terça-feira, 11 de outubro de 2016

São João XXIII


Ângelo Giuseppe Roncalli, nasceu aos 25 de novembro de 1881, na Itália. Era o quarto filho de uma família de camponeses pobres. O ambiente religioso da família e a fervorosa atividade paroquial foram a sua primeira escola de vida cristã. 

Aos quinze anos de idade, foi admitido na Ordem franciscana, professando as regras no ano seguinte. Recebeu a Ordenação sacerdotal em 1904 em Roma e, no ano seguinte, foi nomeado secretário do novo Bispo de Bérgamo. Além disto, foi assistente da Ação Católica Feminina, colaborador no diário católico de Bérgamo e pregador muito solicitado pela sua eloqüência elegante, profunda e eficaz. 

Em 1921 teve início a segunda parte da sua vida, dedicada ao serviço da Santa Igreja. Ali exerceu a presidência nacional do Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé. O Papa Pio XI o elevou à dignidade episcopal. No mesmo foi nomeado delegado apostólico na Turquia e Grécia. Quando irrompeu a Segunda Guerra Mundial, ele estava na Grécia, onde procurou dar notícias sobre os prisioneiros de guerra. 

Consagrado Cardeal, em 1953, foi designado patriarca de Veneza. No Conclave de 1958 foi eleito Papa, tomando o nome de João XXIII, aos setenta e sete anos de idade. O seu pontificado, durou menos de cinco anos, e se tornou muito apreciado, sobretudo, porque lançou as Encíclicas "Pacem in terris" e "Mater et magistra". 

João XXIII convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II em 11 de outubro de 1962. Este Papa exalava odor de santidade, sendo assim reconhecido pelo seu rebanho que o chamava apenas de "Papa Bom". Morreu no dia 03 de junho de 1963 em Roma. 


Concedei-nos ó Deus, pela intercessão de São João XXIII, alcançar as graças necessárias de que necessitamos em nossa vida. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Homilética: Nossa Senhora Aparecida (12 de Outubro): "A vida do meu povo, eis o que vos peço".


Hoje, o Brasil católico celebra o dia de Nossa Senhora Aparecida, sua padroeira. Encontrada sob a forma de imagem negra para pobres pescadores, no ano de 1717, na cidade de Aparecida do Norte, em São Paulo. O local passou lentamente a ser referência de peregrinação. Poucos são os brasileiros que lá nunca estiveram. Esse acontecimento marcou época. A mãe de Deus se apresenta como padroeira dos pobres e negros escravos do Brasil de outrora. A Maria do Magnificat, que canta a derrubada dos opressores e soerguimento dos pobres (Lc 1, 45-55) é a mesma negra de Aparecida, aquela que devolveu a alegria aos pobres pescadores com uma pesca milagrosa. Aparecida que virou Nossa Senhora Aparecida. Um título de rainha para uma mulher que marcou a humanidade desde sua terra natal, Nazaré. Que não conhece a música Maria de Nazaré, aquela que me cativou, fez mais forte a minha fé e por filho me adotou.

Nas leituras de hoje, três mulheres são apresentadas para a nossa reflexão. Ester, Maria e a mulher anônima do Apocalipse. Ester é a mulher da luta, da resistência à dominação grega. Por sua sábia atitude consegue livrar seu povo do extermínio. Maria é a mulher mãe que leva seu filho a iniciar a suas atividades missionárias, realizando o seu primeiro milagre. Já a mulher anônima do Apocalipse pode ser identificada com Eva, com a esposa de Deus, Israel/Sião, ou com Maria. Ela está prestes a dar à luz, mas se vê ameaçada pelo dragão, a força do mal.

Em que essas mulheres vencedoras iluminam a nossa fé? Sobretudo, neste dia de nossa mãe Aparecida, aquela que apareceu para nos colocar no caminho da vida, da libertação dos opressores de ontem e de hoje. Falar de Maria é falar dessas três mulheres e de tantas outras de nosso tempo.      

Ecumenismo e diálogo inter-religioso; Francisco e os outros papas!


A viagem à Geórgia e ao Azerbaijão confirma a atitude de Bergoglio: a busca da unidade dos cristãos através de gestos de fraternidade, e a valorização do diálogo com as demais religiões como antídoto contra o ódio e a violência.

