segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Santidade do matrimônio e da família


O homem e a mulher que, pela aliança conjugal, já não são dois, mas uma só carne, em íntima união das pessoas e das atividades, prestam-se mútuo auxílio e serviço e dia por dia fazem a experiência de sua unidade cada vez mais plena. Esta união profunda, recíproca doação de duas pessoas, e o bem dos filhos exigem a total fidelidade dos cônjuges e a indissolubilidade.

O Cristo Senhor abençoou largamente este amor multiforme, brotado da fonte do amor divino, tendo por modelo sua união com a Igreja.

Assim como outrora Deus tomou a iniciativa da aliança de amor e de fidelidade com seu povo, agora o Salvador dos homens, Esposo da Igreja, vem pelo sacramento do matrimônio ao encontro dos esposos cristãos. Com eles permanece, dando-lhes a força de, tal como amou a Igreja e se entregou por ela, se entregarem um ao outro, amando-se com perpétua fidelidade. O genuíno amor conjugal é assumido no amor divino e sua norma e riqueza são a força redentora de Cristo e a ação salvífica da Igreja. Deste modo os cônjuges cristãos são eficazmente conduzidos a Deus, fortalecidos e ajudados na sublime missão de pai e de mãe. É esta a razão de haver um sacramento particular para confortar e consagrar os deveres e a dignidade do estado conjugal cristão. Munidos desta força, cumprem sua missão conjugal e familiar, cheios do Espírito de Cristo que impregna sua vida inteira com a fé, a esperança e a caridade, progridem sempre mais na própria perfeição e na mútua santificação e podem assim, os dois juntos, dar glória a Deus.

Os filhos, bem como todos os que com eles convivem, vendo e seguindo o exemplo dos pais e a oração familiar, encontram mais fácil caminho de humanidade, de salvação e de santidade. Os esposos, investidos da dignidade e da missão de paternidade e maternidade, esforçar-se-ão por cumprir com amor a tarefa da educação, principalmente da formação religiosa que lhes cabe em primeiro lugar.

Como membros vivos da família, os filhos contribuem a seu modo para a santificação dos pais. Com gratidão, afeto e confiança, correspondem aos benefícios recebidos dos pais. Assistem-nos filialmente nas adversidades e na solidão da velhice.



Da Constituição pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II (N.48)                   (Séc.XX)

Como ser um católico bem formado?


O autor da Carta aos Hebreus escreveu: “Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal”” (Hb 5,13-14). Sem esse alimento sólido, que a Igreja chama de fidei depositum (o depósito da fé), ninguém poderá ser verdadeiramente católico e autêntico seguidor de Jesus Cristo.

Não há dúvida de que a maior necessidade do povo católico hoje é a formação na doutrina. Por não a conhecer bem, esse mesmo povo, muitas vezes, vive sua espiritualidade, mas acaba procedendo como não católico, aceitando e vivendo, por vezes, de maneira diferente do que a Igreja ensina, especialmente na moral. E o pior de tudo é que se deixa enganar pelas seitas, igrejinhas e superstições.

Em sua viagem à África, que começou em 17 de maio de 2009, o Papa Bento XVI deixou claro que a formação é o antídoto para as seitas e para o relativismo religioso e moral. Em Yaoundé, em Camarões, o Sumo Pontífice disse que a expansão das seitas e a difusão do relativismo –– ideologia segundo a qual não há verdades absolutas – tem um mesmo antídoto, segundo Bento XVI: a formação”. Afirmando que: «O desenvolvimento das seitas e movimentos esotéricos, assim como a crescente influência de uma religiosidade supersticiosa e do relativismo, são um convite importante a dar um renovado impulso à formação de jovens e adultos, especialmente no âmbito universitário e intelectual». O Santo Padre pediu «encarecidamente» aos bispos que perseverem em seus esforços por oferecer aos leigos «uma sólida formação cristã, que lhes permita desenvolver plenamente seu papel de animação cristã da ordem temporal (política, cultural, econômica, social), que é compromisso característico da vocação secular do laicado».

