainda é possível ver o início do atual movimento litúrgico. Apesar de sabermos e não duvidarmos que é comum uma crise – onde também está inserida a Liturgia – após um Concílio, é inegável que o pontificado de Bento XVI impulsionou as pessoas de boa vontade a redescobrir que a Liturgia não é nossa, mas de Deus, e por isso, possuindo regras próprias e justificadas, só nos cabe desapegarmos de nossos conceitos e nos deixarmos abrir à maravilha que a fidelidade litúrgica propicia.

E então, como dizíamos, ainda é recente o movimento litúrgico “beneditino”. Principalmente desde o fim de 2007, quando Mons. Guido Marini começou a chefiar o Escritório das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, reapareceram no vestuário eclesiástico e litúrgico barretes, tabarros, alvas e sobrepelizes com renda, casulas romanas, orientação “versus Deum” na Missa, altares com 6 (e 7, com o Bispo) castiçais etc. Claro que havia lugares, embora contados, que mantinham esses costumes mesmo durante os difíceis e preconceituosos anos pós-Vaticano II. Isto acontecia porque neles se percebia que o último Concílio não quis romper com a tradição de 19 séculos precedentes, quem fiz fazê-lo foram muitos que tiveram o poder para convencer e, de certo modo, conseguiram. Mas, passados alguns anos, a ignorância deu lugar à inteligência e tudo isto coincidiu – repetimos – com o zelo do pontificado de Bento XVI.

Contudo, há um problema: alguns passaram a se enganar que o renascimento litúrgico na Igreja deveria lançar mão a tudo que aparentasse um conservadorismo, mas, na verdade, acabou se tratando de uma confusão das coisas. Para ser mais claro: passaram a usar o que não deveria ou como não deveriam. E um exemplo disto é o solidéu dentro das celebrações litúrgicas, sobre o qual nos deteremos a seguir.

Santa Maria Faustina Kowalska


A misericórdia divina revelou-se manifestamente na vida desta bem-aventurada, que nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central. Faustina foi a terceira de dez filhos de um casal pobre. Por isso, após dois anos de estudos, teve de aplicar-se ao trabalho para ajudar a família.

Com dezoito anos, a jovem Faustina disse à sua mãe que desejava ser religiosa, mas os pais disseram-lhe que nem pensasse nisso. A partir disso, deixou-se arrastar para diversões mundanas até que, numa tarde de 1924, teve uma visão de Jesus Cristo flagelado que lhe dizia: “Até quando te aguentarei? Até quando me serás infiel?”

Faustina partiu então para Varsóvia e ingressou no Convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia no dia 1 de agosto de 1925. No convento tomou o nome de Maria Faustina, ao qual ela acrescentou “do Santíssimo Sacramento”, tendo em vista seu grande amor a Jesus presente no Sacrário. Trabalhou em diversas casas da congregação. Amante do sacrifício, sempre obediente às suas superioras, trabalhou na cozinha, no quintal, na portaria. Sempre alegre, serena, humilde, submissa à vontade de Deus.

Santa Faustina teve muitas experiências místicas onde Jesus, através de suas aparições, foi recordando à humilde religiosa o grande mistério da Misericórdia Divina. Um dos seus confessores, Padre Sopocko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Desta forma, não por vontade própria, mas por exigência de seu confessor, ela deixou a descrição das suas vivências místicas, que ocupa algumas centenas de páginas.

Santa Faustina sofreu muito por causa da tuberculose que a atacou. Os dez últimos anos de sua vida foram particularmente atrozes. No dia 5 de outubro de 1938 sussurrou à irmã enfermeira: “Hoje o Senhor me receberá”. E assim aconteceu.

Beatificada a 18 de abril de 1993 pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”, foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.


Ajudai-me, Senhor, para que a minha língua seja misericordiosa, de modo que eu nunca fale mal dos meus irmãos; que eu tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão. Ajudai-me, Senhor, para que as minhas mãos sejam misericordiosas e transbordantes de boas obras, nem se cansem jamais de fazer o bem aos outros, enquanto, aceite para mim as tarefas mais difíceis e penosas. Ajudai-me, Senhora, para que sejam misericordiosos também os meus pés, para que levem sem descanso ajuda aos meus irmãos, vencendo a fadiga e o cansaço; o meu repouso esteja no serviço ao próximo. Ajudai-me, Senhor, para que o meu coração seja misericordioso e se torne sensível a todos os sofrimentos do próximo; ninguém recebe uma recusa do meu coração. Que eu conviva sinceramente mesmo com aqueles que abusam de minha bondade. Quanto a mim, me encerro no Coração Misericordiosíssimo de Jesus, silenciando aos outros o quanto tenho que sofrer. Vós mesmo mandais que eu me exercite em três graus da misericórdia; primeiro: Ato de misericórdia, de qualquer gênero que seja; segundo: Palavra de misericórdia – se não puder com a ação, então com a palavra; terceiro: Oração. Se não puder demonstrar a misericórdia com a ação nem com a palavra, sempre a posso com a oração. A minha oração pode atingir até onde não posso estar fisicamente. Ó meu Jesus, transformai-me em Vós, porque Vós tudo podeis”.