A recente viagem do Papa à Geórgia e ao Azerbaijão ofereceu, uma vez mais, um exemplo do caminho que Francisco pretende percorrer no âmbito ecumênico e no diálogo entre as religiões. No encontro com os presbíteros, religiosos e seminaristas em Tbilisi, no sábado, 01 de outubro, Bergoglio respondeu desta maneira ao testemunho de um seminarista que lhe contava as dificuldades nas relações entre os cristãos das diferentes confissões: 

“Nunca brigar! Deixemos que os teólogos estudem as coisas abstratas da teologia. O que eu devo fazer a um amigo, um vizinho, uma pessoa ortodoxa? Ser aberto, ser amigo. Mas devo fazer um esforço para convertê-lo? Existe um grande pecado contra o ecumenismo: o proselitismo.  Nunca devemos fazer proselitismo com os ortodoxos. São nossos irmãos e irmãs discípulos de Jesus Cristo que, pelas situações históricas tão complexas, nos tornamos assim. Mas, eles e nós, cremos no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Cremos na Santa Mãe de Deus. E o que eu tenho que fazer? Não condenar; isso não se pode. Amizade, caminhar juntos, rezar uns pelos outros e fazer obras de caridade juntos, quando isso é possível. É este o ecumenismo. Mas nunca condenar um irmão ou uma irmã, nunca deixar de saudá-lo porque é ortodoxo”.

Há muito tempo, a Igreja considera fechada a vida do uniatismo. Os últimos papas, além de promover o diálogo teológico com a ortodoxia (a única, verdadeira e profunda diferença tem a ver com o exercício do primado do Bispo de Roma), multiplicaram os gestos de amizade. Vários encontros históricos (a começar pelo abraço em Jerusalémentre Paulo VI e Atenágoras, até as visitas de João Paulo II a Atenas e à Geórgia, ou as de Bento XVI a Istambul) ajudaram a consolidar um caminho comum.

Também o diálogo teológico deu passos significativos para frente: a partir do Concílio Vaticano II, a Igreja católica está recuperando a consciência da importância da colegialidade e da sinodalidade. Enquanto isso, as Igrejas ortodoxas começam a ver com um olhar diferente o primado e seu exercício em um mundo cada vez mais globalizado. O Papa Francisco fala de um “ecumenismo de povo”. Enquanto se dá a paciente espera dos passos concretos para chegar a compartilhar o cálice no altar, é importante multiplicar as oportunidades para trabalhar juntos.

A Igreja georgiana é uma das menos ecumênicas. No entanto, os quatro encontros do Papa com o Patriarca Elias II caracterizaram-se pela amizade, pela acolhida e pela fraternidade verdadeiras, não de fachada. Bastava vê-los antes que ouvi-los. Para onde tudo isso levará? Não sabemos. Haverá efeitos positivos? É difícil afirmar. O que é certo é que foi dado um novo passo em relação à última visita de um papa, a de João Paulo II em 1999, que aconteceu em um meio a um clima muito mais frio, e não apenas devido às condições meteorológicas.

A viagem ao Azerbaijão foi muito significativa também pelo diálogo com as outras religiões. Neste sentido, foi muito importante o último discurso do papa, pronunciado em uma mesquita na presença do xeque dos muçulmanos do Cáucaso. 

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira e Imperatriz do Brasil


Exatamente no ano de 1717, quando a Franco-Maçonaria era instituída por Anderson na Inglaterra em secreta oposição a Cristo e Sua Igreja, em meados daquele mesmo ano ocorre outra providencial intervenção do Céu, através da Santíssima Virgem. Agora, a intervenção dava-se em terras do Cruzeiro do Sul.

Acirrada batalha entre a Mulher e a serpente

Da mesma forma como as facções dogoverno oculto do mundo em terras europeias davam início ao seu processo de sedução e enleamento de mentes sábias e ilustres aos olhos do mundo, atraídas pela falsa luz da “razão emancipada”, do “igualitarismo” e da “liberdade”, a Mãe do Verbo dava início a um novo chamado, em terras brasileiras, para a formação de Seu exército, composto de almas simples e sinceras, fiéis e confiantes nos desígnios do Senhor.