Desde o começo da Igreja, os apóstolos se esmeraram na formação do povo. São Paulo, ao escrever a São Tito e a São Timóteo, os primeiros bispos que sagrou e colocou em Creta e Éfeso, respectivamente, recomendou todo cuidado com a sã doutrina. A Tito, o Apóstolo dos Gentios recomenda: “Seja firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem”” (Tt 1,9). ““O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina” (Tt 2,1).

A Timóteo ele recomenda: “Torno a lembrar-te a recomendação que te dei, quando parti para a Macedônia: devias permanecer em Éfeso para impedir que certas pessoas andassem a ensinar doutrinas extravagantes, e a preocupar-se com fábulas e genealogias” (1Tm 1,3-4). E “recomenda esta doutrina aos irmãos, e serás bom ministro de Jesus Cristo, alimentado com as palavras da fé e da sã doutrina, que até agora seguiste com exatidão”” (1Tm 4,6). São Paulo ensina que “Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”” (1Tm 2,4).

Sem a verdade não há salvação. E essa verdade foi confiada à Igreja: “Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade”” (1Tm 3,15). Jesus garantiu aos apóstolos na Última Ceia que “o Espírito Santo ensinar-vos-á toda a verdade”” (cf. Jo 16,13) e “relembrar-vos-á tudo o que lhe ensinei”” (cf. Jo 14,25). Portanto, se o povo não conhecer esta verdade que salva, ensinada pela Igreja, não poderá vivê-la. Mas importa que essa mesma verdade não seja falsificada, que seja ensinada como recomenda o Magistério da Igreja, que recebeu de Cristo a infalibilidade para ensinar as verdades da fé (cf. Catecismo da Igreja Católica § 981). 

domingo, 22 de janeiro de 2017

"Converter-se não é mudar de roupa mas de atitude", diz Papa


ANGELUS
Praça de São Pedro 
domingo, 22 de janeiro, 2017



Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje (cf. Mt 4,12-23) narra o início da pregação de Jesus na Galiléia. Ele deixa Nazaré, uma vila nas montanhas, e se estabelece em Cafarnaum, um importante centro na margem do lago, habitada principalmente por gentios, o ponto de cruzamento entre o Mediterrâneo e o interior da Mesopotâmia. Esta escolha significa que os destinatários de sua pregação não são apenas seus compatriotas, mas todos quantos chegam na cosmopolita "Galiléia dos gentios" (v 15; cf.. É 8:23): esse era o seu nome. Vista de Jerusalém como sua capital, cuja terra é geograficamente periférica e religiosamente impura porque estava cheia de pagãos, para misturar com aqueles que não pertencem a Israel. Da Galiléia eles esperavam certamente não grandes coisas para a história da salvação. Em vez de lá - a partir daí - ele espalha a "luz" sobre o qual refletimos sobre os recentes domingos: a luz de Cristo. Espalha-se a partir da periferia.

A mensagem de Jesus espelha a de Batista, pregando o "reino dos céus" (v. 17). Este reino não envolve o estabelecimento de um novo poder político, mas o cumprimento da aliança entre Deus e seu povo, que vai inaugurar uma época de paz e justiça. Para apertar este pacto com Deus, todos são chamados a converter e transformar sua maneira de pensar e de viver. É importante para isso: converter não é só mudar a maneira como as pessoas vivem, mas também como pensar. É uma transformação de pensamento. Não é mudar suas roupas, mas hábitos! O que diferencia Jesus de João Batista é o estilo e o método. Jesus escolhe ser um profeta viajante. Ele não esperar as pessoas, mas se move para atendê-las. Jesus está sempre a caminho! Suas primeiras saídas missionárias ocorrem ao longo do mar da Galiléia, em contato com a multidão, especialmente com os pescadores. Jesus não só proclama a vinda do reino de Deus, mas procura companheiros para serem associados à sua missão de salvação. Neste mesmo lugar que ele conhece dois pares de irmãos: Simão e André, Tiago e João; Ele chama-lhes dizendo: "Sigam-me, eu vos farei pescadores de homens" (v. 19). A chamada os alcança no auge de suas atividades diárias: o Senhor se revela a nós não tão extraordinário ou sensacional, mas em nossas vidas diárias. Eles encontram o Senhor; e ali Ele é revelado, ele faz sentir o seu amor em nossos corações; e ali - com este diálogo com ele na vida cotidiana - mudando nossos corações. A resposta dos quatro pescadores é imediato e pronto: "No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram" (v 20). Sabemos que eles eram discípulos de João Batista e que, graças ao seu testemunho, já tinha começado a crer em Jesus como o Messias (cf. Jo 1,35-42).  