Santa Faustina, rogai por nós!

São Benedito


São Benedito nasceu perto de Messina, na ilha da Sicília, Itália, no ano de 1526. Benedito significa abençoado. Seus pais foram escravos vindos da Etiópia para a Sicília. Era filho de Cristovão Manasceri e de Diana Larcan. O casal não queria ter filhos para não gerarem mais escravos. O senhor deles, sabendo disso, prometeu que, se eles tivessem um filho, daria a ele a liberdade. Assim, eles tiveram Benedito. E, como prometido, ele foi libertado pelo seu senhor ainda menino.

Benedito foi educado por seus pais na fé cristã. Quando menino, cuidava das ovelhas e sempre aproveitava para rezar o Rosário, ensinado por sua mãe.

Quando tinha 20 anos foi insultado por causa de sua raça. Porém, com muita calma e paciência suportou tudo. Vendo isso, o líder dos eremitas franciscanos, Frei Jerônimo Lanza, convidou-o para fazer parte da congregação. São Benedito aceitou prontamente, vendeu tudo o que tinha e se tornou um eremita franciscano, ficando com eles por volta de 5 anos.

O Papa Pio IV, desejando unificar a ordem franciscana, ordenou aos eremitas que se juntassem a qualquer ordem religiosa. Benedito foi para o mosteiro da Sicília, um convento em Santa Maria de Jesus. Era o convento dos franciscanos capuchinhos. Benedito entrou como irmão leigo, assumindo uma função tida como secundária: a de cozinheiro. Benedito, porém, fez da cozinha um santuário de oração e fervor. Vivia sempre alegre e com muita mansidão, conquistando a todos com sua comida saborosa e sua simpatia.

Foi transferido depois para o convento de Sant’Ana di Giuliana, ficando por 4 anos. Depois retornou para o convento de Santa Maria de Jesus, permanecendo ali até sua morte.

Por causa de sua vida exemplar, trabalho, oração e ajuda a todos, Frei Benedito tornou-se um líder natural. Em 1578 foi convidado para ser o Guardião, (superior) do mosteiro, cargo que aceitou depois de muita relutância. Apesar de ser analfabeto, administrou o mosteiro com grande sucesso, seguindo com rigor os preceitos de São Francisco. Organizou os noviços, foi caridoso os padres, era o primeiro a dar exemplo nas orações e no trabalho.

Os teólogos vinham de longe para conversar com São Benedito e aprender com ele. Frei Benedito tinha o dom da sabedoria e o dom da ciência. E, apesar de sua condição de analfabeto, ensinava a todos.

Mandava os porteiros não dispensarem nenhum pobre sem antes dar-lhes alimento e ajuda, mesmo na dificuldade do mosteiro. Quando termina seu mandato como superior, ele volta com alegria para o seu ofício de cozinheiro.

Todos queriam ver e tocar em São Benedito, por causa de sua fama de santidade, palavras, milagres e orações. Os escravos simpatizavam muito com ele, por ser negro, pobre e com grandes virtudes. Em torno do seu nome surgiram numerosas irmandades. São Benedito é um dos Santos mais populares no Brasil, com inúmeras paróquias por todos os lugares inspiradas em seu modelo de humildade e caridade.

Grande é o numero de milagres de São Benedito, inclusive a ressurreição de dois meninos, a cura de vários cegos e surdos, a multiplicação de peixes e pães, e vários outros milagres. Alguns milagres de multiplicação de alimentos aconteceram na cozinha de São Benedito. Por isso, ele é tido carinhosamente pelo povo como o Santo Protetor da cozinha, dos cozinheiros, contra a fome e a falta de alimentos.

Um dia Frei Benedito profetizou que quando morresse teria que ser enterrado às pressas para evitar problemas para seus irmãos. Depois disso, ficou gravemente doente e faleceu no dia 4 de abril de 1589, aos 65 anos de idade. E a profecia se cumpriu: quando ele faleceu uma multidão invadiu o mosteiro para vê-lo, conseguir algum objeto seu ou um pedaço de sua roupa de monge para terem como relíquia do santo pobre e humilde, causando problemas para o convento.

Na hora de sua morte ele disse com muita alegria: Jesus! Jesus! Minha mãe, doce Maria! Meu Pai São Francisco! E morreu em paz. Seu corpo foi transladado para a igreja e exalava suave perfume. Exumado posteriormente, estava intacto, (incorrupto). Em 1611 seu corpo foi colocado em uma urna de cristal na igreja de Santa Maria em Palermo para visitação e permanece até os dias de hoje.