A pesca milagrosa


 
A intervenção da Santíssima Virgem da Conceição Aparecida em nosso país, deu-se nas águas do rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, tendo como protagonistas os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.

Homens simples e solícitos estavam eles ocupados no nobre encargo recebido de garantir o almoço do conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, então governador da província de São Paulo, que se encontrava em visita à Vila de Guaratinguetá.

Na tentativa de levar a bom termo aquela missão, os humildes pescadores passaram a noite lançando e recolhendo suas redes, mas sem nenhum êxito. Já rompia o dia quando subiam o rio e, teimosamente, lançaram as redes pela última vez. Estavam próximos ao porto de Itaguaçu.

Foi então que aconteceu o inesperado. Ao recolherem as redes encontraram o corpo de uma imagem da Santíssima Virgem. A imagem estava quebrada, faltava-lhe a cabeça. Na segunda tentativa, para surpresa geral, recolheram a cabeça da pequena escultura. Num claro sinal sobrenatural, em tudo semelhante aos tempos da Boa Nova e das pescas milagrosas no mar da Galileia, a partir daquele exato momento, os peixes começaram a se aglomerar ao redor do barco.

A Virgem negra


Desafiando assim as leis da física e das probabilidades, a linda imagem escura da Imaculada Conceição, encontrada de forma tão insólita, fora esculpida em terracota pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus.

Suas feições eram delicadas e os lábios sorridentes. Possuía 39 centímetros de comprimento, pesando um pouco mais de quatro quilos. Com essas características era encontrada a Senhora “Aparecida”, que surgia num véu de espumas das águas barrentas do Rio Paraíba.

Desde o princípio, fica claro que seu achado remonta-nos à singeleza e ao simbolismo evangélico da pesca milagrosa, narrada por João em seu Evangelho (Jo, 21,1-14), quando o Senhor sugere aos pescadores que lancem as redes para a extremidade oposta do barco.

Durante quinze anos, Pedroso — cujo nome expressa bonita alusão ao Apóstolo pescador Simão Pedro — teve o cuidado de guardar a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros.

Senhora medianeira de todas as graças

 

Pela poderosa intercessão de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, abundantes têm sido as bênçãos que o Criador tem concedido ao piedoso povo brasileiro.

São sinais de todas as modalidades possíveis e imagináveis, curas físicas extraordinárias onde a ciência não conseguiu nenhum resultado deram origem a uma quantidade notável de “ex-votos” de todas as formas, modelos e tipos. Esses milagres alcançados por meio da Mãe Aparecida superlotam um amplo salão na Basílica Nova, construído especialmente para esta finalidade.

A sala de “ex-votos” testemunha a consistência inquebrantável da Fé Católica da alma do povo brasileiro. E isso tem sido um grande problema para as facções da anticristãs em levar adiante sua agenda de descristianização em nosso país.

Esses favores sobrenaturais concedidos por nossa Mãe Santíssima abrangem todas as classes sociais, beneficiando com misericórdia e atenção, todos que têm Fé, que a procuram e suplicam auxílio e proteção.

Testemunhos de muitos milagres

 

Quando percorremos os olhos pelos Evangelhos, temos ideia de que verdadeiramente eram os simples de coração quem acolhiam a Nosso Senhor e Sua mensagem.

Ao longo desses séculos é comum para o povo brasileiro o fato de que cegos recobram a visão, coxos voltam a andar, cardíacos condenados à morte pela medicina ficam completamente curados e cheios de vida, mudos voltam a falar e muitos outros notáveis milagres fazem parte de uma imensa lista de ocorrências divinas, pela intervenção intercessora de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. 

Ano Santo vai se encerrar com Consistório e 17 novos cardeais


Surpreendendo os fiéis presentes na Praça São Pedro e todos os que o acompanhavam ao vivo pelo rádio, TV e Internet, o Papa anunciou na manhã deste domingo a realização de um consistório para a criação de novos cardeais. O Brasil foi contemplado com a escolha do arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha.