Papa Francisco fala sobre Trump: “Não gosto de me antecipar aos acontecimentos. Veremos o que faz”.


Na sexta-feira, enquanto Donald Trump tomava posse em Washington, o papa Francisco concedia no Vaticano uma longa entrevista ao EL PAÍS, em que pedia prudência ante os alarmes acionados com a chegada do novo presidente dos Estados Unidos – “é preciso ver o que ele faz; não podemos ser profetas de calamidades” –, embora advertindo que, “em momentos de crise, o discernimento não funciona” e os povos procuram “salvadores” que lhes devolvam a identidade “com muros e arames farpados”.

Durante uma hora e 15minutos, num aposento simples da Casa de Santa Marta, onde mora, Jorge Mario Bergoglio, que nasceu em Buenos Aires há oito décadas e caminha rumo ao quarto ano de pontificado, afirmou que “na Igreja há santos e pecadores, decentes e corruptos”, mas que se preocupa sobretudo com “uma Igreja anestesiada” pelo mundanismo, distante dos problemas das pessoas.

Às vezes com um típico humor portenho, Francisco demonstra estar ciente não só do que ocorre dentro do Vaticano, mas na fronteira sul da Espanha e nos bairros carentes de Roma. Diz que adoraria ir à China (“quando me convidarem”) e que, embora de vez em quando também dê seus “tropeços”, sua única revolução é a do Evangelho.

O drama dos refugiados marcou-o fortemente (“aquele homem chorava e chorava em meu ombro, com o salva-vidas na mão, porque não tinha conseguido salvar uma menina de quatro anos”), assim como as visitas às mulheres escravizadas pelas máfias da prostituição na Itália. Ainda não se sabe se será Papa até o fim da vida ou se optará pelo caminho de Bento XVI. Admite que, às vezes, sentiu-se usado por seus compatriotas argentinos. 

Jornal “O Globo” comete bullying contra filho de Trump

Que a imprensa odeia Donald Trump é público e notório.
Agora mais de um jornal persegue sua família – incluindo seu filho de 10 anos...

A grande imprensa brasileira e internacional está completamente desmoralizada e sem nenhuma credibilidade, tenha visto as recentes e mal-disfarçadas tomadas de posição em prol de grupos políticos de esquerda, as mentiras ou “fake news”, como cunhou o presidente Trump recentemente, pesquisas fajutas e, de fato, a campanha política descarada travestida de jornalismo “isento”.

Mesmo assim, conscientes disto, estamos diante do momento mais baixo, mais vil e mais canalha do jornalismo brasileiro.

Graças ao ódio ideológico que domina as redações, vemos um dos maiores jornais do Brasil fazer troça contra Barron Trump, o filho caçula de Donald Trump, de 10 anos de idade.

Já seria grave um jornal expor uma criança desta maneira. A coisa torna-se inaceitável quando vemos que, desde quando Barron Trump apareceu de maneira mais ostensiva nas TVs durante as eleições presidenciais, há sérias especulações de que ele seja autista.