São Benedito foi canonizado em 24 de maio de 1807, pelo Papa Pio Vll. É representado com o menino Jesus nos braços por que fora visto várias vezes com um lindo bebê nos braços quando estava em profunda oração. Por orientação da CNBB, no Brasil a festa de São Bendito é comemorada no dia 5 de outubro.


Glorioso São Benedito, grande confessor da fé, com toda a confiança venho implorar a vossa valiosa proteção. Vós, a quem Deus enriqueceu com dons celestes, consegui-me as graças que ardentemente desejo, para maior glória de Deus. Confortai o meu coração nos desalentos. Fortificai minha vontade para cumprir bem os meus deveres. Sede o meu companheiro nas horas de solidão e desconforto. Assisti-me e guiai-me na vida e na hora da minha morte, para que eu possa bendizer a Deus nesse mundo e gozá-lo na eternidade. Com Jesus Cristo, a quem tanto amastes. Assim seja, amém.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Papa fala sobre homossexuais, transexuais e ideologia de gênero em coletiva de imprensa


Durante a coletiva de imprensa no domingo, 2 de outubro, como costuma fazer na volta das suas viagens internacionais, o Papa Francisco respondeu a uma pergunta a respeito do acompanhamento às pessoas transexuais.

A seguir, a pergunta do jornalista e a resposta completa do Santo Padre na qual também fala acerca da ideologia de gênero:

Josh McElwee, do National Catholic Reporter: Obrigado Santo Padre. Nesse mesmo discurso de ontem na Geórgia, falou como em muitos outros países, da teoria de gênero, dizendo que é a grande inimiga e uma ameaça contra o matrimônio. Mas eu gostaria de perguntar o que diria a uma pessoa que sofreu por anos com sua sexualidade? Se realmente sente que é um problema biológico que seu aspecto físico não corresponde ao que ele ou ela considera sua identidade sexual. O senhor, como pastor e ministro, como acompanharia a estas pessoas?

Papa Francisco: “Antes de tudo, acompanhei na minha vida de sacerdote, de bispo e até de Papa pessoas com tendência e também com prática homossexual. Eu as acompanhei e aproximei do Senhor, alguns não podiam, mas acompanhei e nunca abandonei ninguém, que isto fique claro.

As pessoas devem ser acompanhadas como as acompanha Jesus. Quando uma pessoa tem essa condição e chega diante de Jesus, o Senhor não lhe dirá: Vai embora porque você é homossexual! Não!

Eu me referi sobre a maldade que se faz hoje com a doutrinação da teoria de gênero.

Um pai francês me contou que falava na mesa com os filhos – católicos eles e a esposa, católicos não tão comprometidos, mas católicos – e perguntou ao menino de 10 anos: ‘O que quer ser quando crescer? ’ ‘Uma menina’.

O pai notou que o livro da escola ensinava a teoria de gênero e isso vai contra as coisas naturais. Uma coisa é a pessoa ter essa tendência, essa opção, e também quem muda de sexo. Outra coisa é ensinar nas escolas esta linha para mudar a mentalidade. Isso eu chamo de colonizações ideológicas. 

Nova tecnologia revela conteúdos de antigos manuscritos bíblicos


Pela primeira vez depois de vários séculos será possível ler um manuscrito antigo da Bíblia, graças a uma tecnologia de análise computacional que consegue reconstruir um texto claro a partir de um material ilegível e danificado.

“Este trabalho abre uma nova janela através da qual podemos olhar para trás no tempo, mediante a leitura de materiais que supostamente estavam perdidos por causa da deterioração e da decomposição”, explicou Brent Seales, professor de ciências da computação da Universidade de Kentucky (Estados Unidos).

“Há tantos outros materiais únicos e emocionantes que ainda podem revelar seus segredos, estamos apenas começando a descobrir o que poderia estar no seu conteúdo”, acrescentou Seales, segundo a Universidade de Kentucky.

Seales e a sua equipe desenvolveram um escâner digital de alta resolução que poderá “desenvolver virtualmente” um antigo pergaminho de pele de animal severamente danificado, que contém um texto escrito com tinta. Este aparelho pode produzir um texto legível e claro a partir de um pergaminho envolvido e apesar do dano que possa ter tido.

A análise de um pergaminho revelou 35 linhas de um texto proveniente dos dois primeiros capítulos de uma versão do livro de Levítico.

O manuscrito tem pelo menos 1.500 anos de antiguidade e foi achado em uma escavação arqueológica em 1970, na sinagoga de ‘En Gedi’, em Israel. O pergaminho sofreu queimaduras graves em algum momento e era previamente indecifrável.

“O descobrimento do texto em pergaminho de ‘En Gedi’ nos deixou absolutamente surpreendidos; estávamos seguros de que ia ser um disparo na escuridão, mas as tecnologias mais avançadas trouxeram este tesouro cultural de volta à vida”, afirmou Pnina Shor, diretora do projeto digital ‘Os manuscritos do Mar Morto’, da Autoridade de Antiguidades de Israel.