“Com alegria, anuncio que sábado, 19 de novembro, na véspera do fechamento da Porta Santa da Misericórdia, realizarei um Consistório para nomear 13 novos cardeais, de cinco continentes. Sua proveniência, de 11 nações, expressa a universalidade da Igreja que anuncia e testemunha a Boa Nova da Misericórdia de Deus em todos os cantos da terra. A inclusão dos novos cardeais na diocese de Roma manifesta também a inseparável relação existente entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares ao redor do mundo”.

Domingo, 20 de novembro, Solenidade de Cristo Rei, conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, concelebrarei a Santa Missa com os novos cardeais, com o Colégio Cardinalício, os arcebispos, bispos e presbíteros”.

Na sequência, Francisco revelou quem serão os novos cardeais: 

Somos santificados pela participação no Corpo e Sangue do Senhor


Quando oferecemos o nosso sacrifício, cumprimos o que o nosso Salvador nos mandou fazer, segundo o testemunho do Apóstolo: O Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: Isto é o meu Corpo, entregue por vós; fazei isto em memória de Mim. De igual modo, no fim da ceia tomou o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança no meu Sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de Mim. Com efeito, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha. Portanto, o sacrifício oferece-se para anunciar a morte do Senhor e celebrar o memorial d’Aquele que deu a sua vida por nós. 

Ele mesmo diz: Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos. Cristo morreu por nosso amor; e é por isso que, ao celebrarmos no sacrifício o memorial da sua morte, invocamos a vinda do Espírito Santo para que derrame sobre nós o dom do amor. Com esta oração pedimos ardentemente aquele mesmo amor que levou Cristo a morrer crucificado, a fim de que, pela graça do Espírito Santo, também nós possamos ser crucificados para o mundo e o mundo para nós. E deste modo, imitando a morte de Nosso Senhor, assim como Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre e a sua vida é uma vida para Deus, também nós, movidos pelo dom do seu amor, vivamos uma vida nova, morrendo para o pecado e vivendo para Deus. 

O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado, e a participação no Corpo e Sangue do Senhor, ao comermos o seu pão e bebermos o seu cálice, sugere-nos realmente que morramos para o mundo e conservemos a nossa vida escondida com Cristo em Deus e crucifiquemos a nossa carne com seus vícios e concupiscências. Assim, todos os fiéis que amam a Deus e ao próximo, embora não bebam o cálice da paixão corporal, bebem no entanto o cálice do amor do Senhor. Inebriados nesse cálice, mortificam os seus membros terrenos e, revestidos do Senhor Jesus Cristo, não se prendem aos desejos da carne nem se fixam no que se vê mas no que não se vê. Assim se bebe o cálice do Senhor, vivendo na divina caridade, sem a qual, ainda que alguém entregasse o corpo às chamas, de nada lhe serviria. Mas com o dom da caridade, chegamos a transformar-nos realmente naquilo mesmo que sacramentalmente celebramos no sacrifício.


Do Tratado de São Fulgêncio de Ruspas, bispo, «Contra Fabião»
(Cap. 28, 16-19: CCL 91 A, 813-814) (Sec. VI)

É válido o Batismo fora da Igreja Católica?


Agradeceria muito se pudessem responder a urna dúvida: eu pertenço a um grupo da Internet chamado Mundo Católico, onde surgiu uma dúvida relacionada com a validade do batismo em outras religiões cristãs. Duas pessoas que possuem grandes conhecimentos estão em discordância sobre este assunto.

Uma pessoa, da linha mais tradicional, afirma que o batismo de outras religiões cristãs é válido apenas em determinados casos – nos casos em que a intenção do batismo é a mesma que a da Igreja Católica, ou seja, quando o batismo tem por intenção o perdão do pecado original e é feito através da mesma fórmula utilizada na Santa Igreja. O outro, de linha mais moderna, defende que o batismo é válido em todas as religiões cristãs citando a questão da validade do batismo ministrado por hereges, decidida no Concílio de Nicéia, defendida por Santo Agostinho e confirmada no Concílio de Trento.

Gostaria de saber qual é a verdade acerca deste fato.