Ele é inquieto, desajeitado, não fala ou aperta as mãos de ninguém, oscila quando anda e tem comportamentos repetitivos. É sabido que há uma conexão entre a idade paterna e o autismo. Donald Trump já comentou sobre uma suposta relação entre alguns tipos de vacinas e o autismo. Além disso, a causa principal defendida por Melania Trump como primeira-dama será a luta contra o bullying.


Melania Trump, que parece dedicar todo seu tempo a seu filho, decidiu que ainda continuará a viver em sua residência atual até junho de 2017. O fato de Barron ter necessidades especiais explicaria sua desconcertante decisão de não viver na Casa Branca como primeira-dama.

Apesar de todas as suspeitas e rumores, o casal Trump nunca usou da condição do filho para fazer vitimismo de minorias, algo tão caro à esquerda mundial. 

Cristo está sempre presente na sua Igreja


Cristo está sempre presente na sua Igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, tanto na pessoa do ministro – «Ele que Se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que Se ofereceu na cruz» – como e sobretudo sob as espécies eucarísticas. Está presente pela sua virtude nos sacramentos, de modo que quando alguém baptiza é o próprio Cristo que baptiza. Está presente na sua palavra, pois é Ele que fala quando se lê na Igreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles.

Nesta obra grandiosa, pela qual Deus é perfeitamente glorificado e os homens são santificados, Cristo associa sempre a Si a Igreja, sua esposa muito amada, que invoca o seu Senhor e por Ele presta culto ao eterno Pai.

Com razão, portanto, a Liturgia é considerada como exercício da função sacerdotal de Cristo. Ela simboliza, através de sinais sensíveis, e realiza, em modo próprio de cada um deles, a santificação do homem; nela o Corpo místico de Jesus Cristo – Cabeça e membros – presta a Deus o culto público integral.

Por isso, toda a celebração litúrgica, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo, que é a Igreja, é ação sagrada por excelência, cuja eficácia não é igualada, sob o mesmo título e grau, por nenhuma outra ação da Igreja.

Pela Liturgia da terra nós participamos, saboreando-a já, naquela Liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual nos encaminhamos como peregrinos e onde Cristo, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, está sentado à direita de Deus; com toda a milícia do exército celestial, cantamos ao Senhor um hino de glória; veneramos a memória dos Santos, esperando tomar parte na sua companhia, e aguardamos, como Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até que Ele, nossa vida, Se manifeste, e também nós nos manifestemos com Ele na glória.

Por tradição apostólica, que tem a sua origem no próprio dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal todos os oito dias, no dia que justamente se chama dia do Senhor ou domingo. Neste dia devem os fiéis reunir-se para ouvir a palavra de Deus e participar na Eucaristia, e assim recordar a paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus e dar graças a Deus, que os fez renascer para uma esperança viva pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos. Por isso o domingo é o principal dia de festa que se deve propor e inculcar à piedade dos fiéis, de modo que seja também o dia da alegria e do repouso. Não se lhe devem sobrepor outras celebrações que não sejam de máxima importância, porque o domingo é o fundamento e o núcleo de todo o ano litúrgico.


Da Constituição Sacrosanctum Concilium, do Concílio Vaticano II, sobre a Sagrada Liturgia
(Nn 7-8.106) (sec. XX)

A falsa e a verdadeira misericórdia

 

A misericórdia exige um processo de educação. Ela é resultado do seguimento de Jesus Cristo, como um discípulo que, à medida que caminha com seu Mestre, aprende dele seu jeito de viver. Neste processo, é importante discernir a verdadeira misericórdia da falsa misericórdia. Isto porque a misericórdia pode ser compreendida e também utilizada de modo errado. Ela pode servir de “amaciador da ética cristã” (W. Kasper, A misericórdia, p.180), permitir um estilo de vida descompromissado e sem limites, afinal, Deus sempre será bom e compassivo.