A propósito observamos:

Fora da Igreja Católica o Batismo é válido desde que se preen­cham três condições:

1) aplique-se água natural; não tem valor saliva nem água de Colônia (…)

2) pronuncie-se, ao mesmo tempo que se aplica a água, a fórmula exata: “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Não é lícito ao celebrante pedir à assembléia que diga com ele: “Nós te batizamos…”. O Batismo assim ministrado corre o risco de ser inválido, de modo que, por cautela, há de ser repetido sob condição mediante a seguinte fórmula: “Se não és batizado(a), eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

3) Tenha o ministro a intenção de fazer o que Cristo faz através da sua Igreja. Em última análise é Cristo quem batiza: só Ele pode conferir a graça santificante ou a regeneração sobrenatural; o ministro é mero instrumento nas mãos de Cristo Sacerdote.

A intenção de fazer o que Cristo faz quando batiza, implica que o ministro tenha autêntico conceito de sacramento do Batismo. Na verda­de, este não é mero testemunho de fé de um adulto “convertido” sem a graça sacramental; não é simples afirmação, perante a comunidade, de alguém que aceitou Cristo por seu único e suficiente Salvador, mas é genuína regeneração ontológica ou é a infusão de nova vida ou, ainda, a inserção em Cristo, tronco de videira, da qual o cristão é um ramo.

No Brasil, foi feita urna pesquisa pela Conferência Nacional dos Bispos sobre o modo de conferir o Batismo nas comunidades não católicas presentes em nosso país. Eis a conclusão a que chegou:

A) Diversas Igrejas batizam, sem dúvida, validamente; por esta ra­zão, um cristão batizado numa delas não pode ser normalmente rebatizado, nem sequer sob condição.  Essas Igrejas são:

a) Igrejas Orientais (“Ortodoxas”, que não estão em comunhão plena com a Igreja católico-romana, das quais, pelo menos, seis se encon­tram presentes no Brasil);

b) Igreja vétero-católica;

c) Igreja Episcopal do Brasil (“Anglicanos”);

d) Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB);

e) Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB);

f) Igreja Metodista;

São Daniel Comboni


Daniel Comboni era italiano. Nasceu dia 15 de março de 1831, numa família de camponeses cristãos, humildes e pobres. Devido à condição econômica, eles enviam Daniel para estudar no Instituto dos padres mazzianos, onde Daniel descobriu sua vocação missionária. Em 1854 é ordenado sacerdote e três anos depois parte para a África, junto com mais cinco missionários. 

A realidade africana é cruel e choca. As dificuldades começam no clima insuportável, passam pelas doenças, pobreza, abandono do povo e terminam com o índice elevado de mortes entre os jovens companheiros. Mas tudo isso serve de estímulo para seguir avante, sem abandonar a missão e o entusiasmo. Daniel entrega-se ao trabalho entre os pobres, fazendo as solidariedade seu grande instrumento de evangelização. Assume o lema "Salvar a África com a África", um projeto missionário simples e ousado, para a época. 

Padre Comboni pede todo tipo de ajuda espiritual e material à sociedade européia. Dedica-se com tanto empenho e ânimo que consegue fundar uma revista de incentivo missionário. Além disso, fundou em 1867, o Instituto dos Padres Missionários Combonianos e, em 1872, o Instituto das Irmãs Missionárias Combonianas. 

Em 1877, Comboni é nomeado Vigário Apostólico da África Central e, em seguida é também consagrado o primeiro Bispo católico da África Central. Depois de muito sofrimento no corpo e no espírito, no dia 10 de outubro de 1881, o Bispo Comboni morre em meio ao povo africano, rodeado pelos seus religiosos, com a certeza de que sua obra missionária não morreria. 

Daniel Comboni anunciou e testemunhou o Evangelho em tudo aquilo que fez. Antes de mais, ele sente-se discípulo de Cristo. À semelhança dos discípulos transfigurados pela virtude do Mestre, também ele vive em coerência total com «evangelho de Deus», consagrado a um estado de vida totalmente semelhante ao de Cristo , no serviço aos pobres do continente africano. 


Deus de bondade, que chamaste Daniel Comboni para levar aos povos sofredores do continente africano sua mensagem de amor, dai-nos encontrar nos sofredores que estão à nossa volta o rosto do vosso filho Jesus Cristo. Que vive e reina para sempre. Amém.