A fé cristã nos mostra Deus que continua a nos amar sempre, mesmo quando erramos, pecamos. Isto não significa que Deus aprova o erro. “Não quero a morte do pecador, e sim, que ele se converta e viva.” (Ez 18,23). Porém, Deus não protege o pecador no seu erro ou se importa mais com o autor do que com a vítima em casos de injustiça. A proteção das vítimas é o primeiro dever da misericórdia. Pior ainda, quando em nome da misericórdia, os erros e até delitos não são tratados com o rigor devido. Neste sentido, como em tudo na educação, parte-se da verdade. 

A pseudomisericórdia pode, também, tomar as vestes da tolerância e da complacência. Quando os pais, para agradar, cedem tudo para os filhos e negociam os valores, então não estão sendo misericordiosos. Assim, também, quando por aparente misericórdia e falsa bondade, na educação não se exige como se deveria, consentindo até em pequenos ou grandes desvios de conduta. Não há crescimento sem sério empenho, com limites. E quando se trata da necessidade de conversão, normalmente é um processo exigente e com um longo percurso. A misericórdia se manifesta na acolhida do pecador, ajudando-o a reconhecer sua culpa, a confiar na misericórdia de Deus e acompanhá-la no caminho de conversão. São Paulo nos diz que não podemos ser indiferentes diante dos outros, mas por amor e misericórdia, somos responsáveis uns pelos outros: “Ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros.” (Cl 3,16). Ser misericordioso é, também, saber dizer “não” e corrigir. Disse Jesus à mulher pecadora: “Ninguém te condenou. Eu também não te condeno. Vai e não tornes a pecar.” (Jo 8,11). 

sábado, 21 de janeiro de 2017

Cerimônia de posse de Trump contou com orações de seis líderes religiosos


Os Estados Unidos abordam o tema da laicidade do Estado de uma maneira bastante diferente do Brasil e de outros países. É tradição que, por exemplo, a cerimônia de posse de um novo presidente tenha um momento de oração, guiado por algum líder religioso. Na posse de Donald Trump, o 45º presidente dos Estados Unidos, não foi diferente, mas o número de líderes proferindo orações surpreendeu: foram seis – cinco cristãos e um judeu.

Todos eles evitaram expressões que pudessem ser creditadas a uma orientação política específica. Antes do juramento de Trump, três líderes fizeram suas leituras bíblicas e orações. O cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, leu um trecho do Livro da Sabedoria. Por sua vez, o reverendo Samuel Rodriguez, da Conferência Nacional Hispânica de Liderança Cristã, leu o capítulo 5 do Evangelho de Mateus, que inclui as bem-aventuranças.

Já a pastora Paula White, que dirige o New Destiny Christian Center e é a orientadora espiritual pessoal de Trump, fez uma oração com suas próprias palavras. White é uma televangelista da linha da teologia da prosperidade que foi designada pelo novo presidente como chefe do Conselho Evangélico de sua administração. Ela já foi investigada pelo congresso norte-americano a respeito das finanças de sua igreja.

Depois do juramento, tiveram a palavra o rabino Marvin Hier, o reverendo Franklin Graham, filho do famoso evangelista Billy Graham, e o bispo Wayne T. Jackson, do Great Faith Ministries International. “A riqueza de uma nação é medida pelos seus valores, não por seus cofres”, disse o rabino, um dos mais influentes dos Estados Unidos e dono de dois Oscars como coprodutor de documentários sobre o holocausto.

Já Graham apontou que a chuva, na Bíblia, é um sinal da bênção de Deus e disse a Trump: “Quando você chegou ao palco, começou a chover”. Ele leu um trecho do capítulo 2 da Primeira Carta de Paulo a Timóteo. Jackson apostou na concórdia: “Não somos inimigos, mas irmãos e irmãs”, disse ele.

Na posse de Barack Obama, em 2009, o pastor Rick Warren fez uma oração e Joseph Lowery, da Igreja Metodista Unida, deu uma bênção. A presença de Warren despertou atenção, devido a suas posturas consideradas conservadoras em relação ao aborto, ao casamento entre pessoas de mesmo sexo e o uso de preservativos. Em 2013, a oração foi feita pela ativista Myrlie Evers-William.